Além de celebrar mais um aniversário, noite comemorativa também marcou o lançamento do 11° Concurso Conto e Poesia e da Oficina de Fotografia para Celular
A vida não é só luta, é também saber celebrar a trajetória e as conquistas construídas coletivamente. E foi com esse espírito que o Sinergia comemorou seus 64 anos de fundação, em uma bela festa realizada na sexta-feira, 3 de outubro, na sede do sindicato, no centro de Florianópolis.
Militantes históricos, pessoas filiadas e trabalhadores do Sinergia se reuniram para celebrar, reencontrar companheiros e companheiras de caminhada e relembrar momentos marcantes da história de resistência e conquistas da categoria, em uma noite com muitas apresentações culturais.
O aniversário também marcou o lançamento do 11º Concurso Literário de Conto e Poesia, que desde 1992 incentiva a cultura e revela novos talentos, estimula o intercâmbio e a produção literária em Santa Catarina.
Outro destaque da noite foi o lançamento da Oficina de Fotografia para Celular, uma iniciativa que oferece a oportunidade de aprimorar o olhar e registrar o cotidiano com mais técnica e sensibilidade.
Mais do que uma comemoração, o aniversário de 64 anos foi um momento de reafirmação da história de luta e compromisso do Sinergia com a classe trabalhadora, momento de renovação das energias para seguir na defesa dos direitos e de um futuro com mais justiça social.
Inscrições abertas para Oficina de Fotografia no Celular:
Você gosta ou precisa tirar fotos com o seu celular, mas não entende muito sobre as técnicas fotográficas?
Calma! O Sinergia te ajuda com a oficina de fotografia para celulares! As inscrições estão abertas e seguirão até o dia 24 de outubro no site do sinergia: acesse www.sinergia.org.br, clique no banner de inscrição na tela inicial e responda o formulário.
A oficina terá 12 horas e será ministrada pelos especialistas Anderson Barbosa e Maurílio Quadros da Rosa. O custo para sindicalizados Sinergia é de R$ 20,00 e para não sindicalizados R$150,00. Inscreva-se já!
Após 11 dias de paralisação, os trabalhadores e trabalhadoras da Celesc aprovaram nesta quinta-feira (2/10), em assembleias realizadas em todo o estado, o acordo intermediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A greve, uma das maiores da última década, demonstrou a capacidade de mobilização da categoria e sua resistência em defesa de direitos.
O acordo garante reajuste salarial pelo INPC, ampliação da gratificação de férias de 23% para 30%, pagamento do vale de janeiro e a recomposição integral das cláusulas financeiras com base no INPC.
A paralisação histórica evidenciou a insatisfação da categoria diante da atual gestão da empresa e do governo estadual, que vêm conduzindo um processo de retirada de direitos e de desestruturação da companhia pública.
Com forte adesão em todas as regiões, a greve reafirmou a solidariedade e o poder de luta dos celesquianos e celesquianas, fortalecendo a unidade em defesa dos direitos e da Celesc pública.
Categoria se fortalece e se une ainda mais durante a greve
Os trabalhadores da Celesc enfrentam, até o fechamento desta edição do jornal, dez dias ininterruptos de greve. Não se via nada igual desde 2016, quando, mesmo com a mediação no Ministério Público do Trabalho, foram segregados o anuênio, a gratificação diferenciada de férias e a gratificação de 25 anos aos trabalhadores que ingrassassem na empresa após 1° de outubro de 2016.
A negociação deste ano, conforme noticiado em edições anteriores do Linha Viva, foi bastante difícil, com a empresa tentando empurrar uma falsa ideia de que a proposta final em mesa era ainda melhor que a do ano passado. Não era, pois nos últimos anos, ou os trabalhadores receberam um abono que compensa perdas inflacionárias, ou tiveram avanços na isonomia de direitos – o que não foi proposto pela empresa em mesa de negociação. Além disso, a primeira proposta em mesa, pela empresa, não recuperava sequer a inflação em todas as cláusulas econômicas. Como disse uma ex-dirigente sindical em um dos piquetes, “é uma vergonha que diretores trabalhadores se prestem a esse papel com seus colegas”.
Uma das bandeiras de luta principais deste Acordo Coletivo de Trabalho – e também de anos anteriores -, a isonomia de direitos, não veio até o fechamento desta edição. Por diversas vezes, a empresa argumenta que é preciso ter “responsabilidade”, “que se a Celesc completa 70 anos de história é por ter sucessivas diretorias que foram responsáveis”. Ocorre que esse senso de responsabilidade só vale quando o benefício é para o trabalhador. Na hora de aumentar a distribuição do lucro aos acionistas, esse senso de responsabilidade é vulgarmente esquecido por quem manda na companhia. Na hora aumentar o número de diretorias ou pensar nas vantagens que cada diretor(a) tem, o senso de responsabilidade também passa longe – ou alguém viu, nos últimos anos, algum corte de benefício aos diretores ou, até mesmo, o corte do número de diretorias?
O presidente da Celesc, conforme se vê nas redes sociais, é tratado pela categoria como vilão e sem empatia alguma com seus empregados. A entrevista que deu a um canal de comunicação na sexta-feira passada gerou revolta e indignação em boa parte da categoria. De quebra, leva junto a imagem do governador Jorginho Mello (PL) para o ralo, já que a promessa de manter a Celesc Pública parece cair por terra diante de uma gestão privatista, teimosa e intransigente em diversos aspectos. O governador precisa reavaliar a manutenção de Tarcísio no comando da maior empresa de Santa Catarina.
Apesar do momento tenso que a categoria vivenciou nos últimos dias, a população catarinense pode assistir à demonstração da unidade da categoria eletricitária e mais que isso: o amor à camisa! Celesquianos e celesquianas empenharam diversos serviços de maneira voluntária, sem bater o ponto, nos últimos dias. Seja após eventos climáticos nas regiões oeste, planalto norte ou para atender à demanda do hospital Santo Antônio, em Blumenau, nenhum celesquia no deixou de cumprir com as obrigações de manter a população sem risco de acidentes com choque elétrico.
As mais de trinta moções de apoio e notas de solidariedade emitidas por entidades sindicais e órgãos de classe demonstram que as reivindicações da categoria eletricitária foram respeitadas pela maioria da população. Importante, ainda, registrar os apoios dos deputados estaduais Fabiano da Luz (PT), Neodi Saretta (PT), Padre Pedro Baldissera (PT), Marquito (PSOL), Dr. Vicente Caropreso (PSDB) e o vereador Bruno Ziliotto (PT), de Florianópolis, seja com a presença nos piquetes de greve, seja com manifestações nas Tribunas das Casas Legislativas ou em vídeos pelas redes sociais. A luta atravessou fronteiras e chegou ao conhecimento do deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ), que também manifestou apoio por vídeo.
Seja qual for o desfecho dessa greve nos próximos dias, só há uma certeza: a categoria eletricitária sai dessa batalha vitoriosa, ainda mais unida, fortalecida e respeitada. O recado é claro: respeitem nossa história! Não mexam com nossos direitos!
O Sinergia completa 64 anos de história, resistência e conquistas. São décadas de luta incansável em defesa dos direitos dos eletricitários e eletricitárias e pela valorização de quem garante energia de qualidade ao povo catarinense.
Para marcar essa trajetória, convidamos a categoria para a Festa de Confraternização dos 64 anos do Sinergia. Será um momento de celebrar a unidade, a organização e a força coletiva que sempre caracterizaram nossa caminhada.
Dia 3 de outubro (sexta-feira)
A partir das 18h Sede do Sindicato – Rua Lacerda Coutinho, 149 – Centro, Florianópolis
IMPORTANTE: Durante o evento, também será realizado o lançamento do 11º Concurso Literário de Conto e Poesia e da Oficina de Fotografia, além de exposições e apresentações culturais, reafirmando o compromisso do sindicato com a cultura e a expressão crítica da classe trabalhadora.
Venha fortalecer esse momento de celebração e luta.