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Deputados estaduais pedem a criação da frente parlamentar em defesa do serviço público

Deputado Estadual Fabiano da Luz (PT) encaminhou ao Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina o requerimento para criação da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e das Empresas Públicas. A criação da Frente tem como objetivo “apoiar, incentivar e assistir estudos, debater e acompanhar as discussões de interesse social, econômico e político relativos às empresas públicas catarinenses”. Subscreveram o pedido de criação da Frente, além do deputado Fabiano, os seguintes deputados: Padre Pedro Baldissera (PT), Rodrigo Minotto (PDT), Neodi Saretta (PT), Luciane Carminatti (PT), Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL) e Dr. Vicente Caropreso (PSDB).


No requerimento, os deputados alegam que “para garantir um serviço público de qualidade é preciso que tenhamos empresas públicas fortes, servidoras e servidores públicos reconhecidos e valorizados”.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1569 de 16 de fevereiro de 2023

CNE se reúne com ministro de Minas e Energia e discute reestatização da Eletrobras

Na quinta-feira da semana passada, dia 9, representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) foram recebidos pelo ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira. A atividade aconteceu após a realização de panfletagens em frente ao Ministério, com denúncias sobre a situação da Eletrobras pós-privatização. Na reunião, eletricitárias e eletricitários apresentaram uma série de ilegalidades no processo de desestatização da Eletrobras. Destacaram que a estatal foi entregue ao mesmo grupo responsável por “quebrar” as Lojas Americanas. Para o Coletivo, é urgente uma intervenção do governo e, especialmente, do MME “para que não ocorra o mesmo com a maior empresa de energia elétrica da América Latina”, ressalta o CNE.


Silveira mencionou que o modelo utilizado para privatizar a Eletrobras foi desvantajoso ao Estado brasileiro e que não se opõe à reestatização da Eletrobras se essa for a decisão do Governo Lula. O ministro, ao afirmar que possui um perfil conciliador e que o interesse público será sempre defendido por ele, disse que o MME está de portas abertas para tratar questões estruturais do setor elétrico, a exemplo do CEPEL, Candiota, programas governamentais, Eletrobras, entre outros. O CNE entende que é fundamental estabelecer um diálogo permanente entre o Ministério e os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras para garantir a fortalecimento do setor e assegurar uma política de defesa da categoria eletricitária, ao contrário do que vem ocorrendo na empresa, como as demissões de trabalhadores altamente capacitados, que pode provocar insegurança ao sistema energético brasileiro.


O Coletivo Nacional dos Eletricitários congrega 34 sindicatos, 4 associações e 7 federações.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1569 de 16 de fevereiro de 2023

Eletricitárias e eletricitários da Grande Florianópolis elegem nova direção e conselho fiscal do Sinergia

Ontem, dia 15 de fevereiro, ocorreu o processo eleitoral para a escolha da nova Diretoria e Conselho Fiscal do Sinergia, com 5 urnas fixas e 4 urnas volantes percorrendo os locais de trabalho da base do Sinergia.


Foi uma eleição de chapa única, composta por dirigentes com experiência e que fazem parte da história da luta sindical, e de novos dirigentes, visando à renovação contínua das ideias, dos debates e das lutas. Mesmo havendo uma única chapa disputando o pleito, para que o resultado fosse legítimo, era necessário o atingimento do quórum de 25% de filiados exercendo seu direito a voto.


Ao final, foi contabilizada a participação de 43,5% dos trabalhadores, que deram 99,9% de votos à chapa ‘Democracia, Respeito e Ação em Sinergia’, com mandato no período compreendido entre 2023 e 2026. A posse da chapa eleita pela categoria está prevista para o dia 15 de abril. Tendo como valores a defesa intransigente da democracia, da não violência, da reafirmação dos direitos humanos e da equidade, além do resgate ao respeito como uma garantia fundamental para o convívio em sociedade, a chapa – agora eleita -, tem como compromissos de campanha: atuar pelo fortalecimento da Celesc Pública e pela energia como um bem social, atuar politicamente em busca da reestatização da Eletrobras e da manutenção das operações da CGT Eletrosul em Florianópolis e São José. A chapa se compromete a lutar pela sustentação, manutenção e ampliação dos direitos e conquistas dos eletricitários e eletricitárias de todas as empresas em que o Sinergia atua. Por fim, há o compromisso do trabalho com respeito à diversidade, o comprometimento da atuação de forma unitária com os movimentos sociais, com a promoção da cultura e da consciência crítica, com o livre direito de manifestação das pessoas, com o estímulo à organização dos trabalhadores e trabalhadoras em busca de melhores condições de vida, saúde e trabalho.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1569 de 16 de fevereiro de 2023

Centrais sindicais gritam na porta da Bovespa, em São Paulo: água e energia não são mercadorias!

Trabalhadoras, trabalhadores e lideranças de centrais sindicais de dez estados participaram na terça-feira, dia 14 de fevereiro, de ato em frente à Bovespa, em São Paulo, em defesa das empresas públicas de água e de energia. O ato foi convocado pelo Sintaema/SP, em virtude do anúncio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em privatizar a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). De acordo com Tarcísio, o objetivo de seu governo é usar o modelo de privatização da Eletrobras como base, reduzindo a participação nas ações da empresa, mas mantendo o poder de veto em assembleias de acionistas, o chamado “golden share”.


As lideranças presentes destacaram a necessidade da união em defesa de empresas públicas, como Sabesp, Celesc, Casan, entre outras. Pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Fabíola Latino Antezana fez uma fala destacando a solidariedade dos eletricitários com a luta dos companheiros da água e do saneamento e a necessidade urgente da reestatização da Eletrobras. Também foi destacado, pelas lideranças presentes, que empresas de água e energia não podem visar o lucro, o mercado, mas devem ter como objetivo a prestação correta à população com preços de tarifas módicos, acessíveis. Participaram do ato, ainda, lideranças políticas como o ex-Senador e Deputado Estadual eleito, Eduardo Suplicy (PT/SP), a vereadora Luana Alves (PSOL/SP) e os deputados estaduais eleitos Emídio de Souza (PT/SP), Guilherme Cortez (PSOL/SP) e Ediane Maria (PSOL/SP).

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1569 de 16 de fevereiro de 2023

Eleição para nova diretoria e conselho fiscal o o Sinergia acontece dia 15, próxima quarta

Apenas uma chapa concorre no pleito eleitoral para Direção e Conselho Fiscal do Sinergia, Sindicato que representa a categoria na região da Grande Florianópolis.


A eleição acontece na próxima quarta-feira, 15 de fevereiro. Haverá urnas fixas das 6h às 17h30min na sede da Celesc, no Itacorubi, no NUCAP, em Capoeiras, na CGT Eletrosul, Engie Energia e na sede do Sinergia, das 7h às 17h30min. Além destas urnas fixas, urnas volantes percorrerão os locais de trabalho da Celesc, CGT Eletrosul, São Sebastião Energia e Cerej, da seguinte forma: Urna volante 1, das 7h às 17h30min, percorrerá os seguintes locais: SPSL, Comunicação da Celesc (Roçado), Almoxarifado (Palhoça), Escritório de São Pedro d’Alcântara e Loja de Atendimento da Celesc em Palhoça; Urna volante 2, das 7h30min às 17h30min: Loja da Celesc em Biguaçu, Cerej Sede, Escritórios da Celesc em Governador Celso Ramos, Tijucas, São João Batista, Major Gercino, Nova Trento e Antônio Carlos; Urna volante 3, das 7h30min às 17h30min: Lojas de Atendimento da Celesc em São José (Campinas), Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Alfredo Wagner, Rancho Queimado e Angelina, além dos escritórios da Cerej em Rancho Queimado e Águas Mornas; Urna volante 4, das 7h30min às 17h30min: São Sebastião Energia e escritórios da Cerej em Leoberto Leal, Aguti (Nova Trento) e Pinheiral (Major Gercino).


A única incrição realizada foi a da chapa “Democracia, Respeito e Ação em Sinergia”, com a seguinte composição: Diretoria Colegiada: Adelita Biazuz de Mello, Carlos Alberto de Souza, Caroline Camargo Borba, Cecy Maria Martins Marimon Gonçalves, Clênio José Braganholo, Cristiane Spricigo, Cristiano dos Passos, Danilo Deni Alves, Davi Rutigliano, Fabrício José de Souza, Ivan Rosa de Andrade, José Carlos Dutra, Leonardo Fábio Contin da Costa, Márcio Pickler, Mário Jorge Maia, Milton Assis Schroeder, Murilo Mariano, Rafael Reginato Moura, Thayene Ramos Bulzing, Tiago Bitencourt Vergara, Vânia Mattozo, Vladimir Valdemiro Ferreira. Conselho Fiscal: Antônio Rogério dos Santos, Deunézio Cornelian Júnior, Grasiela Oliveira, Jean Pierre Kreuz Fernandes, José Marcelo Büchele, Lucas Henrique da Silva, Marcelo Fernandes da Silva, Marcos Antônio da Silva Pilar, Oscar Maurício Ferreira e Sidney Francisco da Silva.


É fundamental a participação de associadas e associados votando no pleito e dando legitimidade aos colegas que se dispõem a fazer a luta em nome da categoria. Participe e convoque seus colegas a também participarem.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1568 de 09 de fevereiro de 2023

Planos de saúde e previdência complementar sob ataque dos entreguistas

Não é segredo para ninguém que a intenção da gestão privada da Eletrobras é entregar a administração dos planos de saúde de autogestão bem como os planos de benefícios dos fundos de pensão dos trabalhadores para o mercado financeiro. Este processo certamente pode causar muitos prejuízos aos beneficiários, tanto das Fundações quanto dos planos de saúde. Prejuízos financeiros diretos e prejuízos de representação na gestão dos planos. O Coletivo Nacional dos Eletricitários e a Intersul estão atentos a este movimento dos gestores da Eletrobras privatizada e buscando pautar estes temas. Além de atuar dentro das esferas judiciais cabíveis e no âmbito das negociações possíveis com a Eletrobras, as entidades sindicais têm buscado ser parceiras da Anapar, a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Saúde de Autogestão, no sentido de cooperarem para defenderem os interesses dos trabalhadores, ativos ou aposentados. A Anapar foi criada em 2001 por participantes de entidades fechadas de previdência complementar (EFPC), também conhecidas como fundos de pensão. Em 2019, foi incorporada a defesa dos beneficiários de planos de saúde de autogestão. A Anapar e os sindicatos, portanto, são entidades parceiras na defesa dos interesses e dos direitos conquistados pelos participantes de fundos de pensão e pelos beneficiários de planos de saúde de autogestão ao longo destas duas décadas, organizando e unificando as lutas destes trabalhadores.


A atuação da Anapar é definida pelos seguintes pilares: Representatividade – indica representantes dos participantes e assistidos para o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) e para a Câmara de Recursos da Previdência Complementar (CRPC); Conhecimento técnico – Realiza assessoramento técnico e jurídico para demais entidades de representação de participantes de fundos de pensão e de beneficiários de planos de saúde de autogestão; Formação – Promove seminários e cursos de formação sobre o sistema previdenciário e de saúde suplementar, dando base para certificação de dirigentes de fundos de pensão, conforme exigência legal.


Além do site www.anapar.com.br e do e-mail anapar@ anapar.com.br, a associação mantém canais de comunicação no LinkedIn (@anaparbrasil), Facebook (@anaparbrasil), Twitter (@anaparbrasil), Instagram (@anaparbrasil), Telegram (canal AnaparComunica), Youtube (/anapar) e Whatsapp (61) 98570-8559. Para se associar, basta acessar o endereço https://www.anapar.com.br/sistema/associe.php. A anuidade de R$ 60,00 pode ser paga por boleto, cartão de crédito ou Pix (saiba mais em https://www.anapar.com.br/pague-sua-anuidade/). O que você faz com R$ 5,00 por mês? Fortalece a luta dos participantes e assistidos de fundos

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1568 de 09 de fevereiro de 2023

CNE leva campanha #REESTATIZAELETROBRAS à posse dos deputados em Brasília

Representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e da Intersul seguem em Brasília por mais uma semana na campanha pela reestatização da Eletrobras. No dia 31 de janeiro, eles marcaram presença no encontro do presidente Lula (PT) com movimentos populares. Também fizeram uma panfletagem na porta do Ministério de Minas e Energia, questionando a indicação de Bruno Eustáquio, bolsonarista e um dos operadores da privatização da Eletrobras, a um cargo no governo. Eles também cobraram uma audiência com o ministro da área. Já no dia primeiro de fevereiro, os companheiros e as companheiras em Brasília se voltaram para a posse dos novos deputados e deputadas federais na Câmara. Eles levaram faixas, cartazes e dialogaram com os novos representantes do povo sobre os riscos que a população brasileira corre com a nova administração da Eletrobras e sobre como ocorreu todo o processo de privatização nos últimos anos da gestão anterior do governo federal.


De acordo com Tiago Vergara, representante da Intersul/Sinergia em Brasília, a recepção dos deputados com quem conversaram foi muito positiva: “muitos deputados não tinham conhecimento de como se deu o processo de privatização da Eletrobras. Conseguimos algumas agendas com estes novos parlamentares para levarmos a eles as denúncias de irregularidades que temos em mãos até o momento”.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1568 de 09 de fevereiro de 2023

Nova diretoria do STIEEL é empossada em Lages

Foi realizada na sede da ABELECESC em Lages, na última sexta feira, dia 27, a posse da nova Diretoria do STIEEL (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Lages), Sindicato integrante da Intercel. A área de atuação do STIEEL abrange pelo menos 150 municípios das regiões do Planalto, Meio Oeste e Extremo Oeste de Santa Catarina. As eleições ocorreram nos dias 8 e 9 de dezembro de 2022 e a chapa, agora empossada, foi eleita com mais de 80% de aprovação da categoria. O mandato inicia em 01 de fevereiro de 2023 e finda em 31 de janeiro de 2027, com 16 representantes de base e 14 diretores (sendo 7 titulares e 7 suplentes), distribuídos em toda a base do STIEEL.


A Diretoria empossada é composta de dirigentes da Celesc, CGT Eletrosul e Engie, com representantes da gestão passada e também novos integrantes, objetivando a preservação da história e do conhecimento integrado com a renovação de ideias e forças para a luta coletiva.


Na cerimônia participaram dirigentes eleitos e suas famílias, bem como companheiros e companheiras de luta da Intercel e autoridades políticas e sociais, como representantes dos Deputados Estaduais eleitos Neodi Saretta (PT), Fabiano da Luz (PT) e Marcius Machado (PL) – representados no ato por Leandro Durigon, Fernando Henrique e Carlos Wolff, respectivamente. Angelo Angelin também participou representando a Administradora do NUPLA, Vanessa Salvati. Por fim, também compuseram a mesa de autoridades Paulo Horn – representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Celesc, Leandro Nunes – Diretor Administrativo-Financeiro da Celos e Jair Maurino Fonseca, representando a Intercel.


Em um momento de muita emoção, foram entregues placas de agradecimento a companheiros que fizeram história na Diretoria do STIEEL: Paulo Xavier, Paulo Rufatto, Iria Spickler, Clóvis Puton, Amilca Colombo, Valmir Westarp, Luiz Cláudio e Adriana Guadagnin da Silva. A amigos, foram entregues as placas dos companheiros Juraci Luiz Bolognest (in memoriam) e Rosângela Bido Tasca (in memoriam), para que sejam levadas às famílias. Também foi homenageado o companheiro Ary Gomes Carneiro (in memoriam). Felicitamos e desejamos sucesso e muita energia aos companheiros!

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1567 de 02 de fevereiro de 2023

Não custa lembrar: Governador Jorginho Mello assinou compromisso com a manutenção da Celesc pública

O governador Jorginho Mello (PL) indicou o nome de Tarcísio Estefano Rosa como presidente da Celesc. De acordo
com jornalistas locais, o objetivo do governo com esta indicação seria preparar a privatização da companhia. Rosa teria atuado pela privatização da Eletrobrás Distribuição Amazonas, tendo sido, conforme o jornalista Marcelo Lula, do portal SC em Pauta, “garoto propaganda da venda da empresa”.

A categoria aguarda de Jorginho e de Tarcísio uma manifestação contundente negando que a indicação tenha como objetivo preparar a privatização da empresa. Mais do que isso: que se manifestem reiterando o compromisso assumido por Jorginho em campanha, de que a Celesc continuará sendo uma empresa pública, patrimônio dos catarinenses, e que suas ações sejam neste sentido.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1567 de 02 de fevereiro de 2023

Não é por falta de adeus

Na última sexta-feira, 20 de janeiro, foi encerrado mais um ciclo na Celesc. Um ciclo que não deixará saudade para grande parte dos empregados. Um ciclo que ficou marcado pelos confrontos e ataques a direitos dos trabalhadores durante as negociações dos últimos Acordos Coletivos de Trabalho, por tentativas frustradas de dividir a categoria e a barganha política (alguém se esqueceu da promessa de Plano de Saúde mais barato em troca da facilitação da privatização da companhia?), pelos ataques à representação dos trabalhadores no Conselho de Administração e pelo ‘faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço’ (proibição do home office para a categoria, mas permissão do home office para quem tinha a caneta na mão).


O agora ex-presidente Cleicio entra para a história da Celesc como o Presidente que ‘sumiu’ nos últimos meses de sua gestão. Como o presidente que parecia ter medo de receber em seu gabinete prefeitos, vereadores, deputados. Como o presidente que não ia para os meios de comunicação apresentar os bons números da Celesc e defender a empresa nos momentos de acusações mais graves. Também será lembrado por não receber os sindicatos da Intercel – representantes legítimos da categoria – e por fugir do debate em dias de atos dos trabalhadores por direitos.


Cleicio não agiu sozinho, é preciso destacar. Teve, durante boa parte de sua atuação, apoio de empregados de carreira que, em busca de promoção e vantagens pessoais, não se importaram em dar sustentação aos ataques do Presidente contra os trabalhadores e suas representações. Agarrados em Cleicio e ao status de uma nomeação, esqueceram-se de que são trabalhadores e, agora, nas horas finais dessa administração, serão sempre lembrados como traidores dos celesquianos. Em um último ato desesperado para tentar se perpetuar na Presidência, Cleicio conseguiu se aliar ao representante do acionista minoritário, Lírio Parisotto, e dos demais Conselheiros de Administração representantes do governo Carlos Moisés, buscando instaurar um caos administrativo na Celesc, impedindo a nomeação de um novo presidente, atentando contra a recomposição do Conselho de Administração e dando força à pressão política de Parisotto pela privatização da Celesc.


O ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) é responsável direto pela administração baseada na violência contra a categoria: começou indicando para a presidência da Celesc uma figura que, segundo ele mesmo afirmou, foi fruto de uma “iluminação divina”, mas que claramente não compreendia (e ainda não compreende) o tamanho da Celesc. Na presidência, Cleicio reproduziu a arrogância de Moisés, que nunca se comprometeu publicamente com a manutenção da Celesc Pública, tendo se recusado a participar do 11° Congresso dos Empregados da Celesc, em Joinville, em maio passado – não custa lembrar que o atual governador, Jorginho Mello (PL), então Senador da República, não somente aceitou o convite, como fez uma fala se comprometendo a manter a Celesc Pública, no evento.


Uma nova diretoria e novos Conselheiros estão assumindo o comando da Celesc, maior estatal de Santa Catarina, uma das concessionárias com melhores índices de satisfação do consumidor e com números e indicadores muito positivos, fruto de muito trabalho e dedicação de trabalhadoras e trabalhadores. É a chance dos novos indicados escreverem uma história de respeito à categoria e aos direitos dos trabalhadores. Uma história de diálogo e ações concretas em defesa da manutenção da Celesc Pública. Que esses compromissos sejam levados a sério, para que, no futuro, as memórias e recordações de trabalhadores e consumidores sejam mais positivas que aqueles que acabam de sair.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1566 de 26 de janeiro de 2023