O fato é que a figura do presidente é uma ilusão. Atrás de uma propaganda ostensiva que busca criar a imagem de um presidente interessado, motivado e dinâmico, há um planejamento para enfraquecer as entidades sindicais, dividir a categoria, destruir os direitos do Acordo Coletivo e facilitar a privatização da Celesc.
Aliás, a autopromoção do presidente nas comunicações oficiais da empresa já demonstra o nível de apropriação da administração pública para benefício próprio. A propaganda é tamanha que a comunicação da Celesc no informativo Conexão cita elogios nunca dados pelos sindicatos ao presidente. Além disso, a autopromoção tem como principal propaganda uma dita preocupação com a segurança dos trabalhadores que não passa de marketing. Enquanto afirma compromisso com as políticas de segurança, na prática a Celesc descumpre o acordo firmado com o Ministério Público decorrente de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Recentemente, a empresa decidiu dar chance a um chefe que liberou ao trabalho uma empresa embargada pelo Técnico de Segurança, o que levou a um grave acidente. Não tem a mesma sorte uma série de trabalhadores que veem inquéritos administrativos serem abertos aos montes na empresa. Ou seja, seguindo a lógica do patrão, às chefias é concedido o perdão, mas aos trabalhadores é a política do pé na bunda. Isso só caracteriza uma coisa: a única segurança que importa é a do emprego dos amigos do presidente.