Author Archives: Leonardo Contin da Costa

GREVE NA ELETROSUL SUSPENSA

O Ministro Mauricio Godinho Delgado do Tribunal Superior do Trabalho, em audiência de conciliação, no dissídio de greve entre os sindicatos de eletricitários e a Eletrobras, realizada nesta terça-feira (13) pediu que as entidades sindicais suspendessem a greve, deflagrada pela categoria durante o processo de negociação do ACT 2024-2026.

O SINERGIA realizou a assembleia hoje (14/4) e aprovou a suspensão do movimento obreiro.

As assembleias estão sendo realizadas por todos sindicatos que compõem a Intersul e também nas demais intersindicais que compõem o CNE.

Fonte: redação

Intercel promove novas ações em defesa de atendentes comerciais

Sindicatos seguem preocupados com situação do atendimento na Celesc

Após realizar diversas reuniões de cobrança com a Direção da Celesc para buscar a melhoria das condições de trabalho aos atendentes comerciais (após a mudança do sistema SAP-HANNA), a Intercel decidiu tomar outras medidas para defender a categoria.

Entre elas, uma denúncia no Ministério Público do Trabalho sobre as condições degradantes do atendimento com a troca do sistema comercial – pedindo ao MP que realize inspeções nos locais de trabalho para verificar as condições de saúde e segurança e obrigando a Celesc a desenvolver um plano de ação eficaz que resolva os problemas, além de medidas corretivas e compensatórias aos trabalhadores -, campanhas de mídia, panfletos, faixas e banners explicando a situação e spots de rádio defendendo a categoria e denunciando a irresponsabilidade da direção da Celesc. Essas ações têm início já nesta semana.

Imagem da Celesc se deteriora sob gestão Tarcísio Rosa

PRESIDENTE ALERTA QUE “SE QUALIDADE CAIR”, PRIVATIZAÇÃO É POSSÍVEL. TARCÍSIO É RESPONSÁVEL POR QUEDA NA QUALIDADE DA CELESC

O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, indicado pelo governador Jorginho Mello (PL), deu uma entrevista para o jornal Valor Econômico na última semana. A matéria cita que a companhia e a Cemig são as únicas concessionárias de energia públicas do país e que o governador de Santa Catarina se comprometeu em campanha em manter a empresa sob controle do Estado.

A matéria cita o passado privatista de Rosa, que argumenta que “a desestatização é um tema que requer debate contínuo, variando de acordo com a qualidade dos serviços oferecidos”. Ele ainda argumenta que “há um acordo [para não privatizar]: a empresa tem de ser melhor, tem de crescer e ser competitiva (…), não precisa privatizar enquanto for boa, mas se cair na qualidade temos que pensar nesta alternativa, mas não é a discussão do momento”.

A matéria continua afirmando que a Celesc tem índices de DEC e FEC dentro dos padrões regulatórios, mas que caiu três posições na análise de desempenho na continuidade do fornecimento de energia de 2022 para a 2023 – já sob a gestão Tarcísio.

Celesquianas e celesquianos de todo o estado ficaram preocupados com a matéria: afinal, o presidente afirma que, “se cair na qualidade”, é possível pensar na privatização justamente num momento em que – por equívocos de sua gestão – a Celesc figura nos meios de comunicação por diversos problemas no atendimento e recebendo reclamações de milhares de consumidores.

Ora, não foi por falta de alerta: desde o ano passado, a Intercel cobra da Diretoria da Celesc a contratação de novos trabalhadores – especialmente na linha de ponta, como eletricistas e atendentes. Tarcísio e a trupe indicada por Jorginho ignoraram solenemente os apelos dos sindicatos e apostaram no pior cenário. Hoje faltam atendentes em diversos municípios do estado e os trabalhadores estão pagando o preço com a própria saúde – estão adoecendo. Há lojas da Celesc em determinadas cidades fechadas pois não há atendentes lotados naqueles municípios – violentando ainda mais a imagem da empresa.

Além da sobrecarga de trabalho pela falta de pessoal, atendentes comerciais sofrem por conta dos diversos problemas do novo sistema SAP-HANNA – também implementado na gestão Tarcísio. Empregados buscam os sindicatos diariamente para reclamar de bugs e outros problemas operacionais surgidos – como dificuldades de consumidores para pagamento das faturas com códigos de barras, adiamento de débito automático sem aviso prévio aos clientes e outras operações que necessitariam um treinamento mais adequado aos trabalhadores e que foi negligenciado pela gestão Tarcísio e toda a Diretoria. O alerta foi dado pelo jornal Linha Viva desde o mês de março (a partir da edição 1600, capa abaixo), mas, novamente, ignorado pela Direção da companhia. 

A situação na Celesc está tão grave, que até mesmo  jovens aprendizes – menores de idade – estão sofrendo na linha de frente da empresa com a indignação dos consumidores. Há relato de uma jovem que ficou tão estressada com a revolta dos clientes, que passou mal no local de trabalho.

A Intercel buscou a Direção da Celesc diversas vezes – desde antes da virada de chave dos sistemas -, primeiro alertando para os riscos da mudança e pedindo um adiamento e depois cobrando soluções para os problemas criados.

Outro questionamento comum entre a categoria é a falta de preparo da gestão Tarcísio para comunicar a população sobre os problemas que surgiriam com a mudança de sistemas. Apesar de ter realizado uma boa campanha prévia em jornais e em TV, a Celesc teria diversas outras possibilidades de se comunicar com a população – com orientações na própria fatura de energia, por SMS ou e-mail dos consumidores. Além disso, ao contrário do que se viu em gestões anteriores, quando o presidente da companhia dava a cara a tapa em diversas crises que envolveram o nome da empresa, Tarcísio se esconde, não explica os fatos à população e deixa que a equipe de comunicação da empresa faça o trabalho que deveria ser seu.

Por fim, não apenas o atendimento comercial vive um momento exacerbado de estresse. Eletricistas da Agência Regional Florianópolis vêm se desdobrando para dar conta de plantões e horas extras intermináveis. É que a empresa terceirizada que auxiliava as equipes de emergência teve seu contrato encerrado no mês passado. Como Tarcísio se nega a contratar novos eletricistas em quantidade suficiente – e sempre aposta no pior cenário para a empresa -, os eletricistas estão adoecendo para dar conta do recado e evitar que a imagem da empresa se deteriore ainda mais. 

A gestão Tarcísio está marcada como a gestão que apostou no caos. Faltam empregados, falta material, faltam camionetes suficientes para fazer um atendimento digno à população. Não é preciso ser vidente para vislubrar o futuro: presidente e Diretoria omissos, consequente queda na qualidade dos serviços e a justificativa para a privatização está pronta para ser colocada em prática.

Trabalhadores/as do grupo Eletrobras aprovam greve por tempo indeterminado

Proposta de Acordo da Eletrobras tenta retirar conquistas históricas da categoria

As Assembleias com trabalhadores e trabalhadoras do grupo Eletrobras em todo o país na semana passada deliberaram pela rejeição da contraproposta ao Acordo Coletivo 2024/2026. Além disso, decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir dessa segunda-feira, 10 de junho.

Na CGT Eletrosul, a dirigente sindical Cecy Marimon explica que “todas as bases da Intersul aderiram à greve, com exceção do Rio Grande do Sul, por conta de uma MP, e a expectativa é que rapidamente se resolva a situação no Dissídio Coletivo de Greve, onde a empresa será chamada à conciliação”. De acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), cerca de 80% da categoria aderiu à greve no início desta semana – 6.400 dos 8.000 empregados em todo o país. A indignação da categoria é com uma contraproposta rebaixada, que retira diversos direitos históricos e abre margem para demissões em massa num cenário em que a empresa está muito bem financeiramente. A demissão em massa de profissionais experientes e altamente qualificados coloca em risco todo o sistema energético brasileiro.

Essa é a primeira negociação de Acordo Coletivo com a empresa totalmente privada desde a desestatização durante a gestão Jair Bolsonaro (PL).

Representantes de base tomam posse

Eleitos(as) atuarão na CEREJ, Celesc e CGT Eletrosul na Grande Florianópolis

Representantes Sindicais de Base do Sinergia na CEREJ, Celesc e CGT Eletrosul na Grande Florianópolis tomaram posse em 27 de maio. A cerimônia foi realizada na sede do sindicato, no centro da capital.

De acordo com o Coordenador Geral do Sinergia, Tiago Vergara, que deu as boas vindas aos recém eleitos, “tivemos uma boa renovação nos quadros de Representantes de base, o que é muito positivo. Chegam pessoas novas em idade, em tempo de empresa, mas também colegas que estão há muitos anos nas empresas de energia e que somente agora tiveram disposição para atuar na linha de frente. Agradecemos aos eleitos e também aos Representantes de Base que concluíram seu mandato em 27 de maio”.

[CEREJ] Contraproposta ao ACT 2024/2025 é aprovada pela categoria

Fechamento do Acordo trouxe avanços para a categoria

Na quarta-feira, 29 de maio, foi aprovada pela categoria a contraproposta da CEREJ ao Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025.

A negociação da pauta de reivindicações de trabalhadores/as da CEREJ nesse ano passou por duas reuniões presenciais (em 22 de abril e em 15 de maio), onde ficou clara, desde o início, a dificuldade em contratar novas cláusulas. A proposta inicial da empresa era a reposição do IPCA pleno (3,69%) e ganho real de 1%, totalizando um reajuste de 4,69% em todas as cláusulas econômicas, sem contratar mais nada da pauta de reivindicações construída pelos trabalhadores.

O Sinergia fez assembleias para apreciação da contraproposta ao ACT com indicativo de rejeição e a categoria acatou o indicativo por ampla maioria. A expectativa era que, na rodada de negociação seguinte, a direção da cooperativa apresentasse uma contraproposta contemplando algumas das cláusulas novas sugeridas pelos trabalhadores em assembleias. Ocorre que, mais uma vez, a comissão de negociação que representava a empresa comunicou que não tinha nada a oferecer além da reposição nas cláusulas financeiras. Nesse momento, os dirigentes sindicais argumentaram que, dessa forma, continuava o impasse e se levado para assembleia com a categoria, a tendência seria de nova rejeição.

Em 20 de maio, o Sinergia recebeu da comissão de negociação uma nova proposta, onde a empresa, além de aplicar o reajuste salarial de 7,21% em todas as cláusulas econômicas, concordava em atender o pedido de alteração da cláusula 09 – Salário Substituição e a criação da Cláusula de Acúmulo de Função, em que o trabalhador que realiza acumuladamente a atividade de outro empregado por um período superior a dez dias, fica assegurado ao trabalhador que acumulou a respectiva função um acréscimo salarial equivalente a cem por cento de seu salário base, enquanto perdurar a acumulação de função. Cabe destacar que para o trabalhador ser beneficiado com essas duas cláusulas, terá que assinar o Termo de Designação para Substituição Temporária e o Termo de Designação para Acúmulo de Função Temporária.

De acordo com o dirigente sindical Carlos Alberto de Souza, o Sinergia levou indicativo de aprovação da contraproposta para a assembleia por entender que “fizemos tudo o que podia ser feito em mesa de negociação para avançarmos ainda mais na proposta da empresa. Consideramos que o trabalho realizado pelos dirigentes do Sinergia, em conjunto com a Advocacia Garcez e a assessoria econômica do DIEESE, tem sido fundamental para aumentar as conquistas, evitar a tentativa da direção da empresa em retirar cláusulas do ACT e termos assinado Acordos Coletivos com frequência com ganho real nas cláusulas financeiras, como foi o desse ano – onde trabalhadores/as da CEREJ tiveram ganho real de 3,52% numa inflação de 3,69%”. Carlos conclui, fazendo um apelo aos empregados da CEREJ: “encerramos mais um processo de negociação com um convite a trabalhadores e trabalhadoras da CEREJ para que se filiem ao Sinergia, de modo a fortalecer cada vez mais o seu sindicato e, assim, conquistarmos melhores condições de trabalho”.

A assinatura do Acordo Coletivo 2024/2025 na CEREJ deve ocorrer ainda no mês de junho.

ACT 2024/2026 da Eletrobras: CNE encaminha pela rejeição da proposta da empresa

Após cinco rodadas de negociação bastante difíceis, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) recebeu em 28 de maio a proposta da Eletrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2026. 

As intersindicais e os sindicatos de todo o Brasil analisaram a proposta em conjunto e, compreendendo que ela não atende aos anseios da categoria, decidiram encaminhar pela sua REJEIÇÃO, vinculada à aprovação de uma nova contraproposta, juntamente com a reabertura da mesa de negociação é um indicativo de greve a partir de segunda- -feira, 10 de junho, caso as negociações não sejam reabertas️.

O CNE destaca que a proposta, além de não repor sequer a inflação nos dois anos de vigência do Acordo para a grande maioria dos trabalhadores, divide a categoria e impõe aos sindicatos dar autorização para a empresa reduzir salários e negociar individualmente com os trabalhadores. Não podemos permitir divisão dos trabalhadores e trabalhadoras, nem as demissões arbitrárias da empresa. Na atual proposta, a empresa definirá quem sai, o que cria uma situação de enorme insegurança para toda a categoria. Cabe destacar que a Eletrobras não acatou a figura do Plano de Demissão Voluntária (PDV).

Para o Coletivo, a proposta pautada na redução do quadro certamente afetará o sistema elétrico como um todo, uma vez que a empresa estaria abrindo mão de um quadro técnico altamente qualificado. Assim, a ideia de rejeitar a proposta e reabrir a mesa de negociação visa garantir uma proposta justa e segura para a categoria e, consequentemente, para o sistema elétrico nacional. Caso a empresa não reabra a negociação, será solicitada a mediação do Tribunal Superior do Trabalho.

Os sindicatos que compõem o CNE – o que inclui a Intersul – fazem nessa semana (03 a 07 de junho) as Assembleias com a categoria para decidir se aceitam ou rejeitam a proposta da Eletrobras. Até o fechamento dessa edição, as Assembleias ainda não tinham sido encerradas.

Turnos de revezamento: Sinergia ingressa com ação

Categoria deliberou pela ação judicial em Assembleia em 15 de março

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia de Florianópolis e região (Sinergia), em assembleia realizada em 15 de março, decidiu por buscar a composição extrajudicial com a Celesc sobre a questão da hora reduzida no turno de revezamento. Caso não fosse alcançado um acordo em trinta dias, o sindicato ingressaria com uma ação judicial.

Seguindo essa deliberação, o Sinergia entrou em contato com a empresa. Apesar de a Celesc reconhecer seu erro, não apresentou uma proposta com prazos definidos, sugerindo intenção de ganhar tempo. Em resposta, o sindicato realizou uma nova reunião com a categoria e decidiu que, se a Celesc não apresentasse os cálculos para um acordo em dez dias, a ação seria ajuizada.

Após novo pedido de prazo pela Celesc sem apresentar qualquer valor, o Sinergia, ainda acreditando na possibilidade de resolução administrativa, por meio do escritório de Advocacia Garcez, ajuizou um protesto interruptivo de prescrição e uma ação de produção antecipada de provas. Essas ações visam facilitar as negociações, assegurando que os trabalhadores não sejam prejudicados por novos adiamentos da empresa (protesto interruptivo de prescrição) e ajudando a Celesc a calcular o passivo envolvido (produção antecipada de provas).

STIEEL completa 50 anos de lutas

Sindicato representa a categoria do Planalto Serrano ao Extremo Oeste de SC

No dia 30 de maio o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Lages – STIEEL comemora 50 anos. Fundado em 1974, com sede em Lages e base territorial com abrangência que vai do Planalto Serrano até o Extremo Oeste catarinense, o sindicato possui a maior extensão territorial da Intersul e da Intercel, atendendo a seis Agências Regionais da Celesc. Além dos trabalhadores da Celesc, o STIEEL abrange trabalhadores e trabalhadoras da CGT Eletrosul, Engie e DECELT. São mais de 800 filiados.

De acordo com o dirigente do STIEEL Jeferson Reis, “a atual Diretoria assumiu em janeiro de 2023 e hoje mantém o trabalho de luta pelos direitos de todos os trabalhadores”. Ele explica que o STIEEL “é reconhecido pelo seu histórico de lutas e conquistas e nos últimos cinquenta anos esteve presente em grandes mobilizações e nas lutas junto com a Intercel, sempre unidos em busca de melhores condições de trabalho e  valorização de toda a categoria”.

Além de compor a Intersul e a Intercel, o STIEEL neste ano está participando da fundação da Federação dos Eletricitários do Sul do Brasil (FESUL), mais uma grande conquista e um novo capítulo escrito na sua história.

Os festejos do jubileu de ouro serão realizados de forma descentralizada, conforme deliberado pela Diretoria, e devem ocorrer ao longo do ano, mas ainda sem datas definidas.