Domingo trabalhadoras e trabalhadores farão a escolha de um projeto de país

As eleições deste domingo têm lugar certo na história do nosso país. Estamos na semana decisiva do que pode ser chamado de encruzilhada histórica. O resultado que sairá das urnas definirá os destinos do país para, no mínimo, os próximos quatro anos. Para todos os cargos em disputa, Presidente, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, apesar da profusão de candidaturas, a disputa essencialmente está colocada entre dois projetos.


Em resumo, a eterna luta de classes nesse confronto do qual deriva o destino dos trabalhadores, inclusive os eletricitários. O futuro do setor elétrico brasileiro está em jogo nesta eleição. O processo de privatização da Eletrobras, que foi proposto pelos governos Temer e Bolsonaro e aprovado no governo Bolsonaro, é um exemplo de como a política afeta nosso trabalho. Neste sentido, para que possamos ter uma energia elétrica pública e de qualidade, devemos observar quem defende esta pauta e participarmos do processo eleitoral de forma consciente. A reestatização da Eletrobras depende do processo eleitoral deste ano.


O processo eleitoral da forma como conhecemos hoje em dia é fruto de um longo processo de disputa política. Voto indireto, censitário, voto em papel e listagens são parte do processo que resultou no acesso pleno da população ao direito ao voto. Mas apesar disso, o povo nunca deixou de lutar por seus direitos e querer mais participação nas escolhas políticas do país. Na hora do voto, é preciso ter em mente que a prática é a medida da verdade. Mais que discursos e promessas, deve-se estar sempre atento e lembrar quem esteve ao lado dos trabalhadores na defesa das empresas na luta contra a privatização e em todas as votações que ocorreram no Congresso para a retirada de direitos. Não somente os candidatos, mas também na postura dos partidos políticos, pois é das direções destes que vem a orientação dos votos dos deputados.


Os trabalhadores sabem muito bem quem votou e continuará votando contra os interesses do povo brasileiro. E devem se lembrar, portanto, daqueles que deram apoio e guarida aos trabalhadores na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas Estaduais enquanto a luta estava acontecendo. É somente com estes que os trabalhadores podem contar. E é nestes que os eletricitários devem votar. Sobretudo, nenhum candidato ou partido empenhado na retirada dos direitos trabalhistas, na entrega do patrimônio público, e na destruição dos valores democráticos, merecem o voto dos trabalhadores.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1550 de 29 de setembro de 2022

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