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EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região – SINERGIA, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, CONVOCA todos os associados da sua base territorial para participarem da ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, a realizar-se no dia 04/07/2025, sexta-feira), às 17h30min., em primeira convocação, com o número regulamentar de presentes, e às 18h00min., em segunda e última convocação, com qualquer número de presentes, a realizar-se no auditório do SINERGIA sito à Rua Lacerda Coutinho, 149 – Centro – Florianópolis/ SC, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA:

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA:

01 – Informes;

02 – Prestação de contas 2024;

03 – Revisão da Previsão Orçamentária

– 2º SEMESTRE/2025.

Florianópolis, 26 de junho de 2025

Tiago Bitencourt Vergara

Coordenador Geral do Sinergia

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região – SINERGIA, no uso de suas atribuições estatutárias, CONVOCA os empregados que trabalham em regime de Turno de Revezamento no Centro de Operação da OPE na sede da ENGIE Brasil Energia S.A em Florianópolis, da sua base territorial, associados e não-associados, para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, a realizar-se no dia 02/07/2025 (quarta-feira), às 16h00min. Em primeira convocação com o número regulamentar de presentes e às 16h30min em segunda convocação com qualquer número de presentes, por vídeo conferencia, pelo link abaixo:
https://us02web.zoom.us/j/81200870586?pwd=QvElbolxSZx7ZcXF1aNhkJINcZf7sS.1

Ordem do Dia:
1-
Discutir e deliberar proposta da Engie Brasil Energia S.A sobre tabela especial de final de ano para turno ininterrupto de revezamento;
2- Assuntos Gerais.
Florianópolis, 26 de junho de 2025.

                                     José Carlos Dutra
                                    Diretor do Sinergia

Três anos da privatização da Eletrobras: retrocessos para o povo e para o Brasil

PRIVATIZAÇÃO PROMETIA UMA SÉRIE DE BENEFÍCIOS QUE NÃO SE CONCRETIZARAM. POPULAÇÃO VEM AMARGURANDO SÓ PREJUÍZOS
Em junho de 2022, a Eletrobras foi privatizada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em meio a um processo cheio de irregularidades. Estratégica para a soberania nacional, o governo de plantão entregou a empresa à iniciativa privada, colocando em risco a segurança energética do país e tirando do Estado o controle sobre as tarifas de energia, o que impacta diretamente o bolso do povo.

Três anos depois, os efeitos da privatização são evidentes. Para manter os lucros altos, a atual gestão tem reduzido manutenções, aumentando o risco de apagões em todo o território brasileiro. Ao mesmo tempo, corta drasticamente o quadro de trabalhadores, gerando ambientes de pressão, assédio moral e adoecimento.

 A privatização da Eletrobras é um dos maiores crimes contra o patrimônio público brasileiro. Mesmo com o governo federal sendo o maior acionista, com cerca de 40% das ações, tem direito a apenas 10% dos votos nas decisões, uma regra imposta durante a privatização.

Diante dessa distorção, o governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) buscou um acordo com a empresa para tentar manter algum grau de influência, o que, na prática, significou abrir mão da reestatização da Eletrobras neste momento.

O cenário no setor é grave. O Brasil precisa de um debate sério sobre o futuro da energia. É urgente recuperar a capacidade de planejamento de longo prazo e o investimento público no setor. Além disso, é fundamental retomar empresas estratégicas, como a Eletrobras, e colocar sua atuação a serviço do povo, e não do lucro.

No site www.salveaenergia.com.br você fica por dentro dos principais debates sobre o setor elétrico.

 IMPACTOS INTERNOS DA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS NA CGT ELETROSUL

A privatização da Eletrobras acabou com os investimentos da empresa. Desde 2016, com a entrada de Michel Temer (MDB) na presidência do Brasil a partir do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), a empresa não investe mais em novas instalações e passou para o papel de coadjuvante no desenvolvimento do setor elétrico bra sileiro no sul do Brasil.

Esse cenário é totalmente oposto aos anos que antecederam a privatização, quando a empresa crescia com força, garantindo direitos e respeito às pessoas que trabalhavam nela. De 2002 a 2015 a então Eletrosul cresceu sete vezes, mantendo praticamente a mesma quantidade de pessoas empregadas.

 Já no prelúdio da privatização, teve negado o aporte da Eletrobras para participação do Lote A, que dobraria a receita com incremento de 30% do tamanho da empresa. Já estava sendo puxado o tapete para que, posteriormente, fossem criadas as condições para a privatização, com o argumento de falta de capacidade de investimentos, entre outros.

 Aliado a isso, ocorreu a reforma trabalhista, amplamente contrária aos interesses da classe trabalhadora, que abriu a possibilidade de se acordar abaixo do que estabelece a lei, para negociação direta com as pessoas hipossuficientes e com o enfraquecimento do movimento sindical com a possibilidade destas negociações diretas.

 A privatização da Eletrobras tentada por Temer e concluída por Bolsonaro, aliada à reforma trabalhista realizada por Temer, levaram as pessoas que trabalham na CGT Eletrosul à precarização de todas as condições de trabalho, desde mudanças nas rotinas, ameaças de demissões, retaliações, redução de direitos no Acordo Coletivo de Trabalho, demissões e redução de salários.

 A gestão financeirista da empresa, que visa somente atender o lucro dos acionistas a todo custo, que transformou a empresa, deixando de ser protagonista no setor elétrico brasileiro, continua tentando piorar a situação das pessoas que construíram esse patrimônio.

 A falta de perspectiva de investimentos, aliada à destruição da estrutura da empresa, como referência do setor elétrico, faz com que as pessoas percam o interesse em fazer parte do seu corpo de força de trabalho. Nem as novas contratações se sentem contempladas com as promessas feitas, muitas vezes optando por outras oportunidades.

 Para a CGT Eletrosul, a privatização da Eletrobras foi uma tragédia que parece não ter fim e está longe de chegar ao fundo do poço. (Des)Governos, como os de Temer e Bolsonaro, têm espelhado suas características no estado de Santa Catarina, na gestão Tarcísio Rosa, que parece estar fazendo força para deteriorar a imagem da Celesc, para posteriormente privatizar a empresa.

 Contudo, o movimento sindical eletricitário do sul continua na luta para que a Celesc, como também a Cemig, em Minas Gerais, não sejam privatizadas e, portanto, esse modelo de precarização não ocorra mais no Brasil.

 Continuamos lutando para que as pessoas possam continuar com seus direitos e os efeitos da privatização sejam minimizados. O movimento sindical está atento e f irme, na busca de avanços para todas as pessoas, tentando equiparar os salários, diminuir as diferenças e, assim, melhorar as condições de trabalho.

Celesquianos seguem sofrendo as consequências da mudança do sistema comercial

Falta de pessoal e do funcionamento pleno do sistema comercial ainda afetam a saúde e a rotina de trabalhadores e consumidores

Trabalhadores da Celesc em diversos setores e em diversas regiões do estado ainda são afetados pelos problemas advindos da mudança do sistema comercial na Celesc. Na loja de atendimento de Florianópolis, por exemplo, por alguns dias consumidores e trabalhadores tiveram um pouco de alívio no sofrimento diário: foi no período em que atendentes de outras regiões do estado vieram ajudar na loja da capital. Os consumidores aguardavam menos tempo na fila e, com isso, as reclamações chegavam em menor quantidade e com menos ira.

Passado esse período, com o retorno dos atendentes para suas Regionais de origem, e com as férias de atendentes da loja de Florianópolis (um direito muito merecido), o caos voltou a se instalar: loja lotada por diversos dias, clientes aguardando por até 3h por atendimento, reclamações, ofensas, indignação e os atendentes tendo que ouvir tudo isso sem, muitas vezes, conseguir resolver os problemas trazidos pela população. Antes que a Diretoria acuse o feriadão prolongado, registramos que a fila e o caos já persistem antes mesmo do feriadão de Corpus Christi. 

O Linha Viva esteve na loja de atendimento de Florianópolis nas últimas duas semanas, conversou com consumidores e com atendentes e a indignação de ambos os lados era geral: “não aguentamos mais. Algo precisa ser feito. Alguém na Diretoria da Celesc precisa encontrar uma solução. O Presidente prometeu que a situação se normalizasse meses atrás e não normalizou até hoje”, afirmou um atendente.

A loja de atendimento de Florianópolis é apenas um retrato do que ocorre em outras lojas estado afora, especialmente de municípios maiores. A Celesc vem contratando atendentes, após pressão dos sindicatos da Intercel e do Ministério Público do Trabalho, mas deveria ter feito as contratações antes da mudança de sistemas.

A maior prova que a indignação e a revolta dos consumidores diminui quando a fila é menor é o exemplo de Florianópolis: com mais atendentes na capital por algumas semanas em maio, as reclamações tanto de trabalhadores quanto de consumidores diminuíram consideravelmente.

A falta de pessoal também é sentida em diversos departamentos da Administração Central e nas Regionais. Celesquianos vêm procurando os sindi catos e se queixando do excesso de trabalho e da necessidade de mais pessoas nos setores para dividirem as tarefas.

Enquanto isso, a Intercel segue cobrando da Diretoria soluções imediatas ao sistema e a contratação de pessoal o mais breve possível. Além disso, prossegue atuando junto ao Ministério Público do Trabalho e atualizando o órgão através da denúncia feita em julho do ano passado.

Intercel divulga datas das Assembleias Regionais e Estadual

TODA A CATEGORIA É CONVIDADA A DISCUTIR E CONTRIBUIR COM A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES A SER ENTREGUE E NEGOCIADA COM A EMPRESA

Os sindicatos da Intercel iniciaram na semana passada a perícia nos postos de trabalho para divulgar a Pré-Pauta de Reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2026 de celesquianas e celesquianos. A entrega das Pré-Pautas serve para que a categoria possa avaliar e sugerir propostas, sejam elas novas ou de alteração. 

Na sequência, os sindicatos realizarão em diversos municípios de suas bases as Assembleias Regionais, momento em que os trabalhadores poderão trazer suas sugestões e colaborações à Pauta de Reivindicações, num processo totalmente democrático. As Assembleias Regionais serão realizadas entre os dias 30 de junho e 04 de julho – confira junto ao seu sindicato a data e horário da Assembleia mais próxima de você.

 Ainda no mês de julho, os sindicatos percorrem diversos postos de trabalho, numa espécie de intercâmbio: dirigentes sindicais de uma região do estado visitam trabalhadores de outra região do estado, na Caravana da Intercel. O objetivo dessas percorridas é convocar a categoria para o compromisso de unificação da Pauta de Reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho 25/26, que ocorre na Assembleia Estadual.

 Esse ano a Assembleia Estadual será realizada no dia 02 de agosto, no Centro de Tradição Gaúcha Fronteira da Querência, na cidade de Concórdia, no oeste catarinense. Nesse dia, todas as propostas nascidas nas Assembleias Regionais serão avaliadas e votadas pelo coletivo de trabalhadores presente, podendo ser aprovadas ou rejeitadas pelos participantes. Aquelas aprovadas por unanimidade ou pela maioria integrarão a Pauta de Reivindicações a ser negociada com a direção da empresa. 

Todos os anos a Intercel destaca as principais bandeiras de lutas do Acordo Coletivo e esse ano não seria diferente. Para essa campanha de data-base as bandeiras são as seguintes: Manutenção da Celesc Pública, Recomposição do Quadro de Trabalhadores, Manutenção do ACT com Avanços, Recomposição do Número de Dirigentes Liberados, Garantia de Emprego e Isonomia de direitos.

É importante lembrar que o momento de celesquianos e celesquianas apresentarem novas cláusulas ou alterações de cláusulas já existentes são nas Assembleias Regionais, quando é realizada a votação da proposta entre os presentes e, no caso de aprovação pela maioria, as mesmas são remetidas à Assembleia Estadual. Daí a importância da participação em ambos os momentos, nas duas Assembleias: Regional e Estadual. É fundamental que a categoria participe de todo o processo, votando, sugerindo e discutindo, para que o Acordo Coletivo reflita o interesse dos celesquianos e das celesquianas.

Além da unificação da pauta de reivindicações, a Assembleia Estadual é um grande ato político em defesa da Celesc Pública e dos direitos dos trabalhadores. Por isso é tão importante que a categoria lote a Assembleia em 02 de agosto, demonstrando para a Administração da Celesc que celesquianos e celesquianas estão unidos e mobilizados para a conquista de um Acordo Coletivo de Trabalho que garanta melhores condições de trabalho, remuneração e vida e para que seus direitos históricos sejam respeitados. A construção de um acordo justo depende da participação de toda a categoria eletricitária.

 Vamos à luta!

Governador Jorginho Mello fala sobre a Celesc Pública

Conversa com o jornal Linha Viva ocorreu após o encerramento do 12° Congresso dos Empregados da Celesc

O governador Jorginho Mello (PL), secretários de estado e assessores participaram da cerimônia de encerramento do 12° Congresso dos Empregados da Celesc, em 31 de maio, em Blumenau. Após a cerimônia, o jornal Linha Viva conversou com o governador e teve a oportunidade de lhe fazer uma pergunta sobre a visão do governo em relação à Celesc Pública. Confira a seguir o questionamento e a resposta do governador Jorginho Mello:

 Linha Viva: Gostaríamos de saber, na sua avaliação, qual a importância da Celesc Pública para o estado de Santa Catarina?

 Jorginho Mello: “A Celesc é uma empresa que eu tenho demonstrado valorização desde o primeiro dia de governo, nomeando uma diretoria a mais técnica e competente possível. E a empresa tem correspondido, tem feito investimentos. Pela blindagem que nós fizemos, ela tem correspondido. Ela tem ajudado a melhorar a energia, que era deficiente em Santa Catarina, para que possamos trazer novas empresas e os empresários possam expandir os seus negócios. Então a Celesc, até então, está dando conta do recado como uma empresa pública. Então eu tenho a satisfação de vir aqui no 12° Congresso dos Empregados da Celesc e poder dizer a todos os seus funcionários que a empresa precisa estar protegida, precisa ser modernizada, precisa estar focada, precisa estar cada vez mais competitiva para ter vida longa”.

Apesar da presença do governador no evento e a disposição ao diálogo com a categoria eletricitária – que foi avaliada pela Intercel como muito positiva -, celesquianas e celesquianos lamentaram a postura oposta da Administração da empresa, em especial, do presidente Tarcísio Rosa, que, além de não comparecer, não enviou representante.

Trabalhadores da Statkraft aprovam contraproposta ao ACT e PLR 2025/2026

Negociação teve reajuste expressivo do vale alimentação/refeição e ganho real nas cláusulas econômicas

Os trabalhadores da Statkraft, empresa estatal norueguesa de energia cuja filial brasileira tem sede em Florianópolis, votaram em assembleia na semana passada pela aprovação da contraproposta ao Acordo Coletivo de Trabalho e Acordo de Participação nos Lucros e Resultados 2025/2026. 

De acordo com a negociação realizada pelo Sinergia com a direção da companhia, os trabalhadores terão um reajuste salarial de 6,26% (a soma de 5,53% do IPCA mais 0,73% de ganho real). O vale refeição/alimentação e o vale adicional de dezembro tiveram, pela proposta, um reajuste de 19,23% (passando para R$ 1.600,00). A cobertura adicional de auxílio funeral (R$ 7.438,20) e o auxílio-creche (R$ 795,97) também acompanharam o reajuste salarial (6,26%). A quitação do saldo de banco de horas ficou acordada em dois períodos do ano: junho e dezembro, em função de ser o período de reporte de informações junto à matriz na Noruega. A data-base é primeiro de maio.

 De acordo com Mário Jorge Maia, o Marinho, dirigente do Sinergia responsável pela negociação com a Statkraft, o Acordo teve bons avanços para a categoria: “Consideramos que foi um bom Acordo Coletivo. O reajuste salarial e outras cláusulas importantes tiveram um pequeno ganho real, mas o vale alimentação/refeição teve um reajuste bastante acima da inflação dos alimentos no período, que era de 7,68%. Ao final da Assembleia, a proposta foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores presentes”.

Contratações na Celesc são resultado da luta da Intercel

Somente após denúncia no Ministério Público do Trabalho a empresa passou a considerar as contratações de novos empregados

A direção da Celesc anunciou no início de junho que “a Diretoria aprovou a contratação de 71 novos profissionais para várias áreas”. E argumentou que “essa decisão veio depois de um levantamento das necessidades atuais, principalmente por conta das mudanças no quadro de dotação e da implantação do novo sistema comercial”. A verdade é que as contratações recentes são resultado da luta da Intercel. 

Desde antes da implantação do novo sistema comercial, há mais de um ano, os sindicatos da Intercel alertavam a direção da empresa sobre a necessidade de novas contratações em diversos setores. A diretoria da Celesc, felizmente ignorou os apelos, apostou nas terceirizações e na precarização dos serviços e não fez as contratações necessárias. 

Somente após a denúncia dos sindicatos ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o volume excessivo de atividades em diversas áreas – que chegaram a culminar em adoecimento e até pedidos de demissões – e após audiências conciliatórias e a Recomendação expedida pelo MPT, é que a Celesc passou a considerar as admissões de novos trabalhadores, especialmente para áreas como atendimento e suporte à área comercial.

Dentre as vagas a serem preenchidas, pelo comunicado da empresa, são “39 assistentes administrativos, 9 administradores, 9 técnicos industriais, 6 assistentes sociais, 3 atendentes comerciais, 2 técnicos de segurança, 1 economista, 1 engenheiro eletricista e 1 contador”. A própria empresa afirma, em seu comunicado, que a maior parte destes profissionais deve ir para a Diretoria Comercial.

O caso das vagas de assistentes sociais era um dos mais absurdos: havia 6 Agências Regionais sem assistente social em seus quadros. Num momento em que a categoria passa por situação de sobrecarga, estresse, adoecimento e até agressões verbais e tentativas de agressões físicas, é fundamental ter estes profissionais por perto.

Parlamentar defensor da Eletrobras púbica vem a Florianópolis

Glauber Braga está percorrendo o Brasil para denunciar tentativa de golpe ao mandato legitimamente eleito

O deputado federal Glauber Braga (PSOL/ RJ), vem a Florianópolis nesta sexta-feira, 13 de junho, para participar do ato “Glauber Fica” no auditório da Fecesc (Av. Mauro Ramos, 1624, em frente ao Banco Redondo), a partir das 18h30min. Glauber foi um dos deputados federais que mais lutou contra a privatização da Eletrobras, vem lutando de forma ferrenha pela reestatização da empresa e, além disso, defende inúmeras pautas que beneficiam a classe trabalhadora.

Parlamentares ligados à extrema direita vêm tentando cassar o mandato de Glauber justamente por conta de sua postura combativa na defesa da classe trabalhadora e das minorias. A tentativa de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados representa uma grave afronta às liberdades democráticas. O processo movido contra ele – que tenta transformar o agredido em agressor – não se sustenta em qualquer fundamento legítimo, mas caracteriza uma evidente perseguição política, voltada a silenciar um parlamentar cuja trajetória é marcada pela defesa intransigente da justiça social, da transparência pública e da ética na política.

É inaceitável, sob qualquer ponto de vista, que um deputado eleito pelo povo seja alvo de retaliação simplesmente por exercer seu papel fiscalizador e por se insurgir contra práticas que atentam contra o interesse público. O precedente que se busca criar ameaça não apenas Glauber Braga, mas a todos aqueles que, no Congresso Nacional, se valem dos seus respectivos mandatos na luta por justiça social e pela soberania do Brasil.

É muito importante que a categoria eletricitária participe do ato na Fecesc e ouça a argumentação de Glauber em defesa de seu mandato. O parlamentar está visitando todos os estados do país para denunciar esse verdadeiro ataque ao processo democrático. O evento também terá a presença de representantes da classe política, movimentos sociais e sindical.

Trabalhadores, diretoria e classe política participam do 12° Congresso dos Empregados da Celesc

Quase 200 celesquianas e celesquianos participaram entre os dias 29 a 31 de maio do 12° Congresso dos Empregados da Celesc, em Blumenau. A mesa de abertura do evento teve a participação do diretor Comercial, Vitor Guimarães – representando o governador Jorginho Mello (PL) -, do deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB), do assessor parlamentar Marcel Salomon – representando o deputado Fabiano da Luz (PT) -, do presidente da Celos, Ivecio Pedro Felisbino Filho, do vereador de Blumenau, Flávio Linhares (PL), além do coordenador da Intercel, Ailton Communello, e do Representante dos Empregados no Conselho de Administração da Celesc, Paulo Horn.

 Paulo destacou em sua fala que os trabalhadores sempre foram protagonistas na defesa da Celesc pública “guiados pela vontade de melhorar cada vez mais a maior estatal catarinense”. E lembrou dos ataques cada vez mais frequentes aos trabalhadores e às empresas públicas, reforçando a necessidade de postura firme dos parlamentares em defesa da empresa: “a Celesc é hoje uma das poucas distribuidoras públicas do setor, aliando bons serviços prestados à sociedade com energia a um preço justo. Mesmo num setor majoritariamente privatizado, a concessionária mostra que o serviço público é melhor. Nesse contexto, o governo do estado tem por dever manter e preservar a empresa de energia como propulsora do desenvolvimento, garantindo à população a sustentabilidade necessária para o desenvolvimento socioeconômico catarinense”. Paulo lembrou que é preciso pensar a Celesc num modelo público de gestão com a participação de seus trabalhadores.

 Ailton Communello, pela Intercel, destacou que a empresa pública é importante para os trabalhadores, mas muito mais importante para Santa Catarina: “Conseguimos fornecer qualidade de energia, somos referência no Brasil através do serviço de cada um, não só por quem faz a gestão da empresa, mas por todos os que trabalham e já trabalharam nela”.

 O presidente da Celos, Ivecio Felisbino, afirmou que a visão dos trabalhadores é necessária e deve somar nos debates da gestão da Celesc pública.

 Representando o Legislativo blumenauense, o vereador Flávio Linhares disse que a Câmara Municipal “reconhece a importância da Celesc como instrumento de desenvolvimento e soberania energética e reafirma o apoio à manutenção de sua natureza pública e ao fortalecimento de sua gestão com responsabilidade, transparência e foco no interesse coletivo”. 

Marcel Salomon justificou a ausência do deputado Fabiano da Luz, que estava em agenda com o presidente Lula da Silva (PT), e lembrou  que o mandato sempre acompanhou a trajetória da categoria eletricitária e que “a Celesc precisa ser mantida pública porque atende regiões do estado que, se fosse uma empresa privada, provavelmente não atenderia aquela localidade” e que essa é a função da empresa pública.

 O deputado Caropreso relembrou tragédias climáticas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e a agilidade dos celesquianos em restabelecer o fornecimento de energia: “Eu, nem que seja o último, vou defender a Celesc pública e sem exigir nada. Essa empresa me dá um prazer enorme de ser catarinense e vou defendê-la com unhas e dentes. Vocês têm muito o que se orgulhar. São poucos os catarinenses que reclamam da Celesc, pelo trabalho bem qualificado e bem treinado e esse é o maior patrimônio. Eu vim aqui porque eu acredito e podem contar comigo, nem que eu seja o último a estar com vocês”.

 Na sequência, a economista Clarice Ferraz, do Instituto Ilumina, fez a palestra de abertura. Ela lembrou que na era de ouro do Brasil havia a necessidade de ter indústrias de energia elétrica para o desenvolvimento do país: “A Celesc é o coração do desenvolvimento industrial de Santa Catarina. O setor elétrico precisa ser protegido, valorizado e estimulado para aguentar o aumento da demanda, bancar a eletrificação de novos usos e permitir a descarbonização e é preciso estar pronto para isso”. Ela também lembrou de desastres climáticos, da imprevisibilidade do setor e da necessidade de modernização da rede: “Tudo isso é muito caro, estamos falando de adaptação da infraestrutura com inovação. Quem banca a inovação e a infraestrutura? Não há nada de ideológico na opção por uma empresa pública. A defesa do caráter público da empresa de eletricidade é coerente com a necessidade de investimento de que ela necessita. Quem paga investimento em infraestrutura, que leva 30 anos para ser amortizado? Quando temos uma empresa pública, ela tem função pública, então além do equilíbrio econômico financeiro, ela serve à sociedade”.

 Na sexta-feira, dia 30, na agenda do evento, havia um tempo destinado para o presidente da Celesc ou seu representante trazerem a opinião da Alta Administração sobre o planejamento para o futuro da empresa pública. Tarcísio Rosa não apareceu e não enviou representante, demonstrando o descaso com a categoria eletricitária. No lugar desse debate, o ex-Conselheiro Leandro Nunes apresentou um resgate histórico dos Congressos, da luta dos sindicatos e de outras instituições criadas ao longo dos anos, como a Celos.

Também na sexta-feira, o representante dos empregados no Conselho de Administração da Casan, Haneron Victor Marcos, e o dirigente do Sindieletro/MG, Emerson Andrade Leite, traçaram um paralelo das lutas de suas categorias nas empresas públicas em que atuam.

 Na parte da tarde de sexta-feira, os participantes se dividiram em grupos de trabalho, onde fizeram o debate da gestão da Celesc pública, da atuação do Representante dos Empregados no Conselho de Administração e dos sindicatos que compõem a Intercel. Cada grupo de trabalho fez apontamentos sobre os rumos da gestão da empresa. No sábado, 31, pela manhã, todos os apontamentos foram levados para debate numa grande plenária. Ali foram validados pelos participantes todas as orientações para a gestão da empresa, o Conselheiro e os sindicatos. Questões como o apoio dos sindicatos para representantes dos trabalhadores na Celos, Conselho de Administração e Diretoria Comercial também foram discutidas – mantendo a orientação dos Congressos anteriores dos sindicatos apoiarem política e financeiramente nomes para a Celos e o Conselho, mas não dando apoio político e financeiro para candidaturas à Diretoria Comercial.

 O encerramento do Congresso teve a presença do governador Jorginho Mello, do prefeito de Blumenau, Egídio Ferrari (PL), e a vice-prefeita, Maria Regina Soar (PSDB), do secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes, da secretária-adjunta da Educação, Patrícia Lueders, além dos diretores empregados da Celesc: Pilar Sabino da Silva (DRG), Cláudio Varella do Nascimento (DDI), Pedro Augusto Schmidt de Carvalho Junior (DRJ) e Elói Hoffelder (DGT).

 Em sua manifestação, o governador afirmou que os investimentos que a Celesc faz em redes trifásicas reverteram a possibilidade de saída de grandes indústrias do estado e citou investimentos em outros setores, como saúde e rodovias. O governador lembrou do desgaste pelo qual a empresa passa em função da mudança do sistema comercial: “a Celesc está investindo R$ 4,5 bi, apesar daquele apagão que deu um monte de problemas. A diretoria diz que está resolvendo, mas o desgaste sempre vem para mim. Instalaram sem ter backup, né?” Ao final, disse que a Celesc é uma empresa que lhe dá orgulho: “não desejo privatizar nem Celesc e nem Casan, mas elas precisam entregar mais para quem paga a conta. E a Celesc tem cumprido com sua obrigação. A empresa portuguesa, que é sócia, de vez em quando quer comprar mais um pedaço e eu sempre desconversou, pois quero prestigiar a empresa e tenho demonstrado isso”.

 Os encaminhamentos do Congresso dos Empregados serão levados pelo Conselheiro Paulo Horn ao Conselho de Administração da Celesc.