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[CEREJ] Contraproposta ao ACT 2024/2025 é aprovada pela categoria

Fechamento do Acordo trouxe avanços para a categoria

Na quarta-feira, 29 de maio, foi aprovada pela categoria a contraproposta da CEREJ ao Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025.

A negociação da pauta de reivindicações de trabalhadores/as da CEREJ nesse ano passou por duas reuniões presenciais (em 22 de abril e em 15 de maio), onde ficou clara, desde o início, a dificuldade em contratar novas cláusulas. A proposta inicial da empresa era a reposição do IPCA pleno (3,69%) e ganho real de 1%, totalizando um reajuste de 4,69% em todas as cláusulas econômicas, sem contratar mais nada da pauta de reivindicações construída pelos trabalhadores.

O Sinergia fez assembleias para apreciação da contraproposta ao ACT com indicativo de rejeição e a categoria acatou o indicativo por ampla maioria. A expectativa era que, na rodada de negociação seguinte, a direção da cooperativa apresentasse uma contraproposta contemplando algumas das cláusulas novas sugeridas pelos trabalhadores em assembleias. Ocorre que, mais uma vez, a comissão de negociação que representava a empresa comunicou que não tinha nada a oferecer além da reposição nas cláusulas financeiras. Nesse momento, os dirigentes sindicais argumentaram que, dessa forma, continuava o impasse e se levado para assembleia com a categoria, a tendência seria de nova rejeição.

Em 20 de maio, o Sinergia recebeu da comissão de negociação uma nova proposta, onde a empresa, além de aplicar o reajuste salarial de 7,21% em todas as cláusulas econômicas, concordava em atender o pedido de alteração da cláusula 09 – Salário Substituição e a criação da Cláusula de Acúmulo de Função, em que o trabalhador que realiza acumuladamente a atividade de outro empregado por um período superior a dez dias, fica assegurado ao trabalhador que acumulou a respectiva função um acréscimo salarial equivalente a cem por cento de seu salário base, enquanto perdurar a acumulação de função. Cabe destacar que para o trabalhador ser beneficiado com essas duas cláusulas, terá que assinar o Termo de Designação para Substituição Temporária e o Termo de Designação para Acúmulo de Função Temporária.

De acordo com o dirigente sindical Carlos Alberto de Souza, o Sinergia levou indicativo de aprovação da contraproposta para a assembleia por entender que “fizemos tudo o que podia ser feito em mesa de negociação para avançarmos ainda mais na proposta da empresa. Consideramos que o trabalho realizado pelos dirigentes do Sinergia, em conjunto com a Advocacia Garcez e a assessoria econômica do DIEESE, tem sido fundamental para aumentar as conquistas, evitar a tentativa da direção da empresa em retirar cláusulas do ACT e termos assinado Acordos Coletivos com frequência com ganho real nas cláusulas financeiras, como foi o desse ano – onde trabalhadores/as da CEREJ tiveram ganho real de 3,52% numa inflação de 3,69%”. Carlos conclui, fazendo um apelo aos empregados da CEREJ: “encerramos mais um processo de negociação com um convite a trabalhadores e trabalhadoras da CEREJ para que se filiem ao Sinergia, de modo a fortalecer cada vez mais o seu sindicato e, assim, conquistarmos melhores condições de trabalho”.

A assinatura do Acordo Coletivo 2024/2025 na CEREJ deve ocorrer ainda no mês de junho.

ACT 2024/2026 da Eletrobras: CNE encaminha pela rejeição da proposta da empresa

Após cinco rodadas de negociação bastante difíceis, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) recebeu em 28 de maio a proposta da Eletrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2026. 

As intersindicais e os sindicatos de todo o Brasil analisaram a proposta em conjunto e, compreendendo que ela não atende aos anseios da categoria, decidiram encaminhar pela sua REJEIÇÃO, vinculada à aprovação de uma nova contraproposta, juntamente com a reabertura da mesa de negociação é um indicativo de greve a partir de segunda- -feira, 10 de junho, caso as negociações não sejam reabertas️.

O CNE destaca que a proposta, além de não repor sequer a inflação nos dois anos de vigência do Acordo para a grande maioria dos trabalhadores, divide a categoria e impõe aos sindicatos dar autorização para a empresa reduzir salários e negociar individualmente com os trabalhadores. Não podemos permitir divisão dos trabalhadores e trabalhadoras, nem as demissões arbitrárias da empresa. Na atual proposta, a empresa definirá quem sai, o que cria uma situação de enorme insegurança para toda a categoria. Cabe destacar que a Eletrobras não acatou a figura do Plano de Demissão Voluntária (PDV).

Para o Coletivo, a proposta pautada na redução do quadro certamente afetará o sistema elétrico como um todo, uma vez que a empresa estaria abrindo mão de um quadro técnico altamente qualificado. Assim, a ideia de rejeitar a proposta e reabrir a mesa de negociação visa garantir uma proposta justa e segura para a categoria e, consequentemente, para o sistema elétrico nacional. Caso a empresa não reabra a negociação, será solicitada a mediação do Tribunal Superior do Trabalho.

Os sindicatos que compõem o CNE – o que inclui a Intersul – fazem nessa semana (03 a 07 de junho) as Assembleias com a categoria para decidir se aceitam ou rejeitam a proposta da Eletrobras. Até o fechamento dessa edição, as Assembleias ainda não tinham sido encerradas.