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CNE propõe que reestatização da Eletrobras seja prioridade no PPA

Dirigentes do Sinergia, representando o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a Intersul, e trabalhadoras e trabalhadores da CGT Eletrosul participaram, em 7 de julho, do debate do Plano Plurianual Participativo (PPA) do Governo Federal em Santa Catarina. O evento foi realizado na Assembleia Legislativa e contou com a presença de lideranças sindicais e de movimentos populares, deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos, além dos ministros Márcio Macêdo, da Secretaria Geral da Presidência da República, e Simone Tebet, do Planejamento. Representando o CNE e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Tiago Vergara defendeu na tribuna do evento a criação do Fundo Nacional de Reparação das Pessoas Atingidas por Barragens (só em SC, são mais de 300 barragens e milhares de atingidos) e a proposta de Reestatização da Eletrobras, como forma de baixar a conta de energia da população brasileira: “Nós não teremos a possibilidade de baixar a conta de luz com a Eletrobras privada e nas mãos do mercado financeiro. Nós precisamos da Eletrobras pública para poder desenvolver o País e para que o setor industrial possa investir e gerar emprego, renda e crescimento econômico para o Brasil”, enfatizou Tiago.


O PPA é o principal instrumento de planejamento orçamentário de médio prazo do Governo Federal. Ele define as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal, contemplando as despesas de capital. Além das propostas apresentadas pelo CNE, outras oito entidades se inscreveram e trouxeram propostas para as áreas da educação, saúde, direitos da população em situação de rua e LGBTQIAP+. O PPA será encaminhado ao Congresso Nacional em 31 de agosto para ser votado pelos parlamentares. Ainda neste ano, deverá ocorrer a sanção pelo Presidente da República.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1584 de 20 de julho de 2023

CNE participa de ato pelo bicentenário da independência do Brasil na Bahia

O Coletivo Nacional dos Eletricitários organizou um ato pela reestatização da Eletrobras no dia 2 de julho, em Salvador, durante a festa do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. Pela Intersul, participou a dirigente sindical Cecy Marimon, que relatou que “o ato, com carros que levam o Caboclo e a Cabocla, que representam os heróis da terra, pretendia chamar a atenção do presidente Lula e sua assessoria, que também participaram da mobilização”.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1583 de 06 de julho de 2023

Intersul realiza atos públicos simultâneos em Florianópolis e Candiota

A defesa do controle público da Eletrobras e a Manutenção da fase C da Usina de Candiota (RS) foram os principais focos de duas manifestações simultâneas realizadas pela Intersul e pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) na semana passada. Na segunda-feira, dia 26, em frente à Câmara de Vereadores de Florianópolis e em frente à Usina Termelétrica de Candiota, os atos chamaram a atenção de comunidades locais, de movimentos sociais e sindicais, assim como de agentes políticos da região.


No ato na Câmara de Florianópolis, as vereadoras Tânia Ramos (PSOL), Carla Ayres (PT) e Mandata Bem Viver (PSOL) fizeram questão de descer até o local da manifestação e fazer uso da palavra em apoio aos Sindicatos e movimentos sociais presentes. O Deputado Federal Pedro Uczai (PT) esteve no ato e falou sobre a importância das organizações que lutam pela manutenção das empresas públicas e do patrimônio do povo brasileiro. O ex-Deputado Milton Mendes e a ex-Senadora e Ministra Ideli Salvatti também se manifestaram no mesmo sentido. Sindicatos de outras categorias ligadas a trabalhadores, estudantes e movimentos sociais como os Atingidos por Barragens (MAB) estiveram representados e discursaram dando apoio à mobilização, ressaltando a importância de manter a sede da CGT Eletrosul em Florianópolis, e da necessidade de garantir serviços públicos com qualidade e preço justo a toda a população.


Ao mesmo tempo, outro ato ocorria em frente à Usina Termelétrica de Candiota, que pertence à CGT Eletrosul, com a presença de mais de 400 pessoas, trabalhadores, dirigentes sindicais, representantes de outras categorias, representantes de deputados da região, vereadores de municípios próximos e o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB). A Intersul e o CNE foram representados no ato pelos dirigentes do Senergisul, Darlan Oliveira e Maria Cristina da Silva, e pela Coordenadora do CNE, Cecy Marimon, que denunciaram os efeitos nefastos de um possível fechamento da usina para as comunidades da região.


A gestão privada da Eletrobras, além das ameaças da reestruturação e das demissões pelo PDV, tem aterrorizado a categoria pela possibilidade de fechamento da fase C da Usina de Candiota, localizada numa região onde grande parte da economia gira em torno do carvão, da produção de energia pela usina e do aproveitamento dos resíduos (cinzas) pela indústria cimenteira, além dos empregos diretos e indiretos na própria CGTEletrosul e no comércio local. Os dirigentes sindicais e vereadores presentes enfatizaram a importância da Fase C para a região e para a metade sul do Rio Grande do Sul.


O Prefeito de Candiota destacou que uma comissão representativa do município irá a Brasília denunciar as ameaças da Eletrobras e buscar apoio da bancada gaúcha e do Ministério de Minas e Energia, com a presença da diretora do Senergisul, Maria Cristina da Silva, representando também a Intersul. Entre outras alternativas, buscam uma solução que contemple a criação de uma emenda na legislação referente à extração e à comercialização do carvão similar à Lei aprovada pelo Senado em relação ao carvão de Santa Catarina. Essa mudança na legislação, em conjunto com a atuação do Ministério de Minas e Energia junto à gestão privada da Eletrobras, poderá representar uma solução para a região.


A sindicalista Maria Cristina Silva da Silva enfatizou a necessidade do Brasil fazer uma transição energética justa e inclusiva, cuidando do meio ambiente, mas ao mesmo tempo, tendo o cuidado necessário com a sociedade e com a economia dos municípios, além de um processo de readaptação e capacitação dos trabalhadores.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1583 de 06 de julho de 2023

Sinergia realiza ato em frente à Câmara de Florianópolis para alertar sobre o desmonte da Eletrobras

O Sinergia promoveu nesta segunda-feira, dia 26, um ato em frente à Câmara de Florianópolis. O objetivo era alertar a sociedade, vereadoras e vereadores sobre o desmonte da Eletrobras, a precarização dos serviços e o risco para a capital catarinense com as mudanças promovidas pela empresa desde a privatização, há um ano.

Em Candiota, no Rio Grande do Sul, a dirigente Cecy Marimon participou de um ato de mesma natureza, denunciando o desmonte da companhia e pedindo a reestatização da Eletrobras.

Políticos do campo democrático participaram dos atos em Florianópolis e em Candiota e ofereceram apoio à categoria eletricitária. 

Intersul realizará ato no dia 26 de junho

No dia 26 de junho, a Intersul realizará um ato público em frente a Câmara de Vereadores de Florianópolis.

O ato ocorrerá a partir das 10h, com o tema da questão energética e a preservação das condições de trabalho e o impacto na vida dos trabalhadores (as) da ativa e aposentados (as).

Novas manifestações pedem fim das demissões na Eletrobras

No Pier Mauá, centro do Rio de Janeiro, a direção Eletrobras “comemorou” no dia 16 de junho, 61 anos da empresa e 1 ano da privatização. Em resposta, entidades sindicais e movimentos populares se encaminharam para a porta da festa e fizeram mais um grande protesto. A mobilização fez pedidos bem objetivos: a retomada dos 43% de poder de voto da União na Eletrobras, o fim das demissões e da precarização das condições de trabalho, o fim das transferências forçadas de trabalhadores do centro de serviços compartilhados e a dissolução imediata da diretoria e do conselho da Eletrobras.


As manifestações têm sido recorrentes e o movimento tem subido o tom depois da divulgação de gravação de reunião do Conselho de Administração onde os conselheiros admitem a influência da gestora 3G, de Jorge Paulo Lemann, na composição do Conselho de Administração e no processo de privatização da Eletrobras. Na noite do último domingo, dia 18, os manifestantes fizeram uma projeção de slides nas paredes da antiga sede da Empresa em Botafogo, denunciando mais uma vez a influência exercida na gestão da Eletrobras, por parte dos mesmos sócios que provocaram a crise nas Lojas Americanas.


Os dirigentes sindicais estão sofrendo perseguições, ameaças e outras práticas antissindicais por parte da atual gestão da Eletrobras, mas o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) mantém a disposição para defender o patrimônio público e os reais interesses da sociedade brasileira. Uma sequência de atos e mobilizações estão sendo planejados pelo CNE e pela Intersul em várias áreas das Empresas Eletrobras, inclusive na CGT Eletrosul, onde os trabalhadores resistem às investidas da gestão, como a venda da sede da empresa, no bairro Pantanal, em Florianópolis, sem clareza dos passos seguintes. Além disso, há a declarada intenção da Eletrobras de encerrar as atividades da Usina Termelétrica de Candiota, com o fechamento da Fase-C, prejudicando não só trabalhadores da empresa no local, mas afetando negativamente uma cadeia de atividades econômicas ligadas ao carvão, que fomenta o desenvolvimento de toda uma região. Em Candiota, também estão previstos protestos no dia 26 de junho.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1582 de 22 de junho de 2023

CNE apresenta para Ministro do Trabalho consequências das sucessivas demissões no Sistema Eletrobras

Em agenda oficial com o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o Coletivo Nacional dos Eletricitários, acompanhado dos deputados federais Alencar Santana e Erika Kokay, apresentou ao Ministro e sua equipe, os riscos ao sistema elétrico nacional advindo das sucessivas demissões que estão ocorrendo no Sistema Eletrobras.

Na reunião, os presentes mencionaram que depois da desestatização da empresa, se alastrou na Eletrobras um péssimo ambiente de trabalho e convivência.

A precarização das condições de trabalho, a redução dos quadros e o aumento da terceirização é uma fórmula nefasta pós privatização que sempre traz o aumento de acidentes de trabalho, inclusive fatais, horas extras desenfreadas e sobreaviso sem fim. E esse tem sido o destino do Sistema Eletrobras.

Ainda, tratou-se de questões relacionadas a assédio moral, possíveis transferências compulsórias de trabalhadores para outros estados e, também, a perseguição aos dirigentes sindicais e de associações em virtude dos atos legítimos de luta pela reestatização da Eletrobras. 

Outro ponto importante, foi o processo de reintegração dos trabalhadores do Sistema Eletrobras, apresentando as alternativas plausíveis e caminhos possíveis.

Atentos às ponderações dos parlamentares e dos dirigentes sindicais, o Ministro Luiz Marinho e sua equipe, registraram todas as denúncias, se comprometeram a acompanhar e dar encaminhamento a todas as demandas do Coletivo Nacional dos Eletricitários.

Fotos: Allexandre dos Santos Silva
Assessoria Especial de Imprensa/MTE; Rogério Tomaz Jr. (Equipe Alencar Santana) & Letícia Spindola (Equipe Erika Kokay)

CNE se reúne com senador Paulo Paim

A dirigente do Sinergia Cecy Marimon,Coordenadora do Coletivo Nacional dos Eletricitários, se reuniu ontem (quarta-feira) com o Senador gaúcho Paulo Paim, juntamente com a Comissão de Carvão. O objetivo do encontro era levar o pleito pela manutenção da Usina de Candiota e pela transição justa da matriz energética. Além de Cecy, pela Intersul, participou do encontro também a companheira Cristina Gonçalves.

Ato público em defesa da Eletrobras no Rio

Em ato realizado na segunda-feira, dia 5, com a participação de cerca de 400 pessoas no centro do Rio de Janeiro, trabalhadores do Sistema Eletrobras, movimentos sociais, dirigentes sindicais e parlamentares manifestaram apoio à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) impetrada pela AGU – Advocacia Geral da União. O documento foi assinado também pelo presidente Lula, junto ao Supremo Tribunal Federal, pela retomada do poder de voto na Eletrobras, que detém 43% das ações, mas apenas 10% dos votos na assembleias decisórias da empresa. O ato defendeu também a reestatização da Eletrobras e a manutenção da Fundações patrocinadas pela empresa e condenou as demissões de trabalhadores e o desmonte do Cepel (centro de pesquisa).


Os manifestantes ocuparam a Rua da Quitanda com faixas, pedindo a “cabeça” de toda a alta cúpula da Eletrobras, cobraram a destituição imediata do Conselho de Administração da empresa, denunciaram que “a Privatização foi um roubo conduzido pela 3G Radar, acionista privada de Jorge Paulo Lemman” – que hoje manda na Eletrobras e, recentemente, quebrou a Light e as Lojas Americanas. Pediram também uma investigação rígida do processo de venda da Eletrobras e das consultorias contratadas de forma irresponsável e sem transparência pela direção da companhia. Nas falas, surgiram ainda denúncias sobre altos salários dos administradores, precarização das condições de trabalho e acidentes fatais nas áreas operacionais da Eletrobras pós-privatização.


Além de eletricitários, aposentados e dirigentes sindicais de todo o Brasil, estiveram presentes as centrais CUT e CTB, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, os petroleiros com a FUP e a FNP, os Moedeiros, os marítimos e diversos movimentos sociais como MST, MAB, Movimento do Povo, MPA, Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia.


Os organizadores do evento reforçaram que este grande ato marca uma série de atividades presenciais e que os eletricitários não vão parar. Há ainda muita luta a ser feita e o jogo está definitivamente aberto. Pela Intersul/Sinergia, participou do ato a companheira Cecy Marimon Gonçalves.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1581 de 08 de junho de 2023

Governo Lula vai ao STF e dá importante passo na luta pela reestatização da Eletrobras

República, por diversas vezes, o Presidente Lula afirmou sua contrariedade à privatização da Eletrobras, e disse em alto e bom tom: “Eu espero que os empresários sérios que querem investir no setor elétrico brasileiro não embarquem nesse arranjo esquisito que os vendilhões da pátria do governo atual estão preparando para a Eletrobras, uma empresa estratégica para o Brasil, meses antes da eleição”. Em novo alerta, Lula foi direto ao ponto: “Os empresários que vão comprar essa empresa, tomem cuidado. Porque, se o PT ganhar as eleições, a gente vai querer rediscutir o papel soberano no Brasil em ser dono do seu nariz e ser dono da sua energia”. Já em campanha, o Programa de Governo da chapa Lula/Alckmin registrou: “Opomo-nos à privatização da Eletrobras, maior empresa de geração de energia elétrica da América Latina, responsável por metade das linhas de transmissão do país. Precisamos recuperar seu papel como patrimônio do povo, preservando nossa soberania energética, e viabilizando programas como o ‘Luz para Todos’, que terá continuidade, e uma política sustentável de modicidade tarifária”.


Com Lula eleito, foram feitas várias críticas ao processo de privatização, desde as cláusulas que limitavam o poder de voto da União até a prática dos supersalários beneficiando conselheiros e diretores da Eletrobras. Com muita ênfase Lula avaliou o processo: “Foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União, [ele] vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”.


Depois de todos os avisos e de todo o necessário tempo de análise e maturação das ações, na última sexta-feira, dia 05, a Advocacia-Geral da União (AGU) peticionou Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar pontos da privatização da Eletrobras. A ação foi também assinada pelo próprio presidente Lula.


A AGU e Lula questionam partes da lei da privatização da Eletrobras que tratam sobre o poder de voto dos acionistas. O governo defende que a lei diminuiu irregularmente o peso dos votos a que teria direito, já que o poder público detém 42,61% das ações ordinárias da Eletrobras. Mas, por cláusulas leoninas e draconianas da Lei que modelou a privatização da Eletrobras, a proporção de votos do governo foi limitada a 10%. Isso porque a privatização transformou a Eletrobras numa “corporation”, uma empresa de capital privado “sem acionista controlador”. Sabemos que, de fato, um grupo de acionistas privados liderados pela 3G Radar, de Jorge Paulo Lehmann (que quebrou as Lojas Americanas) forma um bloco de controle invisível aos olhos da sociedade brasileira, mas que dá as cartas dentro da Eletrobras. Um absurdo!


Ainda na semana passada, o Ministro da AGU, Jorge Messias, registrou em suas redes sociais: “O poder público possui quase 43% das ações ordinárias, mas só pode exercer votos até o limite de dez por cento da quantidade de ações do capital votante da companhia. Estamos confiantes de que a Corte devolverá à União a prerrogativa de exercício pleno de seus direitos políticos nessa gigante do setor elétrico nacional”.


Ao Coletivo Nacional dos Eletricitários, cabe, primeiramente, agradecer ao Presidente Lula, à AGU, ao governo e à Frente Parlamentar Mista Pela Reestatização da Eletrobras por lutarem de forma obstinada e séria por soberania nacional e energética. Nós sempre confiamos na seriedade e comprometimento do Governo Lula com a nossa pauta.


É importante registrar que se trata de um passo fundamental para a nossa luta, mas que a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) não questiona a privatização em si, mas apenas a absurda e inconstitucional esterelização das ações da União na empresa. Sendo assim, a recuperação dos direitos políticos do Estado na gestão da Eletrobras é avanço importante, mas não significará o fim da luta, que só estará concluída com a volta da Eletrobras para o controle do povo brasileiro. Precisamos agora aguardar a decisão judicial e fazer todo tipo de pressão, sempre dentro do campo democrático. Convocamos trabalhadores e trabalhadoras, desde já, para mobilização e atividades de luta! Nós estamos do lado certo e vamos lutar incansavelmente até a vitória!

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1579 de 11 de maio de 2023