Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul é criada na ALESC

Após inúmeras conversas da Intersul com deputados estaduais e federais catarinenses expondo a situação da Eletrosul, foi protocolado nesta terça-feira (02) o pedido de criação da Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul. O pedido de criação da Frente, que pretende manter a sede da empresa em Santa Catarina e barrar a articulação de incorporação com a CGTEE do Rio Grande do Sul, foi solicitado pela deputada Luciane Carminatti (PT). De acordo com a deputada, a Eletrosul vem atuando “não só na geração e transmissão de energia, mas também no apoio a inúmeros projetos sociais, nas áreas do esporte, saúde, educação e cultura” e a sua transferência para o Rio Grande do Sul seria negativa ao estado de Santa Catarina, tendo em vista os bons números de lucro líquido e consolidado e faturamento da Eletrosul. A deputada ainda usou como exemplo da incorporação da estatal com sede em Florianópolis pela CGTEE como se uma pequena padaria incorporasse um shopping center, o que não faz sentido: “o objetivo de criação da frente é justamente tornar pública esta situação e conclamar os catarinenses para a defesa da Eletrosul, da permanência de empregos, renda e receita de ICMS em nosso estado”. A Frente Parlamentar é suprapartidária e conclama o governo do estado a também atuar na permanência da Eletrosul em Santa Catarina.

Vereadores catarinenses ouvem defesa da Celesc

O Sinergia e o Sindinorte, em nome da Intercel, fizeram a defesa da Celesc Pública no Encontro Estadual de Vereadores, da União dos Vereadores de Santa Catarina. O evento aconteceu em Florianópolis, na última quinta-feira, 28, e reuniu cerca de 300 vereadores das diversas regiões do estado. Os sindicatos também foram questionados pelos parlamentares acerca da reestruturação da Celesc, que prevê o fechamento de oito das atuais 16 Agências Regionais espalhadas por Santa Catarina. A preocupação de boa parte dos vereadores é de que a tomada de decisão sobre investimentos, melhorias e problemas na rede se dará mais longe de seus municípios – o que prejudica sua autonomia -, acontecerá de forma mais burocrática e demorada e poderá causar prejuízos nos atendimentos aos consumidores. Ao final do encontro, os vereadores aprovaram por maioria – houve apenas um voto contrário – uma moção pedindo ao governador do estado, presidente da Celesc e deputados federais e estaduais a manutenção das atuais 16 Agências Regionais da Celesc.

Afinal, o que a EDP quer da Celesc?

Desde que a EDP Brasil aportou na Celesc, comprando as ações da Previ, os trabalhadores identificaram na empresa uma ameaça à continuidade da Celesc Pública. Ativa no setor de energia, a EDP veio com expertise e dinheiro para defender seus interesses no Conselho de Administração da Celesc. Passado um ano de seu ingresso no colegiado, o cenário da própria Celesc mudou. A eleição de um novo grupo político no Governo do Estado e a indicação de novos diretores e acionistas majoritários mudou a lógica de trabalho, restringindo o diálogo e excluindo os celesquianos e seus representantes dos sindicatos da Intercel do debate acerca da gestão da empresa. A medida trouxe uma série de atitudes atrapalhadas, como a inércia no caso das faturas de energia e a reestruturação administrativa da Celesc, que colocará em risco o atendimento à sociedade. Se, por um lado, o acionista majoritário fecha as portas ao debate franco com trabalhadores e sociedade, surpreendentemente, o maior acionista privado da Celesc se dispôs a conversar com os sindicatos da Intercel, apresentando sua visão para o futuro da empresa e ouvindo as posições pétreas da categoria. Através do Representante dos Empregados no Conselho de Administração, Leandro Nunes, os dirigentes sindicais estiveram reunidos com Michel Itkes, representante da EDP no Conselho da Celesc e Vice-presidente de Distribuição do grupo no Brasil. Apesar de incomum, é importante ressaltar que o debate com os minoritários é importante. Para fazer a defesa da Celesc Pública e dos direitos da categoria os sindicatos da Intercel estão abertos ao diálogo com todos os agentes que atuam na empresa. Em um momento onde existe dificuldade de diálogo com a empresa e com o Governo, os sindicatos buscarão todos os caminhos para consolidar o lema dos celesquianos: Celesc Pública, bom para todo mundo! Com uma breve apresentação da empresa, Michel deixou claro que a oportunidade de comprar ações da Celesc foi avaliada pela EDP pelo potencial da Celesc e do próprio estado de Santa Catarina. O conselheiro foi franco em dizer que a aquisição das ações feita até agora já rendeu ganhos para a EDP e que já manifestou ao Governo do Estado o interesse em comprar a Celesc em um possível processo de privatização. Entretanto, Michel afirmou que este não é o foco da EDP, mas sim contribuir com a gestão da Celesc para continuar lucrando. Os dirigentes sindicais manifestaram ao conselheiro os pontos intransponíveis da categoria: a manutenção da Celesc Pública e o respeito aos direitos dos trabalhadores. Mais do que reafirmar posturas antagônicas, a reunião serviu para apresentar a representação sindical como uma entidade propositiva, que busca retomar o espaço de debate da gestão da empresa, fechado pela nova administração. Neste sentido, os sindicatos reafirmaram que decisões de grande impacto para a sociedade – e para os próprios acionistas – não devem ser tomadas pela administração sem o debate amplo. Os sindicalistas fizeram um alerta sobre a reestruturação e a postura centralizadora do presidente, que pode trazer prejuízos para todos: trabalhadores, acionistas e , principalmente, a sociedade. Além disso, a fala do conselheiro da EDP evidencia o potencial da Celesc, enquanto empresa pública, em impulsionar o desenvolvimento do Estado e, ainda, render lucros aos seus acionistas. Por isso, qualquer projeto que prejudique o atendimento à sociedade, ameace a imagem da empresa e abra as portas para a privatização é um projeto contra o próprio Estado de Santa Catarina

Intersul visita parlamentares em defesa da Eletrosul

Após o carnaval, quando de fato reiniciaram as atividades dos parlamentares no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas dos estados, a Intersul intensificou o trabalho de articulação política contra a privatização da Eletrobras e mais urgentemente, contra o processo de extinção da Eletrosul, via incorporação pela CGTEE. No período de 22 a 29 de março, a Intersul realizou conversas com senadores, deputados federais e estaduais, onde além de apresentar a defesa pela Eletrobras pública, apresentou correspondência aos parlamentares onde alerta sobre os enormes prejuízos para o Estado de Santa Catarina, sociedade e trabalhadores, caso seja efetivada a extinção da Eletrosul, conforme deliberado pela direção da Eletrobras. No Congresso Nacional e na Alesc a Intersul busca assinaturas para a instalação de Frentes Parlamentares em Defesa da Eletrosul, e a apresentação de requerimentos de audiência pública onde sejam convocados os representantes das empresas a fim de prestar as informações e explicações sobre o processo de incorporação da Eletrosul. Além dos contatos políticos, no dia 22 de março a Intersul protocolou representação no Ministério Público Federal, onde se pede a abertura de Inquérito Civil Público acerca do processo de Incorporação e extinção da Eletrosul. Também em Brasília, a Intersul esteve presente na audiência da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, dia 23, que contou com a presença do Ministro de Minas e Energia Alm. Bento Albuquerque. Ele foi questionado e instado a interromper o processo de incorporação da Eletrosul, para que sejam apresentadas informações sobre o assunto.

8 de março

A origem do 8 de março advém da luta das trabalhadoras. O desejo do Sinergia é que, muito em breve, sindicatos não precisem mais debater assédio moral no trabalho, assédio sexual, diferença salarial de gênero, violência contra a mulher e empoderamento feminino. Que nenhuma mulher deixe de sonhar pelo simples fato de ser mulher!

Não tem diálogo sobre a reestruturação da Celesc

Não!” Essa foi a resposta do presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, quando questionado pelos sindicatos que compõem a Intercel sobre a possibilidade de rever a reestruturação das Agências Regionais na Celesc. A conversa aconteceu nesta quarta-feira, 27/02, após 60 dias de tentativas infrutíferas de diálogo dos sindicatos com o presidente. Após argumentações dos sindicatos que compõem a Intercel, de que este assunto já foi tratado por outras diretorias e governos e não foi levado adiante por conta de reações negativas da população, o presidente disse não haver qualquer possibilidade de voltar atrás no projeto de criação de núcleos no lugar das atuais 16 Agências Regionais. Os sindicatos ainda argumentaram que a reestruturação não deveria ser levada com tanta pressa, mas que havia necessidade de dialogar com trabalhadores/as, classe política e população. Nova negativa do presidente, que alegou que o objetivo da mudança não é redução de custos, mas sim uma uniformização no porte das Regionais. Durante três horas de reunião, diretoria da empresa e sindicatos da Intercel debateram assuntos relacionados à Celesc, apresentação de novos diretores e a situação da imagem da empresa perante a população pela inércia do presidente. A crise política na ALESC gerada pela falta de comunicação da empresa também foram tema do encontro. Os representantes da Intercel expuseram suas preocupações com a atual situação e disseram que continuarão a fazer a defesa da empresa pública, contra a reestruturação das Regionais, o que certamente trará prejuízo à população, e estarão fazendo debates pelo estado nas rádios, TVs e jornais, como também nas Câmaras de Vereadores. Cleicio reclamou que nunca um presidente apanhou tanto da imprensa como ele. Se permanecer esta postura da falta de diálogo, parece que esta continuará a ser a tônica de seu mandato e com certeza novos conflitos surgirão.

Ato contra Crimes da Vale em Florianópolis é segunda-feira, dia 25

Com o lema “O lucro não vale a vida. Somos todos atingidos!”, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), junto com entidades parceiras, vai organizar atos de solidariedade as famílias atingidas e de protesto para alertar a sociedade sobre as consequências sociais e ambientais do crime Vale. A empresa deixou uma centena de mortos e outra centena de desaparecidos, além de ter destruído o ecossistema do rio Paraopeba e ter deixado graves consequências aos atingidos em diversas comunidades que serão sentidas também na bacia do rio São Francisco Em Minas Gerais, haverá atos em: Córrego do Feijão, Brumadinho e Belo Horizonte e muitas outras comunidades. Na bacia do Rio São Francisco, no caminho do fluxo da lama tóxica, estão previstos atos em quatro regiões. Em outras capitais, o debate, além de lembrar Brumadinho, será sobre a segurança dos atingidos nas regiões de barragens em cada estado, em audiências públicas junto ao poder público. Plenárias de caráter ecumênico também estão previstas. Um mês após o maior crime trabalhista e socioambiental do país, os atingidos continuam sem sinais de indenizações e reparação efetiva da empresa, um cenário bastante semelhante à situação do crime em Mariana (MG). Nos atos do dia 25/02, o movimento vai continuar prestando solidariedade às famílias das vítimas, mas o esforço será concentrado, principalmente, em denunciar mais este crime da Vale, que não pode ficar impunidade. Além de reivindicar medidas para que novos crimes não ocorram – com possíveis rompimentos de outras barragens, dado o pânico e pavor que vive a população de MG e outras regiões do país. Junto com o MAB, estarão presentes organizações sindicais, religiosas, movimentos populares, entidades da sociedade civil de defesa do meio ambiente, ativistas e simpatizantes das lutas populares. O lucro acima da vida não vale. Pelo direitos dos atingidos, basta de impunidade!

Celesc: Falta diálogo, sobra Propaganda

Após sucessivos adiamentos de reuniões com a Intercel, um informe encaminhado aos celesquianos pela Comunicação da Celesc demonstrou que o presidente da empresa, Cleicio Poleto Martins, não compreendeu até agora o papel dos sindicatos na gestão da empresa. Ignorando o histórico de construção coletiva e de gestão participativa que aproxima realmente os trabalhadores da gestão da empresa, dando voz aos celesquianos, o presidente prioriza uma percorrida inócua e propagandista. Divulgando a percorrida e a “Agenda Propositiva” da Diretoria, o comunicado trata os sindicatos como “público externo”, como se os dirigentes sindicais não fossem todos trabalhadores da empresa e os assuntos pautados pela Intercel não fossem todos relacionados às conquistas, direitos e anseios da categoria. Pior: ao relegar os sindicatos ao escanteio, Cleicio demonstra não conhecer a importância das entidades sindicais em todo o processo de manutenção da concessão, desafio principal da Celesc. Com as críticas da última edição, a presidência entrou em contato com a Intercel, mas a situação não evoluiu. Apesar dos sindicatos se colocarem à disposição imediata para o debate, a reunião não foi agendada. Entretanto, se falta diálogo, sobre propaganda. A publicidade de empresas pública deve ser exclusivamente para fins educativos e institucionais. A constituição autoriza a propagação de conteúdo informativo, educativo ou de orientação social, ou seja, no caso da Celesc é permitido informar a população sobre questões importantes e orientar sobre a utilização correta da energia elétrica e seus riscos. Este, pelo menos, deveria ser o foco da publicidade da Celesc. Entretanto, a falta de uma comunicação eficaz com a sociedade ficou evidente nos últimos tempos, com a escalada das reclamações do aumento nas contas de energia. Os veículos de comunicação do Estado estão em uma verdadeira campanha contra a empresa. Notícias se espalham com a agilidade que a tecnologia permite, jogando a imagem da empresa no lixo. E, ao invés de atacar o problema com pró-atividade, informando a sociedade, defendendo a empresa e os seus trabalhadores, a comunicação da empresa continua falha e ineficaz. De acordo com a política de comunicação corporativa da Celesc, divulgada no site da empresa (www.celesc.com.br), “zelar permanentemente pela imagem institucional do grupo” é uma das diretrizes básicas a ser observada. E, em tempos de conectividades, as redes sociais deveriam ser um grande aliado no compartilhamento de informações na defesa da Celesc Pública. Numa breve análise das três redes sociais mais utilizadas, Facebook, Twitter e Instagram, verificamos a falta de uma comunicação efetiva sobre a questão das faturas. O twitter da companhia (@Celescinforma) é o que mais se aproxima da comunicação educativa e informativa. Com atualizações constantes, dá informações educativas sobre a fatura, sobre os riscos da energia elétrica, dicas de economia, além de informações regionalizadas do trabalho da empresa. O facebook também cumpre o papel educativo e informativo. Já o instagram, este fica muito aquém do que deveria. Com 18 publicações na conta (considerando a data de produção desta reportagem) apenas 6 cumprem o papel de informar e educar, premissas da publicidade de instituições públicas. As 12 outras são publicidade pessoal do presidente, enaltecendo sua figura na percorrida. Mas é para isso que serve uma rede social da empresa? Óbvio que não. Muito menos em um momento onde a comunicação com a sociedade peca. O diálogo não pode ser só um discurso vazio. Quanto tempo mais o presidente ficará fechado ao debate com os sindicatos. A categoria tem sido hostilizada pela deficiência da empresa na comunicação. E, com a mordaça colocada nos regionais, a questão só piora. Defender a imagem da Celesc Pública é compromisso dos sindicatos da Intercel e, já que o presidente não nos ouve, talvez leia e, enfim marque a reunião para que estas demandas e os anseios dos trabalhadores sejam ouvidos, debatidos e que nosso lema volte a levantar a imagem da empresa: CELESC PÚBLICA, BOM PARA TODO MUNDO!

TST diz que greve contra privatizações é abusiva; entidades reagem

Defender o próprio emprego é direito do trabalhador A empresa privatizada reduz o número de trabalhadores, restringe ou acaba com direitos estabelecidos (como nos planos de saúde, por exemplo), precariza o atendimento à sociedade. No entanto, nada disso foi considerado pelo Tribunal Superior de Trabalho que, na última segunda, 12, decidiu na Seção de Dissídios Coletivos que greves contra privatizações são abusivas. Assim, trabalhadores que cruzarem os braços para protestar contra a venda de estatais à iniciativa privada podem ter os salários descontados, entre outras sanções.