Em 6 de novembro, vote Henri Claudino para o Conselho Deliberativo da Celos

Na próxima quarta-feira, 6 de novembro, será realizada a eleição para uma vaga do Conselho Deliberativo da Celos. O Conselho é formado por três integrantes indicados pela patrocinadora (e seus suplentes) e três integrantes indicados pelos participantes, também com seus respectivos suplentes. A eleição de 6 de novembro é para a suplência de uma das vagas dos eleitos pelos participantes e tem apenas uma candidatura concorrendo, apoiada pela Intercel e pela Associação dos Aposentados e Pensionistas da Celesc – a APCelesc. O candidato é Henri Claudino, empregado da Celesc há 35 anos e que ingressou na empresa como eletricista na Regional de Tubarão. Henri é graduado em Administração de Empresas e Gestão da Previdência Complementar e pós-graduado em Mercado Financeiro e de Capitais. Ele possui as certificações Gestão de Riscos Financeiro, Diversificação de Investimentos na Prática, Gestão de Investimentos de Fundos de Pensão, Investindo em Renda Variável e Gerenciamento de Risco de Mercado. O candidato foi dirigente sindical liberado pelo Sintresc de 2004 à 2014, tendo sido coordenador da Intersindical dos Eletriciários de Santa Catarina – INTERCEL. Neste período foi eleito para representar os participantes no Conselho Deliberativo da Celos por um mandato (2010 – 2013), tendo sido membro titular do Comitê de Investimentos. Henri foi eleito com apoio da Intercel e da APCelesc para a Diretoria Administrativa-Financeira da Celos por dois mandatos (2015 – 2022), onde conduziu um processo de reestruturação dos investimentos, melhorando a governança e a rentabilidade dos planos e dos benefícios dos trabalhadores. É fundamental que a categoria participe do pleito dando seu voto de confiança a Henri. É preciso que o candidato tenha uma votação expressiva para dar legitimidade à sua atuação no Conselho Deliberativo. Dia 6 de novembro vote Henri Claudino para o Conselho Deliberativo da Celos. Candidato percorre postos de trabalho na Celesc O candidato Henri Claudino está percorrendo os postos de trabalho na Celesc desde o dia 8 de outubro. A agenda de campanha iniciou na Agência Regional de São Miguel do Oeste e já passou por Chapecó, Concórdia, Videira, Joaçaba, Lages, Criciúma, Tubarão, Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e Mafra. Nessa semana, Henri visita as Regionais de Blumenau, Rio do Sul, Itajaí e Florianópolis, além da sede da Celos, na capital. Na próxima semana, a campanha percorrerá as salas da Administração Central da empresa.

Mulheres cineastas de SC apresentam filmes inéditos no Festival de Cinema em Garopaba

Nascida em Tubarão, Eglê Malheiros, de 96 anos, que é exemplo da presença feminina na história do cinema catarinense, é um dos destaques da 3ª edição do FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba, que acontece de 4 a 9 de novembro. É que no dia 7 de novembro, a partir das 19h, o documentário “Eglê”, dirigido por Adriane Canan e produzido por uma equipe técnica formada só por mulheres, será exibido de graça na Praça Central de Garopaba. Segundo a diretora, Eglê foi a primeira mulher catarinense roteirista de cinema. Junto ao companheiro Salim Miguel, escreveu roteiro e argumento do primeiro longa-metragem filmado no estado, “O preço da ilusão”, 1957, uma epopeia que marcou época em Florianópolis pelas mãos dos jovens do Grupo Sul. Antes, em 1952, pelas Edições Sul, publicou seu primeiro livro de poemas, intitulado Manhã. “O documentário ‘Eglê’ tem como intenção jogar luz sobre a história de Eglê Malheiros, uma mulher de vanguarda de Santa Catarina em várias áreas, como política, cinema, literatura, tradução e outras. Ela foi a única mulher a integrar o Grupo Sul”, compartilha Adriane. Com produção da Margot Filmes e coprodução da Lilás Filmes e da Calêndula Filmes, o documentário produzido em 2023 com recursos do Prêmio Catarinense de Cinema 2019 – Fundação Catarinense de Cultura (FCC), ANCINE/FSA (Arranjos Regionais), circulou por festivais nacionais e recebeu o Prêmio de Melhor Longa Nacional no VII Curta Lages – Festival Internacional de Cinema (2024) e Menção Honrosa na Mostra de Audiovisual do Seminário Internacional Fazendo Gênero 13 (2024), em Florianópolis. Natural de Quilombo, formada em Jornalismo e com Mestrado em Literatura Brasileira pela UFSC, Adriane, que cursou também a oficina de Roteiro Avançado na Escuela de Cine y Televisión de San Antonio de Los Baños, em Cuba, está feliz em poder participar do FICA Garopaba. “É muito interessante participar de festival em uma cidade como Garopaba, pois, além de apresentar filmes nacionais e internacionais, festivais como o FICA possibilitam o acesso ao que é produzido aqui e em outros lugares a outras pessoas, a um espectro maior de público. É um caminhar de políticas públicas de inclusão de públicos e realizadoras/res”, destaca a diretora que entrou no mundo do cinema incentivada pela vontade de contar histórias e de encontrar caminhos narrativos, de linguagem e estéticos que destoam do dito cinemão. Já o documentário “Plantadeira”, que será exibido no sábado, dia 9, às 18h, marca a estreia de Sheide Mara como diretora. Nascida em Florianópolis, e morando desde 2018 em Garopaba, a terapeuta que trabalha com foco em práticas integrativas que unem arte, música e o cultivo de plantas para promover saúde e bem- -estar, está contente por integrar a programação do FICA. “É uma emoção poder participar de um Festival desse porte aqui na nossa região. E estar transmitindo a mensagem da importância das plantas em seus diversos usos é de grande valor, ainda mais por tudo que estamos vivenciando hoje com essa crise climática, é essencial que valorizemos o cuidado com a terra e o poder das plantas para a cura do corpo, da mente e do espírito”, destaca. Com abordagem que integra corpo, mente e ambiente, Sheide conta que busca transformar a relação das pessoas com seu próprio bem-estar e com a terra. “O cinema nunca foi a minha área, meu grande sonho era implementar hortos de plantas medicinais na cidade. E com a oportunidade da Lei de incentivo Paulo Gustavo, decidimos gravar o documentário sobre o poder das plantas e mulheres plantadeiras da nossa região”, conclui. Produção em Garopaba Totalmente produzido na cidade de Garopaba, o curta-metragem “A Última Primavera”, dirigido por Michelly Hadassa, promete ser uma das sensações do FICA Garopaba. É que a produção, que conta com parte da equipe e elenco da cidade do Litoral de SC, foi premiada recentemente pelo Júri Popular no 28º Florianópolis Audiovisual Mercosul – FAM 2024. Esse é o terceiro filme produzido por Michelly, que tem no currículo a participação em mais de 100 produções audiovisuais, curtas e longas-metragens, filmes publicitários e séries para TV. Morando há 25 anos em Garopaba, a gaúcha de Estrela, conta que o interesse pelo cinema surgiu a partir de uma imensa vontade de contar histórias e de transformar pessoas. “Muitos são os filmes que nos tocam e nos trazem lições, toda criança já viveu um momento no qual queria ser um super-herói ou uma princesa de contos de fadas. Quando comecei a estudar Cinema, percebi que me identificava mais com filmes que mostrassem a minha realidade, filmes pelos quais era possível eu me colocar naquele lugar e sonhar com uma vida melhor. Aí, obviamente, começam os questionamentos sobre diversidade temática, gênero e raça”, compartilha. Michelly conta que foi após o falecimento dos pais que escreveu o roteiro do filme “A Última Primavera”. “Me tornei mãe, descobri da pior forma como é difícil fazer arte e sobreviver dela, quando se tem filhos, é difícil ser mulher e continuar sonhando após a maternidade. É preciso mais do que força para sobreviver numa sociedade patriarcal e conservadora”, afirma. O curta será exibido dentro da Mostra Vozes Veladas, com filmes Catarinenses, a partir das 18h do dia 9 de novembro. Para Michelly, a oportunidade de exibir o filme em Garopaba, principalmente dentro da programação de um Festival de Cinema tão importante como o FICA, é muito importante. *Com coordenação de Cristovam Muniz Thiago, a 3ª edição do FICA Garopaba deve atingir um público de 2.300 pessoas nos cinco dias de evento. Serão realizadas ações gratuitas presenciais e com classificação livre na praça e nos demais espaços culturais e educacionais de Garopaba e nas cidades de Imbituba, Laguna e Florianópolis. A programação completa está disponível no @fica.garopaba. O Projeto Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba – 3ª edição é realizado com recursos do Prêmio Catarinense de Cinema, edição especial Paulo Gustavo/2023.

PLR 2024 Eletrobras

PLR 2024 Eletrobras O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) solicitou à direção da Eletobras o agendamento da reunião da Comissão Paritária que vai discutir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2024. A Intersul espera que a reunião seja confirmada para a semana de 11 de novembro. Intersul pede outra reunião com Eletrobras A Intersul também solicitou à Eletrobras uma reunião para debater outros pontos pendentes. Entre eles, correspondências sem respostas (como o cumprimento da legislação art. 93 da Lei n° 8.213/1991 e aplicação integral do índice de reajuste salarial na data-base), problemas na emissão do PPP de trabalhadores que atuam na área de risco, considerações e nivelamento de informações sobre o número de adesões ao PDC, demissões na CGT Eletrosul e quantitativo de empregados admitidos, entre outros assuntos. GT da Previdência no CNE O Grupo de Trabalho da Previdência do CNE se reuniu no dia 30, com participação dos conselheiros eleitos nas Fundações, para discutir os encaminhamentos necessários em defesa da manutenção das Fundações. A Eletrobras está atuando para unificar todos os fundos de pensão e os trabalhadores e trabalhadoras discutirão estratégias em defesa de seus direitos e das Fundações.

Parlamentares defendem caráter público da Celesc

Deputados estaduais e um vereador da capital fizeram na semana passada pronunciamentos enaltecendo o trabalho de celesquianas e celesquianos e o cará ter público da Celesc. As manifestações foram realizadas no momento em que parte do estado de São Paulo vicenciava o apagão prolongado pela incompetência e pela falta de profissionais da companhia de energia privada Enel. Na Assembleia Legislativa, o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que participa todos os anos das Assembleias dos Empregados da Celesc, disse que “em me nos de um ano, a maior cidade do País enfrenta seu terceiro grande apagão. A Enel, empresa privada que detém a concessão de energia elétrica, mostrou que não tinha um plano para evitar apagões, nem agiu rapidamente diante dessa crise. Essa empresa reduziu o número de equipes próprias e também terceirizadas, ampliou inacreditavelmente os lucros e precarizou o serviço prestado à população”. Na sequência, Caropreso relatou que trouxe o tema pois não consegue olhar para essa situação “sem sentir um grande orgulho da nossa Celesc e dos celesquianos. A Celesc é uma das poucas distribuidoras de energia públicas num setor ampla mente privatizado e está entre as melhores concessionárias do País, segundo a ANEEL. Pesquisa de satisfação entre os consumidores comprova isso que acabei de afirmar”. Por fim, o deputado falou que “o lucro é importante para qualquer empresa, mas deve haver equilíbrio para garantir que a qualidade do atendimento à população esteja sempre em primeiro lugar. Não é só São Paulo que sofre com a concessionária de energia: A tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul esse ano expôs as deficiências de outra concessionária privada, a Equatorial. (…) Por isso, precisamos garantir que a Celesc esteja sempre preparada, com quadro próprio de trabalhadores em quantidade sufi ciente para atender às demandas do povo catarinense e do aumento do consumo de energia. Ter um quadro próprio significa resposta rápida”. Na mesma linha se pronunciou o deputado Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL): “Era uma empresa pública a Eletropaulo. Foi privatizada para a Enel. Essa privatização fez uma redução significativa do quadro de funcionários, quase 40%. Isso traz uma consequência do modelo de privatização, que essa empresa que presta o serviço tem o compromisso com o lucro e não o compromisso de entregar um serviço de qualidade”. Marquito chamou outros parlamentares para o debate: “Quero principalmente trazer para esse parlamento, que tem uma tarefa funda mental, que é defender a Celesc enquanto instituição pública: nós passamos por um ciclone bomba em 2020, uma das maiores catástrofes em Santa Catarina, e a Celesc conseguiu recuperar em menos de 3 dias 100% das ligações de energia elétrica. A Celesc, por ser pública, garante um dos serviços mais baratos de distribuição de energia elétrica e precisamos compreender que o caminho é a manutenção da Celesc Pública, ampliar o quadro de trabalhadores e, principalmente, dar condições de trabalho adequadas com equipamentos e pessoal”. Ainda na Alesc, o deputado Fabiano da Luz (PT), que igualmente prestigia as Assembleias anuais da categoria, afirmou que está “acompanhando as notícias do que está acontecendo em São Paulo com relação ao restabelecimento da energia após os temporais que lá ocorreram e a confusão que está com a empresa que foi privatizada, o caos, a desorganização do trabalho, a falta de equipamentos para os profissionais, que sequer têm lanterna para trabalhar. Tiveram que pedir lanterna emprestada para os moradores para iluminar o poste de luz para ligar os disjuntores”. E comparou com a situação de Santa Catarina: “Do outro lado, nós temos a Celesc, que quando aqui aconteceu também temporal, vendaval, que assolou a região, rapidamente a Celesc restabeleceu a energia. Isso é uma prova de que o setor público é quem está à serviço da sociedade, enquanto muitas vezes a empresa privada visa o lucro e não o atendimento à população”. Já na Câmara de Florianópolis, o vereador Renato Geske, o Renato da Farmácia (PSDB), apresentou na Tribuna um áudio da imprensa paulista elogiando a atuação da Celesc e enaltecendo seu caráter público. Renato disse que trouxe esse áudio “pois foi um elogio na imprensa de São Paulo à Celesc pelo grande trabalho que ela faz em Santa Catarina. Como todos estão acompanhando, em São Paulo a Enel está deixando a desejar”. O vereador trouxe números sobre o mau desempenho da concessionária paulista e destacou: “Está se pedindo hoje pela troca por outra empresa privada de energia. Mas em Goiás já foi trocada por outra empresa privada e ficou pior ainda. A questão hoje não é trocar uma empresa privada por outra e sim fortalecer o trabalho da empresa pública e aqui nós temos a Celesc como grande exemplo”. Renato disse que “fiz questão de vir para a Tribuna não para falar mal de São Paulo, mas para falar bem de Santa Catarina, que tem uma empresa de energia elétrica citada nacionalmente pela qualidade e pelo trabalho que ela realiza. Isso, nós, como catarinenses, evidentemente nos orgulhamos muito, por termos aqui uma empresa com um contigente de pessoas de alta responsabilidade. Isso vemos toda vez que tem uma tempestade na região”. Outros parlamentares, como a deputada federal Ana Paula Lima (PT), fizeram manifestações nas redes sociais, enaltecendo a competência e o compromisso dos celesquianos. Cabe à Diretoria da Celesc contratar pessoal em número adequado e dar condições para a empresa seguir como referência no atendimento à população nos próximos anos. Infelizmente, a Diretoria parece caminhar para o lado oposto, quando contrata contínuos terceirizados, podendo chamar assistentes administrativos da lista do concurso público vigente.

Privatização = Apagão

Mais uma vez a região metropolitana de São Paulo foi atingida por um apagão de grandes proporções. Na sexta-feira, dia 11, um forte temporal atingiu a região, derrubando árvores e postes, e provocan¬do o desligamento da energia para cerca de 2 milhões de pessoas. A concessio¬nária local, a ENEL, privatizada, acumula um longo histórico de reclamações dos consumidores. O restabelecimento da energia está sendo tão demorado que no fechamento dessa edição do Linha Viva, em 15 de outubro – 4 dias após o evento climático -, ainda havia mais de 250.000 endereços sem luz. O desempenho da concessionária pri¬vatizada é tão grave em São Paulo que o ministro de Minas e Energia, Alexan¬dre Silveira, criticou, em nota, a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na fiscalização dos serviços da ENEL: “A Agência claramente se mostra falha na fiscalização da distribuidora de energia, uma vez que o histórico de pro¬blemas da ENEL ocorre reiteradamente em São Paulo e também em outras áreas de concessão da empresa”. Também por meio de nota, no sábado, dia 12, a ANEEL afirmou ter intimado a ENEL a prestar esclarecimentos sobre os fatos e levantou a hipótese de recomen¬dar o fim da concessão da empresa. De acordo com a Federação do Co¬mércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o apagão na região teria gerado prejuízos nos setores de varejo e serviços da ordem de R$1,65 bilhão – somente até segunda¬-feira, dia 14. Esse prejuízo deve aumentar até que todas as unidades consumidoras tenham a energia restabelecida. A população, que depende da energia para executar as atividades mais básicas do dia a dia, ficou revoltada ao ver, pe¬las redes sociais e em emissoras de TV, inúmeras camionetes da companhia de energia paradas dentro do pátio enquanto o caos estava instalado na região. A cena tem explicação: a empresa privatizada tem por política contratar o menor quadro possível de trabalhadores para faturar o máximo. É a famosa política do mais com menos. Enquanto a ANEEL cobrava a ne¬cessidade de pelo menos 2,5 mil funcio¬nários atuando em campo para responder à demanda, a ENEL dispunha, até domin¬go, de apenas 1,7 mil funcionários nas ruas ajudando a resolver o problema. Em meio ao drama e à pressa para solucionar muitos atendimentos em pouco tempo, um eletricista da ENEL morreu enquanto atuava para recuperar a energia no bairro Parque Anhanguera. Diante do cenário devastador, até mesmo o governador de São Paulo, Tarcí¬sio de Freitas (Republicanos) e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), dois pri¬vatistas de carteirinha, se manifestaram cobrando o fim do contrato de concessão com a ENEL. Eles se somam ao também privatista governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que, um ano atrás, em entrevista, declarou que foi a “pior decisão do mundo” a venda da CELG em seu estado. Em Goiás, após a venda da CELG, a ENEL assumiu a área de conces¬são e também deixou a desejar no forne¬cimento de energia. Com isso, a Equato¬rial assumiu o lugar da ENEL e também continuou a apresentar problemas e a acumular reclamações dos consumido¬res. A Equatorial é a mesma companhia privatizada que atua no Rio Grande do Sul e que deixou no ano passado consumi¬dores por 12 dias sem energia na região de Pelotas. A sequência de apagões e inúmeras reclamações Brasil afora sobre as con¬cessionárias de energia mostram que as privatizações do setor não deram cer¬to. A lógica das companhias de energia, quando privatizadas, é cortar custos a todo momento, inclusive demitindo fun¬cionários experientes, com muitos anos de carreira, para maximizar os lucros. Não por acaso, as concessionárias de energia em Minas Gerais (CEMIG) e em Santa Catarina (CELESC) ainda figuram dentre as mais bem avaliadas pelos con-sumidores: pois, por conta de seu caráter público, priorizam o bom atendimento à população em detrimento do lucro a qual¬quer custo. E essa deve ser a lógica de uma concessionária de energia: prestar um bom atendimento à população. Santa Catarina é um dos estados re¬cordistas de catástrofes climáticas nos últimos anos. De enchentes a tornados, granizo e vendavais, o território catari¬nense já experimentou quase todo tipo de evento da natureza – o que vem au¬mentando com o impacto das mudanças climáticas. Mesmo enfrentando adver¬sidades e eventos extremos, a CELESC consegue atender a população, nos últi¬mos anos, dentro dos limites toleráveis de espera. A empresa chegou, inclusive, a enviar equipes próprias para auxiliar no restabelecimento da energia no Rio Grande do Sul, após a terrível enchente que afetou o estado vizinho no primeiro semestre de 2024. A situação pela qual vivem os esta¬dos que tiveram suas concessionárias de energia vendidas para o setor privado demonstra que as privatizações no setor foram um erro e que os prejuízos desse erro estão na casa dos bilhões de reais. É preciso pensar, de forma urgente, em meios de reestatizar não só as con¬cessionárias de energia nos estados, mas também a Eletrobras, que passa por um processo de sucateamento sem precedentes e que já traz consequências negativas a toda a população brasileira. Energia não é mercadoria!

Ninguém Me Deu, Eu Conquistei: A Luta dos Eletricitários Catarinenses pela Manutenção de Direitos

A trajetória dos eletricitários catarinenses é marcada por conquistas significativas, mas também por desafios constantes

 Desde 1964, os trabalhadores da Celesc têm se mobilizado, junto aos seus sindicatos, para melhorar os Acordos Coletivos de Trabalho e garantir direitos essenciais como Participação nos Lucros e Resultados e Turnos de Revezamento. Contudo, nada está garantido: a luta é contínua e, a cada ano, é preciso reforçar a defesa dos direitos conquistados. 

Todo ano, por força de lei, os eletricitários se reúnem para construir sua pauta de reivindicações, negociando com os patrões durante a data-base. 

Essas negociações são fundamentais, pois regulamentam não apenas os direitos individuais, mas também os direitos coletivos que sustentam também a Celesc Pública. “Todos os anos, debatemos e negociamos todas as cláusulas do acordo coletivo, de modo que nada está previamente garantido. Somente através da luta e resistência conseguimos manter o que já temos e garantir avanços na isonomia”, destaca o diretor sindical Marinho Maia. 

 Entre as vitórias mais recentes estão a garantia de emprego por três anos, a gratificação por tempo de serviço de 25 anos, gratificações diferenciadas de férias, além de abonos e aumentos do orçamento do auxílio estudante e do vale refeição acima da inflação. Esses avanços são frutos da mobilização coletiva, que se mostrou crucial para assegurar condições justas de trabalho. “Apenas com luta e resistência conseguiremos acordos mais justos e igualitários de PLR, buscar a correção do PCS, além da isonomia do anuênio”, complementa Lucas Henrique da Silva, diretor do Sinergia. 

 A história dos eletricitários também é um lembrete dos tempos difíceis enfrentados, como os anos de chumbo da ditadura, quando a luta por direitos se intensificou mesmo diante da repressão. “Nunca recuamos, e essa resistência é um legado que deve ser passado adiante. As novas gerações precisarão continuar essa luta”, enfatiza um dos veteranos da categoria. 

 A proteção de direitos fundamentais, como a garantia de emprego e a liberação de dirigentes sindicais, é essencial para a manutenção da Celesc como empresa pública. Esses direitos estão diretamente relacionados ao futuro da companhia e à valorização dos trabalhadores. 

“Somente através da luta e resistência conseguimos garantir acordos mais justos e igualitários. Precisamos estar unidos”, destaca a coordenadora da INTERCEL, Caroline Borba.

Como ressalta o advogado Nilo Kaway Jr. no prefácio do livro “Eletricitários Catarinenses – A trajetória de 40 anos do Contrato Coletivo de Trabalho na Celesc”, “para os eletricitários de Santa Catarina, sempre têm outubro”.

A data-base, apesar de seu caráter burocrático, é um momento carregado de significado e renovação para a categoria. Portanto, é crucial que todos os eletricitários se engajem na luta por seus direitos e pela manutenção da Celesc pública.

 A filiação aos sindicatos e a participação nas assembleias são passos fundamentais para garantir que os avanços conquistados não sejam ameaçados. A união e a força da categoria são essenciais para que, juntos, possam continuar a construir uma história de conquistas e resistência.

 “Faça parte dessa história. Contribua na luta por direitos e pela Celesc pública. Filie-se aos sindicatos da INTERCEL”.

ACT, PDC e Arquitetura Salarial na CGT Eletrosul

Intersul solicita apresentação detalhada da Arquitetura Salarial

Com o ACT assinado, a Eletrobras iniciou o programa de Pedido de Demissão Consensual (PDC) no dia 26, tendo o prazo de adesão sido estipulado até o dia 11/10. Existem algumas dúvidas por parte das pessoas que trabalham na CGT Eletrosul que tem chegado aos sindicatos, como por exemplo, como será a Arquitetura Salarial, para que possam tomar suas decisões de adesão ao plano. A Intersul já protocolou carta solicitando informações para a direção da empresa, no sentido de que possa apresentar de forma detalhada a Arquitetura Salarial.

 A empresa divulgou um vídeo, no dia 30 de setembro, informando sobre a nova arquitetura salarial. Na prática, as pessoas ficaram a ver navios sobre o que acontecerá com seus salários a partir da implantação da nova sistemática. A Intersul, protocolou carta à direção da empresa solicitando que seja clara em relação a nova arquitetura, uma vez que a dúvida gera insegurança e pode ser compreendida como assédio moral coletivo e descumprimento do ACT que recentemente foi assinado.

Celesquianos e Celesquianas unidos por um Acordo Coletivo de Trabalho digno

Categoria se mobiliziou em tempo recorde e lotou o hall da Administração Central da empresa, em Florianópolis

Na edição 1622 do jornal Linha Viva a categoria foi alertada sobre o ritmo lento com que a Direção da Celesc vinha debatendo as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025 e sobre os riscos que isso poderia trazer aos trabalhadores. Pois na rodada de negocia ção da quarta-feira, 11 de setembro, a empresa seguiu no mesmo ritmo, debatendo poucas cláusulas e colocando “um bode na sala”: afirmou que o reajuste das cláusulas econômicas seria no irrisório valor de 2,78% (tendo por base o reajuste tarifário da parcela B), bem como reduziria a quantidade de dirigentes sindicais liberados. Diante da negativa da Intercel, afirmou que só poderia chegar ao índice de reajuste pelo INPC se a tabela do salário inicial para empregados admitidos a partir da assinatura do Acordo Coletivo fosse congelada.

 “O bode na sala” teve que ser retirado à força: uma mobilização da categoria foi convocada às pressas pela Intercel no fim da última semana. Nesta segunda-feira, 16, a categoria se reuniu no hall da Administração Central, em Florianópolis, para expressar sua insatisfação com os rumos da negociação e cobrar celeridade e seriedade da Diretoria. A empresa pareceu compreender o recado. Na rodada de segunda, pressionado, mudou a lógica da negociação e retirou qualquer condição para conceder o reajuste das cláusulas econômicas pelo INPC. Embora não fosse o reajuste pretendido pela categoria na pauta de reivindicações, ao menos abriu margem para que as negociações fossem iniciadas, de fato.

 A mobilização da categoria na sede da empresa também fez com que a empresa recebesse qualquer proposta de ataque à estrutura sindical. Também não foi a proposta pretendida pelos trabalhadores nas Assembleias, mas, ao menos, mantém a estrutura atual, sem qualquer desmonte.

A lógica da empresa de alongar as rodadas de negociações do Acordo Coletivo (levando as reuniões até a próxima semana) também foi quebrada por conta do ato desta segunda-feira no Itacorubi. Mais uma vez se vendo pressionada, a Diretoria aceitou agendar uma rodada de negociação extra para essa terça-feira, dia 17. Essa rodada extra foi necessária, já que os sindicatos lançaram o edital de Assembleia para apreciação da contra proposta para hoje, dia 19, a partir das 8h, nos portões da empresa. Ou seja, se a pauta de reivindicações não fosse toda apreciada até hoje, diversas cláusulas ficariam sem resposta e os sindicatos levariam a proposta para rejeição e, automaticamente, consequente greve a partir de segunda-feira, dia 23. 

Até o fechamento desta edição do jornal Linha Viva, a rodada de terça-feira, dia 17, e quarta-feira, dia 18, ainda não haviam sido realizadas. Essas duas últimas rodadas são fundamentais para o fechamento do Acordo em mesa, sem necessidade de externalização da negociação e greve da categoria.

 Fique atento(a) às Assembleias em seu local de trabalho hoje e amanhã (sexta-feira) e participe, opinando e votando a contraproposta do Acordo Coletivo de Trabalho. 

Encerradas as Assembleias dos Sindicatos da Intersul para o ACT 2024/2026

Todas as bases aprovaram o fechamento do acordo mediado pelo TST

Os nove sindicatos que compõem a Intersul encerraram suas assembleias e deliberaram pelo fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho com a Eletrobras. A proposta postada nos autos do Processo de Dissídio Coletivo foi mediada pelo Ministro Vice-Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Na avaliação da Intersul, não foi o atendimento pleno das reivindicações dos Sindicatos, pois imputou algumas perdas pontuais em alguns benefícios existentes. No entanto, a proposta ajustada no TST, em linhas gerais, mantém a maioria das cláusulas do acordo anterior. Além disso, o fato da proposta ter sido mediada e ajustada entre as partes no TST possibilitou estabelecer limites para o desejo desenfreado da Eletrobras de demitir as pessoas sem qualquer preocupação com questões de quadro mínimo e com a capacidade da empresa de manter uma operação satisfatória.

Além de limitadas, as demissões só serão efetivadas mediante compensações financeiras (PDC) e, caso superado o limite previsto, fica estabelecida a obrigatoriedade de contratação para manutenção do quadro. Algumas outras melhorias para os trabalhadores/demissionários em relação ao que estava posto antes da mediação também foram obtidas, como por exemplo, a ampliação do prazo de uso do plano de saúde e a redução do seu custo para os trabalhadores. Apesar de não atender plenamente a pauta de reivindicações da categoria, este foi o acordo possível, depois de um longo período de negociação que durou praticamente cinco meses, uma forte greve de 7 dias e contou com a interferência do TST e teve uma postura muito agressiva da direção da Eletrobras privatizada, voltada exclusivamente para a redução dos seus custos e ampliação dos lucros.

 Paralelamente à luta pelo ACT, a categoria esteve mobilizada pela retomada do controle da Eletrobras pelo Governo Federal, proporcional às ações que ainda possui. A ação de inconstitucionalidade que o Governo atual move contra o limite de sua participação na gestão da empresa, passa ainda por um período de mediação. Um acordo no âmbito desta ação, lesivo aos interesses do governo e da sociedade, precisa ser combatido. Temos agora a oportunidade de nos reorganizar e nos preparar para esta luta pela retomada do controle da empresa pelo Governo Federal, e também para os enfrentamentos na próxima data-base, que certamente serão necessários.

Mediação do ACT da Eletrobras se esgota no TST

EM DESPACHO, MINISTRO DÁ PRAZO PARA REALIZAÇÃO DE ASSEMBLEIAS

 Conforme ficou determinado na última audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) ocorrida em 30 de agosto, a Eletrobras postou nos autos do processo de Mediação do Dissídio Coletivo de Greve a sua minuta de proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), com a redação das cláusulas de consenso e também a sua proposta de redação das cláusulas que ainda continham divergências. 

Os sindicatos que compõem o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) tomaram conhecimento da minuta da ACT no dia 03 de setembro. Também por determinação do Ministro do TST, em despacho proferido nos autos os, sindicatos tinham prazo de dez dias para avaliar a proposta e submetê-la às assembleias da categoria, uma vez que o Ministro optou por não fazer mais considerações sobre o conteúdo da proposta, ficando no aguardo da manifestação dos sindicatos. Um questionamento por parte dos sindicatos do CNE sobre alguns pontos da redação apresentada pela Eletrobras chegou a ser questionado. A Eletrobras, por sua vez, respondeu também em petição nos autos do processo. No entanto, nada mudou consideravelmente o teor da minuta apresentada pela Eletrobras, como sendo a última proposta para o fechamento de acordo na Mediação. 

A maioria das entidades que compõem o CNE avaliaram que o processo negocial se esgotou por completo e não há mais perspectivas de avanço na mediação, considerando que o Ministro Vice-Presidente do TST, em seu despacho, intimou os sindicatos a se posicionarem, tendo inclusive dado prazo para a realização de assembleias. Diante disso, conforme definido pela maioria das entidades do CNE, os sindicatos da Intersul convocaram assembleias para deliberar sobre a proposta de ACT protocolada no processo de dissídio.

 As assembleias iniciaram no dia 10 de setembro (última terça-feira) e vão se realizar em todas as bases da Intersul no decorrer da semana. Na avaliação da entidade, a proposta resultante desta mediação não configura o melhor dos Acordos Coletivos de Trabalho, ao contrário do que a Eletrobras tem comunicado interna e externamente, tentando passar uma mensagem de respeito e cuidado excepcional com os trabalhadores, o que de fato não ocorre. 

A proposta de acordo resultante desta mediação só amenizou alguns dos retrocessos que a Eletrobras pretendia impor desde o início da negociação do ACT, quando os sindicatos chegaram a deflagrar uma greve que durou uma semana e acabou levando à mediação. Esta proposta reflete exatamente o que se pode obter de um processo de mediação, onde todas as partes cedem em relação às suas pretensões para que um acordo possa ser fechado. 

A outra opção no momento é abandonar a mediação e aguardar um eventual julgamento do dissídio, entregando nas mãos do Judiciário e transferindo ao julgador a responsabilidade pelas condições de trabalho que irão vigorar no próximo período. 

Considerando que esta proposta contempla, em linhas gerais, a manutenção de um quadro mínimo nas empresas Eletrobras, cuja diretoria gostaria de extirpar, e também contempla alguns avanços financeiros e pontuais em relação ao que estava posto na ocasião da greve, o encaminhamento dos sindicatos da Intersul para as assembleias é de aprovação do ACT. 

Especialmente porque não há sinais de que o TST se envolve em questões relacionadas a qualquer garantia de emprego ou quadro mínimo em eventual julgamento. Chegou o momento de virar esta página e preparar a categoria para novos enfrentamentos, pois a direção privada da Eletrobras certamente insistirá na precarização dos direitos e benefícios e as entidades sindicais precisam se reorganizar para fortalecer e unificar a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

 Vamos avante e fique atento(a) à convocação do seu sindicato para as assembleias.