Eletrobras oferece reajuste zero de salário e retirada de direitos

A luta contra a privatização da Eletrobras foi iniciada em 2017, após a indicação de Wilson Pinto para a presidência da Eletrobras pelo golpista Michel Temer, ganha agora mais um capítulo em setembro de 2020 com proposta da Eletrobras para o nosso ACT, que traz dentre outros pontos Reajuste Salarial zero, a ofensa aos contratos de trabalho com a Suspensão do SAN até maio de 2022, o Auxílio Alimentação/Refeição sem reajuste até maio de 2021, sendo o Auxílio Refeição com pagamento de 11 cartelas anuais, ou seja, retirada de do auxílio nas férias e no natal. Tem mais: Por determinação de Paulo Guedes, a Sest condiciona a renovação do ACT à adequação dos Planos de Saúde à resolução Cgpar 23. A Eletrobras quer retirar do ACT, a cláusula referente a Normas e Regulamentos de RH para permitir alteração das regras que norteiam os planos de saúde e assim implementar a coparticipação do trabalhador em 50%, isso mesmo, além de não ter reajuste salarial, você ainda terá que custear em 50% o seu plano de saúde. Importante destacar que, ao contrário da nossa, outras categorias importantes tiveram um acordo mais digno, como, por exemplo, os bancários, que aprovaram em assembleias virtuais concluídas no dia 1 de setembro a prorrogação do acordo nacional da categoria por mais dois anos, com validade até agosto de 2022. Pelo acordo aprovado, por ampla maioria, os bancários terão um reajuste de R$ 1,5% mais um abono de R$ 2 mil em 2020 e terão, em 2021, a reposição integral da inflação mais 0,5% de aumento real em todas as verbas. Já para os petroleiros, a empresa propõe acordo de dois anos, sem reajuste agora e correção pelo INPC apenas em 2021. O acordo coletivo dos petroleiros venceu no dia 31 de agosto, véspera da data-base. A diferença está clara e o objetivo principal é a desmoralização da categoria através da sua desvalorização, minando a consequente produtividade em mais uma estratégia para entregar a Eletrobras ao capital estrangeiro. A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 15 de setembro e vamos nos mobilizar para mudar essa situação desmoralizante para a categoria. Nossa luta apenas começou.

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