DIRETORIA NÃO TEM PLANO DE AÇÃO PARA REVERTER OU MITIGAR DANOS À IMAGEM DA COMPANHIA
A gestão Tarcísio Rosa, indicado pelo governador Jorginho Mello (PL) para a presidência da Celesc, segue passiva observando a imagem da companhia se deteriorar na mídia. Na semana passada, novamente a empresa figurou nos meios de comunicação por conta das filas nas lojas de atendimento e em função dos inúmeros problemas que os consumidores vêm amargando desde a mudança do sistema comercial.
A gestão Tarcísio não reage. O presidente não chama a imprensa para uma coletiva para explicar os problemas ou dar prazos para soluções, não tem um plano de ação pronto para tentar mitigar os danos e simplesmente se enclausura no prédio da Administração Central como se nada estivesse ocorrendo.
A Direção também não ouve trabalhadores e sindicatos. Há quase um ano a Intercel alerta para os problemas da mudança do sistema em reuniões e no jornal Linha Viva e indicou que a chamada de novos empregados via concurso público poderia diminuir os danos e as filas no atendimento comercial.
Tarcísio parece não ouvir também os gritos de socorro da população de Santa Catarina, que passa horas nas filas das lojas e não consegue ter o seu problema resolvido. O papel de ouvir os berros, os gritos e a indignação da população fica com os atendentes comerciais e com a Ouvidoria. Em grupos de whatsapp, o desespero do atendimento comercial fica evidente e os sindicatos estão sendo chamados a tomarem medidas mais enérgicas.
Em outros tempos em que a empresa passou por períodos de crise, havia planos de ação sólidos, envolvendo categoria, população, sociedade e os meios de comunicação.
A passividade da Diretoria demonstra que o plano é mesmo deixar a empresa sangrar até se tornar inviável para facilitar a privatização. Afinal, se há dinheiro em caixa, se a companhia teve lucro no último ano e se há uma crise instalada que poderia ser minimizada com a contração de novos trabalhadores, por que não contratá-los?
Assim que as matérias saíram na mídia criticando a Celesc, a Intercel encaminhou notas aos meios de comunicação indicando sua indignação com a situação da empresa.
Confira a nota da Intercel:
“Nesta quinta (9/1) uma matéria veiculada no jornal Bom Dia SC, mostrou reclamações de clientes sobre a demora em uma agência da Celesc, em Joinville. A notícia traz relatos de pessoas aguardando por horas nas filas, com vários prejuízos à população, que, tirando os problemas atuais, sempre reconheceu a qualidade dos serviços prestados pela empresa.
A responsabilidade por todos problemas hoje existentes no atendimento é da direção da Celesc que, em maio do ano passado, implementou um novo sistema sem avaliar corretamente todo o processo de mudança de tecnologia e sem recompor o quadro ideal de pessoas que trabalham concursados para realizar os atendimentos nas lojas presenciais que já estava defasado.
Esses problemas não são resultado da falta de compromisso das pessoas que trabalham na empresa, são fruto de uma má administração, comandada por Tarcísio Rosa (indicado pelo governador Jorginho Mello) presidente que tem deixado o caos como sua marca de gestão.
A Intercel, que reúne os sindicatos que representam os empregados e empregadas da Celesc em Santa Catarina, se junta às cobranças da imprensa para pedir solução URGENTE dos problemas relacionados ao novo sistema comercial, visto que os trabalhadores e trabalhadoras da companhia estão sendo afetados gravemente com tudo isso, inclusive psicologicamente. Os sindicatos vêm recebendo relatos semanais de ameaças de consumidores indignados com os atendentes e tem percebido o adoecimento de muitas pessoas que trabalham no setor de atendimento da empresa.
É preciso uma solução e ela precisa vir da direção da Celesc! Promover o caos é incentivar o sucateamento da Celesc e empurrar a população catarinense contra uma empresa pública que tem uma história de sucesso com quase 70 anos e sempre representou uma marca de compromisso com o desenvolvimento de Santa Catarina e o bem estar de todos os catarinenses. Exigimos urgência na solução desses problemas em nome da saúde e segurança de todos empregados e empregadas da Celesc e em nome da população catarinense, que também merece respeito e atendimento de qualidade!”