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Após polêmicas, mudança de gestão na Celesc parece indicar para final menos traumático

A edição 1564 do Linha Viva trouxe como um dos destaques as polêmicas na mídia em que o nome da Celesc esteve envolto nos últimos meses. O fechamento daquela edição do jornal ocorreu antes do surgimento de mais uma polêmica nos jornais: o Conselho de Administração indicado pelo ex-governador Carlos Moisés rejeitaria o nome do diretor-presidente interino (Vitor Lopes Guimarães), indicado pelo governador Jorginho Mello. Ato contínuo, após rejeitar o nome de Vitor, que é engenheiro de carreira da casa e foi eleito Diretor Comercial pelos trabalhadores, os Conselheiros que representam o governo do estado renunciaram aos seus mandatos – sem que ninguém compreendesse ao certo a explicação para, num mesmo dia, negarem o nome de Vitor e, no mesmo dia, renunciarem aos seus mandatos no Conselho. O Boletim 25 do Conselheiro Paulo Horn, enviado para a categoria na quinta-feira da semana passada, traz em detalhes o relato sobre este caso.


Nesta sexta-feira, 20 de janeiro, está agendada nova reunião do Conselho de Administração da empresa. A categoria espera com expectativa os nomes indicados pelo governo do estado – acionista majoritário – para compor o CA da Celesc. Do mesmo modo, há grande expectativa pelos nomes que irão compor a nova diretoria e os sinais que indicarão se Jorginho pretende mesmo manter a Celesc Pública – honrando com sua palavra ou se agirá em sentido contrário. Não custa lembrar que o indicado por Jorginho para a presidência da Casan, Laudelino Bastos, registrou de forma explícita que “a Casan seguirá como empresa pública”. É este mesmo anúncio que os empregados da Celesc esperam do novo presidente e da nova diretoria a ser indicada pelo governador.


E os Grupos de Trabalho?


Os Grupos de Trabalho da Isonomia (anuênio e gratificação
e férias para os novos empregados) e da Revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS) seguem se reunindo. Sindicatos da Intercel e representantes da direção da Celesc – ainda que esteja passando por esse momento turbulento – tiveram uma reunião na quarta-feira da semana passada e outras duas reuniões na quarta-feira dessa semana (ontem). Apesar dos avanços terem sido pequenos até o momento, é positivo o fato dos debates continuarem a ocorrer mesmo em meio a esse momento conturbado. A expectativa da categoria é que a nova direção da companhia coloque em prática os resultados dos Grupos de Trabalho e faça justiça com os empregados – que vem sofrendo com a falta de isonomia e sem a revisão do PCS por vários anos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1565 de 19 de janeiro de 2023

Efeito Orloff: com GRUPO 3G no comando, rombo bilionário das Lojas Americanas pode se repetir na Eletrobras

Um grupo de empresários que representa o que há de mais retrógrado na economia mundial fez lobby e conduziu a operação que tomou de assalto a Eletrobras. Estamos falando da 3G Radar de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. A 3G Radar está agora envolvida em mais um escândalo: é a principal acionista das Lojas Americanas, uma das mais tradicionais empresas de varejo e e-commerce da América Latina.


O carioca Sérgio Rial, de 62 anos, ficou apenas dez dias na função de CEO das Americanas. Nesta semana, ele denunciou um rombo de R$ 20 bilhões e “inconsistências contábeis” no balanço financeiro da empresa, que teria acontecido nos exercícios anteriores a 2022. Ao que parece, a denúncia de R$ 20 bilhões é só a ponta do iceberg. Já aparecem valores de endividamento assumido (antes omitido) de R$ 40 bilhões. E essa conta pode ser muito maior e levar a tradicional Lojas Americanas à falência.


Isso ligou o alerta em todas as empresas em que o grupo 3G Radar usa a estratégia de iminência parda (‘éminence grise’), um poderoso assessor ou conselheiro que atua “nos bastidores” ou na qualidade não pública ou não oficial manipulando testas de ferro. Pois foi justamente Lemann e sua turma do 3G que operaram a Privatização da Eletrobras, colocaram Wilson Pinto como testa de ferro e chamaram a operação de Corporation, mas quem dá as cartas na Eletrobras hoje é justamente o grupo 3G. Não custa lembrar que foi o grupo 3G de Lemann que colocou Elvira Presta como diretora financeira da Eletrobras, ainda no governo Temer. já com o intuito de preparar a privatização da Eletrobras. Na Eletrobras já se aplica o falido método 3G de gestão, difundido por Vicente Falconi, o tal Orçamento Base Zero, uma fórmula perfeita de destruir empresas, cortando custos e desmontando a memória técnica e a capacidade de inovação. Parte do pacote que eles maquiam com nomes como ‘downsize’ e ‘turnaround’.


Nos dias de hoje, aliás, não só Elvira continua na diretoria da Eletrobras, como o próprio Falconi está no Conselho de Administração da empresa. Agora, porém, todos com seus devidos supersalários e bônus milionários. A história confirma que o grupo 3G gosta mesmo é de monopólio. Criou o monopólio da cerveja com a AmBev no Brasil, comprando a Antártica e a Brahma. E até hoje, quando as cervejas da AmBev perdem mercado, o que faz a AmBev? Compra cervejarias concorrentes. Nos últimos anos, o grupo 3G de Lemann adquiriu outras empresas, como as Americanas e a tradicional fabricante estadunidense de alimentos processados Kraft-Heinz. A 3G quebrou a Kraft-Heinz e as Lojas Americanas estão indo para o mesmo caminho. Esse também será o destino da Eletrobras?


O caso das Americanas é ainda mais parecido ao da Eletrobras, uma vez que as duas companhias são também clientes da mesma empresa de auditoria externa, a Price Waterhouse Cooper (PwC). A mesma Auditoria que não viu os rombos bilionários das Americanas, chancelou os balanços de Furnas e da Eletrobras depois de uma operação extremamente suspeita de aquisição e aumento de capital da falida Usina de Santo Antônio. Tudo feito às pressas, com direito a republicação de balanço no Brasil e em Nova York. Absolutamente, um vale tudo para viabilizar a Privatização da Eletrobras! Para a Intersul, a PwC, definitivamente, não é confiável. E o grupo 3G de Lemann é um sanguessuga de empresas. Compram empresas maduras, com mercado consolidado, cortam custos até o osso, aumentam margens de lucro às custas da competitividade até que as empresas quebrem. Mas aí os donos da 3G já multiplicaram muitas vezes seu baixo investimento. Esses parasitas nunca criaram nada, além de crise e destruição.


Os rentistas da 3G conseguiram privatizar a Eletrobras com o argumento de que haveria mais investimentos. Passados mais de seis meses da privatização, não se viu investimento nenhum. Mas não faltou demissão em massa e aumentos absurdos de remuneração para os administradores, enquanto a empresa registra o primeiro prejuízo em muitos anos. Em 1987, uma criativa publicidade de vodca fez famosa a frase “eu sou você amanhã”, dela se originou a expressão “Efeito Orloff” (a marca da vodca da publicidade), para nomear o que poderia acontecer amanhã, no futuro, com determinado indicador. É preciso retirar a Eletrobras urgentemente das mãos desse capital parasita e devolvê-la aos brasileiros. Caso contrário, a Eletrobras será as Lojas Americanas de amanhã e a conta sobrará para todo o País.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1565 de 19 de janeiro de 2023

Presidente Lula critica farra de supersalários dos diretores e conselheiros da Eletrobras privatizada

Na última quinta-feira, dia 12, na posse da nova presidenta da Caixa Econômica Federal, a trabalhadora Rita Serrano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou sobre “badalado humor do mercado financeiro” quando o governo investe no Estado. Lula fez duras críticas ao episódio recente que já é de domínio público: a farra dos supersalários e bonificações de diretores e conselheiros na recém privatizada Eletrobras. Na posse de Rita, o presidente Lula disse que “a Eletrobras foi privatizada e aumentaram o salário deles. Parece que o salário foi para R$ 300 mil por mês e era R$ 60 mil”, sobre o presidente da empresa. “Mais grave ainda, fiquei sabendo agora: sabe quanto ganha um conselheiro da Eletrobras? R$ 200 mil por mês para participar de uma reunião. Isso não é gasto? Não é jogar dinheiro fora? Como vou botar ministros ou secretário executivo? Vão ganhar cinco vezes mais que presidente da República. Cadê a seriedade nisso? Cadê as pessoas que cobram seriedade?”


O presidente Lula tem razão. A Privatização da Eletrobras foi uma farra do boi. Empreendimentos amortizados, pagos pelo povo brasileiro tiveram [como condicionante da Privatização] as concessões renovadas por 30 anos, com o aumento da conta de luz. Tudo isso para bancar supersalários e bonificações, além dos dividendos de acionistas. A FIESP estima que no tempo das novas concessões, a privatização da Eletrobras vai onerar as famílias, a indústria, toda a cadeia da economia em R$ 500 bilhões no período de 30 anos. É como se a Eletrobras fizesse um novo bilionário todo mês. Isso com o aumento da minha, da sua, da nossa conta de luz. Aumento da conta de luz impacta na inflação. Aumento da inflação destrói a economia e já vimos no Brasil mais de uma vez que economia destruída derruba governo.


Por isso a equipe de transição falou de uma bomba de R$ 500 bi a ser desatada no setor elétrico. A desfaçatez do “Deus mercado” é tão escancarada que, nesta semana, o analista Sergio Oba, da Empiricus Research, publicou uma análise sobre a Eletrobras. O texto foi repercutido no site Money Times, que chama a empresa de “vaca leiteira de dividendos”. Essa coisa de sugar o último centavo é peculiar daqueles que participaram da privatização da Eletrobras. Conselheiros e diretores recebem supersalários e bônus aprovados por acionistas e compensam esses acionistas em uma parruda distribuição de dividendos. Só quem perde é o povo, que paga a conta.


Com receio da reestatização da Eletrobras desde a eleição presidencial de Lula, a turma que tomou conta da Eletrobras tem corrido contra o tempo para tentar tornar a operação de privatização irreversível. O presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Jr, teve a pachorra de dizer recentemente em entrevista no Jornal Valor que confia nas poison pills contra “arrobos estatizantes na Eletrobras”. O testa de ferro da maracutaia na Eletrobras se refere às cláusulas leoninas e draconianas da privatização. Está muito nítido que essa turma que tomou a Eletrobras não quer largar o osso, não quer abrir mão da mamata. Agora, mais do que nunca, fica claro ao presidente Lula e a todo o novo governo que a única forma de conter essa gente que quer deixar na Eletrobras um rombo como o do escândalo das Lojas Americanas é devolvendo a Eletrobras ao povo brasileiro. Cancelando as cláusulas leoninas, recuperando o poder de voto para, em seguida, retomar o controle, reestatizar a Eletrobras para que o Brasil volte a crescer de maneira sustentável e soberana. Já para essa turma bolsonarista que mama nas tetas da Eletrobras, só existe um destino: justiça e reparação.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1565 de 19 de janeiro de 2023

GT da isonomia tem nova rodada de debate

Na quarta-feira da semana passada, 4 de janeiro, o Grupo de Trabalho da Isonomia (Gratificação de Férias e Anuênio) teve uma nova rodada de debates. Os sindicatos da Intercel cobraram dos representantes da Direção da Celesc acesso detalhado aos números e cálculos dos impactos financeiros apresentados pela empresa. Os sindicatos da Intercel pretendiam fazer uma análise minuciosa destes números através de sua assessoria econômica, pelo DIEESE – que sempre acompanha a Intercel nas negociações de cláusulas financeiras.


A empresa, por sua vez, alegou não ter como passar essas informações pormenorizadas aos sindicatos. Após um longo debate, ficou acordado que uma nova reunião aconteceria nesta quarta-feira, dia 11, onde seriam aventadas possibilidades para conseguir avançar no diálogo e ter algum avanço na análise dos números e cálculos apresentados pela Celesc. O fechamento desta edição do jornal Linha Viva, contudo, foi encerrada antes da realização da reunião do dia 11.


Esse dados são essenciais pois o objetivo do Grupo de Trabalho é justamente o estudo de possibilidades que viabilizem a extensão desses direitos a todos os trabalhadores e, após sua conclusão, iniciar a negociação com a Diretoria. Diante desse impasse, porém, as partes acordaram pela prorrogação do Grupo de Trabalho.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1564 de 12 de janeiro de 2023

Celesc novamente ocupa o noticiário por conta de polêmicas

É fato que assim que o ex-governador Carlos Moisés assumiu o comando do estado e indicou o então vizinho Cleicio para assumir a presidência da Celesc, a área de Comunicação da empresa foi completamente desmontada. Uma nova estrutura foi composta, sem uma participação efetiva da equipe que, até então, fazia um excelente trabalho de comunicação interna e externa.


Logo em seguida, no momento em que a Celesc era a Geni da vez, seja por conta de ataques por supostos erros no cálculo de faturas de energia (que, depois, se mostraram mentirosos) ou por conta da queda de energia em determinados bairros, gerentes se queixavam com os sindicatos da Intercel por não terem mais autonomia para repassarem informações e dados aos meios de comunicação, numa forma de tentar blindar a empresa das críticas e dar algum tipo de satisfação à sociedade sobre os problemas enfrentados.


A imagem da Celesc foi se desgastando lentamente, diante dessa nova forma de fazer comunicação. Ao longo dos anos, outros fatos foram surgindo: celesquianas e celesquianos passaram misteriosamente a surgir na mídia como privilegiados – só faltou aparecer nos jornais nomes de trabalhadores e folhas de pagamento detalhadas. O ápice aconteceu durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023, quando jornalistas – mais uma vez, misteriosamente – tiveram acesso a diversos benefícios que a categoria tem, os supostos valores dispendidos com estes benefícios e até mesmo supostos custos da empresa com dirigentes liberados.


Os desgastes à imagem da empresa, todavia, não pararam aí. No fim do ano, o presidente Cleicio ainda foi manchete nos meios de comunicação por algo que já se comentava há algum tempo nos corredores da Administração Central: o presidente sumiu. Foi cogitado por muitos trabalhadores que ele estaria fazendo home office, algo que não foi permitido aos empregados da empresa durante sua gestão. Por fim, quando tudo parecia se encaminhar para um desfecho e que não haveria mais possibilidade de qualquer desgaste de imagem para a empresa, o presidente vira notícia pelo fato de, segundo um jornalista, Cleicio ter afirmado ao então governador que não ficaria no cargo e que sairia da empresa em dezembro de 2022 – sem especificar exatamente a data, o que gerou especulações de que poderia sair até mesmo antes do fim do governo Moisés.


Eis que, quando tudo parecia consumado, já em janeiro de 2023, com um novo governo eleito e um novo indicado para assumir interinamente a presidência da empresa, Cleicio e a Celesc novamente viram notícia por conta de uma nova polêmica: jornais indicam que Cleicio estaria buscando protelar a sucessão na estatal. Poucos dias depois, novamente a empresa vira notícia: o presidente do Conselho, também indicado por Carlos Moisés, estaria contestando a indicação do governador Jorginho Mello. Até mesmo na hora de ir embora Cleicio fez com que a Celesc virasse notícia por polêmica. O desafio do novo governo eleito e da nova direção da empresa será reerguer, reestruturar e valorizar a equipe de Comunicação e a imagem da empresa. A Celesc tem inúmeros motivos para figurar diariamente nos meios de comunicação com bons resultados à população, com investimentos, bons números operacionais e contábeis, com inúmeras melhorias que beneficiam a vida da população catarinense. Para isso, só é preciso que a nova direção reestruture a área de Comunicação, blinde a empresa dos ataques, não faça o papel mesquinho de arranhar a imagem da sua própria força de trabalho nos meios de comunicação e tenha quadros na direção que estejam dispostos a dar a cara a tapa e a defender a empresa sempre que alguma polêmica surgir.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1564 de 12 de janeiro de 2023

A democracia é maior que as forças retrógradas

Uma mulher, identificada apenas como “Fátima, de Tubarão”, envolta na bandeira do Brasil, saía do banheiro orgulhosa por ter defecado dentro do Supremo Tribunal Federal (STF): “quebrando tudo e cagando nessa bosta aqui (…) Vamo (sic) pra guerra, é guerra!”, gritava ela, num vídeo que circulou nas redes sociais pelo Brasil todo na noite do último Domingo, 8 de janeiro. Noutro vídeo, um cidadão também enrolado numa bandeira do Brasil, mostrava a bunda, agachado como quem vai defecar, em meio a móveis e aparelhos eletrônicos completamente destruídos dentro da Suprema Corte. Esse foi o nível dos ditos “patriotas” que invadiram, quebraram e causaram prejuízos da ordem de milhões de reais nas sedes dos Três Poderes da República em Brasília, no último final de semana.


Por anos e anos, os movimentos sociais, organizações sindicais e partidos políticos do campo democrático e de lutas populares foram acusados de fazer arruaça, balbúrdia e danificar o patrimônio público. As quebradeiras geralmente começavam quando as forças policiais e de segurança pública tentavam impedir uma passeata, uma manifestação pacífica ou, ainda, quando partiam diretamente para uma agressão covarde a alguma das lideranças do ato. Na quebradeira do último domingo não houve avanço das forças de segurança contra os golpistas radicais. Também não há relatos que tenham sido violentos contra os ditos “patriotas”. Sequer houve um impedimento mais firme e ostensivo para que não pudessem ter acesso ao Plenário do STF, ao Palácio do Planalto ou ao Salão Verde, Salão Negro e ao Plenário Ulysses Guimarães, no Congresso Nacional.


Os terroristas quebraram tudo por quebrar. Pela simples revolta por terem perdido uma eleição, por não aceitarem o resultado das urnas (diga-se de passagem, apenas um dos resultados, já que em momento algum questionaram os resultados das eleições para as Casas Legislativas ou aos governos do estados). Foram ataques à DEMOCRACIA. A resposta do Estado Brasileiro, das forças políticas, do Judiciário e da população brasileira precisa ser firme. Não é possível tolerar qualquer ataque ao Estado Democrático de Direito. Candidaturas do PT, PSDB, MDB, Rede, PSOL e de outros partidos políticos dos mais variados espectros perderam eleições presidenciais em pleitos anteriores. Jamais questionaram as urnas ou qualquer resultado com quebradeira e destruição do patrimônio público. A DEMOCRACIA e a JUSTIÇA hão de vencer! Os responsáveis pelos ataques precisam ser punidos com o rigor da Lei.


Em tempo: é comum, principalmente entre figuras políticas do campo da direita, criticarem pessoas em situação de rua, por fazerem suas necessidades nas calçadas ou embaixo das marquises das grandes cidades. A pessoa em situação de rua não tem alternativa. Não tem nada: nem casa, nem família, nem um banheiro para utilizar. As cenas repugnantes de domingo só mostram a baixeza do público presente no ato terrorista.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1564 de 12 de janeiro de 2023

Atos em defesa da democracia acontecem em diversas capitais brasileiras

Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos convocaram na segunda-feira, 9 de janeiro, um ato em defesa da democracia no centro de Florianópolis. O ato aconteceu um dia após a tentativa de golpe na Capital Federal, que culminou com a quebradeira sem precedentes nas sedes dos Três Poderes da República. O Sinergia, com histórica participação em movimentos em defesa da ordem democrática, esteve presente no ato, que iniciou no Largo da Alfândega, no fim da tarde, e encerrou à noite no Largo da Catedral de Florianópolis. Atos semelhantes, pacíficos, aconteceram em pelo menos outras dezesseis capitais brasileiras e em outros vinte municípios catarinenses.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1564 de 12 de janeiro de 2023

GT do anuênio e gratificação de férias (isonomia) segue em debate

No ano de 2016, após uma greve que durou DEZ dias e só terminou com a mediação do Ministério Público do Trabalho, traçou-se uma linha divisória entre os celesquianos: os trabalhadores que entrassem na empresa a partir daquele outubro não teriam direito a três cláusulas até então concedidas por meio do ACT: a Gratificação de 25 anos, a Gratificação de férias e o Anuênio.


Desde então, a extensão desses direitos para todos os celesquianos tem sido uma das principais bandeiras da Intercel, porém, a empresa nunca oportunizou qualquer discussão sobre o tema, alegando o impacto financeiro que a concessão dessas cláusulas traria ao orçamento da Celesc. Este argumento não é novo, entretanto. Em 1996, após a maior greve da história da Celesc, que teve a duração de dezenove dias, o Anuênio também deixou de ser concedido aos novos empregados. Essa situação persistiu por onze anos, até que, no ACT 2007/08, graças à união de todos os trabalhadores, que abriram mão de parte do reajuste salarial daquele ano, os sindicatos que compõem a INTERCEL conseguiram negociar o resgate desse direito. Em 2022, em meio a uma das mais difíceis negociações de todos os tempos, é importante destacar o grande avanço conquistado no ACT 2022/23, afinal, não apenas a gratificação de 25 anos foi concedida em mesa, como também foi acordada uma cláusula que previa a criação de um Grupo de Trabalho para discutir Gratificação de Férias e Anuênio.


Dentro do GT serão realizados estudos do impacto financeiro no custo de pessoal que a concessão desses benefícios (aos trabalhadores que ingressaram na empresa após outubro/16) traria. Hoje esse número é de 1.918 celesquianos, o que equivale a quase metade do quadro de pessoal da empresa. As reuniões já estão acontecendo desde o mês de dezembro/22 e têm sido relatadas por meio dos Boletins da Intercel. Após o término dos debates no GT, poderão ter início negociações sobre o tema com a Diretoria.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1563 de 05 de janeiro de 2023

A importância das filiações aos sindicatos da Intercel/Intersul para manutenção das lutas

Os eletricitários catarinenses acumulam um histórico de lutas que já beira meio século de existência e resistência. Dos governos da ditadura militar à abertura democrática acumulamos conhecimento, experiência e um longo repertório de greves e embates sempre na luta pela preservação das empresas públicas e da conquista de direitos. Hoje podemos olhar para trás e dizer, com toda certeza, que a existência de uma CELESC pública foi fruto da luta corajosa dos trabalhadores que sempre responderam prontamente ao chamamento dos sindicatos. Nossa maior greve de dezenove dias, em 1996, impediu que a empresa fosse a leilão e consolidou a garantia de emprego como cláusula pétrea de nosso Acordo Coletivo de Trabalho. Em 2016, outra greve de dez dias demonstrou que a nova geração também compreende a importância de mantermos a unidade na defesa de nossos interesses como categoria. Foi esta unidade que garantiu também o fechamento do último Acordo Coletivo num cenário bastante adverso. É neste sentido que convidamos você, que ainda não é filiado(a), a ingressar nesta entidade. Na CGT Eletrosul, do mesmo modo, os sindicatos seguem resistindo aos ataques do antigo governo e brigando pela reestatização da companhia. Nenhum Sindicato pode ser forte e representativo se não tiver recursos próprios para sua manutenção e aperfeiçoamento.


Nos últimos anos, as empresas públicas, em geral, diminuíram seus quadros próprios, afetando seriamente o caixa dos sindicatos. Não foi diferente na CELESC com seus sucessivos programas de demissão incentivada. O mesmo vem acontecendo hoje na CGT Eletrosul: uma tentativa de redução de quadros ao máximo. Se nosso objetivo é continuar lutando por uma CELESC Pública e pela reestatização da Eletrobras, devemos estar preparados e não podemos dispensar a participação de ninguém. Autonomia financeira é imprescindível para um Sindicato que deseja representar autenticamente os trabalhadores, jamais se dobrando aos interesses dos patrões. Junte-se a nós nesta luta!


Uma CELESC pública e eficiente e uma Eletrobras reestatizada dependem do engajamento de cada companheiro e companheira.


Por quê sindicalizar?
Seu objetivo principal é a defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos de seus associados. Também é papel dos Sindicatos organizar greves e manifestações voltadas para a melhoria salarial e das condições de trabalho da categoria.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1563 de 05 de janeiro de 2023

Tem início grupo de trabalho que debaterá plano de cargos e salários

As revisões do Plano de Cargos e Salários (PCS) na Celesc acontecem, em média, a cada 10 anos. Porém, em discussões realizadas no Grupo de Trabalho (GT) composto por representantes dos Sindicatos que compõem a INTERCEL e por representantes da Celesc (discussão essa anterior à data de cumprimento das metas da concessão da empresa), os debates não evoluíram em função da necessidade de redução de custos para atingimento das metas financeiras. Naquele momento, os empregados, de forma “grandiosa” abriram mão de seus ganhos no PCS para que fosse possível manter a Celesc Pública e a concessão nas mãos do estado de Santa Catarina.


Vencido esse degrau de atingimento das metas da concessão, é necessário que se realizem novos estudos e discussões para que se possa aprimorar, aperfeiçoar e tornar as regras do PCS o mais justo possível a todos os empregados da empresa. Fruto da cláusula 47 do ACT 2021/2022, foi criado com algum atraso por parte da Diretoria da CELESC, o GT, que no dia 21 de dezembro iniciou as conversas para que seja possível consolidar um acordo de PCS justo e sustentável. O GT tem duas reuniões agendadas para este mês de janeiro de 2023.


Na primeira reunião, ocorrida ainda em 2022, foram trocadas informações e colocados os anseios da categoria. As discussões devem iniciar nos próximos dias para tentar sanar as dúvidas e as dificuldades na aplicação do próximo merecimento em 2024. A discussão será bastante ampla e focada em mitigar problemas estruturais que hoje afetam as carreiras dentro do PCS.


Foram vários os ajustes no PCS através de aditivos e todos devem ser avaliados e, se possível, ajustado à realidade de hoje. Será uma discussão longa e exaustiva e o compromisso dos sindicatos da INTERCEL será de tentar buscar o melhor para todos os Celesquianos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1563 de 05 de janeiro de 2023