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Intersul realiza atos públicos simultâneos em Florianópolis e Candiota

A defesa do controle público da Eletrobras e a Manutenção da fase C da Usina de Candiota (RS) foram os principais focos de duas manifestações simultâneas realizadas pela Intersul e pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) na semana passada. Na segunda-feira, dia 26, em frente à Câmara de Vereadores de Florianópolis e em frente à Usina Termelétrica de Candiota, os atos chamaram a atenção de comunidades locais, de movimentos sociais e sindicais, assim como de agentes políticos da região.


No ato na Câmara de Florianópolis, as vereadoras Tânia Ramos (PSOL), Carla Ayres (PT) e Mandata Bem Viver (PSOL) fizeram questão de descer até o local da manifestação e fazer uso da palavra em apoio aos Sindicatos e movimentos sociais presentes. O Deputado Federal Pedro Uczai (PT) esteve no ato e falou sobre a importância das organizações que lutam pela manutenção das empresas públicas e do patrimônio do povo brasileiro. O ex-Deputado Milton Mendes e a ex-Senadora e Ministra Ideli Salvatti também se manifestaram no mesmo sentido. Sindicatos de outras categorias ligadas a trabalhadores, estudantes e movimentos sociais como os Atingidos por Barragens (MAB) estiveram representados e discursaram dando apoio à mobilização, ressaltando a importância de manter a sede da CGT Eletrosul em Florianópolis, e da necessidade de garantir serviços públicos com qualidade e preço justo a toda a população.


Ao mesmo tempo, outro ato ocorria em frente à Usina Termelétrica de Candiota, que pertence à CGT Eletrosul, com a presença de mais de 400 pessoas, trabalhadores, dirigentes sindicais, representantes de outras categorias, representantes de deputados da região, vereadores de municípios próximos e o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB). A Intersul e o CNE foram representados no ato pelos dirigentes do Senergisul, Darlan Oliveira e Maria Cristina da Silva, e pela Coordenadora do CNE, Cecy Marimon, que denunciaram os efeitos nefastos de um possível fechamento da usina para as comunidades da região.


A gestão privada da Eletrobras, além das ameaças da reestruturação e das demissões pelo PDV, tem aterrorizado a categoria pela possibilidade de fechamento da fase C da Usina de Candiota, localizada numa região onde grande parte da economia gira em torno do carvão, da produção de energia pela usina e do aproveitamento dos resíduos (cinzas) pela indústria cimenteira, além dos empregos diretos e indiretos na própria CGTEletrosul e no comércio local. Os dirigentes sindicais e vereadores presentes enfatizaram a importância da Fase C para a região e para a metade sul do Rio Grande do Sul.


O Prefeito de Candiota destacou que uma comissão representativa do município irá a Brasília denunciar as ameaças da Eletrobras e buscar apoio da bancada gaúcha e do Ministério de Minas e Energia, com a presença da diretora do Senergisul, Maria Cristina da Silva, representando também a Intersul. Entre outras alternativas, buscam uma solução que contemple a criação de uma emenda na legislação referente à extração e à comercialização do carvão similar à Lei aprovada pelo Senado em relação ao carvão de Santa Catarina. Essa mudança na legislação, em conjunto com a atuação do Ministério de Minas e Energia junto à gestão privada da Eletrobras, poderá representar uma solução para a região.


A sindicalista Maria Cristina Silva da Silva enfatizou a necessidade do Brasil fazer uma transição energética justa e inclusiva, cuidando do meio ambiente, mas ao mesmo tempo, tendo o cuidado necessário com a sociedade e com a economia dos municípios, além de um processo de readaptação e capacitação dos trabalhadores.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1583 de 06 de julho de 2023

Sinergia realiza ato em frente à Câmara de Florianópolis para alertar sobre o desmonte da Eletrobras

O Sinergia promoveu nesta segunda-feira, dia 26, um ato em frente à Câmara de Florianópolis. O objetivo era alertar a sociedade, vereadoras e vereadores sobre o desmonte da Eletrobras, a precarização dos serviços e o risco para a capital catarinense com as mudanças promovidas pela empresa desde a privatização, há um ano.

Em Candiota, no Rio Grande do Sul, a dirigente Cecy Marimon participou de um ato de mesma natureza, denunciando o desmonte da companhia e pedindo a reestatização da Eletrobras.

Políticos do campo democrático participaram dos atos em Florianópolis e em Candiota e ofereceram apoio à categoria eletricitária. 

Ato público em defesa da Eletrobras no Rio

Em ato realizado na segunda-feira, dia 5, com a participação de cerca de 400 pessoas no centro do Rio de Janeiro, trabalhadores do Sistema Eletrobras, movimentos sociais, dirigentes sindicais e parlamentares manifestaram apoio à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) impetrada pela AGU – Advocacia Geral da União. O documento foi assinado também pelo presidente Lula, junto ao Supremo Tribunal Federal, pela retomada do poder de voto na Eletrobras, que detém 43% das ações, mas apenas 10% dos votos na assembleias decisórias da empresa. O ato defendeu também a reestatização da Eletrobras e a manutenção da Fundações patrocinadas pela empresa e condenou as demissões de trabalhadores e o desmonte do Cepel (centro de pesquisa).


Os manifestantes ocuparam a Rua da Quitanda com faixas, pedindo a “cabeça” de toda a alta cúpula da Eletrobras, cobraram a destituição imediata do Conselho de Administração da empresa, denunciaram que “a Privatização foi um roubo conduzido pela 3G Radar, acionista privada de Jorge Paulo Lemman” – que hoje manda na Eletrobras e, recentemente, quebrou a Light e as Lojas Americanas. Pediram também uma investigação rígida do processo de venda da Eletrobras e das consultorias contratadas de forma irresponsável e sem transparência pela direção da companhia. Nas falas, surgiram ainda denúncias sobre altos salários dos administradores, precarização das condições de trabalho e acidentes fatais nas áreas operacionais da Eletrobras pós-privatização.


Além de eletricitários, aposentados e dirigentes sindicais de todo o Brasil, estiveram presentes as centrais CUT e CTB, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, os petroleiros com a FUP e a FNP, os Moedeiros, os marítimos e diversos movimentos sociais como MST, MAB, Movimento do Povo, MPA, Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia.


Os organizadores do evento reforçaram que este grande ato marca uma série de atividades presenciais e que os eletricitários não vão parar. Há ainda muita luta a ser feita e o jogo está definitivamente aberto. Pela Intersul/Sinergia, participou do ato a companheira Cecy Marimon Gonçalves.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1581 de 08 de junho de 2023

Centrais sindicais gritam na porta da Bovespa, em São Paulo: água e energia não são mercadorias!

Trabalhadoras, trabalhadores e lideranças de centrais sindicais de dez estados participaram na terça-feira, dia 14 de fevereiro, de ato em frente à Bovespa, em São Paulo, em defesa das empresas públicas de água e de energia. O ato foi convocado pelo Sintaema/SP, em virtude do anúncio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em privatizar a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). De acordo com Tarcísio, o objetivo de seu governo é usar o modelo de privatização da Eletrobras como base, reduzindo a participação nas ações da empresa, mas mantendo o poder de veto em assembleias de acionistas, o chamado “golden share”.


As lideranças presentes destacaram a necessidade da união em defesa de empresas públicas, como Sabesp, Celesc, Casan, entre outras. Pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Fabíola Latino Antezana fez uma fala destacando a solidariedade dos eletricitários com a luta dos companheiros da água e do saneamento e a necessidade urgente da reestatização da Eletrobras. Também foi destacado, pelas lideranças presentes, que empresas de água e energia não podem visar o lucro, o mercado, mas devem ter como objetivo a prestação correta à população com preços de tarifas módicos, acessíveis. Participaram do ato, ainda, lideranças políticas como o ex-Senador e Deputado Estadual eleito, Eduardo Suplicy (PT/SP), a vereadora Luana Alves (PSOL/SP) e os deputados estaduais eleitos Emídio de Souza (PT/SP), Guilherme Cortez (PSOL/SP) e Ediane Maria (PSOL/SP).

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1569 de 16 de fevereiro de 2023

Atos em defesa da democracia acontecem em diversas capitais brasileiras

Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos convocaram na segunda-feira, 9 de janeiro, um ato em defesa da democracia no centro de Florianópolis. O ato aconteceu um dia após a tentativa de golpe na Capital Federal, que culminou com a quebradeira sem precedentes nas sedes dos Três Poderes da República. O Sinergia, com histórica participação em movimentos em defesa da ordem democrática, esteve presente no ato, que iniciou no Largo da Alfândega, no fim da tarde, e encerrou à noite no Largo da Catedral de Florianópolis. Atos semelhantes, pacíficos, aconteceram em pelo menos outras dezesseis capitais brasileiras e em outros vinte municípios catarinenses.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1564 de 12 de janeiro de 2023

Sindicatos da Intercel fazem ato na sede da Celesc contra proposta de aumento dos dividendos

Na quarta-feira da semana passada, dia 23, os sindicatos da Intercel fizeram um ato no hall da Administração Central da Celesc, em Florianópolis, para alertar a categoria sobre a tentativa dos acionistas minoritários em aumentar os seus dividendos para até 50% do lucro líquido, via Conselho de Administração. Os sindicatos da Intercel são contra a mudança, já que para aumentar a distribuição do lucro, a Celesc teria que reduzir o orçamento para investimento, o que vai contra o papel social da empresa pública. Além disso, a necessidade de recursos para investimentos foi um dos argumentos usados pela Diretoria da empresa para não conceder uma série de direitos durante as negociações do Acordo Coletivo 2022/23.

Por fim, o momento político, de transição de governo, não é propício para esse tipo de mudança. Por que fazer essa alteração no apagar das luzes do atual governo e não aguardar para dialogar com o novo acionista majoritário? – que, por sinal, já se manifestou contrário a essa mudança. Novo debate sobre o assunto acontecerá na reunião do Conselho de Administração em 15 de dezembro. A categoria precisa estar unida e vigilante sobre o tema, que pode ser uma tentativa de alterar o caráter público da Celesc, tal como ocorreu na Copel.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1559 de 01 de dezembro de 2022

Trabalhadores da ativa e aposentados fazem grande ato em Florianópolis em defesa do plano de saúde

“Trabalhador da Celesc não tem descanso. Nem mesmo depois de aposentado”, afirmou um dos eletricitários aposentados, de 77 anos, ao desembarcar do ônibus, após enfrentar horas e horas de viagem, ao chegar na Administração Central, em Florianópolis.


Assim como ele, outras três centenas de eletricitários aposentados e outras centenas de trabalhadores da ativa estiveram no portão da sede da empresa protestando contra as mudanças do Plano de Saúde, que podem afetar toda a categoria. O mais idoso tinha 91 anos.


Muitos deles, cansados da longa viagem e exaustos com as informações deque poderiam ser prejudicados com as mudanças no Plano de Saúde, sentaram próximos da sede da empresa enquanto os dirigentes sindicais discursavam. Em dado momento, resolveram subir levando suas cadeiras nas mãos. Mãos calejadas que construíram a Celesc ao longo de décadas.


Rapidamente a polícia foi chamada – possivelmente, pelo medo da violência dos idosos de 75, 80, 90 anos. A alegação era de que estariam impedindo a entrada de carros e trabalhadores ao prédio. Os policiais olharam em volta e o pátio da empresa estava lotado de carros e as salas com empregados.


“Nós não somos bandidos. Somos trabalhadores. Eles têm que nos respeitar, pois se estão aí hoje, é porque ontem nós doamos nosso sangue e suor por essa empresa. Um dia eles terão a nossa idade”, afirmou, assustada, outra aposentada com mais de 70 anos, ao ver o carro da polícia. “É assim que age a atual diretoria? Chama a polícia para intervir e assustar num ato com trezentos idosos?”, questionou ela. Junto à polícia, uma empregada comissionada tirava fotos de tudo e de todos. E bradava aos quatro cantos que não havia sido ela quem tinha chamado a polícia.


Diante da grande mobilização e da repercussão do ato na imprensa local, a diretoria chamou representantes dos sindicatos para dialogar. Ouviram os dirigentes sindicais e propuseram retomar as negociações na sexta-feira da semana seguinte(amanhã). Prometeram trazer uma nova proposta de Plano de Saúde e debater na próxima CRH sobre os descontos das horas dos trabalhadores que participaram das manifestações pelo Plano de Saúde. Para variar, o presidente Cleicio não participou da conversa.


A prudência manda não comemorar antes da hora. É preciso aguardar o que virá na retomada das negociações nesta sexta-feira. Todavia, o objetivo da categoria foi parcialmente atingido com as duas manifestações: as negociações estão sendo retomadas e trazem esperança à categoria. Que a diretoria tenha a sensibilidade de ouvir o grito dos trabalhadores.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1542 de 28 de julho de 2022

Luta histórica em defesa da soberania nacional resiste

“No novo tempo, apesar dos perigos/Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta/Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver/Pra que nossa esperança seja mais que a vingança/Seja sempre um caminho que se deixa de herança.” Os versos da música de Ivan Lins marcam a luta da categoria eletricitária que há 5 anos trava uma resistência heroica e histórica contra a privatização da Eletrobras.

Contra os interesses do Governo de plantão, contra os interesses do deus mercado, que atropelou tudo e todos para conseguir colocar as mãos numa fonte de lucros e dividendos garantidos. Que comprou barato e vai vender caro para que o povo pague essa conta todo mês.


A concretização da privatização da Eletrobras contou com o “apoio” das instituições brasileiras em todas as instâncias, que apontaram irregularidades, impropriedades, inconstitucionalidades, mas deixaram o processo seguir para atender aos interesses do capital financeiro internacional, que cederam à pressão. A nossa luta constante foi para além de desfraldar tantas irregularidades, mas também enfrentar a mão pesada dos que sobrepõem os interesses do povo aos interesses financeiros de uma minoria que representa o que há de mais retrógrado na elite brasileira.


Nós, eletricitários e eletricitárias, estivemos na cena, nas ruas, nas redes, nas tribunas para evitar que o Brasil caminhasse na contramão do mundo. Perdemos uma batalha crucial, mas não perdemos a guerra, ainda nos cabe socorrer o Brasil do que agora virá contra nós e contra o País!


A privatização da Eletrobras foi aprovada sem discussão com a sociedade, com compra de votos no Parlamento por trocas de recursos às regiões e em termelétricas, no auge do orçamento secreto, com pressão do mercado sobre as instituições que sucumbiram e deixaram o processo correr cheio de irregularidades, inconstitucionalidades, vazamento de informações como nunca visto na história, e, sem penalização dos responsáveis até aqui.


O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) atuou em todas as instâncias, entrou com diversas ações visando suspender o processo (liminares, denúncias, mandados de segurança) que não foram julgados propositalmente, mas que servem para pavimentar o caminho de volta. Por isso, nós não vamos parar! Nada pode nos parar!

Neste momento, temos que manter a força, fé, foco, serenidade, pra sobreviver, pra sobreviver e pra sobreviver… para poder ganhar corações e mentes, aumentar a conscientização da sociedade da necessidade e importância de uma Eletrobras Pública, reestatizada. Precisamos eleger um projeto político que defenda que a Eletrobras Pública é a garantia do desenvolvimento do País.


Hoje temos muito orgulho da luta que construímos coletivamente! Esse legado não será perdido! Para nós, que sempre fomos aguerridos e resilientes, desistir nunca foi uma opção! Recolheremos os cacos de um dia difícil e iremos convictos para a nossa próxima trincheira que é eleger um novo governo e traçar o caminho da reestatização da Eletrobras por soberania nacional e energética, por modicidade tarifária, por universalização dos programas setoriais.

É hora também de agradecer a todos os trabalhadores, familiares, dirigentes que estiveram conosco até aqui. Agradecer também aos movimentos sociais, companheiros de outras estatais e institutos, aos aguerridos parlamentares, partidos de oposição, aos assessores parlamentares, a todas as nossas assessorias que mais que contratados, foram verdadeiros militantes. A todos e a todas que estiveram conosco até aqui, o nosso muito, muito obrigado! Tudo valeu a pena!


Agora renovemos juntos novamente nossas esperanças, nossos sonhos, nossas expectativas de dias melhores, com garranos olhos e sorriso nos lábios de quem sempre soube estar do lado certo da história! Lutamos a boa luta e estamos de pé!

Temos muitos desafios pela frente e agora mais do que nunca, ninguém solta a mão de ninguém! Juntos somos uma fortaleza inabalável! Vamos seguir firmes e obstinados porque tem luta! Eletrobras Pública, Brasil Soberano! Reestatiza Já!


ATO NA SEDE DA CGT ELETROSUL


No dia 14 de junho, dia da capitalização da Eletrobras na Bolsa de Valores, o Sinergia promoveu um ato na sede da CGT Eletrosul. O protesto denunciava mais uma vez todas as manobras políticas e jurídicas para concluir o processo irregular de privatização da empresa. Participaram, além dos trabalhadores e dirigentes do Sinergia, companheiros do Sinte (professores), Sintect (profissionais dos Correios e Telégrafos), CUT, MAB, além de representações dos partidos PT, PSB e PCdoB de Florianópolis.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1537 de 23 de junho de 2022