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Gangorra financeira na Eletrobras faz preço da empresa oscilar especulativamente
Desde que Pinto Junior comanda a Eletrobras (2016) os sindicatos que representam os trabalhadores da empresa vêm denunciando a prática especulativa e golpista que atenta contra a economia popular. A pratica é fortemente especulativa com a bolsa de valores e a pergunta que fica: Quem está lucrando com ela?
Pode-se dizer de saída que astas manobras beneficiam investidores minoritários graúdos e com acesso a informações privilegiadas (os Fundos Abutres que hoje detém prerrogativa da indicação da maioria da Diretoria Executiva e dos Conselhos de Administração e Fiscal da companhia), em desfavor de uma grande quantidade de pequenos investidores, que de boa fé aplicam suas economias no mercado de capitais.
Os fatos:
A Bolsa de Valores do Brasil por meio do Ofício 614/2020-SLS, de 21/08/2020, solicitou esclarecimentos a diretora da Eletrobras, Elvira Cavalcanti Presta – Diretora Financeira e de Relações com os Investidores – sobre as movimentações atípicas de ações da Eletrobras.
Em resposta ainda na noite de 21 de agosto, a Eletrobras em Comunicado ao Mercado divulgou que “Esclarecemos que as ações da Eletrobras vêm sofrendo oscilações em decorrência de notícias que são divulgadas na mídia, não necessariamente relacionadas diretamente à Companhia, mas que alteram a perspectiva do mercado em relação à aceitabilidade pelo Congresso Nacional do projeto de lei número 5.877, que traz o modelo proposto pelo Governo Federal para o processo de privatização do Sistema Eletrobras.
O que aconteceu:
1º Ato: Sai a notícia da demissão de Salim Mattar e o processo de privatização corre risco, no dia seguinte as ações da Eletrobras CAEM em queda livre.
2º. Ato: Wilson Pinto Júnior afirma que a saída de Mattar não prejudica privatização da Eletrobras e reforça o projeto de privatização, aí as ações voltam a SUBIR ;
3º. Ato: Em dobradinha, o MME e a Eletrobras repercutem a inclusão de R$ 4 bilhões no orçamento para criar Estatal para viabilizar privatização – agora as ações SOBEM fortemente;
4º. Ato: Animado, o Sr. Wilson Pinto Junior reaparece em live desmerecendo a Eletrobras dizendo que a empresa está sem capacidade de investimento para justificar o processo de privatização – aí, novamente as ações SOBEM;
5º. Ato: Em entrevista, o presidente da Câmara dos Deputados fala sobre as dificuldades que o projeto de lei número 5.877/19 enfrenta no Congresso Nacional. Acha difícil que alguém vote privatização esse ano. – diante do quadro as ações CAEM novamente.
6º. Ato: Podem esperar movimentações articuladas de Wilson Pinto Júnior, MME e Ministério da Economia com novas notícias falaciosas à favor da privatização – o que provocará novas altas nas ações e injetará energia na gangorra.
Fora os ofícios anteriores, já são dois ofícios recentes da B3 – Brasil Bolsa Balcão (a nossa Bolsa de Valores) questionando oscilações atípicas nas ações da Eletrobras – evidência da necessidade de investigações por parte da CVM, MPF e da Securities and Exchange Commission (comissão de valores mobiliários)
Não esqueçamos também que a Eletrobras corre sério risco de sofrer ações bilionárias por parte de pequenos investidores, abrindo ações coletivas no Brasil e nos Estados Unidos, cobrando prejuízos pela manipulação escancarada do preço das ações, envolvendo autoridades e a administração da empresa, que insistem em tratar a privatização (atualmente é ilegal) da empresa como certa, utilizando-se de premissas falsas.
O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) vem denunciando e questionando a atuação de Pinto Junior como agente do mercado e um elemento que trabalha contra o interesse do Estado.