Author Archives: Adriana Schmidt

Momento decisivo para o ACT 2024/2026 da Eletrobras

CLÁUSULA DO QUADRO MÍNIMO DE TRABALHADORES SEGUE EM DISCUSSÃO ENTRE AS PARTES

Na última sexta-feira, 30 de agosto, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a Eletrobras se reuniram para mais uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), sob mediação do ministro Maurício Godinho. O encontro se deu por conta do dissídio de greve que discute o Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2026 da Eletrobras.

 A empresa veio para a reunião com a tarefa de trazer uma proposta alternativa para a cláusula que define o quadro de pessoal, em que está sendo discutido o quantitativo de pessoas trabalhadoras que a empresa deverá manter em seu quadro.

 É importante lembrar de todas as cláusulas que o CNE aceitou recuar para que fosse possível continuar o processo de negociação, priorizando pontos de extrema importância aos trabalhadores e ao sistema: foi perdida a reposição da inflação nos salários integrais e não haverá reposição nos benefícios econômicos. O CNE desconhece, até aqui, a nova arquitetura salarial proposta pela Eletrobras em substituição ao atual PCR. O congelamento do Adicional por Tempo de Serviço também representa um retrocesso nessa negociação. Houve recuo com o congelamento do SAN e do Sistema de Gestão de Desempenho. Outro retrocesso foi a redução da gratificação de férias. Entre outros pontos a serem destacados, ainda há a falta de isonomia entre trabalhadores novos e antigos, no que diz respeito aos benefícios, e a falta de isonomia se estende para o abono entre trabalhadores com até vinte mil reais e aqueles acima de vinte mil reais. O Plano de Saúde das pessoas trabalhadoras ativas nas autogestões também está sendo perdido, com prejuízos para as pessoas aposentadas e agregados.

 A gestão da Eletrobras ainda está terceirizando as atividades de segurança no trabalho e aumentando o risco às pessoas trabalhadoras da Eletrobras. Esses riscos se estendem à integridade do SIN, com a possibilidade de demissão em massa.

Voltando à cláusula do quadro mínimo, o CNE entende que, para avançar, é necessário que se estabeleça um quadro mínimo suficiente para a segurança do sistema e das pessoas, e que os trabalhadores que construíram a empresa sejam tratados com dignidade.

 A Eletrobras apresentou ao TST nesta terça-feira, dia 3, a minuta do Acordo Coletivo de Trabalho com os avanços conciliatórios discutidos, incorporando as cláusulas que foram objeto de consenso e as cláusulas em que não houve consenso.

 Ontem, quinta-feira, o CNE se reuniu para avaliar e discutir os encaminhamentos.

 O ministro Godinho avaliará, na sequência, a minuta enviada pela Eletrobras e dará conhecimento aos advogados dos sindicatos para sugestões de redação. Em momento oportuno, as entidades sindicais submeterão a proposta aos trabalhadores nas Assembleias.

 O ministro então decidirá se haverá possibilidade da continuidade na conciliação ou se concluirá o processo de dissídio para instrução e julgamento.

 O CNE e a Intersul orientam que a categoria siga mobilizada e atenta aos informes e chamamentos dos sindicatos. É preciso ter todo o cuidado para não se deixar levar por informações que pretendem tão somente confundir o trabalhador e a trabalhadora. 

Primeira rodada define calendário de negociações do ACT na Celesc

Duas rodadas ocorrem nessa semana, nos dias 4 e 5 de setembro

 A primeira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025 na Celesc foi realizada na quarta-feira, 28 de agosto. 

Infelizmente, a Direção da empresa se negou a negociar qualquer cláusula nessa primeira rodada e somente concordou em agendar as próximas rodadas de negociação.

 A Intercel pressionou para que as rodadas aconteçam o quanto antes – ao contrário do que pretendia a empresa, tentando estender as negociações até o final de setembro, no limite da data-base. Na agenda da Intercel, as reuniões devem acontecer até o dia 18 de setembro, para que dê tempo dos sindicatos fazerem assembleias de apreciação da proposta final antes do dia 23.

 Ao fim dos debates, ficaram acordadas as reuniões nos dias 4, 5, 9, 11, 16 e 18 de setembro. Um dos pedidos da Intercel era que a Celesc enviasse com antecedência as cláusulas que seriam negociadas a cada reunião, para que os sindicatos possam se organizar e estudar cada cláusula com calma.

Ao fim de cada rodada de negociação, a Intercel encaminhará para a categoria um Boletim com as informações da reunião. Acompanhe!