Monthly Archives: junho 2022

Intersul debate demandas da categoria com representantes da Engie

No dia 6 de junho representantes dos sindicatos da Intersul debateram com representantes da direção da Engie sobre demandas trazidas pelos empregados nas assembleias de pauta do ACT 2022. As demandas debatidas foram respondidas através de correspondência encaminhada aos sindicatos.


Dentre os pontos debatidos, destaques para os seguintes itens:


-Despesas com Km Rodado e Diárias de Alimentação: com o último reajuste aplicado em março de 2016, estes dois itens somam seis anos sem atualização. O principal custo na planilha de Km Rodado é o combustível, que neste período sofreu aumento superior a 100%. Por outro lado, o Vale Alimentação foi reajustado em 40%. A empresa informou que está aplicando a média do mercado, mas que após ouvir os argumentos das entidades sindicais, irá reavaliar.


-Reajuste das Tabelas do Plano Odontológico: o atendimento odontológico via Plano de Saúde enfrenta uma verdadeira crise, uma vez que boa parte dos profissionais conveniados estão restringindo o atendimento pelo Plano de Saúde aos procedimentos mais simples e exigindo pagamento particular nos mais complexos e de valores mais elevados, o que onera os empregados que por vezes obtêm reembolso de apenas 20% ou 30% das despesas. A Engie informou que, recentemente, a Tabela Odontológica teve um reajuste de 10,06% (em abril/22) e que espera que com esse reajuste normalize o atendimento.


-Alimentação Durante Jornada Extraordinária: com relação ao fornecimento de Alimentação Durante a Jornada Extraordinária, que sempre foi uma prática da empresa e hoje tem sido negada em algumas áreas, a empresa informou que o assunto está aguardando decisão da Diretoria para padronização de procedimentos. A Intersul espera que a padronização não seja pela pior prática.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1537 de 23 de junho de 2022

Luta histórica em defesa da soberania nacional resiste

“No novo tempo, apesar dos perigos/Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta/Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver/Pra que nossa esperança seja mais que a vingança/Seja sempre um caminho que se deixa de herança.” Os versos da música de Ivan Lins marcam a luta da categoria eletricitária que há 5 anos trava uma resistência heroica e histórica contra a privatização da Eletrobras.

Contra os interesses do Governo de plantão, contra os interesses do deus mercado, que atropelou tudo e todos para conseguir colocar as mãos numa fonte de lucros e dividendos garantidos. Que comprou barato e vai vender caro para que o povo pague essa conta todo mês.


A concretização da privatização da Eletrobras contou com o “apoio” das instituições brasileiras em todas as instâncias, que apontaram irregularidades, impropriedades, inconstitucionalidades, mas deixaram o processo seguir para atender aos interesses do capital financeiro internacional, que cederam à pressão. A nossa luta constante foi para além de desfraldar tantas irregularidades, mas também enfrentar a mão pesada dos que sobrepõem os interesses do povo aos interesses financeiros de uma minoria que representa o que há de mais retrógrado na elite brasileira.


Nós, eletricitários e eletricitárias, estivemos na cena, nas ruas, nas redes, nas tribunas para evitar que o Brasil caminhasse na contramão do mundo. Perdemos uma batalha crucial, mas não perdemos a guerra, ainda nos cabe socorrer o Brasil do que agora virá contra nós e contra o País!


A privatização da Eletrobras foi aprovada sem discussão com a sociedade, com compra de votos no Parlamento por trocas de recursos às regiões e em termelétricas, no auge do orçamento secreto, com pressão do mercado sobre as instituições que sucumbiram e deixaram o processo correr cheio de irregularidades, inconstitucionalidades, vazamento de informações como nunca visto na história, e, sem penalização dos responsáveis até aqui.


O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) atuou em todas as instâncias, entrou com diversas ações visando suspender o processo (liminares, denúncias, mandados de segurança) que não foram julgados propositalmente, mas que servem para pavimentar o caminho de volta. Por isso, nós não vamos parar! Nada pode nos parar!

Neste momento, temos que manter a força, fé, foco, serenidade, pra sobreviver, pra sobreviver e pra sobreviver… para poder ganhar corações e mentes, aumentar a conscientização da sociedade da necessidade e importância de uma Eletrobras Pública, reestatizada. Precisamos eleger um projeto político que defenda que a Eletrobras Pública é a garantia do desenvolvimento do País.


Hoje temos muito orgulho da luta que construímos coletivamente! Esse legado não será perdido! Para nós, que sempre fomos aguerridos e resilientes, desistir nunca foi uma opção! Recolheremos os cacos de um dia difícil e iremos convictos para a nossa próxima trincheira que é eleger um novo governo e traçar o caminho da reestatização da Eletrobras por soberania nacional e energética, por modicidade tarifária, por universalização dos programas setoriais.

É hora também de agradecer a todos os trabalhadores, familiares, dirigentes que estiveram conosco até aqui. Agradecer também aos movimentos sociais, companheiros de outras estatais e institutos, aos aguerridos parlamentares, partidos de oposição, aos assessores parlamentares, a todas as nossas assessorias que mais que contratados, foram verdadeiros militantes. A todos e a todas que estiveram conosco até aqui, o nosso muito, muito obrigado! Tudo valeu a pena!


Agora renovemos juntos novamente nossas esperanças, nossos sonhos, nossas expectativas de dias melhores, com garranos olhos e sorriso nos lábios de quem sempre soube estar do lado certo da história! Lutamos a boa luta e estamos de pé!

Temos muitos desafios pela frente e agora mais do que nunca, ninguém solta a mão de ninguém! Juntos somos uma fortaleza inabalável! Vamos seguir firmes e obstinados porque tem luta! Eletrobras Pública, Brasil Soberano! Reestatiza Já!


ATO NA SEDE DA CGT ELETROSUL


No dia 14 de junho, dia da capitalização da Eletrobras na Bolsa de Valores, o Sinergia promoveu um ato na sede da CGT Eletrosul. O protesto denunciava mais uma vez todas as manobras políticas e jurídicas para concluir o processo irregular de privatização da empresa. Participaram, além dos trabalhadores e dirigentes do Sinergia, companheiros do Sinte (professores), Sintect (profissionais dos Correios e Telégrafos), CUT, MAB, além de representações dos partidos PT, PSB e PCdoB de Florianópolis.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1537 de 23 de junho de 2022

Sindicatos da Intercel fazem percorrida na base para entregar pré-pauta do ACT 2022/23 e informar a categoria sobre plano de saúde

Os sindicatos da Intercel estão percorrendo nesta semana os postos de trabalho na Celesc para entregar
à categoria o livreto da pré-pauta do ACT 2022/23. Na pré-pauta, já constam as datas das Assembleias
Regionais (04 a 07 de julho) e da Assembleia Estadual, que acontecerá em 06 de agosto, em Jaraguá do
Sul. É importante a participação de toda a categoria nas duas Assembleias. Para a Assembleia Estadual,
os sindicatos disponibilizarão ônibus para facilitar o deslocamento dos trabalhadores.

Também na percorrida desta semana, a Intercel está atualizando os trabalhadores sobre as negociações do Plano de Saúde. Conforme divulgado para a categoria no Boletim da Intercel n° 179, no último domingo, os sindicatos apresentaram aos representantes da diretoria da empresa um parecer jurídico que indica não ser possível as entidades sindicais negociarem e abrirem mão de um direito que consta no contrato de trabalho das pessoas admitidas até abril de 2013. A empresa, demonstrando ignorar o fato, e sem dar uma resposta concreta a este questionamento, exige que as assembleias sejam feitas com a proposta dessa forma. De maneira intransigente, só aceita negociar se tal fato for ignorado pelos sindicatos, o que demonstra que a preocupação da empresa nunca foi com a saúde dos trabalhadores, mas somente em reduzir o passivo atuarial.

A resposta da categoria à intransigência da Celesc precisa ser de união e disposição pela luta. Mais de 600
trabalhadores não têm hoje o plano de saúde. É preciso que todos estejam engajados nessa conquista. A empresa, mais uma vez, parece querer fazer a disputa e apostar na desunião, jogando novos trabalhadores contra aqueles que têm mais experiência e aposentados. A resposta que precisa ficar clara é que a categoria não aceita divisões e que todos estarão unidos em mais esta luta.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1537 de 23 de junho de 2022