Tag Archives: Eletrosul

Não precisamos de sindicato pelego

Pode ser que nos dias de hoje, muitos trabalhadores não saibam o que significa o termo “pelego”, mas o “peleguismo” surgiu na época do “Estado Novo” quando foram criadas as leis trabalhistas e a organização sindical por Getúlio Vargas. Acontece que, paralelamente a isso, também foram inseridos nos movimentos sindicais lideranças que tinham como objetivo trabalhar para o governo ditatorial.


Para o bom entendimento, o sindicalista pelego, é aquele que finge estar representando os trabalhadores, mas na verdade, busca manipular as massas com intuito de atender aos interesses dos patrões, ou seja, ele “amacia” o trabalhador para facilitar a vida do patrão. A Intersul tem como premissa a defesa dos trabalhadores, e isso NUNCA vai mudar, não importa em que cenário político o país esteja, nossos ideais são imutáveis, não vamos dançar conforme a música que toca.


A defesa de um Brasil soberano e com suas estatais à serviço da maioria do povo é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Isso não é, de forma alguma, “saudosismo”. Lutar para que a ELETROBRAS, que desde sua criação em 1962, coordenou o desenvolvimento energético do país, siga como empresa pública, levando o desenvolvimento a todas as regiões do país, é, sem dúvida, obrigação de todos os brasileiros, de todos os trabalhadores do sistema e, principalmente, deveria ser dos sindicatos que representam esses trabalhadores.


A nossa luta vai continuar, sempre em defesa dos direitos conquistados a duras penas, esse é princípio fundamental do sindicalismo sério e voltado aos trabalhadores, que são os principais agentes do crescimento do país. A Intersul não será NUNCA aquela que vai tentar “conformar” os trabalhadores com as mudanças que venham para piorar as condições de vida e trabalho. Não vamos “amaciar” os trabalhadores para o patrão, esse é o papel dos PELEGOS.


“O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos…”

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1544 de 11 de agosto de 2022

CGT Eletrosul tenta restringir liberações sindicais no ACT específico

As negociações do Acordo Coletivo Específico dos trabalhadores da CGT Eletrosul estão em andamento, e o número de liberações de dirigentes sindicais da Intersul é, no momento, o grande impasse que tem dificultado o entendimento entre as partes para a renovação do ACT.


Na reunião ocorrida no dia 02/08/2022, a CGT Eletrosul apresentou uma proposta baseada em uma interpretação dada pela Empresa ao ACT Nacional. Por esta interpretação, o número de dirigentes sindicais da Intersul, liberados exclusivamente para atividades sindicais com ônus para a empresa, teria uma redução de 7, previstos no atual acordo, para 4 dirigentes. A Intersul discordou expressamente desta interpretação. No entendimento da Intersul, a interpretação do acordo atual daria cobertura para até 8 dirigentes da Intersul, mas a entidade no momento só utiliza 6 liberações. Todavia, a redução para 4 dirigentes pretendida pela CGT Eletrosul é inaceitável, por isso o tema voltou a ser debatido pelas partes em nova reunião ocorrida no dia 10/08/2022, cujos desdobramentos serão noticiados em breve, pois o fechamento desta edição do Linha Viva se deu antes do encerramento da reunião.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1544 de 11 de agosto de 2022

Assembleias serão reabertas e podem determinar o desfecho para o ACT

O indicativo de início de uma greve nacional no dia 27 de junho de 2022 foi suspenso pela categoria em acordo com o encaminhamento do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).


A decisão foi orientada pelo CNE depois que, em uma audiência no processo de Dissídio decorrente da Greve de janeiro, o Ministro Alexandre Agra Belmonte, provocado pelos representantes sindicais, manifestou interesse em conciliar também o impasse relativo ao ACT da categoria.


A partir daí, acatando sugestão do Ministro, o CNE encaminhou a suspensão da greve e aguardou a proposta conciliatória do TST que finalmente chegou às mãos dos representantes dos trabalhadores no dia 28 de junho, última terça-feira.


A proposta enviada pelo TST atendeu em boa parte ao que vinha sendo pleiteado pelos trabalhadores desde as assembleias que haviam indicado a greve e rejeitado quatro cláusulas da proposta da Eletrobras. A proposta apresentada agora pelo Ministro do TST, que ouviu algumas das ponderações dos sindicalistas, exclui a previsão de quadro mínimo, no entanto, coíbe a prática de demissões em lotes ou em massa. Além disso, melhora a perspectiva dos trabalhadores em relação as garantias de um Programa de Desligamento Incentivado em bases não inferiores aos anteriores e estabelece um acordo com validade de dois anos, trazendo mais tranquilidade aos trabalhadores durante este período atribulado imediatamente após o processo de privatização.


Além disso, o Ministro propõe a prorrogação de todo o Acordo atual por 15 dias, tempo que será utilizado pela categoria para reavaliar com calma toda a situação.


Estes desdobramentos, desde a greve marcada, a suspensão do movimento e possibilidade agora de reavaliar em novas assembleias uma proposta claramente mais benéfica aos trabalhadores, confirmam que a estratégia e o encaminhamento do CNE durante este processo foi o mais acertado, pois foi a rejeição das quatro cláusulas nas assembleias que possibilitou o destravamento do processo e a consequente melhora da proposta a ser avaliada a partir da reabertura das assembleias na semana que vem.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1538 de 30 de junho de 2022