Monthly Archives: maio 2024

Intercel e Intersul se solidarizam com as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul

Saiba como ajudar as famílias atingidas

Mais uma vez, brasileiros e brasileiras sofrem uma catástrofe climática de grandes proporções. Dessa vez, o estado que vem sofrendo grandes consequências é o Rio Grande do Sul, tanto na porção central, como na região serrana e na área metropolitana de Porto Alegre. 

O cenário descrito nos jornais é de guerra: milhares de famílias sendo obrigadas a sair de casa por conta do alto volume de água, grande número de desaparecidos e quase uma centena de mortos por causa da enxurrada entre final de abril e início de maio. 

Foto: @movimentosemterra

Neste cenário, como é típico da população brasileira, além das forças governamentais, milhares de pessoas se dispuseram a ajudar, seja se deslocando ao Rio Grande do Sul, seja em suas cidades, arrecadando alimentos, materiais de higiene e dinheiro para ajudar na reconstrução das cidades atingidas. 

O Movimento Sem Terra (MST) construiu uma Cozinha Solidária na cidade gaúcha de Viamão para atender desabrigados da cidade de Eldorado do Sul e, desde a terça-feira, dia 7, está produzindo 1,5 mil marmitas por dia. A cidade é uma das mais afetadas pelas enchentes e o acesso para ajuda humanitária só pode ser feito por helicóptero. As famílias do MST envolvidas nesta ação de solidariedade também foram atingidas pela enchente e vivem em assentamentos que estão submersos. 

Para ajudar com a campanha de solidariedade promovida pelo MST, você pode ajudar pela chave PIX: 09352141000148, Banco 350, Agência 3001, Conta 30253-8, CNPJ 09.352.141/0001-48, Nome: Instituto Brasileiro de Solidariedade. Você pode conferir o trabalho feito pelo MST pelo instagram @movimentosemterra.

Quem também vem ajudando sobremaneira centenas de famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul é o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A instituição vem organizando desde a semana passada a distribuição de marmitas, em parceira com outras instituições, em Porto Alegre, Vale do Taquari e no baixo Jacuí. Para ajudar, você pode fazer um pix para o CNPJ 73.316.457/0001-83, em nome da Associação Nacional dos Atingidos por Barragens – ANAB.

Foto: @atingidosporbarragens

O MAB atua desde a década de 1980 com populações atingidas por barragens e tem longa experiência em ajudar a organizar as lutas de famílias atingidas pelo sistema de geração, distribuição e venda da energia elétrica, como no caso de Brumadinho, em Minas Gerais. Todo o trabalho desempenhado pelo MAB na ajuda às famílias no Rio Grande do Sul está sendo divulgado através do instagram @atingidosporbarragens. 

Além da ajuda financeira, também é possível doar diversos itens para ajudar nesse momento difícil pelo qual passa o Rio Grande do Sul. Nessa semana, as 26 unidades operacionais e sete delegacias da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, além da Sede Regional em Florianópolis, estão disponíveis para receber as doações, que serão encaminhadas à Defesa Civil do Rio Grande do Sul. Os itens mais solicitados nesse momento são colchões, lençóis e fronhas, alimentos não perecíveis, água, produtos de higiene, produtos de limpeza, ração para cães e gatos, copos e pratos plásticos. 

Os sindicatos da Intercel e da Intersul se solidarizam com todas as famílias atingidas e enlutadas no Rio Grande do Sul e no meio oeste catarinense, onde, na semana passada, a chuva também deixou um rastro de destruição e dezenas de famílias desabrigadas.

Negociação de ACT por e-mail é desrespeito com a categoria

Cerej apresenta proposta pronta de ACT, sem uma segunda rodada de negociação onde poderia debater a cláusula com o sindicato

Na segunda-feira, 6 de maio, a direção da Cerej enviou ao Sinergia por e-mail um retorno sobre as cláusulas que ainda não haviam sido debatidas na primeira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025. Foi informado que a Cooperativa garantiria reajuste salarial da inflação (IPCA 12 meses), de 4,62% e “prestigiando o esforço coletivo” ofereceriam um ganho real de 2,59% em todas as cláusulas econômicas. Nas demais cláusulas, o e-mail informa que permanecerão “com o mesmo teor do Acordo Coletivo de 2023-2024, exceto a nova cláusula de Cota negocial”. 

A primeira rodada de negociação, em 22 de abril, com a comissão que representa a Cerej já começou mal, pois a mesma informou que a direção da Cooperativa ainda não havia se reunido para debater o tema – o que demonstra enorme desrespeito com o maior patrimônio da Cerej, ou seja, seus trabalhadores e trabalhadoras que garantem o fornecimento de energia elétrica aos consumidores, faça chuva ou faça sol. Afinal, como pode uma representação patronal numa negociação não ter autonomia e respaldo da diretoria da empresa para debater cláusula a cláusula? O sentimento que fica é que a Diretoria da Cerej não estudou minuciosamente as contribuições e anseios de seus trabalhadores, que trouxeram inúmeras sugestões na Pauta do Acordo Coletivo. 

Além disso, a Cerej traz uma inovação absurda ao fazer apenas uma rodada de negociação, com debate sobre as cláusulas e, na sequência, traz um pacote pronto para ser apreciado pela categoria, sem qualquer possibilidade de negociar os pontos apresentados. A negociação serve, sim, para que as partes possam tentar ceder de um lado, ganhar de outro e chegar a um acordo minimamente razoável a ser apresentado e apreciado pela categoria. 

Diante do descaso da diretoria da Cerej em ouvir os argumentos trazidos pelos trabalhadores, e sem incluir cláusulas novas que seriam importantes para a categoria, o Sinergia fez ontem (quarta-feira) Assembleias com indicativo pela rejeição da proposta. A Cerej precisa dar valor à negociação, ouvir e debater cláusula a cláusula com quem, de fato, representa seus trabalhadores. 

Até o fechamento desta edição, as assembleias não haviam sido encerradas. Caso a contraproposta seja rejeitada e a Diretoria da Cerej se recuse a voltar a negociar, o Sinergia solicitará mediação junto ao Ministério Público do Trabalho.

Intercel planeja Campanha Data-Base da Celesc

SINDICATOS CONSTRUÍRAM AGENDA DE ATIVIDADES ATÉ O FECHAMENTO DO ACORDO OU INÍCIO DA GREVE, EM SETEMBRO

A Intercel se reuniu para planejar a Campanha Data- -Base 2024/2025 de trabalhadores e trabalhadoras da Celesc na última semana, entre os dias 1° e 3 de maio. Realizado em Lages, o encontro contou com a presença de dirigentes da Intercel, do deputado federal Pedro Uczai (PT), do deputado estadual Fabiano da Luz (PT), da assessora econômica do DIEESE, Crystiane Peres, do Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Celesc, Paulo Horn, bem como do Diretor Administrativo-Financeiro da Celos, Leandro Nunes. O evento foi coordenado pelo educador popular Emilio Gennari com assessoria da pedagoga Júlia Souza. 

Em pauta, a discussão sobre os passos da Campanha Data-Base na Celesc, que inicia no mês de maio e se estende até setembro, com fechamento de Acordo, ou, caso contrário, deliberação de movimento de greve.

Também foram debatidos pontos-chave de luta para a categoria, como a necessidade de contratação imediata de empregados próprios – especialmente para as áreas- -fim – e um basta nas terceirizações, a melhoria da comunicação dos sindicatos com a categoria – o que inclui o retorno do jornal Linha Viva semanalmente às bases -, o debate sobre a evolução dos Grupos de Trabalho com empresa e Intercel e a necessidade de avanço urgente das negociações do Acordo de Participação nos Lucros e Resultados 2024. 

Ao final do encontro, foi feita também a mudança da Coordenação da Intercel, que ocorre todos os anos em forma de rodízio entre os sindicatos que compõem a intersindical. Marlon Gasparin, que representava o STIEEL na Coordenação, passou o bastão para Caroline Borba, do Sinergia, que se tornou a primeira mulher a coordenar a entidade.