Proposta de Acordo da Eletrobras tenta retirar conquistas históricas da categoria
As Assembleias com trabalhadores e trabalhadoras do grupo Eletrobras em todo o país na semana passada deliberaram pela rejeição da contraproposta ao Acordo Coletivo 2024/2026. Além disso, decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir dessa segunda-feira, 10 de junho.
Na CGT Eletrosul, a dirigente sindical Cecy Marimon explica que “todas as bases da Intersul aderiram à greve, com exceção do Rio Grande do Sul, por conta de uma MP, e a expectativa é que rapidamente se resolva a situação no Dissídio Coletivo de Greve, onde a empresa será chamada à conciliação”. De acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), cerca de 80% da categoria aderiu à greve no início desta semana – 6.400 dos 8.000 empregados em todo o país. A indignação da categoria é com uma contraproposta rebaixada, que retira diversos direitos históricos e abre margem para demissões em massa num cenário em que a empresa está muito bem financeiramente. A demissão em massa de profissionais experientes e altamente qualificados coloca em risco todo o sistema energético brasileiro.
Essa é a primeira negociação de Acordo Coletivo com a empresa totalmente privada desde a desestatização durante a gestão Jair Bolsonaro (PL).