Trabalhadores da Celesc não são marajás!

Tanto na paralisação do dia 29 de junho quanto na manifestação na Administração Central, na última quinta-feira, jornalistas de diversos veículos de comunicação procuraram os sindicatos da Intercel com questionamentos bastante estranhos. Segundo eles, havia uma nota da direção da Celesc indicando que os trabalhadores da companhia são seres super privilegiados, cheios de regalias, benefícios, com salários astronômicos, verdadeiros marajás, que, descontentes, ainda querem mais benefícios no plano de saúde e, com isso, poderiam inviabilizar os investimentos da empresa.


Esse tipo de nota não é plantada na imprensa de hoje. Desde o desmonte da estrutura de comunicação da empresa, em 2019, essas informações vêm surgindo na mídia.


Os sindicatos da Intercel supõem que quem escreve esse tipo de informação é justamente quem tem um salário extremamente privilegiado e regalias que a maioria esmagadora dos trabalhadores da empresa não têm. Mais do que isso: quem planta essas inverdades nos meios de comunicação desconhece a realidade dos trabalhadores da empresa. De certo, vive no topo de um castelo de onde não se avista a vida real da categoria. Desconhece a realidade difícil de quem se vira nos trinta, faz de tudo para prestar o melhor serviço à população catarinense (trabalho reconhecido por diversos prêmios e avaliações dos consumidores) e, em muitos casos, sequer tem uma remuneração justa pelo trabalho que desempenha.


É preciso que a diretoria da empresa mude essa postura perante os meios de comunicação. Se calam quando deveriam defendera empresa (e os sindicatos acabam fazendo essa defesa) e divulgam informações que não são a realidade dos trabalhadores da empresa. Boa parte dos diretores são peões como qualqueroutro trabalhador da Celesc. A diretoria atual não é eterna. Amanhã ou depois, é possível que a atual diretoria esteja novamente no chão de fábrica, mal falados pela imprensa e pela sociedade que lê essas informações incrédula. Do jornal de bairro aos maiores conglomerados de comunicação de Santa Catarina, é preciso que seja esclarecido: Celesquianos e Celesquianas não são marajás!

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1542 de 28 de julho de 2022

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