Author Archives: Leonardo Contin da Costa

Em 6 de novembro, vote Henri Claudino para o Conselho Deliberativo da Celos

Na próxima quarta-feira, 6 de novembro, será realizada a eleição para uma vaga do Conselho Deliberativo da Celos. O Conselho é formado por três integrantes indicados pela patrocinadora (e seus suplentes) e três integrantes indicados pelos participantes, também com seus respectivos suplentes. A eleição de 6 de novembro é para a suplência de uma das vagas dos eleitos pelos participantes e tem apenas uma candidatura concorrendo, apoiada pela Intercel e pela Associação dos Aposentados e Pensionistas da Celesc – a APCelesc. O candidato é Henri Claudino, empregado da Celesc há 35 anos e que ingressou na empresa como eletricista na Regional de Tubarão. Henri é graduado em Administração de Empresas e Gestão da Previdência Complementar e pós-graduado em Mercado Financeiro e de Capitais. Ele possui as certificações Gestão de Riscos Financeiro, Diversificação de Investimentos na Prática, Gestão de Investimentos de Fundos de Pensão, Investindo em Renda Variável e Gerenciamento de Risco de Mercado. O candidato foi dirigente sindical liberado pelo Sintresc de 2004 à 2014, tendo sido coordenador da Intersindical dos Eletriciários de Santa Catarina – INTERCEL. Neste período foi eleito para representar os participantes no Conselho Deliberativo da Celos por um mandato (2010 – 2013), tendo sido membro titular do Comitê de Investimentos. Henri foi eleito com apoio da Intercel e da APCelesc para a Diretoria Administrativa-Financeira da Celos por dois mandatos (2015 – 2022), onde conduziu um processo de reestruturação dos investimentos, melhorando a governança e a rentabilidade dos planos e dos benefícios dos trabalhadores. É fundamental que a categoria participe do pleito dando seu voto de confiança a Henri. É preciso que o candidato tenha uma votação expressiva para dar legitimidade à sua atuação no Conselho Deliberativo. Dia 6 de novembro vote Henri Claudino para o Conselho Deliberativo da Celos. Candidato percorre postos de trabalho na Celesc O candidato Henri Claudino está percorrendo os postos de trabalho na Celesc desde o dia 8 de outubro. A agenda de campanha iniciou na Agência Regional de São Miguel do Oeste e já passou por Chapecó, Concórdia, Videira, Joaçaba, Lages, Criciúma, Tubarão, Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e Mafra. Nessa semana, Henri visita as Regionais de Blumenau, Rio do Sul, Itajaí e Florianópolis, além da sede da Celos, na capital. Na próxima semana, a campanha percorrerá as salas da Administração Central da empresa.

Mulheres cineastas de SC apresentam filmes inéditos no Festival de Cinema em Garopaba

Nascida em Tubarão, Eglê Malheiros, de 96 anos, que é exemplo da presença feminina na história do cinema catarinense, é um dos destaques da 3ª edição do FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba, que acontece de 4 a 9 de novembro. É que no dia 7 de novembro, a partir das 19h, o documentário “Eglê”, dirigido por Adriane Canan e produzido por uma equipe técnica formada só por mulheres, será exibido de graça na Praça Central de Garopaba. Segundo a diretora, Eglê foi a primeira mulher catarinense roteirista de cinema. Junto ao companheiro Salim Miguel, escreveu roteiro e argumento do primeiro longa-metragem filmado no estado, “O preço da ilusão”, 1957, uma epopeia que marcou época em Florianópolis pelas mãos dos jovens do Grupo Sul. Antes, em 1952, pelas Edições Sul, publicou seu primeiro livro de poemas, intitulado Manhã. “O documentário ‘Eglê’ tem como intenção jogar luz sobre a história de Eglê Malheiros, uma mulher de vanguarda de Santa Catarina em várias áreas, como política, cinema, literatura, tradução e outras. Ela foi a única mulher a integrar o Grupo Sul”, compartilha Adriane. Com produção da Margot Filmes e coprodução da Lilás Filmes e da Calêndula Filmes, o documentário produzido em 2023 com recursos do Prêmio Catarinense de Cinema 2019 – Fundação Catarinense de Cultura (FCC), ANCINE/FSA (Arranjos Regionais), circulou por festivais nacionais e recebeu o Prêmio de Melhor Longa Nacional no VII Curta Lages – Festival Internacional de Cinema (2024) e Menção Honrosa na Mostra de Audiovisual do Seminário Internacional Fazendo Gênero 13 (2024), em Florianópolis. Natural de Quilombo, formada em Jornalismo e com Mestrado em Literatura Brasileira pela UFSC, Adriane, que cursou também a oficina de Roteiro Avançado na Escuela de Cine y Televisión de San Antonio de Los Baños, em Cuba, está feliz em poder participar do FICA Garopaba. “É muito interessante participar de festival em uma cidade como Garopaba, pois, além de apresentar filmes nacionais e internacionais, festivais como o FICA possibilitam o acesso ao que é produzido aqui e em outros lugares a outras pessoas, a um espectro maior de público. É um caminhar de políticas públicas de inclusão de públicos e realizadoras/res”, destaca a diretora que entrou no mundo do cinema incentivada pela vontade de contar histórias e de encontrar caminhos narrativos, de linguagem e estéticos que destoam do dito cinemão. Já o documentário “Plantadeira”, que será exibido no sábado, dia 9, às 18h, marca a estreia de Sheide Mara como diretora. Nascida em Florianópolis, e morando desde 2018 em Garopaba, a terapeuta que trabalha com foco em práticas integrativas que unem arte, música e o cultivo de plantas para promover saúde e bem- -estar, está contente por integrar a programação do FICA. “É uma emoção poder participar de um Festival desse porte aqui na nossa região. E estar transmitindo a mensagem da importância das plantas em seus diversos usos é de grande valor, ainda mais por tudo que estamos vivenciando hoje com essa crise climática, é essencial que valorizemos o cuidado com a terra e o poder das plantas para a cura do corpo, da mente e do espírito”, destaca. Com abordagem que integra corpo, mente e ambiente, Sheide conta que busca transformar a relação das pessoas com seu próprio bem-estar e com a terra. “O cinema nunca foi a minha área, meu grande sonho era implementar hortos de plantas medicinais na cidade. E com a oportunidade da Lei de incentivo Paulo Gustavo, decidimos gravar o documentário sobre o poder das plantas e mulheres plantadeiras da nossa região”, conclui. Produção em Garopaba Totalmente produzido na cidade de Garopaba, o curta-metragem “A Última Primavera”, dirigido por Michelly Hadassa, promete ser uma das sensações do FICA Garopaba. É que a produção, que conta com parte da equipe e elenco da cidade do Litoral de SC, foi premiada recentemente pelo Júri Popular no 28º Florianópolis Audiovisual Mercosul – FAM 2024. Esse é o terceiro filme produzido por Michelly, que tem no currículo a participação em mais de 100 produções audiovisuais, curtas e longas-metragens, filmes publicitários e séries para TV. Morando há 25 anos em Garopaba, a gaúcha de Estrela, conta que o interesse pelo cinema surgiu a partir de uma imensa vontade de contar histórias e de transformar pessoas. “Muitos são os filmes que nos tocam e nos trazem lições, toda criança já viveu um momento no qual queria ser um super-herói ou uma princesa de contos de fadas. Quando comecei a estudar Cinema, percebi que me identificava mais com filmes que mostrassem a minha realidade, filmes pelos quais era possível eu me colocar naquele lugar e sonhar com uma vida melhor. Aí, obviamente, começam os questionamentos sobre diversidade temática, gênero e raça”, compartilha. Michelly conta que foi após o falecimento dos pais que escreveu o roteiro do filme “A Última Primavera”. “Me tornei mãe, descobri da pior forma como é difícil fazer arte e sobreviver dela, quando se tem filhos, é difícil ser mulher e continuar sonhando após a maternidade. É preciso mais do que força para sobreviver numa sociedade patriarcal e conservadora”, afirma. O curta será exibido dentro da Mostra Vozes Veladas, com filmes Catarinenses, a partir das 18h do dia 9 de novembro. Para Michelly, a oportunidade de exibir o filme em Garopaba, principalmente dentro da programação de um Festival de Cinema tão importante como o FICA, é muito importante. *Com coordenação de Cristovam Muniz Thiago, a 3ª edição do FICA Garopaba deve atingir um público de 2.300 pessoas nos cinco dias de evento. Serão realizadas ações gratuitas presenciais e com classificação livre na praça e nos demais espaços culturais e educacionais de Garopaba e nas cidades de Imbituba, Laguna e Florianópolis. A programação completa está disponível no @fica.garopaba. O Projeto Festival Internacional de Cinema Ambiental de Garopaba – 3ª edição é realizado com recursos do Prêmio Catarinense de Cinema, edição especial Paulo Gustavo/2023.

PLR 2024 Eletrobras

PLR 2024 Eletrobras O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) solicitou à direção da Eletobras o agendamento da reunião da Comissão Paritária que vai discutir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2024. A Intersul espera que a reunião seja confirmada para a semana de 11 de novembro. Intersul pede outra reunião com Eletrobras A Intersul também solicitou à Eletrobras uma reunião para debater outros pontos pendentes. Entre eles, correspondências sem respostas (como o cumprimento da legislação art. 93 da Lei n° 8.213/1991 e aplicação integral do índice de reajuste salarial na data-base), problemas na emissão do PPP de trabalhadores que atuam na área de risco, considerações e nivelamento de informações sobre o número de adesões ao PDC, demissões na CGT Eletrosul e quantitativo de empregados admitidos, entre outros assuntos. GT da Previdência no CNE O Grupo de Trabalho da Previdência do CNE se reuniu no dia 30, com participação dos conselheiros eleitos nas Fundações, para discutir os encaminhamentos necessários em defesa da manutenção das Fundações. A Eletrobras está atuando para unificar todos os fundos de pensão e os trabalhadores e trabalhadoras discutirão estratégias em defesa de seus direitos e das Fundações.

Parlamentares defendem caráter público da Celesc

Deputados estaduais e um vereador da capital fizeram na semana passada pronunciamentos enaltecendo o trabalho de celesquianas e celesquianos e o cará ter público da Celesc. As manifestações foram realizadas no momento em que parte do estado de São Paulo vicenciava o apagão prolongado pela incompetência e pela falta de profissionais da companhia de energia privada Enel. Na Assembleia Legislativa, o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que participa todos os anos das Assembleias dos Empregados da Celesc, disse que “em me nos de um ano, a maior cidade do País enfrenta seu terceiro grande apagão. A Enel, empresa privada que detém a concessão de energia elétrica, mostrou que não tinha um plano para evitar apagões, nem agiu rapidamente diante dessa crise. Essa empresa reduziu o número de equipes próprias e também terceirizadas, ampliou inacreditavelmente os lucros e precarizou o serviço prestado à população”. Na sequência, Caropreso relatou que trouxe o tema pois não consegue olhar para essa situação “sem sentir um grande orgulho da nossa Celesc e dos celesquianos. A Celesc é uma das poucas distribuidoras de energia públicas num setor ampla mente privatizado e está entre as melhores concessionárias do País, segundo a ANEEL. Pesquisa de satisfação entre os consumidores comprova isso que acabei de afirmar”. Por fim, o deputado falou que “o lucro é importante para qualquer empresa, mas deve haver equilíbrio para garantir que a qualidade do atendimento à população esteja sempre em primeiro lugar. Não é só São Paulo que sofre com a concessionária de energia: A tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul esse ano expôs as deficiências de outra concessionária privada, a Equatorial. (…) Por isso, precisamos garantir que a Celesc esteja sempre preparada, com quadro próprio de trabalhadores em quantidade sufi ciente para atender às demandas do povo catarinense e do aumento do consumo de energia. Ter um quadro próprio significa resposta rápida”. Na mesma linha se pronunciou o deputado Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL): “Era uma empresa pública a Eletropaulo. Foi privatizada para a Enel. Essa privatização fez uma redução significativa do quadro de funcionários, quase 40%. Isso traz uma consequência do modelo de privatização, que essa empresa que presta o serviço tem o compromisso com o lucro e não o compromisso de entregar um serviço de qualidade”. Marquito chamou outros parlamentares para o debate: “Quero principalmente trazer para esse parlamento, que tem uma tarefa funda mental, que é defender a Celesc enquanto instituição pública: nós passamos por um ciclone bomba em 2020, uma das maiores catástrofes em Santa Catarina, e a Celesc conseguiu recuperar em menos de 3 dias 100% das ligações de energia elétrica. A Celesc, por ser pública, garante um dos serviços mais baratos de distribuição de energia elétrica e precisamos compreender que o caminho é a manutenção da Celesc Pública, ampliar o quadro de trabalhadores e, principalmente, dar condições de trabalho adequadas com equipamentos e pessoal”. Ainda na Alesc, o deputado Fabiano da Luz (PT), que igualmente prestigia as Assembleias anuais da categoria, afirmou que está “acompanhando as notícias do que está acontecendo em São Paulo com relação ao restabelecimento da energia após os temporais que lá ocorreram e a confusão que está com a empresa que foi privatizada, o caos, a desorganização do trabalho, a falta de equipamentos para os profissionais, que sequer têm lanterna para trabalhar. Tiveram que pedir lanterna emprestada para os moradores para iluminar o poste de luz para ligar os disjuntores”. E comparou com a situação de Santa Catarina: “Do outro lado, nós temos a Celesc, que quando aqui aconteceu também temporal, vendaval, que assolou a região, rapidamente a Celesc restabeleceu a energia. Isso é uma prova de que o setor público é quem está à serviço da sociedade, enquanto muitas vezes a empresa privada visa o lucro e não o atendimento à população”. Já na Câmara de Florianópolis, o vereador Renato Geske, o Renato da Farmácia (PSDB), apresentou na Tribuna um áudio da imprensa paulista elogiando a atuação da Celesc e enaltecendo seu caráter público. Renato disse que trouxe esse áudio “pois foi um elogio na imprensa de São Paulo à Celesc pelo grande trabalho que ela faz em Santa Catarina. Como todos estão acompanhando, em São Paulo a Enel está deixando a desejar”. O vereador trouxe números sobre o mau desempenho da concessionária paulista e destacou: “Está se pedindo hoje pela troca por outra empresa privada de energia. Mas em Goiás já foi trocada por outra empresa privada e ficou pior ainda. A questão hoje não é trocar uma empresa privada por outra e sim fortalecer o trabalho da empresa pública e aqui nós temos a Celesc como grande exemplo”. Renato disse que “fiz questão de vir para a Tribuna não para falar mal de São Paulo, mas para falar bem de Santa Catarina, que tem uma empresa de energia elétrica citada nacionalmente pela qualidade e pelo trabalho que ela realiza. Isso, nós, como catarinenses, evidentemente nos orgulhamos muito, por termos aqui uma empresa com um contigente de pessoas de alta responsabilidade. Isso vemos toda vez que tem uma tempestade na região”. Outros parlamentares, como a deputada federal Ana Paula Lima (PT), fizeram manifestações nas redes sociais, enaltecendo a competência e o compromisso dos celesquianos. Cabe à Diretoria da Celesc contratar pessoal em número adequado e dar condições para a empresa seguir como referência no atendimento à população nos próximos anos. Infelizmente, a Diretoria parece caminhar para o lado oposto, quando contrata contínuos terceirizados, podendo chamar assistentes administrativos da lista do concurso público vigente.

Privatização = Apagão

Mais uma vez a região metropolitana de São Paulo foi atingida por um apagão de grandes proporções. Na sexta-feira, dia 11, um forte temporal atingiu a região, derrubando árvores e postes, e provocan¬do o desligamento da energia para cerca de 2 milhões de pessoas. A concessio¬nária local, a ENEL, privatizada, acumula um longo histórico de reclamações dos consumidores. O restabelecimento da energia está sendo tão demorado que no fechamento dessa edição do Linha Viva, em 15 de outubro – 4 dias após o evento climático -, ainda havia mais de 250.000 endereços sem luz. O desempenho da concessionária pri¬vatizada é tão grave em São Paulo que o ministro de Minas e Energia, Alexan¬dre Silveira, criticou, em nota, a atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na fiscalização dos serviços da ENEL: “A Agência claramente se mostra falha na fiscalização da distribuidora de energia, uma vez que o histórico de pro¬blemas da ENEL ocorre reiteradamente em São Paulo e também em outras áreas de concessão da empresa”. Também por meio de nota, no sábado, dia 12, a ANEEL afirmou ter intimado a ENEL a prestar esclarecimentos sobre os fatos e levantou a hipótese de recomen¬dar o fim da concessão da empresa. De acordo com a Federação do Co¬mércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o apagão na região teria gerado prejuízos nos setores de varejo e serviços da ordem de R$1,65 bilhão – somente até segunda¬-feira, dia 14. Esse prejuízo deve aumentar até que todas as unidades consumidoras tenham a energia restabelecida. A população, que depende da energia para executar as atividades mais básicas do dia a dia, ficou revoltada ao ver, pe¬las redes sociais e em emissoras de TV, inúmeras camionetes da companhia de energia paradas dentro do pátio enquanto o caos estava instalado na região. A cena tem explicação: a empresa privatizada tem por política contratar o menor quadro possível de trabalhadores para faturar o máximo. É a famosa política do mais com menos. Enquanto a ANEEL cobrava a ne¬cessidade de pelo menos 2,5 mil funcio¬nários atuando em campo para responder à demanda, a ENEL dispunha, até domin¬go, de apenas 1,7 mil funcionários nas ruas ajudando a resolver o problema. Em meio ao drama e à pressa para solucionar muitos atendimentos em pouco tempo, um eletricista da ENEL morreu enquanto atuava para recuperar a energia no bairro Parque Anhanguera. Diante do cenário devastador, até mesmo o governador de São Paulo, Tarcí¬sio de Freitas (Republicanos) e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), dois pri¬vatistas de carteirinha, se manifestaram cobrando o fim do contrato de concessão com a ENEL. Eles se somam ao também privatista governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que, um ano atrás, em entrevista, declarou que foi a “pior decisão do mundo” a venda da CELG em seu estado. Em Goiás, após a venda da CELG, a ENEL assumiu a área de conces¬são e também deixou a desejar no forne¬cimento de energia. Com isso, a Equato¬rial assumiu o lugar da ENEL e também continuou a apresentar problemas e a acumular reclamações dos consumido¬res. A Equatorial é a mesma companhia privatizada que atua no Rio Grande do Sul e que deixou no ano passado consumi¬dores por 12 dias sem energia na região de Pelotas. A sequência de apagões e inúmeras reclamações Brasil afora sobre as con¬cessionárias de energia mostram que as privatizações do setor não deram cer¬to. A lógica das companhias de energia, quando privatizadas, é cortar custos a todo momento, inclusive demitindo fun¬cionários experientes, com muitos anos de carreira, para maximizar os lucros. Não por acaso, as concessionárias de energia em Minas Gerais (CEMIG) e em Santa Catarina (CELESC) ainda figuram dentre as mais bem avaliadas pelos con-sumidores: pois, por conta de seu caráter público, priorizam o bom atendimento à população em detrimento do lucro a qual¬quer custo. E essa deve ser a lógica de uma concessionária de energia: prestar um bom atendimento à população. Santa Catarina é um dos estados re¬cordistas de catástrofes climáticas nos últimos anos. De enchentes a tornados, granizo e vendavais, o território catari¬nense já experimentou quase todo tipo de evento da natureza – o que vem au¬mentando com o impacto das mudanças climáticas. Mesmo enfrentando adver¬sidades e eventos extremos, a CELESC consegue atender a população, nos últi¬mos anos, dentro dos limites toleráveis de espera. A empresa chegou, inclusive, a enviar equipes próprias para auxiliar no restabelecimento da energia no Rio Grande do Sul, após a terrível enchente que afetou o estado vizinho no primeiro semestre de 2024. A situação pela qual vivem os esta¬dos que tiveram suas concessionárias de energia vendidas para o setor privado demonstra que as privatizações no setor foram um erro e que os prejuízos desse erro estão na casa dos bilhões de reais. É preciso pensar, de forma urgente, em meios de reestatizar não só as con¬cessionárias de energia nos estados, mas também a Eletrobras, que passa por um processo de sucateamento sem precedentes e que já traz consequências negativas a toda a população brasileira. Energia não é mercadoria!

Larissa Arpana promove visitas guiadas na exposição Transmutação, em Florianópolis

Mostra que apresenta o processo da pérola está em cartaz na Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti

A fim de compartilhar um pouco mais do processo artístico, a artista Larissa Arpana, que apresenta a exposição “Transmutação”, primeira individual da carreira, promove visitas guiadas na Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, em Florianópolis. A entrada é gratuita e aberta para a comunidade em geral.

Larissa Arpana promove visitas guiadas na exposição Transmutação. Crédito Carlos Pontalti

O primeiro encontro será na sexta-feira, dia 30 de agosto, a partir das 16h. Larissa comenta que a ideia é promover uma conversa e explicar os processos das obras e séries desenvolvidas pela artista desde 2017. 

“O início da pesquisa começou durante um período conturbado que vivi em praticamente todas as áreas: relacionamento, família, trabalho e saúde. E com o tempo, fui assimilando, ressignificando e transmutando os eventos e, então, me deparei com a simbologia da formação da pérola em minha vida. Naturalmente, as ostras e as pérolas serviram de enredo para os meus trabalhos e uma forma de catarse”, compartilha.

Com curadoria de Meg Tomio Roussenq, a exposição inédita apresenta pinturas a óleo sobre tela e aquarela, em diversos suportes, além de desenhos, escultura e instalação.  A mostra pode ser visitada na Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, que fica na Praça XV de Novembro, 180, no Centro de Florianópolis/SC até o dia 20 de setembro. A visitação é de segunda a sexta, das 12h às 18h.

Agenda

Em setembro, estão programadas mais visitas. No dia 10 de setembro, a artista recebe, a partir das 14h, alunos do curso de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A turma da disciplina de Psicologia e Arte será acompanhada da professora Maíra Spanghero Ferreira.

O calendário completo e mais informações estão disponíveis no @arpana_art.

Consonante Duo leva recital “Palavra Percussiva” para sete cidade de SC

Tijucas, Tubarão, Criciúma, Laguna, Lages, São Joaquim e Urubici recebem espetáculo gratuito no mês de setembro; confira as datas

Seguindo a temporada 2024, o Consonante Duo de Florianópolis, leva o recital “Palavra Percussiva”, para mais sete cidades de Santa Catarina em setembro. A primeira apresentação será no domingo, dia 1º, na cidade de Tijucas. Ainda durante o mês o projeto gratuito vai passar por Tubarão, Criciúma, Laguna, Lages, São Joaquim e Urubici.

A apresentação em Tijucas será a partir das 17h no Casarão Galotti, que fica na Rua Coronel Galotti, 183, no Centro da Cidade. A classificação é de 14 anos.

O projeto, que é promovido e apresentado pela atriz Lieza Neves e pelo percussionista Marcio Bicaco, é pautado na prática da improvisação associada a uma investigação tímbrica, aborda o potencial do uso da declamação de poemas e da exploração sonora dos instrumentos como elementos catalisadores do processo de composição musical.  

Lieza ressalta que o recital é apresentado de forma cênica, incluindo referências visuais elaboradas como subtextos, propicia o acesso a um produto cultural calcado na qualidade técnica, trajetória e apurada seleção de repertório. Entre os poemas apresentados, estão obras de Arnaldo Antunes, Manoel de Barros, Fernando Pessoa, Cecília Meireles, Mario Quintana, Hilda Hilst, entre outros importantes nomes da literatura de língua portuguesa.

“No repertório difundimos um encontro cada vez mais raro com a poesia, em especial, a falada”, compartilha Lieza.

Calendário

Já a partir do dia 3, o projeto vai circular por cidades da região Sul. Na terça, 3 de setembro, a apresentação será a partir das 12h na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), que fica na Rua Cel. Fernandes Martins, 270, no bairro Progresso, em Laguna. Na quarta, dia 4, será a vez de Tubarão. O recital será apresentado na sede do Cedup, que fica na Rua Júlio Boppré, 1280, no bairro Santo Antônio de Pádua, às 10h30. Completa a tour no Sul, a apresentação na quinta, dia 5, no SESC de Criciúma. A apresentação começa às 19h30 no espaço localizado na Rua Pres. Kennedy, 850, no bairro Pio Corrêa.

No final do mês, será a vez da Serra Catarinense receber as apresentações do recital “Palavra Percussiva”. Dia 24 será em Lages, dia 25, em São Joaquim e no dia 26 de setembro em Urubici.  A programação completa está disponível no @consonanteduo.

O calendário 2024 do espetáculo literomusical, projeto que foi selecionado pelo edital do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023, realizado pela Fundação Catarinense de Cultura com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, encerra em outubro com apresentações nas cidades de Chapecó e Concórdia.

Consonante Duo

Desde 2017 o Consonante Duo trabalha montando repertórios que exploram a experimentação da sonoridade da voz e dos instrumentos percussivos de forma harmônica. Nesta trajetória, o percussionista Marcio Bicaco pôde criar composições autorais estimulado pela sonoridade da fala e enredo de poemas e contos narrados pela atriz Lieza Neves. O duo oferece, assim, uma mistura original, em apresentações para público adulto e crianças, algumas premiadas e selecionadas em editais e eventos relevantes no Estado como Prêmio Elisabete Anderle (FCC), Baú de Histórias (SESC SC), Aldir Blanc (FCC), Maratona Cultural, Festival Jazz Bebê e Domingo com Teatro (Florianópolis).

MPT recomenda ações imediatas para conter problemas no atendimento

CASO NÃO ATENDA ÀS RECOMENDAÇÕES, CELESC PODE SOFRER COM AÇÃO CIVIL PÚBLICA

 O Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Procuradoria Regional do Trabalho da 12ª Região, fez uma série de recomendações à direção da Celesc na última quinta-feira, 22 de agosto. As recomendações se deram no Inquérito Civil 001011.2024.12.000, depois de Notícia de Fato apresentada pelos sindicatos da Intercel sobre o quadro de adoecimento e pressão sobre os trabalhadores da Celesc – em especial, no atendimento – a partir das mudanças do sistema comercial.

 A denúncia ao MPT foi feita no mês de junho. À época, a Intercel informou situações de adoecimento de trabalhadores, ameaças verbais de consumidores, excesso de trabalho, pressão de chefias e inúmeras dificuldades para os empregados desempenharem suas atividades em função do novo sistema comercial não estar funcionando plenamente. No início de agosto foi realizada uma audiência na sede do MPT, com representação dos sindicatos e da direção da Celesc. Na ocasião, a Intercel atualizou a Procuradoria do Trabalho sobre os problemas enfrentados  pela categoria e informou que ainda não havia solução para eles. O Procurador do Trabalho, Dr. Sandro Sardá, também ouviu a Celesc, que não apresentou, na reunião, soluções aos problemas e nem mesmo indicou que medidas seriam tomadas para atenuar a dor e o sofrimento da categoria.

 A Procuradoria do Trabalho, “considerando que os artigos 1º, 6º e 7º da Constituição Federal asseguram a dignidade humana, os valores sociais do trabalho e à proteção à saúde física e mental das trabalhadoras e trabalhadores”, “considerando que em 10 de junho de 2022, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotou, na sua 110ª Conferência Internacional do Trabalho (CIT), incluiu o direito ao ambiente de trabalho seguro e saudável nos quatro Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho (PDFT) até então existentes” e considerando a Notícia de Fato apresentada pelos sindicatos da Intercel, expediu recomendações à direção da Celesc para imediato cumprimento. Entre as recomendações do MPT, estão: “I – contratação, imediatamente, 13 atendentes de lojas, devendo a distribuição e lotação ser discutida com os sindicatos representativos da categoria. II – contratação complementar, no prazo de 30 dias, de 31 atendentes de lojas, com a totalização de 44 atendentes, devendo a distribuição e lotação ser discutida com os sindicatos representativos da categoria. III – Criação, no prazo de 30 dias, de grupo de trabalho com a participação dos sindicatos representativos da categoria para realizar estudo sobre o devido dimensionamento de atendentes, com a conclusão dos trabalhos no prazo de 90 dias. IV – Contratação, no prazo de 30 dias, de vigilantes, de forma a assegurar, no mínimo, 1 vigilante, para cada loja de atendimento. V – Contratação, no prazo de 30 dias, de assistentes sociais, de forma a assegurar, no mínimo, 1 assistente social por Regional da CELESC Distribuição S.A VI – A concessão, imediata, de 2 pausas de 10 minutos para os atendentes de lojas, para os que trabalham em jornada de até 4 horas de trabalho, nos termos da NR 17. VII – A concessão, imediata, de 3 pausas de 10 minutos para os atendentes de lojas, para os que trabalham em jornada de até 6 horas de trabalho, nos termos da NR 17”. Por fim, o Procurador do Trabalho alerta que “o descumprimento das medidas indicadas na presente recomendação resultou no ajuizamento de Ação Civil Pública visando a compelir a empresa às obrigações de fazer, cumulada com indenização por danos morais individuais e coletivos, pelos danos à saúde resultantes das graves inadequações das condições de trabalhos dos atendentes em razão das alterações realizadas nos sistemas da CELESC Distribuição S.A, em maio de 2024”.

 A categoria e os sindicatos esperam que a direção da empresa atenda imediatamente, na íntegra, as recomendações do MPT, e busque outras medidas para atenuar os problemas existentes, evitar o adoecimento e reduzir a pressão sobre empregados e empregadas, inclusive de outras áreas que passam também por mudança de sistemas. Caso não cumpra as recomendações – o que demonstraria o descaso da empresa com os trabalhadores -, o MPT deve ingressar com Ação Civil Pública, com consequências imprevisíveis para a Celesc. 

Sinergia passa a representar trabalhadores da Setup

Empregados buscaram sindicato denunciando situação de vulnerabilidade e precarização de direitos

 Em assembleia realizada na segunda-feira, dia 26, com trabalhadores e trabalhadoras da empresa Setup, o Sinergia assumiu a representação da categoria nas negociações com a direção da empresa. 

 O contato inicial com o sindicato foi feito por trabalhadores insatisfeitos com as condições de trabalho, supostas diferenças salariais entre empregados com a mesma função e tempo de empresa, o valor do ticket alimentação, ausência de um plano de saúde digno e outras situações que serão avaliadas em detalhes pelo sindicato. 

Na semana passada os trabalhadores paralisaram as atividades em parte do dia por duas vezes, como forma de protesto, mas não estavam amparados com apoio de um sindicato. Diante da insegurança do quadro, buscaram a direção do Sinergia para que pudessem organizar a luta e fazer a representação legal nas negociações com a empresa. 

Na assembleia desta segunda-feira,  os trabalhadores aprovaram por unanimidade a representação pelo Sinergia e fizeram outras reivindicações. Diversos trabalhadores se filiaram à entidade durante a assembleia.

 O Sinergia fez contato com a Setup e confirmou presença no dia 10 de setembro na primeira reunião de negociação. De acordo com o diretor de Saúde do sindi cato, Mário Jorge Maia, o Marinho, “como dirigentes sindicais, temos a obrigação de sermos solidários quando somos chamados a organizar a luta contra a exploração e a precarização da relação de trabalho. Com certeza esses trabalhadores e trabalhadoras terão o apoio do Sinergia”. 

A Setup é uma das empresas terceirizadas que prestam serviços para a Celesc na Grande Florianópolis.

Presidente da Eletrobras é acusado de fraude

Integridade da gestão da empresa é questionada

A revista Veja denunciou na semana passada que o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, está sendo investigado por uma suposta fraude contábil na seguradora IRB, enquanto esteve à frente do Conselho de Administração da companhia, em 2020. Ainda de acordo com a publicação, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) teria instaurado um megaprocesso para apurar as acusações. De acordo com o colunista Pedro Gil, do Radar Econômico de Veja, a situação do presidente estaria deixando o comando da Eletrobras em situação bastante delicada, já que, no ano passado, a companhia decidiu afastar o então vice-presidente de Comercialização, João Carlos de Abreu Guimarães, após acusações de suposta fraude na Delta Energia.

 O processo na CVM teve início em maio de 2023 e encontra-se em fase de citação dos acusados. As possíveis irregularidades teriam sido realizadas em registros e demonstrações financeiras de 2019.