Na terça-feira, 20 de setembro, a Intercel foi finalmente recebida pelo Presidente Cleicio Martins, no intuito de levar as demandas reprimidas e evitar uma iminente greve. Na conversa inicial, o tom de negativas ainda foi mantido, porém, após muita discussão, houve uma sinalização de conversa entre os diretores. Após uma pausa, nova reunião foi realizada, mas o presidente apostava que os sindicatos estariam preocupados apenas com a liberação de dirigentes sindicais, e que se a situação da redução de dirigentes fosse resolvida, a proposta pífia seria imediatamente aprovada. Ledo engano. Os sindicatos têm bandeiras de luta definidas em conjunto com os trabalhadores, e essas premissas não seriam abandonadas.
Até então, o indicativo era o encaminhamento de uma greve, o que é desgastante para todos. Quando os dirigentes estavam prestes a se dirigir para suas bases, o presidente ligou e então pediu nova reunião, já tarde da noite de terça-feira, que resultou em uma proposta mais aderente a ser aprovada pelos trabalhadores. Além das cláusulas já informadas nos boletins da Intercel, foram oferecidos o reajuste salarial pelo IPCA integral, referente a 30 de setembro, data base da Celesc, a gratificação de 25 anos para os novos empregados, manutenção do mesmo quantitativo de dirigentes sindicais liberados, criação de um GT anuênio e gratificação de férias e o abono dos dias parados nas 3 últimas mobilizações. Para a PLR, a proposta melhorou também. As assembleias aconteceram na quarta-feira, 21 de setembro, em todo o estado, e aprovaram a proposta de ACT e o Acordo de PLR. Se você ainda não é sindicalizado(a), procure o sindicato da sua base e filie-se: a sua contribuição faz a luta ainda mais forte!
Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1549 de 22 de setembro de 2022