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Rubens Oestroem abre exposição inédita em Florianópolis

“Objetos Instalativos” vai ocupar o jardim da Fundação Cultural BADESC; mostra é gratuita e abre na quinta, 12 de setembro, a partir das 19h

Com mais de cinco décadas dedicadas ao mundo das artes, o artista visual contemporâneo Rubens Oestroem se prepara para abrir a primeira exposição individual a céu aberto da carreira. A mostra inédita será no jardim da Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis.

Nascido em Blumenau, em 1953, Rubens passou 10 anos na Alemanha, onde estudou na academia de artes de Berlim, HdK, produziu trabalhos e participou de exposições. No final de 1985 retornou para a cidade natal, no Vale do Itajaí, e em 1988 mudou para Florianópolis, onde desde 1990 reúne num só lugar a casa, jardim e ateliê no bairro Sambaqui.

Segundo o artista, os objetos instalativos, como chama suas esculturas, que passam de dois a três metros de altura, são, na sua maioria, produzidos em madeira, objetos encontrados pelo artista durante suas caminhadas no final do dia no bairro, ou trazidas pelo mar. São restos de canoas naufragadas, bem como malhas, panos, galhos, madeiras corroídas pelo desgaste e tempo, e algumas por cupins do mar, que recebem uma pintura policromada em verniz e tinta acrílica, e também pedras amarradas ao tecido que formam as obras.

“Tento criar uma situação de instalação que sempre fica impossível de ser repetida e você pode montar ela como quiser na verdade. São peças que remontam uma certa figuração de um objeto geométrico com uma tridimensionalidade”, explica.

Para a curadora Yara Guasque, os objetos instalativos são fruto de uma sorte de operacionalidade inventada na escassez de materiais e ferramentas ditas artísticas. São o reaproveitamento de objetos encontrados ao acaso. E é essa vaga funcionalidade que norteia a concepção e a realização das obras.

“Esse conjunto que vai estar no jardim da Fundação são obras que reúnem madeiras que o artista recolheu e que foram colocadas em hastes, e essas hastes têm um equilíbrio e aparentam aquelas placas que indicam rumos e direções. Elas ficam em meio ao caos, pois estão soltas e encostadas umas nas outras”, compartilha Yara.

Exposição na Fundação

Essa não é a primeira vez que o artista participa de uma exposição individual na Fundação Cultural BADESC. Em 2001, apresentou “Corpotopia”, no Espaço Cultural Fernando Beck, quando a instituição estava localizada na Av. Mauro Ramos, em Florianópolis. Já em 2013 participou da Exposição coletiva “é o que há” e em 2014, junto da artista visual Yara Guasque, apresentou a exposição “Nem Tanto ao Mar, Nem Tanto à Terra”, ambas no casarão.

“Estou muito contente de voltar a apresentar os meus trabalhos na Fundação, ainda mais de fazer essa mostra porque é uma grande chance de poder mostrar essa série de instalações que estou trabalhando há seis anos nela”, completa o artista.

 “Objetos Instalativos” ficará em exposição de 12 de setembro a 12 de dezembro de 2024, podendo ser visitada de graça de segunda a sexta, das 13h às 19h. A Fundação fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis.

Momento decisivo para o ACT 2024/2026 da Eletrobras

CLÁUSULA DO QUADRO MÍNIMO DE TRABALHADORES SEGUE EM DISCUSSÃO ENTRE AS PARTES

Na última sexta-feira, 30 de agosto, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a Eletrobras se reuniram para mais uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), sob mediação do ministro Maurício Godinho. O encontro se deu por conta do dissídio de greve que discute o Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2026 da Eletrobras.

 A empresa veio para a reunião com a tarefa de trazer uma proposta alternativa para a cláusula que define o quadro de pessoal, em que está sendo discutido o quantitativo de pessoas trabalhadoras que a empresa deverá manter em seu quadro.

 É importante lembrar de todas as cláusulas que o CNE aceitou recuar para que fosse possível continuar o processo de negociação, priorizando pontos de extrema importância aos trabalhadores e ao sistema: foi perdida a reposição da inflação nos salários integrais e não haverá reposição nos benefícios econômicos. O CNE desconhece, até aqui, a nova arquitetura salarial proposta pela Eletrobras em substituição ao atual PCR. O congelamento do Adicional por Tempo de Serviço também representa um retrocesso nessa negociação. Houve recuo com o congelamento do SAN e do Sistema de Gestão de Desempenho. Outro retrocesso foi a redução da gratificação de férias. Entre outros pontos a serem destacados, ainda há a falta de isonomia entre trabalhadores novos e antigos, no que diz respeito aos benefícios, e a falta de isonomia se estende para o abono entre trabalhadores com até vinte mil reais e aqueles acima de vinte mil reais. O Plano de Saúde das pessoas trabalhadoras ativas nas autogestões também está sendo perdido, com prejuízos para as pessoas aposentadas e agregados.

 A gestão da Eletrobras ainda está terceirizando as atividades de segurança no trabalho e aumentando o risco às pessoas trabalhadoras da Eletrobras. Esses riscos se estendem à integridade do SIN, com a possibilidade de demissão em massa.

Voltando à cláusula do quadro mínimo, o CNE entende que, para avançar, é necessário que se estabeleça um quadro mínimo suficiente para a segurança do sistema e das pessoas, e que os trabalhadores que construíram a empresa sejam tratados com dignidade.

 A Eletrobras apresentou ao TST nesta terça-feira, dia 3, a minuta do Acordo Coletivo de Trabalho com os avanços conciliatórios discutidos, incorporando as cláusulas que foram objeto de consenso e as cláusulas em que não houve consenso.

 Ontem, quinta-feira, o CNE se reuniu para avaliar e discutir os encaminhamentos.

 O ministro Godinho avaliará, na sequência, a minuta enviada pela Eletrobras e dará conhecimento aos advogados dos sindicatos para sugestões de redação. Em momento oportuno, as entidades sindicais submeterão a proposta aos trabalhadores nas Assembleias.

 O ministro então decidirá se haverá possibilidade da continuidade na conciliação ou se concluirá o processo de dissídio para instrução e julgamento.

 O CNE e a Intersul orientam que a categoria siga mobilizada e atenta aos informes e chamamentos dos sindicatos. É preciso ter todo o cuidado para não se deixar levar por informações que pretendem tão somente confundir o trabalhador e a trabalhadora. 

Primeira rodada define calendário de negociações do ACT na Celesc

Duas rodadas ocorrem nessa semana, nos dias 4 e 5 de setembro

 A primeira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025 na Celesc foi realizada na quarta-feira, 28 de agosto. 

Infelizmente, a Direção da empresa se negou a negociar qualquer cláusula nessa primeira rodada e somente concordou em agendar as próximas rodadas de negociação.

 A Intercel pressionou para que as rodadas aconteçam o quanto antes – ao contrário do que pretendia a empresa, tentando estender as negociações até o final de setembro, no limite da data-base. Na agenda da Intercel, as reuniões devem acontecer até o dia 18 de setembro, para que dê tempo dos sindicatos fazerem assembleias de apreciação da proposta final antes do dia 23.

 Ao fim dos debates, ficaram acordadas as reuniões nos dias 4, 5, 9, 11, 16 e 18 de setembro. Um dos pedidos da Intercel era que a Celesc enviasse com antecedência as cláusulas que seriam negociadas a cada reunião, para que os sindicatos possam se organizar e estudar cada cláusula com calma.

Ao fim de cada rodada de negociação, a Intercel encaminhará para a categoria um Boletim com as informações da reunião. Acompanhe!