Eletrobras desrespeita processo negocial e a categoria

Nova reunião sobre a PLR 2025 foi realizada na segunda-feira, 22 de setembro

Com a negociação da PLR 2025 em andamento, a empresa apresentou uma proposta que divide os trabalhadores, criando privilégios para um grupo em detrimento de outros. Na PLR 2024, houve o compromisso de que neste ano tudo seria diferente, mas a negociação só começou em agosto, com atraso, e a primeira proposta apresentada já retirava direitos importantes, como o piso e a isonomia na distribuição.

 O CNE respondeu com uma contraproposta que valoriza a todos, garantindo 4 remunerações como alvo, sem teto, com 50% da distribuição linear e a volta do piso, justamente para proteger os menores salários. Mas, no lugar de avançar, a Eletrobras retrocedeu, congelando o piso em valores de 2024 e restringindo o alvo de 4 remunerações apenas para nível superior, além de ignorar a legislação sobre pagamento no aviso prévio. Enquanto isso, a empresa anuncia ao mercado que os acionistas receberão R$4 bilhões em dividendos, consolidando-se como “caso claro de geração de dividendos”. 

Mas e os/as trabalhadores/as que sustentam os resultados, não vão receber sua parte justa nesse lucro? 

Para piorar o clima, em meio à negociação, a Eletrobras divulga diretamente aos trabalhadores aspectos da sua proposta que divide os empregados e contraria a posição das entidades sindicais. 

 A Intersul reafirma que a luta não acabou. Não aceitaremos propostas que dividem, desvalorizam e segregam a categoria. A PLR precisa ser justa para todas as pessoas que trabalham na empresa, sem distinção! Por isso chamamos os trabalhadores a se mobilizarem para se unirem em torno da proposta dos sindicatos!

Em nova reunião, em 22 de setembro, a comissão da PLR reiterou a preocupação com a divulgação, pela empresa, de uma simulação de valores para a PLR 2025. Destacou que, caso o resultado financeiro seja inferior ao ano passado, os valores simulados não serão alcançados. Solicitou-se a estimativa do valor em cenários diferentes de resultados, considerando o acumulado no primeiro semestre, o que a empresa novamente negou. Também reafirmou-se a necessidade de isonomia, sem diferenciação de PLR por cargos, a distribuição de parte do montante de forma linear, além do aumento do piso.

A representação da empresa insiste em dizer que esta é a proposta final. O CNE solicitou a manutenção da mesa de negociação aberta, aguardando melhoria na proposta e a apresentação do Termo de Pactuação para, então, levar à deliberação das assembleias.

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