CELESQUIANAS E CELESQUIANOS PARALISARAM ATIVIDADES NO DIA 18 DE JULHO COBRANDO RETOMADA DA NEGOCIAÇÃO DA PLR 2024
Celesquianas e celesquianos em todas as Agências Regionais da Celesc e Administração Central paralisaram suas atividades na última quinta-feira, 18 de julho. O protesto pretendia cobrar da Direção da Celesc a retomada imediata das negociações do Acordo de PLR 2024, cuja primeira proposta foi enviada à Direção da empresa em dezembro de 2023. A última reunião de negociação se deu em maio, com a promessa da direção da companhia enviar uma Nota Técnica em quinze dias aos sindicatos da Intercel – promessa que não foi cumprida pela Diretoria.
Nas concentrações de trabalhadores por todo o estado, a indignação pelo fato da categoria estar passando um dos momentos mais difíceis da história da Celesc – com inúmeros problemas com o novo sistema comercial, que está impactando e sobrecarregando diversas outras áreas – e a Direção da empresa não buscando valorizar todo o esforço dos trabalhadores concedendo uma PLR justa. A indignação de muitos atendentes comerciais estado afora era justamente que a Diretoria queira mudar a forma de distribuição da PLR – privilegiando os salários mais altos – justamente num ano em que atendentes – que têm salários mais baixos – mais sofreram com estresse, assédio moral e todo tipo de ofensas de consumidores por culpa de decisões equivocadas da Diretoria Colegiada da empresa.
A Celesc, ainda no dia 18, emitiu nota à imprensa, lamentando a paralisação, “especialmente nas lojas de atendimento, neste momento de transição comercial”. A nota não explica, contudo, que a Diretoria foi omissa, ao demorar mais de sete meses para apresentar uma proposta decente de Acordo de PLR. Também não relata que os trabalhadores não são os culpados pelo caos nas lojas e que a própria Diretoria poderia ter evitado todo o transtorno aos clientes. Também não cita que a Diretoria optou por não contratar atendentes comerciais nos últimos meses, o que prejudicou sobremaneira o atendimento à população.
A Diretoria atual foge da sua responsabilidade. É culpada não só pelo transtorno causado aos clientes, como pela paralisação do dia 18. O desrespeito e a inércia da diretoria com relação às pautas da categoria levarão trabalhadoras e trabalhadores para outro movimento.