[ELETROBRAS]Caos no brasil: apagões comprovam o fracasso das privatizações da Eletrobras e de todo o setor elétrico no país

O Brasil nunca viveu tantos problemas de apagões e quedas seguidas de energia como nos últimos meses

Após o apagão de 15 de agosto, onde sofreram desligamentos 25 estados e o DF, nas últimas semanas os quatros cantos do Brasil têm vivido um verdadeiro caos! Apagões em cidades inteiras, dificuldade no restabelecimento da energia e desculpas desencontradas dos governantes – cada vez mais perdidos em estados/municípios afetados. Afinal, por que estão acontecendo tantos apagões no país? É verdade que o recrudescimento das altas temperaturas, alavancadas pelo aquecimento global, trouxe efeito devastador no combalido setor elétrico brasileiro privatizado. Mas o outrora robusto setor elétrico deveria estar pronto para resistir a essas reações adversas ou, minimamente, estar pronto para restabelecer com velocidade e eficácia os eventos de blecaute que assolam a população. Por que isso não acontece? Há anos o Coletivo Nacional dos Eletricitários alerta para os riscos decorrentes dos processos de privatizações no setor elétrico e para as consequências que não costumam demorar nestes casos. Foram centenas de boletins, audiências públicas debatendo os efeitos de privatizações em setores de infraestrutura, fundamentais para a vida do cidadão comum.

A despeito das altas temperaturas decorrentes do aquecimento global, há uma recorrente equação de fatores que fragilizam o setor elétrico pós privatização. Primeiramente, a política de desinvestimentos que precede as privatizações na maioria das vezes ignora a necessária avaliação de modernização e até substituição de equipamentos antigos/obsoletos que, em períodos de sobrecarga, podem sucumbir. Além disso, nos períodos de alta temperatura os equipamentos de engrenagem do setor elétrico superaquecem e ficam sobrecarregados pelo alto uso de aparelhos de refrigeração e equilíbrio de temperatura. Como agravante, depois das privatizações, profissionais experientes são desligados em grandes ondas de plano demissão. E quase sempre são processos rápidos, visando diminuição do custo de pessoal e sem tempo e planejamento para transmissão do conhecimento aos novos empregados e retenção do capital intelectual para a empresa. Essa equação nefasta de desinvestimento e demissões que fragiliza o setor elétrico privatizado, que o torna mais exposto a apagões e que dificulta o restabelecimento da energia, foi usada e propagada pela Eletrobras e suas subsidiárias, bem como nas distribuidoras privatizadas nos anos 90 e tantas vezes “reprivatizadas” ao longo dos anos. A cartilha da Eletrobras é a mesma da Enel que apagou São Paulo, Goiás e interior do Rio, da Light que junto com Furnas apagou o Rio de Janeiro, a Equatorial e a Energisa apagaram o nordeste junto com a Chesf, da NeoEnergia que por vezes apagou Brasília desde a privatização da CEB. O episódio do Diretor da Enel depondo na CPI do Apagão na Assembleia Legislativa de São Paulo e a sessão interrompida por um novo apagão foi uma piada pronta.

O anúncio prévio da ENEL de que São Paulo teria novos apagões no último fim de semana foi uma sinalização de descontrole e falta de rumo. Nesse cenário, manifestações em São Paulo (Brazilândia) e Rio de Janeiro (Rocinha) e tantas outras com incêndios e barricadas são peculiares de uma população fragilizada e revoltada sempre que é tolhida de insumos necessários, essenciais para a vida, como água e energia. Quando o povo sai às ruas, a classe política se retrai, se mobiliza e tenta conter danos. No caos, o custo político é altíssimo. Cabe registrar que a “mudança de discurso” de autênticos liberais contra as empresas privatizadas como Tarcísio (governador de SP) e Ricardo Nunes (prefeito de SP) é meramente oportunista. Agora eles condenam a gestão privatizada por medo de perderem capital político no caos que toma conta do setor elétrico, mas sempre foram a favor do estado mínimo. Tarcísio modelou a privatização da Eletrobras e agora corre para privatizar a SABESP. Tarcísio e Ricardo podem ser qualquer coisa, menos burros! Sabem que a história comprova que apagões em série trazem custo político devastador e são verdadeiros cemitérios de reputação. No início deste século, a política desenfreada de liberalização do setor elétrico na Califórnia culminou com o escândalo da ENRON, derrubou o governador do estado e deu vida ao então novo governador, o ator Arnold Schwarzenegger, primeiro grande outsider na vida pública deste século – e tudo por descrença total na classe política tradicional. No Brasil, a política de desinvestimento em geração/transmissão de energia e a desenfreada privatização das distribuidoras nos anos anteriores de governo Fernando Henrique Cardoso, culminou no fatídico apagão de 2001. Chamado “carinhosamente” de racionamento de energia, começou em 17 de maio daquele ano e durou nove meses. Desde então, cerca de um terço da iluminação pública das ruas foi apagada. Como medida, o governo também determinou o racionamento por parte de consumidores residenciais e industriais no DF e mais 16 estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A conta de luz sofreu uma série de alterações, com previsão de multa e até corte de energia para quem não cumprisse as determinações de reduzir em 20% o consumo de energia elétrica. Essa crise ocorreu no último ano do segundo mandato de FHC e foi um dos fatores preponderantes para o desgaste da política de desestatizações e a quebra de ciclo de governos do PSDB (partido de FHC).

Agora, no apagão de 15 de agosto, quando o Brasil ficou às escuras, ninguém foi procurar o presidente da Eletrobras privatizada, apontada desde o início como responsável pelo evento zero. Procuraram o Ministro de Minas e Energia, o Diretor Geral da ANEEL e o Diretor Geral do ONS. É sempre assim: o serviço é privado, mas a concessão é pública. O custo político das privatizações no setor de energia elétrica é avassalador quando a conta chega. E é sempre o governo que paga! No governo Bolsonaro, quando o estado do Amapá apagou por 22 dias por conta de desinvestimento, péssimo equipamento e quarteirização de mão de obra, por má gestão de uma empresa espanhola de uma linha de transmissão, quem socorreu o estado foi a Eletrobras Eletronorte, que ainda era pública. E agora, quando a Eletrobras privada falhar, quem a socorre? Pelo mundo, segundo estudo do Transnational Institute, mais de mil empresas foram reestatizadas neste século, com destaque para países centrais do capitalismo, como EUA, França e Alemanha. Os principais setores reestatizados foram os serviços públicos essenciais: desde fornecimento de água e energia, até coleta de lixo. A onda das reestatizações ocorre 30 anos depois da epidemia neoliberal que tomou conta da Europa e EUA no fim dos anos de 1970 e no início de 1980.

O diagnóstico para a retomada de serviços essenciais ao Estado é quase sempre o mesmo: não há investimento para expansão e manutenção da malha e, com isso, há piora nos serviços. As tarifas crescem e as agências reguladoras perdem poder por conta de decisões judiciais e a maior parte dos lucros e dividendos são desnacionalizados, uma vez que a maior parte das vencedoras de leilões pelo mundo são empresas multinacionais, sediadas em outros países. Na contramão do mundo, o Brasil privatizou a Eletrobras no governo Bolsonaro, e o atual Ministro de Minas e Energia sugere simplesmente estender por 30 anos as falidas concessões privatizadas de distribuição de energia. Por tudo isso, é imperativa a discussão do futuro dessas concessões, do controle dessas empresas. No caso da Eletrobras, gigante do setor de geração, transmissão, transformação e comercialização de energia, é fundamental que se dê celeridade às ações para a retomada do poder de voto e intervenção da União na Assembleia de Acionistas. A discussão está no Supremo Tribunal Federal através da Ação Direta de Inconstitucionalidade 7385/2023.

No caso das distribuidoras privatizadas nos anos 1990 que prestam péssimos serviços em todo o Brasil, a solução proposta de renovação automática das concessões é absurda! É naturalizar apagões e legitimar o descaso com a população que paga caro por um serviço de baixa qualidade. É preciso avaliar caso a caso e ampliar o debate! Ou levamos esse assunto a sério enquanto há tempo ou vamos amargar as consequências de um descontrole generalizado no setor elétrico brasileiro privatizado. Por fim, o Coletivo Nacional dos Eletricitários alerta: se nada for feito pelo Governo Lula naquilo que lhe cabe, se todos os pedidos para intervenção do Estado Brasileiro enquanto Poder Concedente no setor elétrico brasileiro forem ignorados, continuaremos tendo apagões cíclicos, em espiral, e os donos das empresas no máximo vão sair do Brasil e gastar suas fortunas acumuladas em alguma ilha paradisíaca. Mas o governo será responsabilizado e como sempre pudemos ver, o custo político é alto. Que haja luz para iluminar as melhores decisões. Nós, do CNE, como sempre, avisamos.

Sigamos na luta!

[CGT ELETROSUL] Dissídio de natureza jurídica referente ao PDV 2023 tem acordo homologado pelo TST

Processo de mediação junto ao Tribunal Superior do Trabalho chega ao fim

Após uma suspensão temporária dos desligamentos relativos ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) 2023 em toda a Eletrobras, foi concluído o processo de mediação e homologado o acordo pelo Ministro Vice-Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O acordo homologado que pôs fim ao Dissídio revogou a suspensão que vigorava dos desligamentos e estabeleceu um novo cronograma que, na prática, protelou o restante dos desligamentos. O Acordo também determinou a reabertura do PDV, nas mesmas condições, porém, limitado a 101 novas inscrições – de forma a preservar o entendimento da cláusula relativa ao PDV no ACT Nacional vigente, com os limites de trabalhadores a serem desligados, a fim evitar a deterioração completa do quadro de pessoal.

“A Intersul orienta aos trabalhadores que a solicitação seja encaminhada diretamente à empresa com cópia para o Sindicato que o representa, a fim de que os Sindicatos possam acompanhar e melhor fiscalizar o cumprimento do que foi acordado na mediação pelo TST”

O cronograma definido na mediação pelo TST prevê que os desligamentos dos trabalhadores que atuam na operação e manutenção serão efetivados somente depois de janeiro de 2024, assim como os trabalhadores que atuam no Centro de Serviços compartilhados. Os demais trabalhadores inscritos que não atuam nas áreas mencionadas serão desligados em três etapas, sendo a primeira ainda em outubro de 2023, com limite de 150 desligamentos, a segunda etapa em novembro de 2023, com mais 150 desligamentos, e a terceira etapa em dezembro de 2023, com mais 200 desligamentos. Cabe destacar que o aceite do pedido de desligamento, bem como a data efetiva continua sendo prerrogativa da empresa, em função da necessidade de avaliar a segurança operacional e a continuidade dos negócios. Cada trabalhador inscrito, portanto, será notificado da previsão de sua saída pela empresa. Todavia, caso qualquer trabalhador inscrito deseje antecipar a sua saída, poderá solicitar à empresa, que vai avaliar cada caso em particular. A Intersul orienta aos trabalhadores que a solicitação seja encaminhada diretamente à empresa com cópia para o Sindicato que o representa, a fim de que os Sindicatos possam acompanhar e melhor fiscalizar o cumprimento do que foi acordado na mediação pelo TST.

Quanto às inscrições para as 101 vagas restantes do PDV 2023, estas serão abertas somente depois da chamada “virada de chave”, quando todos os trabalhadores conhecerem sua lotação atualizada. A forte atuação das representações sindicais no dissídio também trouxeram algumas garantias importantes para os trabalhadores. O acordo homologado estabelece a obrigação da empresa dar a devida transparência do processo de desligamentos aos empregados e aos sindicatos signatários do acordo. Outra conquista importante foi a garantia de que qualquer trabalhador que tenha aderido ao PDV no prazo original ou na reabertura e que seu desligamento tenha sido recusado pela empresa, terá direito à indenização prevista no PDV, caso venha a ser demitido sem justa causa posteriormente. A indenização será devida pela Eletrobras ou por quem vier a sucedê-la, mesmo depois de 30 de abril de 2024

Primeira rodada de negociação do ACT sem avanços

Debate sobre reajuste salarial não veio na primeira reunião

A primeira rodada das negociações para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024 na Engie Brasil foi realizada no dia 21 de setembro, sem avanços para a Pauta dos empregados. Na oportunidade, a empresa apresentou a sua Pauta de Reivindicações, com proposta de alteração em três cláusulas do ACT – Vigência, Rescisão de Contrato de Trabalho e Turno de Revezamento. – Vigência de um ou dois anos?

O prazo mais comum para vigência de Acordo Coletivo é um ano. Nesta situação, todo ano são renegociadas todas as cláusulas do ACT com a possibilidade de melhoria nas cláusulas atuais e contratação de novas cláusulas. Já nos Acordos Coletivos de Trabalho com vigência de dois anos, é ajustado que ao final do primeiro ano serão renegociadas tão somente as cláusulas econômicas. A proposta da Engie apresentada em mesa tem como vigência o prazo de dois anos. – Reajuste e Aumento Salarial A posição da empresa em mesa de negociação sobre o Reajuste Salarial interrompe uma série histórica de seis anos, desde 2017, em que a empresa apresentava já na primeira rodada das negociações o reajuste dos salários pela inflação do período. Na primeira reunião deste ano, a empresa argumentou que pretende repor a inflação desde que o valor fique abaixo do orçado. Neste item, o Reajuste Salarial pela inflação é o ponto de partida, pois todos os empregados merecem ser valorizados e não só “os melhores” como é praticada pela Distribuição de Méritos, que é considerada insuficiente para retribuir o comprometimento do conjunto dos empregados. Outra condição que é causa de enorme insatisfação dos empregados é a não recomposição das faixas salariais do PCR pelo mesmo valor do reajuste dos salários na data base. Em consequência disso, só no período deste Acordo Coletivo, os empregados admitidos ou promovidos estão com sua remuneração 6,47% abaixo do que deveriam estar, causando assim, diminuição da massa salarial. – Transparência no Plano de Cargos e Recompensas Nos debates em relação a transparência e distribuição de méritos, cláusulas 14 e 15 da Pauta de Reivindicações, os dirigentes sindicais foram surpreendidos quando a comissão de negociação da empresa afirmou desconhecer promoções sem repercussão financeira, o que equivale afirmar que todas as promoções têm repercussão financeira. A segunda rodada de negociação está marcada para o dia 27 de setembro (após o fechamento desta edição do Linha Viva).

Participantes elegem chapas apoiadas pela Intercel e APCELESC para Conselho Deliberativo da CELOS

Chapas 1 e 2 tiveram a confiança de mais de dois mil e cem eleitores cada uma

As chapas 1 e 2, apoiadas pelos Sindicatos da Intercel e pela Apcelesc (Associação dos Aposentados e Pensionistas da Celesc), foram vitoriosas nas eleições do dia 21 de setembro, quinta-feira da semana passada, para o Conselho Deliberativo da CELOS. Ambas as chapas obtiveram mais de 37% dos votos válidos, ou seja, mais de 2.100 votos cada chapa, de um total de 5.655 votos. Puderam votar no pleito, além de celesquianos(as), aposentados(as), pensionistas e trabalhadores(as) da Fundação. A campanha das duas chapas vencedoras percorreu todas as regiões do estado em um mês, dialogando, ouvindo críticas, sugestões e apresentando propostas. João Roberto Maciel e Alei Vargas (Chapa 1) e Geraldo Prus e Paulo Xavier (Chapa 2) foram eleitos e deverão ser empossados em janeiro de 2024. Em vídeo divulgado nas redes sociais da Intercel logo após a divulgação do resultado da eleição, João Maciel agradeceu o apoio e a votação expressiva das chapas 1 e 2: “Serão mais quatro anos de mandato a partir de janeiro e podem ter certeza que os compromissos que nós temos e que ratificamos durante nossa percorrida por todo o estado novamente serão ratificados com o nosso trabalho, com o nosso esforço, na manutenção da Celesc Pública, na manutenção dos direitos já adquiridos. Esse é um compromisso que nós temos juntamente com a Intercel e com a Apcelesc, que é quem sempre deu o suporte para que possamos fazer o nosso melhor trabalho dentro da Fundação”. O Conselheiro reeleito completou: “De coração, quero agradecer tanto em nome da chapa 1, como da chapa 2, e de todos os que tiveram envolvidos nesse processo”. CELOS completa 50 anos: na terça-feira da semana passada, dia 19, durante um intervalo nas negociações do Acordo Coletivo na Celesc, as diretorias da CELOS, Celesc, dirigentes sindicais e trabalhadoras(es) se reuniram na sede da companhia de energia, no Itacorubi, para celebrar os 50 anos de atuação da Fundação. O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, destacou no ato o desafio da implantação de uma opção mais acessível de plano de saúde, que deverá passar a viger até o fim deste ano.

Categoria aprova em assembleias contraproposta ao ACT 2023/2024

Acordo Coletivo teve reajuste das cláusulas financeiras pelo INPC e avanço na isonomia para novos empregados

Após sete rodadas de negociação bastante difíceis, com indícios de que a empresa estava disposta ao enfrentamento, finalmente os Sindicatos da Intercel conseguiram receber da Direção da Celesc uma proposta com possibilidade de aprovação pela categoria. No final da semana passada, a Intercel promoveu assembleias com trabalhadores e trabalhadoras em todas as regiões do estado e a proposta negociada com a empresa foi aprovada pela ampla maioria dos votantes – afastando assim a possibilidade de greve. Resultado das Assembleias Regionais e da Assembleia Estadual deste ano, um dos principais objetivos na construção desse ACT era não apenas a manutenção de direitos já conquistados mas também avanços, em especial, nas cláusulas de isonomia (anuênio e gratificação diferenciada de férias), reivindicadas pela Intercel desde 2017 e negadas pela Diretoria da empresa desde então. E se no Acordo passado foi possível evoluir, com a criação de um Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de discutir a extensão desses direitos e com o retorno da cláusula de Gratificação de 25 anos, nesse ACT seguimos avançando, com a conquista de parte da cláusula de Gratificação Diferenciada de Férias, que a partir de outubro será de 50% (33,33% constitucional mais 16,67% contratados no ACT). Na lógica anterior, os trabalhadores que ingressaram na empresa até setembro/2016, em seus primeiros cinco períodos de férias recebiam apenas o terço constitucional, ou seja, precisavam aguardar um “pedágio” para receber os 50%, que agora serão pagos já a partir das primeiras férias dos celesquianos. O GT que estuda a extensão do pagamento do Anuênio.

“A manutenção dos direitos

e os avanços conquistados só

foram possíveis por conta da

mobilização, união e disposição

de luta da categoria”

e da Gratificação Diferenciada de Férias (agora na tentativa de retomada da lógica anterior, de pagamento de 83% a partir dos 10 anos de empresa) também será mantido, para que Sindicatos e Celesc possam seguir avaliando os números e estudando as possibilidades para conceder a isonomia. Segundo Marlon Gasparin, coordenador da Intercel, a manutenção dos direitos e os avanços conquistados só foram possíveis por conta da mobilização, união e disposição de luta da categoria: “precisamos reconhecer o empenho daqueles e daquelas que se dispuseram a lutar e a participar da paralisação do dia 13 de setembro. Somente após a rodada de negociação no dia da paralisação conseguimos perceber os avanços. Até ali, a negociação estava completamente travada e indicando a possibilidade de perda de direitos conquistados a duras penas”. Nas próximas semanas, a Intercel providenciará a diagramação e impressão do livreto do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024, a ser entregue a todos os filiados aos sindicatos que compõem a entidade. CARTA DE OPOSIÇÃO: uma das cláusulas acordadas entre Intercel e Celesc é a da contribuição negocial, que prevê o desconto da quantia de 6% sobre o saláriofixo do trabalhador que não é sindicalizado. Caso o trabalhador deseje se opor ao desconto, deve apresentar carta assinada de próprio punho, a ser entregue pessoalmente na sede do Sindicato ou encaminhar carta individualizada com Aviso de Recebimento por correio, também na sede do Sindicato de sua base. O prazo para recebimento das cartas é de 30 dias a partir da data da Assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho, conforme previsto na cláusula.

Intercel e direção da Celesc iniciam negociações do ACT 2023/2024

Categoria vê retrocessos nas quatro primeiras rodadas

Sindicatos da Intercel e direção da Celesc finalmente iniciaram as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/24. A primeira rodada de negociação foi realizada no dia 1° de setembro e as rodadas seguintes ocorreram nos dias 6, 8 e 13 de setembro. Até o fechamento desta edição (dia 13) as negociações estavam praticamente travadas, com a empresa se negando a debater cláusulas econômicas e buscando retirar direitos conquistados com muita luta ao longo de anos. Durante a negociação desta quarta-feira, a categoria fez uma paralisação das 6h até as 17h, como forma de demonstrar a insatisfação com os rumos da negociação. De acordo com Marlon Gasparin, Coordenador da Intercel, a proposta da Diretoria da empresa é bastante ruim, considerando que a empresa tem registrado bons índices financeiros e que a categoria tem trabalhado arduamente, faça chuva, faça sol, para prestar um serviço de qualidade à população catarinense: “o mínimo que se espera da Diretoria da empresa é a demonstração de respeito e reconhecimento do empenho de celesquianas e celesquianos com um bom Acordo Coletivo. O reconhecimento que a empresa tanto faz através de comunicados e e-mails parabenizando a categoria precisa ser transformado em um bom Acordo Coletivo”. Além disso, há grandes preocupações com a negativa da empresa até o momento em debater as cláusulas da isonomia (anuênio e gratificação diferenciada de férias) e com os ataques e tentativa do desmonte da estrutura sindical, reduzindo o número de dirigentes liberados de 13 mais 200h para 11. Marlon explica que “a categoria deu um recado claro nas Assembleias Regionais e na Assembleia Estadual de que não poderíamos retroceder em direitos e que é necessário avançar. Tivemos uma boa surpresa na primeira rodada, com a renovação da cláusula de garantia de emprego, com a concessão de mais um ano igualmente, mas nas cláusulas seguintes, igualmente importantes, tivemos retrocessos”. Novas rodadas de negociação estão agendadas para esta quinta-feira (dia 14) e sexta-feira (dia 15). Caso não seja vencido o debate de todas as cláusulas nesta semana, novas rodadas poderão ocorrer na próxima semana. A princípio, as Assembleias de avaliação da contra-proposta da empresa estão agendadas para o dia 21 de setembro (próxima quinta-feira). Contudo, essa data poderá ser antecipada ou até mesmo adiada, dependendo do rumo das próximas rodadas de negociação. Não havendo consenso em mesa e a categoria rejeitando a proposta final da Direção da Celesc, será deliberada a proposta de greve por tempo indeterminado, o que, pela agenda da Intercel, iniciaria no dia 25 de setembro. Acompanhe as concentrações e os Boletins da Intercel e fique informado(a) sobre o andamento das negociações.

Paralisação em todo o estado mostra união da categoria e desejo de avanços no ACT

Celesquianos não aceitam retrocessos no ACT

Mais uma vez a categoria eletricitária de Santa Catarina mostrou força, unidade e disposição de luta: celesquianos e celesquianas paralisaram suas atividades nesta quarta-feira, dia 13, em defesa de um Acordo Coletivo de Trabalho justo e pedindo o respeito da Diretoria à Pauta de Reivindicações. A paralisação se deu após três rodadas de negociação praticamente sem avanços e com vários retrocessos. Entre eles, a proposta de redução da estrutura sindical e a negativa da empresa em negociar cláusulas financeiras e a isonomia nas três primeiras rodadas de negociação. A paralisação foi um recado para o governo do estado intermediar e solucionar o conflito, para que o impasse não leve a categoria a uma possível greve a partir do término das negociações.

Eleições para o Conselho Deliberativo serão realizadas na próxima quinta-feira, dia 21

Intercel e Apcelesc apoiam e pedem o voto para as chapas 1 e 2

Na próxima quinta-feira, dia 21, serão realizadas as eleições para o Conselho Deliberativo da CELOS. Conforme já divulgado na edição passada do jornal Linha Viva, os Sindicatos da Intercel e a Apcelesc apoiam as chapas 1 (João Roberto Maciel e Alei Machado) e 2 (Geraldo Prus e Paulo Oliveira), candidaturas comprometidas com celesquianos e celesquianas e com a luta da manutenção da Celesc Pública e de uma CELOS Forte. É importante que a categoria não esqueça que tem direito a dois votos, ou seja, pode votar nas duas chapas apoiadas pela Intercel e pela Apcelesc. Os candidatos seguem percorrendo o estado. Na semana passada, percorreram a Administração Central e loja de atendimento de Florianópolis e dialogaram com aposentados em Tubarão, Itajaí, Blumenau e em Tijucas. Nesta semana estão visitando as Regionais da Celesc e dialogando com aposentados em Mafra, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Joinville, Rio do Sul, Blumenau e Itajaí. Na próxima semana, fecharão a campanha visitando colegas da Regional Florianópolis. Dê seu voto de confiança nas chapas 1 e 2, pelo fortalecimento da CELOS e para que tenhamos conselheiros verdadeiramente comprometidos com a defesa dos direitos de celesquianos e celesquianas.

Abertas as inscrições para o concurso Foto Grafando a Trabalhadora e o Trabalhador

Estão abertas as inscrições para o concurso Foto Grafando a Trabalhadora e o Trabalhador.  

Qual o objetivo?  O objetivo do concurso é estimular a arte de fotografar, propiciando às pessoas participantes uma reflexão sobre as várias faces do trabalho, apresentando uma visão do cotidiano das trabalhadoras e trabalhadores. 

Qual o tema? Trabalhadoras e trabalhadores, desenvolvendo seu trabalho, seja ele na rua, nas empresas ou em qualquer situação que revele a força do trabalho em nosso cotidiano.

Quem pode se inscrever? Eletricitárias e eletricitários, próprios, terceiros e aposentados (Celesc, CGTEletrosul, Engie, Cerej, CSC, Statkraft, AXS, São Sebastião, Foz de Chapecó e funcionárias, funcionários e estagiárias do Sinergia, extensivo a familiares (cônjuges e filhos, exclusivamente).

Parte das fotos selecionadas farão parte do calendário 2024 do Sinergia.

Inscrições até 25 de outubro de 2023.

Baixe o regulamento clicando aqui.

Sinergia promove 24ª edição do Projeto Meia Hora

O Sinergia promoveu entre os dias 16 e 18 de agosto a 24ª edição do Projeto Meia Hora. Nesta edição, as apresentações de dança e aula de música foram realizadas nas sedes da Celesc e CGT Eletrosul e também na ARFLO. Foram parceiras a escola de dança Garagem da Dança e Luciana Corrêa Professora de Canto.


De acordo com Caroline Borba, diretora de Cultura do Sinergia, o objetivo do Projeto é levar arte e cultura aos postos de trabalho: “O Meia Hora existe desde a década de 90 e ficou suspenso por alguns anos por conta da pandemia. Nossa ideia agora é fazer uma avaliação dessa retomada, aprimorar e ajustar alguns pontos e estabelecer uma periodicidade de apresentações não apenas na Celesc e CGT Eletrosul, mas também em outras empresas”.


Júlia Souza, trabalhadora do Sinergia, relata que o Sinergia sempre foi pioneiro na questão cultural na Grande Florianópolis: “Esse é um Sindicato que pensa a vida do trabalhador como um todo, não apenas na questão de salário e direitos laborais, mas também na necessidade do trabalhador e da trabalhadora terem acesso à arte, cultura”.


Além do Projeto Meia Hora, o Sinergia também tem outras ações culturais, como o Concurso Literário Conto & Poesia, oficinas de artes e parcerias com diversas instituições culturais (como cinemas e escolas de cerâmica) para pessoas sindicalizadas. Para conhecer melhor todos os projetos, acesse: www.sinergia.org.br .

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1587 de 31 de agosto de 2023

Coletivo Nacional dos Eletricitários se reúne com novo presidente da Eletrobras

Representantes da categoria eletricitária estiveram reunidos, na segunda-feira, dia 28, com o novo presidente da Eletrobras, Ivan de Souza Monteiro. Foi uma reunião de apresentação, na qual o presidente da empresa se mostrou aberto ao diálogo e afirmou ntransparência nas ações da companhia. O encontro ocorreu na sede da Eletrobras, no Rio de Janeiro. Os eletricitários, representados pelos presidentes da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), Paulo de Tarso; da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE), Raimundo Lucena; da Federação Regional dos Urbanitários do Sudeste (FRUSE), Esteliano Neto; e por coordenadores do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Nailor Gato (vice-presidente da FNU), Júlia Margarida, Fabíola Antezana, Cecy Marimon (pela Intersul/Sinergia) e Emanoel Mendes; relataram ao presidente a atual situação vivida por trabalhadores, que estão submetidos à retirada de direitos e ao grande número de demissões, propondo que a empresa suspenda de imediato todas as demissões.


Paulo de Tarso, da CNU, explicou que o quadro profissional da empresa já está bastante reduzido e é arriscado acontecer mais apagões no País, justamente devido à falta de técnicos capacitados e experientes.


Ivan Monteiro se comprometeu em proporcionar treinamento aos novos empregados e agendou uma próxima reunião com os dirigentes para 28 de setembro, assim como prometeu a reabertura dos trabalhos das comissões temáticas.


No dia 22 de agosto, o Conselho de Administração da Eletrobras confirmou a eleição de Ivan de Souza Monteiro para o cargo de presidente da companhia. Ele ocupará a função de CEO até 1º de maio de 2025 em substituição a Wilson Ferreira Jr, que assumiu em maio de 2023 e deixou o posto em 14 de agosto. Até então, Ivan ocupava a presidência do Conselho de Administração da Eletrobras. Também já foi CEO da Petrobras e vice-presidente do Banco do Brasil.


Texto: reprodução FNU

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1587 de 31 de agosto de 2023

Eleições da Celos: Chapas 1 e 2 percorrem o estado pedindo o voto e dialogando com a categoria

As duas chapas apoiadas pelos Sindicatos da Intercel que concorrem ao Conselho Deliberativo da Celos estão percorrendo os postos de trabalho da Celesc em todo o estado. As chapas 1 (João Roberto Maciel e Alei Machado) e 2 (Geraldo Prus e Paulo Oliveira) têm como propostas a defesa intransigente da manutenção da Celesc Pública, o equilíbrio na representação dos participantes, a segurança nos investimentos e aplicações, a manutenção de conquistas e cobranças de melhorias no Plano de Saúde, além da sustentabilidade e modernização nos Planos Previdenciários. A campanha inciou no dia 21 de agosto e as eleições ocorrerão de forma 100% on line, no dia 21 de setembro. Nessas primeiras duas semanas de campanha, os candidatos apoiados pela Intercel já visitaram as Regionais da Celesc em São Miguel do Oeste, Chapecó, Videira, Joaçaba, Lages, Criciúma e Tubarão. Hoje e amanhã as chapas visitarão os trabalhadores da Celos em Florianópolis. Na próxima semana, eles visitarão trabalhadores da Administração Central da Celesc e terão reuniões com aposentados em Tijucas, Tubarão e Blumenau.


A decisão da Intercel de apoiar chapas para o Conselho Deliberativo da Celos é fruto de deliberação dos delegados que participam dos Congressos dos Empregados da Celesc, após votação. O último Congresso onde foi reafirmada essa decisão ocorreu em maio de 2022, em Joinville, com a participação de 300 empregados de todo o estado. A Intercel reforça o pedido de voto nas chapas 1 e 2 e lembra a categoria da importância do fortalecimento da Celos com representantes que, de fato, lutem pelos direitos de trabalhadores da ativa e aposentados.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1587 de 31 de agosto de 2023