Author Archives: Adriana Schmidt

RETIFICAÇÃO EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

No Edital de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária, publicado no dia 07/05/2025, onde se lê:

“A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis – SC- CEP: 88015-030, no exercício de suas atribuições estatutárias, vem convocar a categoria dos trabalhadores na indústria de energia elétrica, quais sejam, os empregados da – CELESC Distribuição S/A, CGT ELETROSUL – Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil S/A, ENGIE Energia S/A, CEREJ – Cooperativa de Prestação de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica Senador Esteves Júnior, São Sebastião Energia S/A, AXS Energia, CSC Energia, STATKRAFT Energias Renováveis S/A e FOZ DO CHAPECÓ Energia S/A, com sua base territorial compreendida pelos municípios de Florianópolis, Biguaçu, Tijucas, São José, Palhoça, São João Batista, Nova Trento, Governador Celso Ramos, Angelina, Canelinha, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Alfredo Wagner, Antônio Carlos, Major Gercino, Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara. Para Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada em 09/05/2025 (sexta-feira), no auditório do SINERGIA, sito à rua Lacerda Coutinho 149, Centro, Florianópolis, às 18h00min, em primeira convocação com o número regulamentar de presentes, e às 18h30min.”

ORDEM DO DIA

1 – Eleição para preenchimento de 04 (quatro) vagas existentes na Diretoria Colegiada do SINERGIA, mediante voto por aclamação, obedecendo o seguinte procedimento:

1.1. A inscrição deverá ser feita pessoalmente pelos candidatos no sindicato, na assembleia;

1.2 Poderá se candidatar a pessoa associada que, na data da realização do primeiro escrutínio, tiver mais de 6 (seis) meses de inscrição no quadro social do Sindicato e estiver em dia com as suas mensalidades sindicais;

1.3. A votação será realizada após a chamada do último associado que registrou presença no Livro de Presença de Assembleias.”

Leia-se:

“A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis – SC- CEP: 88015-030, no exercício de suas atribuições estatutárias, vêm convocar a categoria dos trabalhadores na indústria de energia elétrica, quais sejam, os empregados da – CELESC Distribuição S/A, CGT ELETROSUL – Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil S/A, ENGIE Energia S/A, CEREJ – Cooperativa de Prestação de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica Senador Esteves Júnior, São Sebastião Energia S/A, AXS Energia, CSC Energia, STATKRAFT Energias Renováveis S/A e FOZ DO CHAPECÓ Energia S/A, com sua base territorial compreendida pelos municípios de Florianópolis, Biguaçu, Tijucas, São José, Palhoça, São João Batista, Nova Trento, Governador Celso Ramos, Angelina, Canelinha, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Alfredo Wagner, Antônio Carlos, Major Gercino,  Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara. Para Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada em 23/05/2025 (sexta-feira), no auditório do SINERGIA, sito à rua Lacerda Coutinho 149, Centro, Florianópolis, às 18h00min, em primeira convocação com o número regulamentar de presentes, e às 18h30min.”

ORDEM DO DIA

1 – Eleição para preenchimento de 03 (três) vagas existentes na Diretoria Colegiada do SINERGIA,

mediante voto por aclamação, obedecendo o seguinte procedimento:”

1.1. A inscrição deverá ser feita pessoalmente pelos candidatos no sindicato, na assembleia;

1.2 Poderá se candidatar a pessoa associada que, na data da realização do primeiro escrutínio, tiver mais de 6 (seis) meses de inscrição no quadro social do Sindicato e estiver em dia com as suas mensalidades sindicais;

1.3. A votação será realizada após a chamada do último associado que registrou presença no Livro de Presença de Assembleias.” As demais cláusulas e disposições constantes do Edital publicado no dia 07/05/2025 permanecem inalteradas, conforme acima reproduzidas.

Florianópolis, 9 de maio de 2025.

Tiago Bitencourt Vergara

Coordenador Geral do Sinergia

EDITAL DE CONVOCAÇÃO – ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região – Sinergia, no exercício de suas atribuições estatutárias, vem convocar a categoria dos trabalhadores na indústria de energia elétrica, quais sejam, os empregados da – CELESC Distribuição S/A, CGTE LETROSUL – Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil S/A, EN-GIE Energia S/A, CEREJ – Cooperativa de Prestação de Serviço Público de Distribuição de Energia Elé-trica Senador Esteves Júnior, São Sebastião Energia S/A, AXS Energia, CSC Energia, STATKRAFT Energi-as Renováveis S/A e FOZ DO CHAPECO Energia S/A, com sua base territorial compreendida pelos municípios de Florianópolis, Biguaçu, Tijucas, São José, Palhoça, São João Batista, Nova Trento, Governador Celso Ramos, Angelina, Canelinha, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Alfredo Wagner, Antônio Carlos, Major Gercino, Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara para a Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada em 09/05/2025 (sexta-feira), no auditório do SINERGIA, sito à rua Lacerda Coutinho 149, Centro, Florianópolis, às 18h00min, em primeira convocação com o núme-ro regulamentar de presentes, e às 18h30min, em segunda e última convocação, com qualquer nú-mero de presentes, a fim de discutirem e deliberarem sobre a seguinte:

 ORDEM DO DIA

 1 – Eleição para preenchimento de 04 (quatro) vagas existentes na Diretoria Colegiada do SINERGIA, mediante voto por aclamação, obedecendo o seguinte procedimento: 

1.1. A inscrição deverá ser feita pessoalmente pelos candidatos no sindicato, na assembleia; 

1.2  Poderá se candidatar a pessoa associada que, na data da realização do primeiro escrutínio, tiver mais de 6 (seis) meses de inscrição no quadro social do Sindicato e estiver em dia com as suas mensalidades sindicais;

1.3. A votação será realizada após a chamada do último associado que registrou presença no Livro de Presença de Assembleias. Florianópolis, 5 de maio de 2025.

 Tiago Bitencourt Vergara 

Coordenador Geral do Sinergia

Tribunal de Contas aponta “possíveis irregularidades” na Celesc

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DÁ SEQUÊNCIA A APURAÇÃO DE FATOS SOBRE CONTRATAÇÃO DE EMPRESA QUE TERIA COMO OBJETIVO TREINAR REPRESENTANTES DA CELESC PARA RETIRAR DIREITOS DA CATEGORIA

Os sindicatos da Intercel fizeram em 2024 uma denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Santa Catarina por conta da suspeita de proximidade da empresa contratada para “treinamento e suporte em Recursos Humanos” com o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, e o membro do Comitê de Auditoria Estatutário, Fábio Fick. Treinamento e suporte em Recursos Humanos é um nome bonito para dizer que a empresa contratada tinha como objetivo buscar estratégias de negociação para retirar direitos da categoria – facilitando, ali na frente, sua privatização. Não apenas a suspeita de proximidade chamou a atenção – já que Tarcísio e a empresa contratada já haviam trabalhado juntos na Amazonas Energia -, mas, também, o contrato por inexigibilidade de licitação da Celesc com a DS Medeiros – a tal empresa contratada para orientar a retirar direitos – gerou suspeita. 

Na semana passada, o portal SC em Pauta noticiou que a denúncia segue tramitando no TCE, com novos capítulos: Após a análise inicial, a Diretoria de Licitações e Contratações do TCE emitiu um relatório encaminhando a realização de diligência na Celesc, a apresentação de cópia integral do processo de inexigibilidade e determinando a “apuração dos fatos apontados como irregulares”. 

A seguir, o TCE se manifestou pela realização de uma audiência “em razão de possíveis irregularidades”. O TCE indicou que poderia haver “Insuficiência na comprovação do requisito de notória especialização da contratada, não permitindo concluir que o trabalho desta é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto, em descumprimento ao disposto no art. 30, II, e definição descrita no art. 30, §1º, ambos da Lei n.º 13.303/2016”. Após pedido de prorrogação de prazo, os responsáveis encaminharam ao TCE manifestação e documentos acerca do caso. 

Em relatório produzido em fevereiro deste ano, o TCE indicou “possível caracterização de dolo ou erro grosseiro por parte dos agentes públicos envolvidos”. E que no “caso analisado, observa-se que a proposta da empresa contratada (fl.914-918) foi aceita sem que conste, no respectivo processo licitatório, qualquer registro de contato prévio e detalhamento da proposta”. 

Além disso, que “gera questionamento sobre qual seria a equipe técnica profissional especializada em oferecer orientação estratégica a empresas de diversos setores para a gestão eficaz de questões trabalhistas e negociações sindicais’ mencionada à fl. 850 do documento ‘Justificativa Inexigibilidade e Orçamento’”. 

O documento do TCE afirma, na sequência, que “como constatado no Relatório DLC-889/2024, a empresa contratada (seu responsável) teria se valido da proximidade com o presidente da Celesc para obter benefício com recursos públicos, sem se submeter a um processo de contratação em conformidade com a legislação vigente”. E que “um dos 2 (dois) atestados de capacidade técnica constantes do processo licitatório foi fornecido em favor da empresa Quat tuour Consultoria em Gestão Empresarial Ltda. (aberta em 14.06.2021), que possui como sócios o Sr. Daniel da Silva Medeiros e o Sr. Fábio Fick, membro indicado pelo Governo do Estado de Santa Catarina para o Comitê de Auditoria da CELESC S.A (fl. 240) e Diretor da Amazonas Energia no período em que o Sr. Tarcísio Estefano Rosa foi presidente”. 

Ainda na análise, o TCE entende pela “responsabilização do agente privado” tendo em vista que “um dos atestados de capacidade técnica possui data posterior, 12.07.2023, ao documento ‘Justificativa inexigibilidade e orçamento’, que possui data de 11.07.2023. Ordem de serviço mencionando o valor de R$ 370.000,00 foi emitida em 11.07.2023 (fl. 764, fls. 832-833), anterior à assinatura do contrato. O outro atestado de capacidade técnica possui data de 11.07.2023”. 

A seguir, o TCE indica a necessidade de “audiência da empresa contratada, DS Medeiros Consultoria em Gestão Empresarial EIRELI, na pessoa do seu sócio administrador, Sr. Daniel da Silva Medeiros, pelas 3 restrições descritas no Relatório, como forma de oportunizar o contraditório à empresa contratada. 

Sobre a conduta dos agentes públicos e nexo causal, o TCE afirma que a “análise dos fatos indica a possibilidade de erro grosseiro ou dolo na condução da contratação da empresa DS Medeiros Consultoria em Ges tão Empresarial EIRELI pela Celesc S.A, sob a presidência do Sr. Tarcísio Estefano Rosa”. E que o fato do Sr. Fábio Fick é sócio do Sr. Daniel Medeiros na empresa Quattor Consultoria reforçaria “a suspeita de favorecimento indevido”. 

O TCE afirma, diante dos fatos narrados, que “a posição ocupada pelo Sr. Tarcísio Estefano Rosa de Presidente da Estatal, subscritor do contrato, a conduta deste não se pautou exclusivamente pelo interesse público, mas sim por interesses particulares, configurando, assim, a responsabilidade por erro grosseiro ou dolo”. 

Por fim, a Diretoria de Controle de Licitações e Contratações do TCE sugere ao Relator do caso uma audiência com as partes para que apresentem suas alegações de defesa em relação à “insuficiência na comprovação do requisito de notória especialização da contratada”, bem como pela “ausência de justificativa de preço completa, adequada, transparente”. 

A Intercel segue acompanhando o caso e dará publicidade aos próximos passos da investigação. A situação do presidente, contudo, segue frágil na empresa, diante das suspeitas de favorecimento, além da incompetência de sua gestão em conseguir resolver os erros e problemas do sistema Conecte. Tudo isso, aliado a sua teimosia em não contratar empregados próprios em número suficiente e a precarização dos serviços da Celesc, vêm gerando um clima de insatisfação geral na categoria. O Governo do Estado precisa agir de maneira rápida, antes que toda essa situação venha a respingar na imagem do governador. 

Sinergia e Cerej se reúnem para 1ª rodada do ACT

Reunião de negociação foi realizada na sede da empresa

 Na quarta-feira da semana passada, 30 de abril, o Sinergia se reuniu com a direção da Cerej para debater a primeira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2026 de trabalhadoras e trabalhadores da cooperativa, que tem sede em Bi guaçu. 

A direção da empresa concordou com a renovação integral das cláusulas históricas no ACT dos trabalhadores e, ainda, com a aplicação integral do índice de inflação acumulado no período medida pelo IPCA. Confira abaixo a resposta da empresa para outras solicitações da Pauta de Reivindicações da categoria: 

Cláusula 2 – Aumento Real: O presidente da Cerej relatou ter solicitado à sua assessoria uma apresentação de valores aplicados como ganho real aos trabalhadores nos últimos anos para, posteriormente, fazer uma proposta; Cláusula 44 – Convênio Médico: A categoria solicitou que a proporção do custo para a empresa com o plano de saúde dos trabalhadores passe a ser de 70%. A direção da cooperativa se comprometeu a dar um retorno na próxima reunião de negociação; Cláusula 48 – Qualificação Profissional: Foi solicitado pela categoria a alteração na redação desta cláusula para atender todas as pessoas e não parecer que está direcionada somente para um grupo de empregados. A direção da empresa dará uma resposta na próxima rodada de negociação; Cláusulas novas: Auxílio Combustível: A direção da empresa dará uma resposta na próxima reunião; Termo de Compromisso de Jornada de Trabalho Específica de Natal e Fim de Ano: A Direção da Cerej se manifestou favorável a esta cláusula.

As demais cláusulas reivindicadas pela categoria não tiveram avanços nessa primeira rodada de negociação. O Sinergia seguirá lutando por avanços e melhorias no Acordo até o final das negociações. Ficou combinado entre as partes que a próxima reunião de negociação será realizada na segunda semana de maio.

Intercel conquista pagamento retroativo de GA

Reconhecimento do erro pela empresa garante pagamento retroativo a celesquianos prejudicados

Há algum tempo, a Intercel vem discutindo na CRH a situação dos trabalhadores que utilizam veículos da empresa e não estavam recebendo corretamente a Gratificação Ajustada, conforme previsto em norma tiva interna. No final de 2024, a Celesc reconheceu o erro e assumiu o compromisso de pagar os valores retroativos aos celesquianos. Esses valores estão sendo calculados individualmente, a partir das solicitações encaminhadas pelos sindicatos da Intercel. 

De acordo com manifestação do DPAD, “a metodologia utilizada para analisar os requerimentos das possíveis perdas pecuniárias referentes à Gratificação Ajustada (GA) consiste na comparação da média dos montantes pagos no período solicitado por cada empregado com a média dos 12 meses anteriores à data inicial requerida. Nos casos em que não houver dados anteriores disponíveis, a comparação será feita com a média dos montantes pagos aos empregados de mesmo cargo. Os montantes (diferença entre as médias multiplicado pela quantidade de pagamentos recebidos no período solicitado) começarão a ser pagos a partir da folha de maio, por meio da rubrica chamada diferença salarial, conforme as análises forem sendo concluídas para cada empregado que solicitou revisão”. 

Com a correção dessa injustiça, é importante que todos os trabalhadores afetados acompanhem atentamente suas folhas de pagamento para confirmar se os valores devidos foram realmente quitados.

Sistema Conecte completa um ano de problemas e prejuízos

Todos os prazos estabelecidos pelo presidente da Celesc não foram cumpridos

 Desde o início de 2024, os sindicatos da Intercel alertavam a diretoria da Celesc sobre a insegurança dos celesquianos com a mudança do sistema comercial.  Tanto pela ausência de um treinamento adequado – que deixasse atendentes comerciais plenamente seguros -, quanto pela complexidade do sistema ou a necessidade de pessoal próprio para ajudar na transição, os alertas foram dados em reuniões com a diretoria e através de matérias do jornal Linha Viva. A diretoria da empresa deu de ombros para os apelos e fez a virada de chave em 6 de maio daquele ano.

 Desde então, a vida de atendentes comerciais e trabalhadores de diversas áreas da Celesc passou a ser um verdadeiro calvário. Se no atendimento comercial a pressão, ofensas, reclamações e xingamentos passaram a ser rotina, por outro lado, em áreas administrativas, os colegas corriam contra o tempo para encontrar soluções aos problemas que foram surgindo – em muitos setores, sem número adequado de pessoas para dar conta. Ocorre que, a cada problema resolvido, surgiram outros dois ou três problemas novos sem solução.

Falhas de comunicação da diretoria da Celesc com a população ajudaram a agravar o problema: a ausência de uma forte campanha anterior de mídia alertando sobre os possíveis problemas e a falta de instruções na própria fatura de energia (que não teria custo significativo para a Celesc) ajudaram a levar ainda mais consumidores paras as lojas de atendimento, formando filas intermináveis. Trabalhadores tiveram que fazer horas extras, colegas de outros setores foram deslocados para o atendimento e muitos celesquianos adoeceram, enquanto outros pediram demissão. Diante da ausência de solução, os sindicatos tiveram que procurar o Ministério Público do Trabalho. Só aí a diretoria começou a se mexer em relação aos cuidados com os trabalhadores. 

Após alguns meses, o presidente da Celesc passou a dar algumas entrevistas e a se comunicar com a sociedade catarinense. Ainda assim, aproveitou o espaço para criticar os sindicatos e fazer previsões que não se confirmaram até o momento. Uma das primeiras foi em 5 de julho de 2024, em entrevista ao jornalista Marcelo Lula, do portal SC em Pauta. Na ocasião, afirmou que “entre 15 e 20 dias” o sistema já estaria “normalizado”. Tarcísio Rosa deu novas entrevistas nos meses seguintes, se comprometendo com a população e até mesmo com lideranças políticas, mas não cumpriu com a palavra. Em janeiro deste ano, afirmou em entrevistas que o novo prazo seria de 60 ou 90 dias. Mais adiante, cravou a data de 30 de abril, também não cumprida.

 Na sexta-feira, 2 de maio, e na segunda-feira, dia 5, o Linha Viva visitou lojas de atendimento na Grande Florianópolis. Encontrou filas saindo para o lado de fora das lojas, clientes indignados e atendentes sem fôlego, exaustos e desanimados. Em conversa com um trabalhador, o Linha Viva ouviu que “os problemas não foram resolvidos até dia 30 e a sensação que temos é que a luz no fim do túnel está cada vez mais distante”.

Na terça-feira, 6 de maio, dia que a implantação do novo sistema completou um ano, o Sinergia levou um bolo com uma vela para as maiores lojas de atendimento da região e o distribuiu a consumidores e a trabalhadores da Celesc. A ideia de levar o bolo veio da própria categoria, em concentrações nas últimas semanas. O Sinergia aproveitou o momento para dizer em alto e bom som para a população que a categoria eletricitária não é culpada pelos problemas e que o celesquiano e a celesquiana querem, o mais breve possível, voltar a atender bem os consumidores catarinenses. Em uma das lojas, um consumidor comentou: “esperemos que não tenha bolo de dois anos”.

Inscrições abertas para o 12° Congresso dos Empregados da Celesc

Encontro será realizado entre os dias 29 e 31 de maio, no hotel Quality, em Blumenau. Inscrições seguem até 4 de maio

O 12° Congresso dos Empregados da Celesc está com inscrições abertas para celesquianas e celesquianos de todas as regiões do estado. O evento será realizado nos dias 29, 30 e 31 de maio, no hotel Quality, em Blumenau, e as inscrições podem ser feitas com os sindicatos da Intercel, até o dia 4 de maio. Para a mesa de abertura do evento, que é promovido pelo Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Celesc, com patrocínio da empresa e dos sindicatos da Intercel, está sendo convidada a classe política de Santa Catarina, incluindo o governador Jorginho Mello (PL) – que participou também da abertura do 11° Congresso, quando ainda era Senador da República.

De acordo com o Representante dos Empregados no Conselho, Paulo Guilherme Horn, “o Congresso, que é realizado desde 1997, é o principal espaço de gestão participativa, dando voz aos celesquianos para debater e construir uma empresa pública. Em um momento onde temos discutido a gestão da empresa e as lógicas privadas que minam um bom atendimento à sociedade e impõem prejuízos às condições de trabalho, saúde e segurança dos trabalhadores, debater o planejamento para a empresa pública é fundamental”. É no Congresso, por exemplo, que é discutido que espaços de representação serão apoiados pela Intercel, como a eleição para a Diretoria Comercial ou a representação da categoria no Conselho de Administração da Celesc.

Paulo destaca que há 28 anos, “o 1º Congresso buscava um projeto para uma empresa pública, trazendo profissionalização e responsabilidade para a administração do bem público”. E que após todos esses anos, “nossa percepção é que o projeto para uma empresa pública, tema do 1º Congresso, foi desviado para o caminho dos interesses privados e precisa ser retomado”.

 As inscrições para o evento são gratuitas e há limite de vagas. Portanto, é fundamental se antecipar e garantir a sua vaga o quanto antes.

Novos Representantes Sindicais de Base são eleitos pela categoria

Eleições ocorreram em Assembleias nos postos de trabalho e online, por aclamação

A categoria eletricitária na Grande Florianópolis elegeu, na semana passada, novos representantes sindicais de base. O Sinergia promoveu Assembleias presenciais nos postos de trabalho na Celesc e on-line na CGT Eletrosul e as candidaturas foram eleitas por aclamação. Foram eleitos(as) os(as) seguintes Representantes Sindicais de Base: Celesc Palhoça: Walter Milton Pereira da Silva; Celesc Sede ARFLO: Cleber Borges da Silva; Celesc Administração Central: Consuelo Maria Teixeira Mickos; CGT Eletrosul Sede Pantanal: Paulo Sérgio Goulart e Fábio Roque Scheffel.

A posse dos(as) eleitos(as) será realizada no dia 28 de abril (próxima segunda-feira), a partir das 18h, na sede do Sindicato, na Rua Lacerda Coutinho, 149, centro de Florianópolis. O ato é aberto a toda a categoria e convidados. Os mandatos sindicais serão de um ano, até novas eleições para representantes de base, em 2026.

Um conto de dois Tarcísios

EDITORIAL

Coincidências e comparativos são sempre eficientes para a construção de textos e apresentação de argumentos. Aqui, vamos falar de dois perfis de uma mesma pessoa. Esse é o conto de dois Tarcísios. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, Tarcísio Rosa é Engenheiro Eletricista. Iniciou a carreira na Eletrosul e quando a empresa foi privatizada escolheu ficar na parte privada, comprada pela Tractebel. Passou pela Eletrobras e chegou à Diretoria e depois à Presidência da Eletrobras Amazonas, uma das distribuidoras de energia incorporadas pela estatal nos anos 2000. Foi indicado para a Presidência da Celesc em 2023, tendo sido destacado pelo dito “perfil técnico”.

 É neste perfil técnico que se apresenta Tarcísio. No dia 9 de abril, durante a Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) que debateu a Celesc Pública na presença de mais de 600 trabalhadores da empresa de todo o estado, quem subiu ao palco sob as vaias do público foi o “Tarcísio Técnico”. Essa foi a imagem que ele tentou vender, pelo menos. Logo no início destacou que a Diretoria da Celesc é composta por 5 empregados de carreira da empresa e que os demais teriam perfil técnico, ele incluído, pelo seu histórico de 47 anos de atuação no setor elétrico.

 Sempre que um Diretor de uma estatal afirma que é um quadro técnico, já existe uma piada de mau gosto, afinal de contas, se foi indicado pelo governo, ele é uma indicação política. Ao se afirmar como “técnico”, Tarcísio quis negar que age de forma ideológica. Para ele, uma atuação ideológica seria movida por paixões e um burocrata, técnico e focado no trabalho regulado pela conformação do mercado não pode ser assim.

 Mas de cima do palco, irritado pelo desprezo dos celesquianos e pelas manifestações do Coordenador da Intercel, Mário Jorge Maia, e do Representante dos Empregados no Conselho de Administração, Paulo Guilherme Horn, que expuseram uma gestão que precariza as condições de trabalho, sobrecarrega e adoece trabalhadores e impõe à população um serviço também precarizado, quem falou ao microfone foi o Tarcísio Ideológico. O Tarcísio soldadinho do capital privado. O Tarcísio Privatista.

 Nos últimos tempos, a incidência de eventos climáticos extremos tem aumentado em todo o país. Santa Catarina figura entre os estados mais castigados por tornados, tempestades, enchentes, enquanto só agora outros estados têm entrado na rota das calamidades. Se em Santa Catarina o serviço prestado pelos celesquianos se destaca pela qualidade e responsabilidade, sendo elogiado pela população e reconhecido pelos órgãos fiscalizadores, as empresas privadas que atuam em outros estados atingidos têm sido alvo de críticas contundentes da sociedade, dos órgãos de fiscalização e do próprio poder público. O planejamento de Tarcísio Rosa para a Celesc segue a mesma cartilha. A recusa em recompor o quadro de pessoal e o aumento da terceirização são bandeiras transcritas na gestão da empresa e a exposição nas falas das representações dos empregados irritaram o Presidente.

 Tarcísio leu um resumo de “ações e resultados” de sua gestão. Destacou o plano de investimentos como o maior da história; a expansão e modernização do sistema elétrico, com várias obras sendo realizadas; a rede trifásica no meio rural; os investimentos em eletropostos; entre outros pontos. Mas o grande destaque foi o financeiro: lucro recorde de R$ 715 milhões em 2024. Com essa lista de realizações, Tarcísio quis enfrentar a realidade e enfrentar o Representante dos Empregados no Conselho. No púl pito, voltou-se de frente para o Conselheiro e questionou: “Precarização? Onde, Conselheiro?!”.

 A bravata encontrou a ira da plateia. Primeiro, porque negar a precarização para quem sofre dela é ridículo. Segundo, porque atacar a representação desses trabalhadores diante deles é burrice. Os celesquianos vaiaram, criticaram a tentativa de constranger o Conselheiro e ainda recomendaram: vá à base que você verá como sua gestão precarizou o trabalho. O Tarcísio Ideológico foi engolido pelo repúdio dos trabalhadores e, covardemente, se colocou em posição de vítima, pedindo respeito.

Tarcísio ainda mentiu, dizendo que os resultados de continuidade da empresa eram os melhores da história. Uma breve pesquisa nos relatórios divulgados pela sua própria gestão já mostra a piora do DEC de 2024 em relação a 2023. Tentar usar um dado errado para convencer um público que sente na pele a precarização, dificultando o atendimento à população é uma péssima estratégia. Mentiu de novo, ao dizer que não foi avisado dos problemas antes da migração do sistema comercial, tendo sido desmentido na fala do Diretor do Sinergia, Lucas Henrique da Silva.

Por fim, quis novamente atacar o Conselheiro eleito pelos trabalhadores, dizendo que as decisões passam pelo Conselho de Administração e que os empregados elegem um membro deste Conselho, como se dissesse que esse modelo de gestão tinha respaldo do Representante dos Empregados. Mas todos os trabalhadores sabem que não tem, que a representação dos empregados tem denunciado as mazelas da gestão Tarcísio e que dentro do Conselho os empregados têm um só voto, que sempre é contrário às investidas privatistas e à ótica privada que o Presidente da Celesc tanto defende.

 A verdade é que é impossível equilibrar estes dois Tarcísios. Ele mesmo já não consegue uma composição entre suas posições e a promessa do Governador do Estado, Jorginho Mello, de não privatizar a distribuidora catarinense. Tarcísio, convicto que a privatização é o caminho, planeja a Celesc desta forma, na contramão das posições do Governo, externadas pelo Deputado Estadual Ivan Naatz e pelo Secretário da Casa Civil Kennedy Nunes, que reafirmaram o compromisso do governador contra a privatização.

 Mas o Tarcísio que se sobrepõe é o Tarcísio Ideológico. O Presidente da Celesc é amplamente favorável às privatizações. Em sua gestão na distribuidora de energia amazonense, foi o maior defensor da venda da estatal, tendo classificado sua privatização como “missão cum prida”. Em entrevista ao colunista Moacir Pereira, em 2023, se posicionou contrário à reestatização da Eletrobras. Em entrevista à Rede Catarinense de Notícias, ainda em 2023, Tarcísio Rosa foi questionado sobre os problemas de atendimento da Enel. Para o Presidente da Celesc, o problema foi de comunicação, minimizando os impactos da privatização no atendimento à população. Parece paradoxal que o Presidente de uma distribuidora de energia elétrica pública, que tem um grande histórico de bons serviços prestado à população contemporize o desastre da Enel em São Paulo. Mas a condição de Tarcísio Rosa na Celesc é mesmo paradoxal. Tarcísio é um privatista. Suas declarações dão conta de que a privatização é, para ele, uma oportunidade. Mais do que questões ideológicas pessoais, criticar a Enel seria, para Tarcísio, criticar a si mesmo.

 Em fevereiro deste ano, em entrevista ao jornalista Marcelo Lula, Tarcísio afirmou que a privatização é um “caminho que deve ser tomado”. Em março, refirmou a ideia durante manifestação na Comissão dos Direitos do Consumidor e do Contribuinte e de Legislação Participativa, na Alesc. Pois durante a Audiência Pública Tarcísio foi questionado, novamente, de forma direta sobre sua posição. Defende a empresa pública ou a privatização? Tentou fugir, dizendo que defende uma empresa que “sempre cresce, porque empresa que não cresce, desaparece”. A rima não colou. Pior, Tarcísio foi ainda achincalhado nas manifestações do público, com auxílio de sua própria rima, quando questionado se o “desaparecimento” da Amazonas Energia após sua gestão foi incompetência ou safadeza.

 O conto de dois Tarcísios remete ao clássico da Literatura inglesa “Um conto de duas cidades”, escrito por Charles Dieckens. O livro se passa em Londres e Paris e aborda os acontecimentos que fizeram eclodir a Revolução Francesa, numa crítica social intensa, com a denúncia dos abusos e arbitrariedades praticadas pela nobreza e os efeitos da desigualdade social em uma população sedenta por justiça e vingança. Dieckens escreve: “Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos; foi a idade da sabedoria, foi a idade da tolice, foi a época da fé, foi a época da incredulidade, foi a estação da luz, foi a estação das trevas, foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero; tínhamos tudo diante de nós, tínhamos nada diante de nós, íamos todos direto para o Paraíso, íamos todos direto no sentido contrário”.

 O Tarcísio Rosa verdadeiro é a idade da tolice, sem sombra de dúvidas. Tarcísio defende a terceirização e redução de quadro de pessoal próprio – a síntese da privatização – e ataca os próprios celesquianos que se dispõem a lutar. Aliás, provocou a categoria desde o início de sua fala na Audiência Pública, insinuando que quem estava ali não estava trabalhando. Essas provocações receberam respostas à altura. As vaias à Tarcísio são a manifestação mais clara do repúdio dos celesquianos a um Presidente que não tem tamanho para conduzir a maior estatal catarinense. Como disse na audiência o Diretor do Sindinorte e ex-Representante dos Empregados no Conselho de Administração, Jair Maurino Fonseca: “Tarcísio, você não é digno de ser Presidente da Celesc”.

 A França do livro de Dieckens foi palco de uma grande revolução. Uma revolução de paradoxos, mas que levou à queda da Bastilha. Dela, uma frase de Jean Meslier sobressai, mas parece mais adequada a adaptação feita por estudantes franceses do Comitê de Ocupação da Sorbonne nas manifestações de maio de 1968: “a humanidade não será feliz até que o último capitalista seja enforcado com as tripas do último burocrata”.

 Que venha a revolução. 

Eleições para Representantes de Base serão realizadas nessa semana

As Assembleias de eleição ocorrerão apenas nos postos de trabalho onde há candidaturas homologadas

 As eleições para Representantes Sindicais de Base no Sinergia estão ocorrendo nesta semana. Foram homologadas as seguintes candidaturas: Celesc Palhoça: Walter Milton Pereira da Silva (assembleia no local de trabalho em 16/04, às 15h); Celesc ARFLO: Cleber Borges da Silva (assembleia no local de trabalho em 17/04, às 14h); Celesc Adm. Central: Consuelo Maria Teixeira Mickos (assembleia no local de trabalho em 17/04, às 12h30); CGT Eletrosul Sede: Paulo Sérgio Goulart e Fábio Roque Scheffel (assembleia on-line em 17/04, às 18h). 

Poderão votar no pleito apenas empregados e empregadas filiados ao Sinergia até o dia 11 de abril de 2025.