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A trajetória dos eletricitários catarinenses é marcada por conquistas significativas, mas também por desafios constantes
Desde 1964, os trabalhadores da Celesc têm se mobilizado, junto aos seus sindicatos, para melhorar os Acordos Coletivos de Trabalho e garantir direitos essenciais como Participação nos Lucros e Resultados e Turnos de Revezamento. Contudo, nada está garantido: a luta é contínua e, a cada ano, é preciso reforçar a defesa dos direitos conquistados.
Todo ano, por força de lei, os eletricitários se reúnem para construir sua pauta de reivindicações, negociando com os patrões durante a data-base.
Essas negociações são fundamentais, pois regulamentam não apenas os direitos individuais, mas também os direitos coletivos que sustentam também a Celesc Pública. “Todos os anos, debatemos e negociamos todas as cláusulas do acordo coletivo, de modo que nada está previamente garantido. Somente através da luta e resistência conseguimos manter o que já temos e garantir avanços na isonomia”, destaca o diretor sindical Marinho Maia.
Entre as vitórias mais recentes estão a garantia de emprego por três anos, a gratificação por tempo de serviço de 25 anos, gratificações diferenciadas de férias, além de abonos e aumentos do orçamento do auxílio estudante e do vale refeição acima da inflação. Esses avanços são frutos da mobilização coletiva, que se mostrou crucial para assegurar condições justas de trabalho. “Apenas com luta e resistência conseguiremos acordos mais justos e igualitários de PLR, buscar a correção do PCS, além da isonomia do anuênio”, complementa Lucas Henrique da Silva, diretor do Sinergia.
A história dos eletricitários também é um lembrete dos tempos difíceis enfrentados, como os anos de chumbo da ditadura, quando a luta por direitos se intensificou mesmo diante da repressão. “Nunca recuamos, e essa resistência é um legado que deve ser passado adiante. As novas gerações precisarão continuar essa luta”, enfatiza um dos veteranos da categoria.
A proteção de direitos fundamentais, como a garantia de emprego e a liberação de dirigentes sindicais, é essencial para a manutenção da Celesc como empresa pública. Esses direitos estão diretamente relacionados ao futuro da companhia e à valorização dos trabalhadores.
“Somente através da luta e resistência conseguimos garantir acordos mais justos e igualitários. Precisamos estar unidos”, destaca a coordenadora da INTERCEL, Caroline Borba.
Como ressalta o advogado Nilo Kaway Jr. no prefácio do livro “Eletricitários Catarinenses – A trajetória de 40 anos do Contrato Coletivo de Trabalho na Celesc”, “para os eletricitários de Santa Catarina, sempre têm outubro”.
A data-base, apesar de seu caráter burocrático, é um momento carregado de significado e renovação para a categoria. Portanto, é crucial que todos os eletricitários se engajem na luta por seus direitos e pela manutenção da Celesc pública.
A filiação aos sindicatos e a participação nas assembleias são passos fundamentais para garantir que os avanços conquistados não sejam ameaçados. A união e a força da categoria são essenciais para que, juntos, possam continuar a construir uma história de conquistas e resistência.
“Faça parte dessa história. Contribua na luta por direitos e pela Celesc pública. Filie-se aos sindicatos da INTERCEL”.
Intersul solicita apresentação detalhada da Arquitetura Salarial
Com o ACT assinado, a Eletrobras iniciou o programa de Pedido de Demissão Consensual (PDC) no dia 26, tendo o prazo de adesão sido estipulado até o dia 11/10. Existem algumas dúvidas por parte das pessoas que trabalham na CGT Eletrosul que tem chegado aos sindicatos, como por exemplo, como será a Arquitetura Salarial, para que possam tomar suas decisões de adesão ao plano. A Intersul já protocolou carta solicitando informações para a direção da empresa, no sentido de que possa apresentar de forma detalhada a Arquitetura Salarial.
A empresa divulgou um vídeo, no dia 30 de setembro, informando sobre a nova arquitetura salarial. Na prática, as pessoas ficaram a ver navios sobre o que acontecerá com seus salários a partir da implantação da nova sistemática. A Intersul, protocolou carta à direção da empresa solicitando que seja clara em relação a nova arquitetura, uma vez que a dúvida gera insegurança e pode ser compreendida como assédio moral coletivo e descumprimento do ACT que recentemente foi assinado.