Category Archives: Notícias

Trabalhadoras e trabalhadores concorrem para Representante de Base do Sinergia

Eleição será realizada em 25 de março

Vinte trabalhadoras e trabalhadores se inscreveram para concorrer nas eleições para Representantes Sindicais de Base na área de atuação do Sinergia. Conheça cada um(a) deles(as) e o local de trabalho onde concorrem. Poderão votar no dia 25 somente pessoas filiadas ao Sinergia. 

Celesc Administração Central (4 vagas): Cristina da Silva Pedro, Irani Dias Júnior, Marcos Antônio dos Santos e Maria Aparecida Martins 

Agência Regional Florianópolis/Sede (2 vagas): não houve inscritos 

Almoxarifado Central Palhoça (1 vaga): Djan Marcel Mendes da Silva 

Comunicação Roçado (1 vaga): não houve inscritos 

SPSL (1 vaga): não houve inscritos 

Loja São José (1 vaga): Maycon Andrigo Santiago 

Tijucas e Região (1 vaga): não houve inscritos 

Loja Florianópolis (1 vaga): Inaê Vasconcellos Rocha e Marcus Vinícius Martins 

Loja Biguaçu e Região (1 vaga): Lariessa Natagla Garbossa 

Loja Palhoça (1 vaga): não houve inscritos 

Santo Amaro e Região (1 vaga): não houve inscritos 

SPOM/Serra (1 vaga): André Farias Ferreira e Ivan Luis da Silva Rodrigues 

CGT Eletrosul: Sede Pantanal (6 vagas): Diego Luis Tedesco Dandolini, Fabio Cabrera, Jose Ricardo Tavares, Lucas Meirose, Marcia Mara de Lara Feldemann e Thiago Matos Correa 

Sertão/São José (1 vaga): não houve inscritos 

Biguaçu (1 vaga): não houve inscritos 

Engie (1 vaga): não houve inscritos 

São Sebastião (1 vaga): não houve inscritos 

Cerej: Sede Biguaçu (2 vagas): Ricardo Nemesio Luz e Ricardo Scheidt 

Major Gercino (1 vaga): não houve inscritos 

Angelina (1 vaga): não houve inscritos 

Nova Trento (1 vaga): Jackson Jacinto Mistura 

Leoberto Leal (1 vaga): não houve inscritos.

Que censura é essa, CGT Eletrosul?

O que a atual gestão privada da empresa tem contra a arte de seus próprios trabalhadores e trabalhadoras?

O Sinergia promoveu no fim de 2023 o concurso FotoGrafando a Trabalhadora e o Trabalhador. Puderam se inscrever no concurso empregadas e empregados das empresas de energia da Grande Florianópolis, entre eles, pessoas que atuam na CGT Eletrosul, Celesc, Cerej e Engie. O resultado do concurso foi divulgado durante o 5° Congresso do Sinergia, realizado no início de dezembro, em Florianópolis. Após a divulgação do resultado, o sindicato fez contato com a direção das empresas para fazer uma exposição das imagens registradas pela categoria – fotos que, inclusive, ilustram o calendário 2024 do sindicato.

Na Celesc, tanto na Administração Central como na Agência Florianópolis, a exposição foi realizada sem qualquer problema. Na CGT Eletrosul, no entanto, de maneira bastante estranha, a direção da companhia não permitiu a exposição das fotos, postura que reflete o autoritarismo de uma censura completamente sem sentido. 

O Sinergia realizou um protesto pacífico em 23 de fevereiro, na sede da CGT Eletrosul, depois que a empresa se recusou a ceder espaço para a mostra fotográfica. Com as fotografias vencedoras do concurso coladas em cartazes no corpo de dirigentes sindicais, o Sinergia ofereceu a oportunidade às pessoas trabalhadoras de conhecer mais essa ação cultural do Sindicato

Será que o Conecte (SAP Hanna) está mesmo conectado com os trabalhadores?

CELESQUIANOS RELATAM INSEGURANÇA EM RELAÇÃO AO NOVO SISTEMA

Em visitas realizadas na região Oeste aos trabalhadores da Celesc, o Stieel encontrou realidades distintas em relação ao Conecte: enquanto alguns atendentes se queixam da forma como os treinamentos para implantação do novo sistema SAP HANNA estão sendo realizados, outros não dispõem de tempo para realização dos treinamentos online, pois precisam seguir realizando suas atividades cotidianas, o que gera um enorme prejuízo para assimilar o conteúdo disponibilizado. 

Existem realidades distintas que precisam ser revistas e organizadas pela Diretoria Comercial, na visão destes trabalhadores: por exemplo, em escritórios de cidades pequenas onde, por determinação da ANEEL, a Celesc não abre suas portas todos os dias (atendendo só o número de horas que a resolução determina), pode ser tranquila a realização dos treinamentos. Porém, em municípios onde há necessidade de abrir as lojas em tempo integral, o problema se torna visível. Ao iniciar um treinamento, muitas vezes se faz necessário pausá-lo. Isso ocorre várias vezes ao dia, o que compromete o aprendizado, pois, como todos sabemos, trata-se de uma corrida contra o tempo – que, devido à própria insegurança da Celesc, já foi adiada a implantação do novo sistema por várias vezes.

 Somado a tudo isso, em algumas Regionais, determinados gerentes se comportam como se tivessem soberania sobre a legislação trabalhista e os Acordos Coletivos vigentes: existem vários relatos de imposição da compensação no banco de horas quando algum atendente fica em treinamento após o horário de trabalho, ou mesmo no contraturno, o que pode ser configurado como uma conduta assediadora. Esse tema já foi pacificado em reunião de CRH, mas parece ter faltado mais uma vez a Celesc orientar seus gerentes. A escolha deve ser do trabalhador. Ele, e somente ele, decidirá se colocará as horas a compensar ou irá cobrá-las como horas extraordinárias. É necessário lembrar que a Diretoria Comercial disponibilizou um orçamento para pagamento de tais horas, principalmente neste período de treinamento. 

Os sindicatos da Intercel estão atentos ao que vem ocorrendo dentro da Celesc: muitos trabalhadores estão inseguros com a implantação do novo sistema, pois não terão como se amparar no sistema antigo (SIGA) para atender o consumidor, caso haja necessidade nos primeiros dias de implantação, pois o mesmo ficará disponível apenas para consulta, situação curiosa e que merece ser questionada. 

Há exemplos práticos disso e é possível citar o Poder Judiciário, que implantou um novo sistema, porém, deixou o sistema antigo operacional por dois anos, até se ter certeza de que tudo funcionava de forma correta. Somente após esses dois anos, desativou o sistema antigo. 

É necessário que a Diretoria Comercial aponte alternativas e, caso surjam enormes filas no atendimento, que se comprometa em assegurar a saúde e segurança de celesquianos e celesquianas. Já é habitual atendentes sofrerem em sua rotina de trabalho, por conta de filas enormes e consumidores exaltados. Alguns atendentes trabalham isolados, em lugares pequenos, sem a segurança necessária para realizar suas atividades de forma tranquila. 

A Intercel seguirá atenta e cobrará os responsáveis caso qualquer problema venha a atentar contra a saúde e segurança desses trabalhadores, que são o cartão de visitas da empresa e não têm a valorização merecida por parte da Diretoria da Celesc

Está na escuta, COD?!

ENQUANTO DIRETORIA PENSA ESTAR NA “ERA DA MODERNIDADE”, TRABALHADORES SOFREM COM GRAVES PROBLEMAS EM CAMPO

Comunicação é a transmissão de mensagens e significados entre um emissor (quem transmite a mensagem) e um interlocutor (quem recebe a mensagem). Parece que esse significado não foi absorvido pela Celesc em algumas Agências Regionais, em especial, da região Oeste.

Não é de hoje que se ouvem relatos de trabalhadores da área operacional que realizam atendimentos de emergência, desligamentos ou manobras e simplesmente não conseguem comunicação com o COD (Centro de Operação de Distribuição). Tais situações de risco acontecem ao mesmo tempo em que a Celesc tenta implementar uma política irredutível de centralização dos CODs, o que, nas palavras de alguns Diretores da empresa, trata-se de um grande avanço.

Avanço? Na realidade, trata-se de um tema muito contestado e controverso. Enquanto os trabalhadores, na ponta do atendimento, não conseguem realizar manobras no SEP (Sistema Elétrico de Potência) com o necessário respaldo do COD, pois a comunicação é nula, lá longe, na Diretoria, se divulga a falsa ideia que estamos na “era da modernidade” na forma de receber as ocorrências de falta de energia e despachar para as equipes de campo.

Em campo, fora das salas refrigeradas e cadeiras confortáveis daqueles que tomam as decisões, após o recebimento das NRs (Notas de Reclamação), as equipes ficam às cegas, jogadas à própria sorte, o que vai diretamente contra todas as políticas de segurança, que a Celesc diz seguir à risca. Ou não há previsão que todas as intervenções no SEP devam passar pelo controle do COD? Como seria possível realizar tais manobras, se o rádio não funciona? Se não existe sinal de telefonia móvel, como as equipes irão se comunicar com o COD e vice-versa?

Na contramão daqueles que seguem defendendo que chegamos na “era da modernidade”, elencamos algumas situações do cotidiano relatadas pelas equipes que enfrentam problemas de comunicação:

Na primeira delas, o rádio das viaturas não recebe, nem transmite mensagens, porém existe sinal de celular. Então, muitos trabalhadores acabam utilizando o seu telefone particular para entrar em contato com o despachante, já que não há outra solução e a execução do serviço com segurança depende de comunicação. Nesse caso, a conta não fecha, afinal, os empregados literalmente pagam para trabalhar, enquanto uma empresa do porte da Celesc com faturamento milionário não consegue disponibilizar telefones móveis para as equipes que estão em campo realizarem suas tarefas de forma segura e seguirem atendendo com excelência a sociedade catarinense.

Causa revolta que gerentes tenham aparelhos celulares corporativos, o que não seria um problema, desde que aquelas equipes, cuja comunicação é imprescindível e requisito básico para manter contato com o despachante local ou de Florianópolis (COSD) não precisassem usar seus pacotes de dados móveis para trabalhar com segurança, situação irregular, pois os contratos de trabalho dos celesquianos não preveem a utilização de meios próprios para suprir uma deficiência técnica da empresa.

Situação mais grave ainda é quando não há sinal de rádio e muito menos de telefonia móvel, quando os trabalhadores se veem à própria sorte, executando manobras no SEP, se colocando em alto risco. Enquanto o assunto é banalizado pela Celesc, que finge que tudo está perfeito, trabalhadores ficam à mercê da inoperância do sistema de comunicação, percorrendo longas distâncias na tentativa de conseguir contato com os despachantes e executar as manobras com segurança. Ainda que se obtenha sucesso com o deslocamento, os atrasos são inevitáveis. E se for uma emergência envolvendo risco a terceiros?

Muitos são os fatores que resultam a deficiência ou falta de comunicação. Como exemplo, as condições de relevo de algumas regiões, que causam os famosos pontos cegos – situação que seria resolvida com investimento em mais antenas repetidoras que propagariam o sinal de rádio para mais lugares. Outro fator preponderante é a falta de cobertura de sinal móvel de telefonia, mas aí há um problema que foge da alçada da Celesc, pois as operadoras de celular (que são todas privadas), apenas visam lucros estratosféricos e não priorizam a melhoria do sinal telefônico que proporcionaria um melhor serviço a todas as partes do país – eis um dos preços da privatização: serviço péssimo e que não atende a todos de forma isonômica, mas esse é outro assunto.

Por fim, é perceptível a falta de manutenção adequada nas antenas de transmissão e nos rádios das viaturas da Celesc, equipamentos ultrapassados que não atendem mais à demanda de trabalho imposta pelas atividades cotidianas. Em alguns lugares, não existe sequer antena de transmissão, havendo denúncias de regiões que estão há uma década sem nenhum tipo de sinal de transmissão nos rádios das equipes operacionais. Nestes locais, os rádios são meros enfeites dependurados no painel dos carros, pois, não havendo repetidora, para que serve um rádio móvel?

O maior medo de muitos trabalhadores envolve a questão de segurança: caso seja necessário desligar um alimentador de forma emergencial, em diversos casos, essa tarefa se torna impossível. É necessária uma cobrança forte à Celesc e, mais ainda, uma resposta clara, objetiva: a Diretoria precisa urgentemente solucionar essa questão, que vem de longo tempo, já tendo sido tema de reunião com o Diretor de Distribuição. Os trabalhadores não podem seguir sofrendo as mazelas impostas pela má administração! É preciso que, ao falar, a mensagem seja ouvida e o retorno seja claro.

Aguardamos posicionamento imediato da Diretoria, sem pontos cegos nessa comunicação: essa resposta precisa ser clara e eficaz, com a certeza de que estamos sendo compreendidos e que os problemas serão solucionados.

Afinal, não há nada mais inseguro que que trabalhar sem boa comunicação, assim como não há nada mais temerário que precisar gritar para quem não quer ouvir.

Seja representante sindical do Sinergia!

Candidate-se agora mesmo! De 15 a 29 de fevereiro, por e-mail (sinergia@sinergia.org.br) ou através de uma pessoa diretora no seu local de trabalho.

📣 Para o Sinergia, a(o) representante sindical é muito importante, pois estimula o sindicalismo baseado na participação de toda a categoria.

🎤 O objetivo é que as pessoas trabalhadoras sejam participantes ativas, não apenas espectadoras da história em que se desenrola sua vida.

✊️Os benefícios e conquistas alcançados pelas eletricitárias e eletricitários são fruto da atuação das trabalhadoras e trabalhadores organizadas através do sindicato.

😃 As eleições serão no dia 25 de março, a posse será em maio e o mandato tem duração de dois anos.

Regras para viagens geram insatisfação na categoria

Grupo de trabalhadores buscou sindicatos para demonstrar indignação

As regras para receber diárias de viagens na Celesc tiveram mudanças em meados de 2023. À época, ainda no primeiro semestre do ano, Intercel e representantes da Direção da Celesc discutiram bastante o tema em reuniões da Comissão de Recursos Humanos (CRH). Os sindicatos argumentavam que os valores e as mudan­ças na política de hospedagens poderiam trazer insatis­fação da categoria. A Celesc, por sua vez, alegou que a nova política era mais justa e que os trabalhadores teriam mais conforto nas viagens.

O Sinergia se reuniu com trabalhadores da Adminis­tração Central no fim de janeiro. Eles apresentaram um abaixo assinado com mais de duzentas assinaturas de celesquianas e celesquianos indignados com o baixo valor da diária e os problemas para fazer reservas de hotéis. Um dos trabalhadores presentes na reunião com o Sinergia argumentava que “ficamos longe da nossa fa­mília por dias, deixamos de ver nossos filhos crescerem, sobrecarregamos nossa companheira, o casamento muitas vezes fica prejudicado por conta da distância e, por diversas vezes, ainda tive que pagar do bolso para conseguir dar conta da alimentação. Essa matemática não fecha”. Outro trabalhador afirmou que a Diretoria da empresa alegava, no início da implantação do novo re­gramento de viagens, que os hotéis seriam iguais tanto para a diretoria da empresa quanto para trabalhadores da Celesc, mas que isso não é a realidade. E citou, como exemplo, hotel em Itajaí, que, segundo ele, oferece uma categoria de apartamento para a diretoria e outra cate­goria para trabalhadores da empresa.

Outra demanda referendada por praticamente todos os trabalhadores presentes na reunião foi a ausência de restaurante em determinados hotéis e também nos arredores desses hotéis: “tivemos caso de não ter res­taurante no hotel conveniado e nem por perto. Nós esta­mos proibidos de sair com o carro da Celesc para jantar. Também não podemos usar Uber, já que a Celesc não está pagando o reembolso. Vamos fazer o quê? Jantar barrinha de cereal?”

As reclamações não param por aí: trabalhadores rela­taram que, em determinados hotéis, os valores de diária eram mais baratos para trabalhadores terceirizados do que para celesquianos: “o hotel Eliana, em Guaramirim, por exemplo, cobrou R$160 a diária de um terceirizado e R$190 da Celesc. Por que a Celesc está pagando mais caro do que um terceirizado?”, questionou. O hotel Elia­na também foi motivo de reclamação de outro trabalha­dor, que alegou ter de ir dormir em Joinville por receber a negativa de hospedagem neste hotel sem explicação: “depois de um dia cansativo de trabalho, é muito pesado você ter de se deslocar a outra cidade para conseguir uma hospedagem”.

A queixa mais comum entre os trabalhadores presen­tes na reunião com o Sinergia, contudo, foi o aumento dos valores, especialmente em cidades litorâneas, durante o verão: “há diversos hotéis conveniados que aumentaram o valor da diária durante o período de ve­raneio, impossibilitando que pudéssemos ficar hospe­dados”.

O assunto estava pautado para ser debatido em reu­nião da Intercel que ocorreu na data de ontem – após o fechamento desta edição. É fundamental que a Celesc reveja a postura e abra espaço para ouvir as demandas de trabalhadoras e trabalhadores de todo o estado.

[AXS] Trabalhadoras e trabalhadores aprovam contraproposta de ACT

Assembleia foi realizada na segunda-feira, 29 de janeiro

Trabalhadoras e trabalhadores da AXS Energia, empresa com sede em Florianópolis, aprovaram em Assembleia organizada pelo Sinergia a contrapro­posta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho 2024.

Como principais conquistas das negociações deste ano estão a manutenção de todos os direitos já existentes no Acordo Coletivo passado, além de cláusulas novas, como a de ergonomia, em que a em­presa se compromete a verificar a necessidade de melhoria de móveis e equipamentos, visando o bem estar do trabalhador, o auxílio idiomas, por meio de plataforma virtual com co-participação do trabalha­dor de 50% no valor da mensalidade, limitado a 10% do salário-base, e o auxílio-creche, que tem valor má­ximo de pagamento de R$3.000,00.

O Sinergia já fez o comunicado para a Direção da AXS sobre o resultado da Assembleia de Contrapro­posta do Acordo Coletivo de Trabalho e, nos próxi­mos dias, será feita a assinatura do documento entre as partes.

De acordo com Caroline Borba, dirigente do Siner­gia que conduziu as negociações e a Assembleia, “a participação da categoria foi muito positiva nas duas Assembleias e trouxe boas ideias e sugestões para a melhoria do Acordo Coletivo. Alguns pontos poderiam ter sido melhores, como o reajuste salarial e o valor do vale-alimentação, que ficaram apenas no IPCA, mas serão motivo de novas discussões no próximo ano com a direção da empresa”.

[ELETROBRAS] Assembleias do ACT 2024/2025 na CGT Eletrosul ocorrerão entre dias 14 e 22/02

INTERSUL CONVOCA CATEGORIA A PARTICIPAR E CONTRIBUIR COM A CONSTRUÇÃO DA PAUTA DO ACT

 A Intersul convoca a categoria eletri­citária de Santa Catarina da base CGT Eletrosul a participar das Assembleias de Construção da Pauta do Acordo Co­letivo de Trabalho 2024/2025.

De acordo com Cecy Maria Martins Marimon, representante do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e di­rigente do Sinergia, “as Assembleias ocorrerão entre os dias 14 e 22 de feve­reiro. As informações completas sobre dias, locais e horários das Assembleias serão divulgados por Boletim especí­fico e, também, nas redes sociais dos Sindicatos que compõem a Intersul”.

Cecy faz um apelo pela participação expressiva da categoria: “nós precisa­remos de mobilização e muita força da categoria para manter os nossos direitos e conseguir avançar nas cláu­sulas econômicas e sociais. Essa será a primeira negociação com a direção da Eletrobras totalmente privatizada e é preciso demonstrar nossa união para conseguirmos conquistar esses avan­ços tão desejados pela categoria”.

De acordo com o Boletim do CNE de 06 de fevereiro, “a participação da categoria na pesquisa divulgada pe­los sindicatos foi fundamental para dar o norte nas prioridades da cam­panha. Como já era imaginado pelo CNE, apesar de todo o assédio moral e clima corporativo/organizacional apontados como ruim/péssimo, não retiraram a disposição de mobilização e de luta da categoria eletricitária.As diversas sugestões e comentários enviados apontam a necessidade de que a Eletrobras privada coloque em prática seu discurso e valorize seu qua­dro de pessoal, fazendo jus ao seu belo discurso de perseguir metas de ESG, que inclui o ESG social. O discurso para fora é de buscar melhores práticas de mercado no quesito pessoal, com pre­ocupação com seu quadro de pessoal, mas o que se constata é que o discur­so é da porta para fora. Internamente, a categoria eletricitária quer respeito e dignidade para poder executar seu tra­balho”.

Medidas administrativas como a adoção de valores de diárias abaixo das práticas de mercado (quando com­paradas com outras empresas do se­tor), carga de trabalho alta pela falta de quadro de pessoal, falta de treinamento adequado, causando temor na operação de suas funções, pressão e assédio mo­ral por parte da gestão da empresa cau­sando insegurança e adoecimento da categoria, a falta de informações claras e objetivas foram alguns dos relatos de Norte a Sul do País.

Podem participar das Assembleias de Construção da Pauta do ACT traba­lhadoras e trabalhadores associados ou não aos sindicatos da Intersul. A fi­liação, contudo, é mais uma forma de fortalecer a luta e ajudar na construção de um bom Acordo Coletivo.

Celesc e Intercel são homenageadas em cerimônia na ALESC

Evento foi realizado na noite de 23 de novembro. Proponente foi o deputado Fabiano da Luz (PT)

A Celesc Pública e os Sindicatos que compõem a Intercel foram homenageados em Sessão Solene na Assembleia Legislativa na noite de 23 de novembro. O proponente da homenagem foi o deputado Fabiano da Luz (PT), que vem sendo um dos parceiros da luta da categoria eletricitária no Parlamento catarinense.

O evento marcou os 68 anos da Celesc, empresa que tem aguerridos empregados que levam energia de qualidade à população catarinense mesmo nas adversidades climáticas que têm atingido o estado com frequência nos últimos anos: “Eu admiro muito a relação que a empresa tem com os sindicatos os funcionários. E também a forma como os trabalhadores brigam por seus direitos, mas defendem a estatal. Estou muito orgulhoso de propor a minha primeira sessão especial como deputado homenageando a Celesc”, afirmou o deputado Fabiano. A Intercel, entidade que congrega cinco sindicatos majoritários e o Sindicato dos Administradores, também foi homenageada pela luta em defesa dos direitos da categoria e pela manutenção da Celesc enquanto empresa pública. O Coordenador da entidade, Marlon Antônio Gasparin, discursou no púlpito enaltecendo a empresa enquanto vetor do desenvolvimento e da economia de Santa Catarina: “Não dá para pensar energia como algo dissociado do desenvolvimento econômico. Não há indústria, comércio e residências sem energia elétrica.

Temos sido referência em nível nacional. Mais do que entregar serviço de qualidade, temos uma das menores tarifas do país”. Marlon se referia ao anúncio, em outubro, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que a Celesc tem hoje a segunda menor tarifa residencial de energia do Brasil. Já o presidente da companhia, Tarcísio Estefano Rosa, destacou o desafio de aumentar a oferta de energia em Santa Catarina e enalteceu o acordo firmado este ano com a Intercel para oferecer uma nova modalidade de Plano de Saúde à categoria (que está com inscrições abertas neste mês de dezembro).

Por fim, falando em nome dos dirigentes sindicais e trabalhadores homenageados na Sessão, Jair Maurino da Fonseca, que trabalhou por 47 anos na Celesc, falou sobre o reconhecimento da atuação da empresa em todo o Brasil: “Temos muito respeito no Brasil e fora dele, sendo premiados há muitos anos com o reconhecimentos da sociedade. Isso é fruto do trabalho do seu quadro de empregados e por ser uma empresa pública”. Membros da Diretoria da Celesc, empregados(as) e Conselheiros de Administração também participaram da cerimônia

5° Congresso do Sinergia é realizado em Florianópolis

Evento aprovou o retorno do Sinergia à CUT, após negociação sobre a moratória com a Central Sindical

O Sinergia realizou nos dias 1 e 2 de dezembro o seu 5° Congresso, em Florianópolis. Participaram do evento eletricitárias e eletricitários da Grande Florianópolis, além de dirigentes de Sindicatos, Centrais Sindicais e Movimentos Sociais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A palestra de abertura, sobre a Conjuntura da Classe Trabalhadora e o Setor Elétrico, teve como debatedores Juliane Furno, que é Doutora em desenvolvimento econômico na UNICAMP e professora da faculdade de Economia da UERJ, e Gilberto Cervinski, que é engenheiro agrônomo pela UFSM; Especialista em Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo pela UFRJ; Especialista em Economia Política pela UFES; e mestre em Energia pela UFABC. Cervinski também é integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e membro da Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia. Na palestra, Juliane falou sobre as condições para que o Brasil possa retomar a indústria e fortalecer as empresas estatais, além de lembrar da necessidade da classe trabalhadora, Sindicatos e Movimentos Sociais estabelecerem cada vez mais pautas progressistas, em contraposição ao movimento neoliberal que tenta convencer a sociedade a todo instante da retirada de direitos da classe operária, forçando a acreditar que o estado mínimo é a solução aos problemas encontrados hoje na sociedade: “temos que polarizar cada vez mais para poder puxar a corda para o nosso lado”, afirmou.

Já Cervinski lembrou que o governo federal anterior tinha como lema “Deus, Pátria e Família”, mas entregava empresas fundamentais ao desenvolvimento e soberania nacional para o capital internacional, o que é uma incoerência. Ele também afirmou que há uma tendência efetiva de migração da máquina à combustão para a máquina operada por energia elétrica, que é mais eficiente. E concluiu sua fala, traçando um paralelo sobre as dificuldades que o primeiro governo de Lula encontrou – pós-apagão na gestão FHC, com necessidade de construção de usinas e linhas de transmissão – e as dificuldades da atual gestão, muito maiores, com necessidade de reestatizar empresas e retirá-las das mãos do capital internacional, além de reduzir o alto custo da energia.

Ainda no primeiro dia, foi divulgado o resultado final do Concurso FotoGrafando a Trabalhadora e o Trabalhador. Já no segundo dia de Congresso, a categoria participou de debates com os advogados do Sinergia (escritório Garcez), de grupos de trabalho que definiram mudanças no Estatuto do Sindicato e da aprovação dos estudos sobre o patrimônio da entidade sindical. O retorno do Sinergia para a CUT, após negociação da moratória com a Central Sindical, e diversas moções também foram aprovadas – entre elas, a de repúdio aos ataques de Israel à população palestina. A mesa de encerramento do 5° Congresso foi composta somente por pessoas negras ou LGBTQIAP+, reforçando o compromisso do Sinergia com a diversidade, o respeito e a inclusão. Após a finalização do Congresso, foi realizada a Assembleia que referendou todas as decisões tomadas no evento. A Assembleia contou com a participação de Mauro Passos, ex-deputado federal, ex-vereador, ex-dirigente do Sinergia e presidente do Instituto Ideal, que falou da necessidade de manutenção da tese do Sindicato Cidadão, do Sinergia continuar ativo participando das lutas da cidade