Monthly Archives: agosto 2023

Assembleia Estadual da Celesc – O QUE MOTIVOU VOCÊ A PARTICIPAR DA ASSEMBLEIA ESTADUAL?

Este foi o questionamento feito pelo Jornal Linha Viva a uma celesquiana e a quatro celesquianos presentes na Assembleia Estadual dos Empregados da Celesc, em Pomerode, no sábado, dia 29 de julho.
Confira as respostas abaixo:

“Acredito que temos que lutar pelo que acreditamos. É mais prático ficarmos sentados esperando. É difícil e mais trabalhoso estar aqui, mas é necessário. Precisamos estar unidos. Queremos que a empresa esteja bem e fortalecida e, pra isso, precisamos da categoria unida. Minha história de vida está dentro da Celesc”. – Silvana Silva Arruda, trabalhadora da Celesc na Regional de Lages

“Considero muito importante a integração dos empregados da Celesc e muito importante, igualmente, todo o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho. Estou presente aqui para conhecer melhor a proposta, trocar ideias, não concordar e até reclamar, se for necessário. Reclamar também faz parte”. – Luiz Gonzaga Marçal Flores,
trabalhador da Celesc na Regional de Tubarão

“Vim aqui hoje para lutar pelos nossos direitos. É a primeira Assembleia Estadual dos Empregados da Celesc que participo. Gostei de ver bastante gente aqui presente e tenho uma expectativa positiva para as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho deste ano”. – Joacir Gonçalves da Silva, trabalhador da Celesc na Regional de Blumenau

“Quero estar integrado com os celesquianos e quero rever colegas. Estou há 37 anos na empresa e é bom rever colegas antigos e conhecer os novos. É preciso se doar nesse dia, que ocorre apenas uma vez ao ano, para não deixarmos de vivenciar esse momento único de integração. Muita gente reclama, mas não participa do movimento”. – André Luiz Dobrotnick, trabalhador da Celesc na Regional de Joinville

“Estou aqui pois acredito que devemos estar sempre unidos. Precisamos reivindicar e lutar por nossos direitos, que são justos e corretos. Temos de ter união para termos um bom Acordo Coletivo e para termos direitos justos aos trabalhadores da Celesc”. – Marco Aurélio de Andrade, trabalhador da Celesc na Regional de Florianópolis

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1585 de 03 de agosto de 2023

Reestatização esteve na pauta da Passeata Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha

No último domingo, dia 30, foi realizada a passeata Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha (9° Marcha das Mulheres Negras), na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e a campanha por #ReestatizaEletrobras esteve entre as pautas do ato.


Na data que relembra o marco internacional de luta e resistência da Mulher Negra e Caribenha para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero, a eletricitária Cássia Liberatori, diretora do Sintergia- RJ (sindicato filiado à Federação Nacional dos Urbanitários – FNU), da CUT Rio, incluiu na pauta social do Ato a Defesa da Reestatização da Eletrobras.


Cássia ressaltou que a privatização da Eletrobras é um elemento que acentua o racismo ambiental e que a falta de tratamento das águas dos rios e uma distribuição justa de energia elétrica, faz com que as mulheres, em especial as mulheres pretas, venham perder os seus postos de trabalho para a escuridão da privatização e para o mercado financeiro.


“Pelo bem viver, essas mulheres que emprestaram seus úteros, barrigas e pés para potencializar as muitas lutas, têm o direito de receber de volta uma energia elétrica pública, limpa e de qualidade”, ressaltou a eletricitária. Ao saudar a Dona Maria Soares, ativista centenária pelos Direitos Humanos, referenciando, assim, as mulheres griôs mais velhas, Cássia encerrou sua fala no ato com a exaltação de que “Energia Não É Mercadoria”.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1585 de 03 de agosto de 2023

Celesc Pública é eleita 3ª melhor distribuidora do país e melhor do Sul

A Celesc pública foi eleita a melhor distribuidora de energia da região Sul em premiação divulgada pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica ABRADEE -, na noite da quinta-feira passada, dia 27. A companhia também recebeu no mesmo evento o reconhecimento como a terceira melhor distribuidora do Brasil nas categorias “Avaliação do Cliente” e “Evolução do Desempenho”.


A premiação é fruto do trabalho árduo e incansável da categoria em prestar serviços de execência à população catarinense. O indicador “Avaliação do Cliente” mensura justamente o atendimento ao consumidor e a imagem da companhia perante o cliente, entre outros atributos. A empresa pública catarinense concorreu com diversas outras empresas privadas do setor.


A categoria espera que a Diretoria da empresa reconheça esse esforço coletivo não somente por discursos e elogios em eventos corporativos, mas que, às vésperas do início da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, reconheça esse esforço através da concessão de cláusulas que facilitam o dia-a-dia de trabalhadores e de uma remuneração justa e que respeite os direitos conquistados há tantos anos.


O reconhecimento da ABRADEE também põe por terra o argumento de que a empresa privada é melhor ou tem maior qualidade em seus serviços. Que a Celesc siga Pública e apresentando a qualidade que sempre foi a principal marca da empresa.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1585 de 03 de agosto de 2023

Encontro de gerações na Assembleia Estadual

Além dos debates principais do ACT, PLR e Plano de Saúde, outros debates paralelos foram realizados na Assembleia Estadual do último sábado. A celesquiana aposentada Cleusa Regina da Silva Costa (Administração Central), por exemplo, foi apresentada para o celesquiano Maycon Andrigo Santiago (Loja de São José), que ingressou na empresa há apenas três anos.


Cleusa explicou que se sente eternamente ligada à Celesc e que faz questão de participar das Assembleias, pois os assuntos também são pertinentes aos aposentados e este é um momento de questionar e dar a sua opinião.


Maycon relatou a necessidade de um debate mínimo sobre determinadas cláusulas, como a proposta que veio da base do Sinergia, de incluir as cotas de 20% para negros, pardos e indígenas nos concursos da Celesc, e que foi rejeitada por uma margem apertada de votos: “um assunto dessa relevância deveria ter tido um debate antes de ser colocado em votação, já que a maioria das pessoas votantes talvez desconheça essa realidade”, relatou ele.


Cleusa é uma referência, pois foi dirigente sindical e continua no movimento, mesmo depois de aposentada. Ela afirma que é uma grande jornada para que pessoas negras como ela tenham voz ativa dentro das empresas, assim como nos espaços sindicais, pois são ambientes que ainda replicam modelos sociais que têm vieses inconscientes de machismo, racismo, homofobia, entre outros.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1585 de 03 de agosto de 2023

Categoria aprova proposta de Plano de Saúde, PLR 2023 e pauta do ACT

Celesc de definição da Pauta do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/24 foi realizada no último sábado, dia 29. Além da presença de quatrocentos celesquianos e pelo menos cinquenta aposentados de todo o estado, também participaram da Assembleia os deputados estaduais Dr. Vicente Caropreso (PSDB) e Fabiano da Luz (PT) e o Conseheiro Eleito Paulo Horn. Todos os deputados e deputadas catarinenses foram convidados a participarem da Assembleia, independente de partido político. Alguns deles justificaram a ausência.


Além da definição da Pauta do ACT, também foram discutidas e votadas outras duas propostas de interesse da categoria: o Plano de Saúde alternativo, que foi aprovado com uma redução média no custo de 35% em relação ao Plano Celos Saúde (com o pagamento da co-participação da proporção 60% pela empresa e 40% pago pelo trabalhador e um plano odontológico opcional ao custo de R$10 por participante) e a proposta de PLR 2023, mantendo a mesma proporção da linearidade atual e com uma maior distribuição da parcela lucro, rompendo com a lógica de gatilhos de acordo com o lucro orçado.


O Diretor Administrativo-Financeiro da Celos, Leandro Nunes, também presente no evento, ajudou a tirar algumas dúvidas, como o prazo para registro e implantação do novo Plano de Saúde, que ele afirmou demorar entre trinta e noventa dias para que comece a operar (prazo contado a partir da assinatura entre Sindicatos e Celesc).


A Pauta Final do ACT 2023/24 tem previsão de ser entregue à diretoria da Celesc ainda esta semana, juntamente com a assinatura dos Acordos de PLR e Plano de Saúde.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1585 de 03 de agosto de 2023

Sinergia realiza Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária nesta segunda (07/08)

Na segunda-feira, 7 de agosto, às 18h, associadas e associados do Sinergia estão convocados/as a participar da Assembleia, conforme edital abaixo:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO – ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA e EXTRAORDINÁRIA

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região – SINERGIA, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, CONVOCA todos os associados da base territorial do Sindicato, para participarem das ASSEMBLEIAS GERAL ORDINÁRIA e EXTRAORDINÁRIA, a realizar-se no dia 07/08/2023 (segunda-feira), às 17h30min., em primeira convocação, com o número regulamentar de presentes, e às 18h00min., em segunda e última convocação, com qualquer número de presentes, a realizar-se no auditório do SINERGIA sito à Rua Lacerda Coutinho, 149 – Centro – Florianópolis/SC, a fim de discutirem e deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA:
1 – Suplementação orçamentária para 2023.
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA:
1 – Eleição da comissão organizadora do 5º Congresso dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região; discussão e votação do respectivo regimento interno;
2 – Definição de Cargos para Diretoria Colegiada;
3 – Outros.

Florianópolis, 01 de agosto de 2023.

Tiago Bitencourt Vergara
Coordenador Geral do Sinergia

Ex-dirigente sindical sofre perseguição na Eletrobras

O ex-dirigente sindical e ex-Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Eletronorte, Ikaro Chaves, vem sendo perseguido por ter lutado contra a privatização e pela reestatização da Eletrobras. Na semana passada, a empresa abriu processo interno contra ele, visando sua demissão por justa causa, dando prazo de cinco dias úteis para que apresente sua defesa escrita contra as acusações.


É inacreditável a que ponto a Eletrobras chegou. Demitem profissionais altamente qualificados, pais e mães de famílias, com ótimos serviços prestados às empresas do Grupo Eletrobras, ameaçam dirigentes sindicais do Rio de Janeiro com demissões, por fazerem ato público pela reestatização na sede da Eletrobras, coage covardemente trabalhadores na última live coordenada pelo VP de Pessoas, para aumentar a adesão ao PDV “compulsório”, e para completar, abrem processo de demissão, por justa causa, contra profissional altamente qualificado e que cumpre integralmente com suas obrigações profissionais, unicamente por lutar pela reestatização da Eletrobras. Os Sindicatos da Intersul repudiam a perseguição a Ikaro e expressam sua solidariedade e apoio, ao mesmo tempo em que agradecem a ele pela coragem, disposição e profissionalismo.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1584 de 20 de julho de 2023

Trabalhadores e movimentos sociais protestam no investor day da Eletrobras

No dia 12 de julho, o presidente da Eletrobras privatizada anunciou a descarbonizacão da produção de energia. O processo inclui a venda/ fechamento de usinas térmicas da empresa nos estados do RJ, AM e RS. Mais de 95% da base produtiva da Eletrobras é renovável, mas as usinas térmicas (a carvão e gás natural) são importantes em tempos de crise hídrica. Mais uma contradição do processo de lesapátaria que foi a privatização da Eletrobras.


A privatização aprovada pelo Congresso em 2022 é objeto de uma ADI impetrada pela AGU e pelo Presidente Lula para garantir o direito de voto proporcional aos 43% de ações que o governo federal tem na empresa. No mesmo projeto de lei que privatizou a Eletrobras, foi incluída a contratação de novas usinas térmicas. Então fica a pergunta: qual a lógica disso? Respondemos: entregar novidades ao Mercado para justificar a privatização. Vender patrimônio construído pelo Estado, propriedade do povo brasileiro. A possibilidade do fechamento da Usina de Candiota/RS, pertencente à subsidiária CGTEletrosul, por exemplo, terá impacto econômico e social em seis municípios da região mais pobre do RS, com a extinção de mais de 15 mil postos de trabalho.


Os trabalhadores denunciam e exigem que a Eletrobras suspenda qualquer alienação de patrimônio enquanto não for julgada a ADI pelo STF. O ato contou com a presença de Sindicatos, CUT e integrantes do MAB e da Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1584 de 20 de julho de 2023

CNE propõe que reestatização da Eletrobras seja prioridade no PPA

Dirigentes do Sinergia, representando o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a Intersul, e trabalhadoras e trabalhadores da CGT Eletrosul participaram, em 7 de julho, do debate do Plano Plurianual Participativo (PPA) do Governo Federal em Santa Catarina. O evento foi realizado na Assembleia Legislativa e contou com a presença de lideranças sindicais e de movimentos populares, deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos, além dos ministros Márcio Macêdo, da Secretaria Geral da Presidência da República, e Simone Tebet, do Planejamento. Representando o CNE e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Tiago Vergara defendeu na tribuna do evento a criação do Fundo Nacional de Reparação das Pessoas Atingidas por Barragens (só em SC, são mais de 300 barragens e milhares de atingidos) e a proposta de Reestatização da Eletrobras, como forma de baixar a conta de energia da população brasileira: “Nós não teremos a possibilidade de baixar a conta de luz com a Eletrobras privada e nas mãos do mercado financeiro. Nós precisamos da Eletrobras pública para poder desenvolver o País e para que o setor industrial possa investir e gerar emprego, renda e crescimento econômico para o Brasil”, enfatizou Tiago.


O PPA é o principal instrumento de planejamento orçamentário de médio prazo do Governo Federal. Ele define as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal, contemplando as despesas de capital. Além das propostas apresentadas pelo CNE, outras oito entidades se inscreveram e trouxeram propostas para as áreas da educação, saúde, direitos da população em situação de rua e LGBTQIAP+. O PPA será encaminhado ao Congresso Nacional em 31 de agosto para ser votado pelos parlamentares. Ainda neste ano, deverá ocorrer a sanção pelo Presidente da República.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1584 de 20 de julho de 2023

Intercel celebra vitória com decisão do MPT sobre denúncia anônima

prática de coagir e ameaçar representações de trabalhadores segue em evidência. Na Celesc, a Intercel e representantes dos empregados no Conselho de Administração já sofreram algumas vezes tentativas de censura. No final de 2022, o Sinergia foi denunciado anonimamente ao Comitê de Ética e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) por supostamente ‘assediar moralmente os gerentes da Celesc’. Coincidentemente, as denúncias foram feitas logo após a posição dos Sindicatos em relação à incorporação da gratificação de chefia nos salários de gerentes e ex-gerentes.


A petição, mal escrita e repleta de inverdades, fez uma narrativa de mau gosto, chegando até a pedir a demissão por justa causa de dois sindicalistas. Para a Intercel, um ataque a um Sindicato ou a um líder sindical é considerado um ataque a todos. A entidade não aceita qualquer tentativa de intimidação ou censura à liberdade sindical, direito previsto na Constituição Federal e em convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).


É importante explicar que o Comitê de Ética interno da empresa não tem competência legal para julgar denúncias contra entidades e líderes sindicais, e a denúncia não teve seguimento.


Em relação ao MPT, o Procurador afirmou que a denúncia carecia de objetividade e, por vezes, era ininteligível. Além disso, afirmou que as ações dos sindicatos estão em conformidade com a lei, e que o sindicato em questão é historicamente um defensor fervoroso dos direitos dos eletricitários, reconhecendo a fundamental atuação ao longo dos anos.


A Intercel continua vigilante, fiscalizando a gestão da empresa e denunciando atos administrativos considerados ilegais ou imorais, sempre em defesa de uma Celesc pública, boa para todo mundo.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1584 de 20 de julho de 2023