Monthly Archives: junho 2021

Empresários usam pandemia para não pagar verbas rescisórias

Só nos últimos 30 dias, 455 trabalhadores entraram na Justiça diariamente alegando que foram demitidos em função da crise do novo coronavírus e não receberam o conjunto ou parte das verbas rescisórias obrigatórias. Os dados são do monitoramento do Termômetro Covid-19 da Justiça na Trabalho, feito pela Datalawyer com o site Consultor Jurídico e a FintedLab.

Alguns empresários estão usando a pandemia do novo coronavírus para demitir trabalhadores e trabalhadoras sem pagar corretamente todas as verbas rescisórias obrigatórias nos casos de demissão sem justa causa. O prejuízo pode chegar a 50%.

Apesar do distanciamento social, que mantem fechadas desde março várias varas da Justiça do Trabalho, 19.408 trabalhadores entraram com ação pedindo o pagamento de aviso prévio, férias vencidas e proporcionais, 13º salário e a multa de 40% sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Para não pagar as verbas rescisórias, os patrões usam como pretexto um suposto ‘dispositivo jurídico’ da Medida Provisória (MP) nº 927, editada pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), em março deste ano.

Acontece que o texto da MP, que alterou a legislação trabalhista durante a pandemia do novo coronavírus, equipara “calamidade pública” a “motivo de força maior”, mas não fala no não pagamento das verbas rescisórias. Mesmo assim, tem empresa alegando o tal “motivo de força maior”, ou seja, a pandemia, para não pagar as verbas rescisórias.

De acordo com a advogada Luciana Barretto, sócia da LBS Advogados, a MP cita o artigo 501 da Constituição de 1988, que fala sobre força maior e não fala sobre pagar metade da rescisão. O artigo seguinte, o 502, que trata desse ponto não foi incluído na MP 927”.

O texto do Art. 502º diz que se ocorrer “motivo de força maior” que determine a extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada ao trabalhador, quando demitido, uma indenização de metade do que seria a devida em caso de rescisão sem justa causa.

“Não é correto usar o artigo como base para pagar somente metade da rescisão de contrato”, diz a advogada, que complementa: A prática de usar a MP para não pagar os direitos dos trabalhadores foi uma “construção jurídica articulada pelos advogados das empresas”.

Proteção sindical

O advogado José Eymard Loguércio, também sócio da LBS Advogados, reforça que as empresas erram ao proceder dessa maneira e a previsão é de que aumentem as ações trabalhistas na Justiça. Ele diz ainda que como a MP ainda não foi convertida em lei, “é vital que o Congresso faça um ajuste no texto para isso não ocorra e trabalhadores não saiam prejudicados”.

Luciana Barretto concorda e lembra que “trabalhadores, que sempre saem prejudicados nesses acordos, infelizmente é que terão, ainda, de acionar a Justiça”.

Para José Eymard os trabalhadores e os sindicatos devem ficar atentos e pressionar os deputados “para que não façam uso desse momento para prejudicar ainda mais os direitos trabalhistas”.

Fato do Príncipe

A disputa política pode ser outro fator que traz prejuízo aos trabalhadores. Eymard cita o chamado “Fato do Princípe”, que é um recurso que possibilita transferir para a administração pública o pagamento da indenização e que vem sendo utilizada por alguns empresários.

A expressão é usada no meio jurídico para tratar do Artigo 486 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que versa sobre “ação do Estado que produz efeitos sobre as pessoas”. Isso significa que empresas podem utilizar a decisão do estado de fechar o comércio para justificar demissões e, assim, “transferir” as obrigações trabalhistas ao Estado.

José Eymard Loguércio alerta que, sobre a utilização desse recurso, a interpretação que se vem consolidando no meio jurídico é de que as empresas não podem usar o artigo 486.

“A pandemia não se enquadra no ‘fato do príncipe’. Esse dispositivo, por sinal, é de questionável constitucionalidade, uma vez que ele é da década de 1950”, diz o advogado.

Ele explica ainda que vai gerar disputa judicial, o que, de novo, coloca os trabalhadores, parte mais fraca, em situação ainda mais difícil. “Por isso temos insistido que a melhor alternativa, inclusive, para as empresas, é negociar com os sindicatos e encontrar solução”, ele completa.

Caso emblemático – e que vem sendo noticiado pela mídia – é da churrascaria fogo de Chão, que demitiu mais de 430 funcionários e afirmou que “mandará parte da multa do FGTS aos governadores estaduais”.

“O pagamento de suas verbas rescisórias nos termos do art 486 da CLT, deverá ser a cargo do GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, autoridade que decretou a paralisação das atividades do EMPREGADOR”, diz documento, revelado pelo jornal Diário do Rio.

O discurso é o mesmo utilizado por Bolsonaro para atacar prefeitos e governadores que estão na linha de frente do combate à pandemia. Recentemente ele afirmou: “tem um artigo na CLT que diz que todo empresário ou comerciante que for obrigada a fechar seu estabelecimento por decisão do respectivo chefe do Executivo (…) Os encargos trabalhistas quem paga é o governador e o prefeito. Tá ok?”

Celesquiano: Vai ter assembleia virtual sobre o PDI-E

Os sindicatos da Intercel farão assembleias on line na próxima semana através da plataforma Zoom. Todas as informações sobre como participar das assembleias on line serão repassadas ainda nesta semana através de Boletim da Intercel. Participe! Confira o recado do Coordenador da Intercel, Paulo Guilherme Horn, sobre as Assembleias do PDI-E na Celesc: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2994049854021651&id=889579854468672

Você tem dúvidas sobre o que lê na internet?

Milhões de pessoas têm esta dúvida. No Brasil várias iniciativas pretendem ajudar o cidadão a navegar com mais certeza pela web.

Uma delas é o Projeto Comprova, que reúne jornalistas de 24 diferentes veículos de comunicação brasileiros para descobrir e investigar informações enganosas, inventadas e deliberadamente falsas sobre coronavírus compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens. O Comprova é uma iniciativa sem fins lucrativose pode ser encontrado aqui https://projetocomprova.com.br/about/

Existe ainda a iniciativa da Agência Lupa que coloca à prova o grau de veracidade das informações que circulam pelo país. A Lupa integra uma rede internacional de pessoas que investigam a veracidade de fatos publicados na internet criada pelo Poynter Institute, nos EUA. Junto a mais de 80 checadores participa de maratonas de checagens colaborativas. Acesse em https://www.facebook.com/LupaNews/

Finalmente temos o Sleeping Giants Brasilque monitora mais de 100 páginas e canais por causa de notícias falsas que se sustentam das receitas com mídia programática. Ele pode ser acessado pelo Twitter https://twitter.com/slpng_giants_pt

Intersul quer suspensão de desligamentos

A direção da CGTEletrosul deliberou pelo cancelamento de parte dos contratos de estágio, ocasionando o desligamento de cerca de 20 estagiários que atuavam na empresa. São estudantes que neste momento de pandemia perdem sua fonte de remuneração. A economia gerada com essas demissões em toda empresa, gira em torno de 17 mil reais. Insignificante se pensarmos que a mesma direção encaminhou pouco tempo atrás no Conselho de Administração proposta milionária de Remuneração Variável dos Administradores (RVA) que pode chegar a 10 gordas remunerações de cada administrador. Não bastasse a irresponsabilidade com a classe trabalhadora por parte do governo federal, a pandemia está revelando o que cada um tem para oferecer à sociedade. Vivemos tempos difíceis que exigem além de capacidade dos gestores, um comportamento ético em relação aos valores mais fundamentais, como o valor da vida humana. A CGT Eletrosul deveria rever este comportamento que beira a crueldade contra quem pode neste momento estar dependendo desta pequena remuneração para auxiliar o sustento da família. Não podemos esquecer que o governo brasileiro, já está nos envergonhando nas medidas necessárias para proteger os trabalhadores e trabalhadoras deste país. A falta de compromisso com quem trabalha, impede que o governo e também alguns administradores públicos tenham atitudes éticas e de proteção à vida. Preferem as medidas de proteção ao mercado, à economia, e contribuem para uma espécie de genocídio calculado do nosso povo. A CGT Eletrosul poderia perfeitamente estabelecer as condições de atividades remotas para todos os estagiários e não os dispensar neste momento. A Intersul encaminhou correspondência solicitando a suspensão dos desligamentos dos estagiários durante o período da pandemia, mas não obteve nenhuma resposta formal até agora. Onde está o compromisso com a vida? O papel social da empresa pública? A Intersul aguarda ainda a manifestação da Direção da CGT Eletrosul.

1º de maio de 2020

Estamos vivendo uma experiência traumática. No momento, sociedades inteiras estão confinadas em suas casas. Silenciosas, assustadas, controladas. O que acontecerá quando os confinamentos forem suspensos? As lutas sociais seguem sendo indispensáveis. A crise deixou o sistema nú. Ficou impossível não observar quem gera valor, quem explora e quem é explorado. A crise mostrou também que temos um governo pouco preocupado com as pessoas e muito preocupado com os detentores de capital. Agora temos a oportunidade de discutir que projeto queremos para a sociedade. A crise nos convida à reflexão. A sociedade brasileira exige uma mudança que salve a vida das pessoas, reorganize a economia. Precisamos de um novo projeto de país. Precisamos de um mundo melhor.

Saiu lista dos classificados no 10ºConto e Poesia!

Saiu a tão esperada lista dos autores classificados no 10o Concurso Literário Conto e Poesia realizado pelo Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis – SINERGIA, há 28 anos, objetivando promover o intercâmbio cultural e estimular a criação literária. Foram inscritos 873 trabalhos (594 poesias e 279 contos) de 349 participantes, oriundos de todas as regiões do estado de Santa Catarina. Os trabalhos (30 poesias e 15 contos) que integrarão um livro a ser lançado no segundo semestre de 2020 foram selecionados por Dirce Waltrich, Marcio Markendorf e Telma Scherer (Comissão de Conto) e Arlyse Ditter, Marcelo Labes e Pinheiro Neto (Comissão de Poesia). Cada autor selecionado receberá 15 exemplares da obra e os demais participantes receberão um exemplar cada um. Além disto, o Sinergia distribuirá gratuitamente exemplares da obra para todas as bibliotecas públicas de Santa Catarina e outras entidades culturais do país. Esta edição do concurso contou com o apoio cultural da AAPE, APCELESC, APC, Fundação CELOS, Livraria Livros & Livros, Intercel e Intersul. Os classificados são: Gênero CONTO Caroline Vetori de Souza……………………………………Causos de pesca Cecillia Crummenauer Tanner…………………………….Autobiografia da mosquinha e Devaneios Diego Ramon Valle Vital…………………………………… Antes disso Fabiano Foresti…………………………………………………Retrato 3X4 Giovanni de Sousa Vellozo…………………………………Tosse Emocional Guilherme Bisol………………………………………………..À noite a casa Julia Dias Lopes………………………………………………. A oralidade da serpente. Lucas Pereira Carvalho……………………………………..Ataque ao bar Lucas Speranza ……………………………………………….Ritalina Luiz Claudio Cerqueira Baptista…………………………Diário de +1 morto Nicola Gonzaga……………………………………………….Ovos mexidos Paulo Roberto Missfeldt…………………………………..Sorrisos Rosana Clesar …………………………………………………Dois Sebastião Gaudêncio Branco de Oliveira…………….Azul de Klein Vanessa Miranda Silva……………………………………..Monofobia Gênero POESIA Aline Peretti Silveira………………………………………….A Vênus Maldita Andrea Honaiser………………………………………………Rouge Carmim Brunno Manfrin Dallossi……………………………………Sem titulo Camila Hickenbick Kobarg da Costa…………………….Fumaça programada Carlos Eduardo Testa………………………………………..de repente Carlos Eduardo Vieira de Figueiredo ………………….Ao Alcance Cássio Henrique Bauer……………………………………..Cara a cara Fabiano Foresti……………………………………………….AMAROMAR Felipe Moreno Costa……………………………………….passagens Flávio Theodósio Junkes…………………………………..Kabum Franciely Dal Grande Rosa………………………………..Todo dia Gabriela Haviaras ……………………………………………Crianças Gisely Jussyla Tonello Martins…………………………..Por um momento só Jéferson Silveira Dantas……………………………………Metrópole Jorge Luis Bonamente………………………………………Luz Juliana Impaléa……………………………………………….Contamina Lino Fernando Bragança Peres………………………….Nós, nus Luciana Gomes Borges…………………………………….O eletricista Luiz Cezare Vieira……………………………………………Tempora mutantur Renata Luiz dos Santos…………………………………….Caso(a) perfeito(a) Rita Marília Tomaschewski Signorini………………….Anjo Preto Sandrine Allain……………………………………………….Floripa by bus ………………………………………………..Sem titulo Sebastião Gaudêncio Branco de Oliveira……………Ciúme Soeli Tiegs……………………………………………………..Disputa Suyan de Oliveira de Melo……………………………….Estalagem Talia Bárbara Tumelero…………………………………..Poesia dura Tamara Martins……………………………………………..Rubra Vania Aparecida Mattozo………………………………..Olhar Victor de Ávila Domingos…………………………………Criança du paradis Maiores informações com Dino (48) 996704844 ou Julia – (48) 999894126

Celesquianos pautam Conselho de Administração, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas

Centenas de trabalhadores da Celesc, a maioria do interior do estado e que viajaram toda noite, fizeram plantão na manhã de hoje, dia 20 de fevereiro, na administração central da empresa. Eles fizeram uma vigília para demonstrar seu descontentamento para os acionistas da Celesc que estavam em reunião no prédio. Especificamente, ao Conselho de Administração, os trabalhadores pediram que não aprovem nome do eleito para Diretor Comercial (que é eleito pelos trabalhadores) pois não alcançou o quórum necessário. Querem que seja aprovada nova eleição com nova Comissão Eleitoral. Os trabalhadores elegeram, ano passado, um diretor que foi destituído pelo presidente da empresa de forma ilegal, caracterizando-se, portanto, um golpe. A manifestação seguiu depois para a Assembleia Legislativa, onde os trabalhadores se encontraram com o presidente Julio Garcia e dezenas de parlamentares. Desta vez o objetivo era se posicionar sobre a questão de conflito de interesses que é o presidente da Celesc (uma empresa pública) ser funcionário da Engie, investidora audaciosa no setor elétrico brasileiro. Empresa esta que muito se beneficiaria de informações privilegiadas da Celesc. Na sequência os trabalhadores da Celesc seguiram para o Tribunal de Contas onde também deixaram assinalada sua posição a respeito da ilegalidade de Cleicio Poleto, o funcionário da Engie. O espirito dos manifestantes não era dos mais amistosos pois os trabalhadores vêm enfrentando vários desmandos da direção da empresa que quer o fim da gestão compartilhada, está ameaçando a representação dos empregados no Conselho de Administração e tenta intimidar os sindicatos com frases como “este será o pior ano de suas vidas”. Além de tudo isto eles estão alarmados com uma intervenção do governador do estado que, em redes sociais, disse estar esperando o melhor momento para privatizar a Celesc. A manifestação contou também com aposentados, que há mais de 10 anos não vinham à Celesc, e prometeram que, se precisar, irão lotar o prédio da administração central quantas vezes necessária para manter a empresa pública. Todos externaram um imenso orgulho pelo prêmio recebido há poucos dias que colocou a empresa como a mais eficiente do Brasil. E prometem este ano mais uma vez cumprir as metas da empresa rumo a concessão por mais 25 anos.

Sinergia presente na greve do petroleiros

Eletricitários em defesa da Petrobrás. Rio de Janeiro – RJ Da direita pra esquerda: 1 – Gilson Queiroz – Sindur – RO 2 – Elisa Novy – Sindieletro – MG 3 – Pedro Damásio – Sintern – RN 4 – Leandro Serpa – Sinergia – SC 5 – Arlane Lima – STIL – MA 6 – Nilton Coelho – Sinergia – ES Crédito da foto: Coletivo de Comunicação do MAB.

Sem golpe! Celesquiano não vota!

Os sindicatos da Intercel estão percorrendo os locais de trabalho orientando os trabalhadores a não participarem da eleição para Diretor Comercial. Ao não irem às urnas, os trabalhadores declaram o repúdio à um processo viciado desde o princípio. Não votar também é um direito e, neste caso, é um recado estrondoso àqueles que desrespeitam os trabalhadores. Por que: No final de 2019 o Conselho de Administração validou um golpe articulado pela presidência da Celesc contra o mandato do Diretor Comercial. Eleito em 2018 pelos trabalhadores para um período de três anos, Antônio Linhares teve o mandato cassado por conta de uma interpretação mirabolante da administração da empresa