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Livro de diretor do Sinergia é lançado com sucesso

Aconteceu nesta semana, na Fundação Cultural Badesc, o lançamento do livro Por Um Instante, de Leandro Serpa, trabalhador da Cerej – Cooperativa de Eletrificação Rural de Biguaçu, base do Sinergia, sindicato do qual o autor é diretor. A obra mais recente do escritor, professor, pesquisador e artista visual, nascido na cidade de Tijucas, em Santa Catarina, revela um poeta que não se esconde. Leandro Serpa se apresenta por inteiro nessa espécie de diário amoroso, com uma e outra dose de desespero cotidiano. Angústia, amor, desejo e uma dose extra de niilismo perpassam os versos de janeiro a janeiro. “Estamos diante de um artista que faz, pela primeira vez, a travessia de uma arte, as artes visuais, para a arte poética com nítida preocupação em mesclar os dois universos”, destaca o poeta e crítico de teatro Marco Vasques, que faz o prefácio do livro.

Sobre o autor:

Natural de Tijucas/SC, Leandro Serpa é Bacharel em Artes Plásticas pelo Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Ceart/Udesc); Mestre em Ensino das Artes Visuais, pelo PPGAV/ Udesc. É artista visual, professor, pesquisador e escritor.

Vem participando de diferentes exposições, coletivas e individuais desde o ano de 2005. Ele tem mestrado na Linha de Ensino das Artes e atuou no projeto “A Presença da Matéria” e no projeto “O Jogo do Golpe”. Realizou pesquisa técnica e visita aos Ateliers de Carlos Vergara, Daniel Senise e Frantz Soares e com o Projeto “Fanáticos” recebeu o Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo a Cultura – 2013.

Entre 2014/2015, fez parte do Programa de Artistas do “Lugar Específico”. Membro da Oficial Academia Tijuquense de Letras (OATL), Leandro é professor de Gravura na Universidade Comunitária Regional de Chapecó/SC desde 2016 e escreve sobre a Gravura Contemporânea. É autor das publicações: “Marcas do Tempo – Futebol Fanáticos”, “2007 Palavras no Tempo”, “A Monotipia no campo expandido: Reflexões sobre Arte e a Arte Educação Contemporânea”, “O Amante da Cor”, “Antologia Poética”, “Antologia Poesia Agora”, “Antologia Conto Brasil”, “XX Antologia de Diversos Autores”, “V Coletânea Viagem pela Escrita”.

Celesc não fornece equipamento para eletricistas

Novos eletricistas contratados pela Celesc recebem a maleta de ferramentas de trabalho vazia – é esta a denúncia mais frequente que os sindicatos que compõem a Intercel vêm recebendo dos trabalhadores nos mais diversos pontos do estado. Por mais absurdo que possa parecer, as ferramentas de trabalho não estão presentes no material fornecido pela empresa para que os novos trabalhadores possam exercer seu labor diário. Este fato contraria o treinamento que os eletricistas recebem assim que entram na empresa – no curso de Saúde e Segurança, há a recomendação de que os profissionais somente utilizem ferramentas homologadas pela Celesc em suas atividades profissionais. Ocorre que quando os eletricistas são encaminhados para as Agências Regionais, recebem a maleta de ferramentas praticamente vazia. A falta de ferramentas é um problema que atinge a todos os trabalhadores, mesmo aqueles com mais tempo de casa. As reclamações que chegaram para a Intercel dão conta de eletricistas que tiveram que comprar, do seu próprio bolso, ferramentas para o labor diário. Outras, de que os trabalhadores tiveram que improvisar, inclusive com fita isolante, para “isolar” uma ferramenta – o que vai totalmente contra as normas de segurança. Há, ainda, casos de novos trabalhadores que pedem emprestado ferramentas para os trabalhadores mais antigos, isso quando eles têm. Além disso, a Celesc exige das empreiteiras ferramental adequado, mas chega a entregar aos trabalhadores próprios, material inadequado, como a chave de fenda que não entra nos bornes dos medidores. Em todos estes casos, a Intercel indica aos trabalhadores que façam contato com o seu respectivo sindicato para que sejam orientados a exercer o direito de recusa. Afinal, se não há ferramenta segura para exercer o trabalho, não pode haver trabalho! A Intercel cobrará da Direção da Celesc para que providencie o mais breve possível as ferramentas de trabalho necessárias e para que planeje, nas próximas contratações, para que os novos trabalhadores cheguem aos postos de trabalho com todas as ferramentas.

Privatização prejudica gestão dos Fundos de Pensão

A história mostra que as privatizações no Brasil tiveram consequências muito ruins para a sociedade. Seja na prestação de serviços com péssima qualidade, ou com tarifas que pesam muito no bolso da maior parte da população, seja na precarização das condições de trabalho, demissões ou retirada de direitos. Segundo a Associação Nacional de Previdência Complementar (Anapar), a privatização também trouxe prejuízos para a gestão de fundos de pensão.

Em matéria publicada na última quarta-feira, a Anapar conta os prejuízos no Banesprev, fundo de pensão dos empregados do Banespa. Federalizado em 1995 e vendido para o Santander em 2000, o Banespa chegou a ter 37 mil trabalhadores. Com a privatização, as demissões e aposentadorias reduziram esse contingente e hoje são apenas centenas de trabalhadores na ativa. Nos fundos de pensão de empresas públicas os trabalhadores elegem a mesma quantidade de conselheiros indicados pela empresa. No entanto, no Banesprev, que tem 30 mil participantes, apenas dois componentes do Conselho Deliberativo são escolhidos pelos trabalhadores, enquanto o Santander indica quatro.

Além de acabar com o patrimônio público, a privatização impõe perdas relacionadas ao controle absoluto da patrocinadora sobre o fundo, reduzindo os benefícios dos participantes em um duro golpe na aposentadoria complementar da classe trabalhadora.

Caravana da Intercel rumo à Assembléia Estadual

Iniciou nesta segunda-feira a caravana da Intercel. Percorrendo vários locais de trabalho em todas as Agências Regionais, os dirigentes sindicais estão conversando com a categoria sobre o início da campanha de data-base e o cenário que os celesquianos encontrarão durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). O cenário político e econômico nacional aponta uma série de dificuldades para os trabalhadores, que têm a cada dia mais direitos atacados. Além disso, a política de retomada das privatizações aperta o cerco contra as empresas do setor elétrico, levando distribuidoras públicas como a CEB e CEEE a terem a venda aprovada pelos governos estaduais. Neste cenário, mesmo a Celesc, uma empresa pública que atende a sociedade catarinense com qualidade, induzindo o desenvolvimento social e econômico do estado, está ameaçada. Na política estadual, apesar das declarações do Governador do Estado de que a Celesc não será privatizada, a falta de diálogo com as entidades representativas dos trabalhadores traz incertezas em relação à manutenção da Celesc Pública e ao respeito aos direitos dos trabalhadores. Da mesma forma, a falta de diálogo da Presidência e Diretoria da Celesc com os sindicatos aponta um ACT de enfrentamentos. Direitos históricos dos trabalhadores como a Garantia de Emprego e os benefícios assistenciais – principalmente o Plano de Saúde para os aposentados – são alvo de boatos nos corredores da empresa, sendo considerados o foco de retirada de direitos pretendida pela diretoria. Diante destes cenários, é fundamental que a categoria se mobilize em uma força unificada de defesa da empresa pública e de um ACT justo. Os direitos dos trabalhadores não caíram do céu: tudo que compõe o Acordo Coletivo foi conquistado através da luta dos trabalhadores e é preciso continuar a avançar. No dia 03 de agosto a categoria dará a primeira mostra de força da campanha de data-base, lotando o Parque Ambiental Encantos do Sul, em Capivari de Baixo, onde será unificada a pauta de reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho. Vamos juntos em defesa dos nossos direitos

Os números por trás da Reforma da Previdência

O governo Bolsonaro tenta convencer a população de que a Reforma da Previdência combate privilégios, atacando os mais ricos e preservando os direitos dos mais pobres. Essa é uma das maiores fake news dessa campanha. Basta uma análise das principais medidas da reforma e dos próprios números apresentados pelo governo para ver que é exatamente o contrário: a quantia em torno de R$ 1 trilhão que o ministro Paulo Guedes defende cortar da Previdência vai sair das aposentadorias e benefícios dos mais pobres. Do corte de R$ 1 tri previsto pela reforma, R$ 688 bilhões sairão dos trabalhadores cujo teto recebido é de R$ 5.839,45. Entretanto, 80% dos segurados não recebem esse teto, mas apenas até dois salários mínimos. Outros R$ 107 bilhões sairão da redução do PIS e do BPC, ou seja, dos trabalhadores pobres e idosos miseráveis. Somente com a mudança no PIS, que deixará de ser pago para pessoas que ganham até dois salários mínimos para pagar apenas a quem recebe até R$ 1.364,43, cerca de 20 milhões de trabalhadores perderão o benefício. Mesmo se considerar a irrisória redução na alíquota do INSS para quem ganha menos, que resultará em cerca de R$ 27 bilhões, o resultado ainda revela que quase R$ 900 bilhões sairão dos benefícios dos mais pobres. O dinheiro das aposentadorias, pensões e benefícios dos trabalhadores e dos mais pobres irá para os bancos para financiar a mudança do regime da Previdência de repartição para capitalização, que está dando errado no mundo todo e só serve para transferir dinheiro para os bancos.

Após visita ao General Mourão, CNE se reúne com a diretoria do Clube Militar

Como parte das interlocuções que vêm contra a privatização do setor elétrico, representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) estiveram na sede do Clube Militar no Rio de Janeiro, semana passada. Durante a conversa, os dirigentes sindicais denunciaram a suposta formação de um cartel que objetiva monopolizar o controle do sistema energético nacional. O General Eduardo, presidente do Clube Militar, declarou que vai avaliar todo o material entregue pelos sindicalistas para formar um juízo de valor. Como parte das interlocuções que vem fazendo junto aos militares, ala componente do governo atual, representantes do CNE, órgão que congrega entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras das empresas do sistema Eletrobras, estiveram na última quinta-feira, dia 04/07/2019, na sede do Clube Militar no Rio de Janeiro, onde foram recebidos pelo General de Divisão Eduardo José Barbosa (Presidente) e pelo General de Brigada Luis Antonio Silva dos Santos (2º Vice-Presidente). O Clube Militar, fundado em 26 de junho de 1887, é uma associação de direto privado sem fins lucrativos, de caráter representativo, assistencial, social, cultural, esportivo e recreativo, localizado no Rio de Janeiro e com atuação em todo território nacional. Desde a Proclamação da República do Brasil, o Clube Militar sempre teve enorme protagonismo no cenário político brasileiro, como na “Campanha Abolicionista”, na “Proclamação da República”, na campanha “O Petróleo é Nosso”. O fato de ter um protagonismo em questões ligadas ao nacionalismo, foi preponderante para que o CNE procurasse a interlocução junto a esta instituição. A conversa girou em torno da tentativa do processo de privatização da Eletrobras. Os dirigentes sindicais denunciaram a suposta formação de um cartel que objetiva monopolizar o controle do sistema energético nacional, especialmente foram disponibilizadas as informações que compõem o dossiê apresentado ao Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, desde fevereiro de 2019, e sobre o qual não se tem notícia de providências por aquele ministério, no sentido de pelo menos apurar o suposto tráfico de influência que conduziu, por exemplo, Elvira Baracuhy Testa à condição de Diretora Financeira e de Relação com Investidores da Eletrobras, mesmo sabendo da sua forte ligação com o banqueiro Jorge Paulo Lehman, um dos maiores interessados na privatização da Eletrobras. Vide links https://jornalggn.com.br/coluna-economica/jorge-paulo-lehmann-e-vale-o-ocaso-dos-ceos-genericos-por-luis-nassif/ https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/384278/Jorge-Paulo-Lemann-emplaca-diretora-financeira-da-Eletrobrás.htm Com atenções do povo voltadas para Bebiano, Governo nomeia privatista para Direção da ELETROBRAS Há de se ressaltar e de estranhar que não só o CNE denunciou o suposto conluio, mas, também diversos parlamentares questionaram o Ministro Bento Albuquerque na audiência pública que o mesmo participou na Câmara dos Deputados em Brasília, existe também a representação do Deputado Zé Carlos cobrando tal providencia. Voltando à conversa com as lideranças do Clube Militar, o CNE abordou questões técnicas na mesma linha que abordou com o General Mourão, Vice-Presidente da República. Mostrou-se o risco de explosão das tarifas energéticas, tal qual aconteceu nos estados onde a Eletrobras mantinha empresas de distribuição de energia, nessa linha foi abordado também o risco da descotização do preço da energia praticado pela Eletrobras e o risco aumento já comprovado. O CNE denunciou a conduta do Presidente da Eletrobras que por muitas vezes afirma publicamente a intenção de privatizar a empresa, mesmo sem a devida autorização para tal, visto que existe o consenso dentre as diversas autoridades constituídas consultadas até agora, que essa prerrogativa cabe ao presidente da república. Vide link: https://economia.estadao.com.br/ao-vivo/eletrobras e https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2019/01/02/interna_politica,1017996/ferreira-jr-diz-que-privatizacao-da-eletrobras-e-necessaria.shtml As declarações do presidente Wilson Pinto Júnior, inclusive vão de encontro ao que já afirmou o presidente da república em campanha, de que o candidato tem dito que não venderá companhias consideradas “estratégicas”, como Furnas, Caixa e Banco do Brasil, e que vai preservar o “miolo” da Petrobras…. Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/10/21/plano-de-privatizacao-de-bolsonaro-pros-e-contras.htm?cmpid=copiaecola Tanto o CNE quanto o Clube Militar analisaram a questão de que o valor apresentado pelo presidente da Eletrobras, de 12 bilhões de reais é irrisório, diante de um lucro líquido de 13 bilhões em 2018. Para as partes já é de amplo conhecimento de todos que a questão centra a ser resolvida pelo governo Bolsonaro é a gestão das empresas e o fato dessa gestão ser sempre usada como moeda de troca para acomodar interesses políticos. O CNE também procurou mostrar a necessidade se envolver toda a sociedade brasileira nessa discussão, no que foi contemplado pela concordância do Clube Militar. Durante a conversa viu-se diversos pontos em comum entre o CNE e o clube Militar. O CNE se comprometeu a disponibilizar informações adicionais ao Clube Militar. Por fim, o General Eduardo, presidente do Clube Militar, declarou que vai avaliar todo o material recebido pelos dirigentes sindicais para formar um juízo de valor, e ainda fez questão de informar que o Clube Militar independentemente de questões ideológicas que orientem qualquer governo, já deixou claro ao governo atual a sua postura de vigilância quanto à condução dos destinos do país, e caso veja que a privatização da Eletrobras vai de encontro ao interesse nacional, irá se posicionar de maneira firme sobre o tema.

Lançamento das frentes em defesa do setor elétrico

Os deputados federais lançaram cinco Frentes Parlamentares. São elas a Frente Parlamentar em Defesa da Eletrobras e do Setor Elétrico, Frente Parlamentar em Defesa da Eletrosul, Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico Brasileiro, Frente Parlamentar Mista em Defesa da Eletronorte e a Frente Parlamentar em Defesa da Chesf. Com as Frentes a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) buscam ampliar o debate sobre o impacto negativo da venda das empresas estatais e assim, angariar o apoio de governadores, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, associações comerciais e industriais, conselhos de classe e outros setores da sociedade que defendem a sua empresa regional como pública, fortalecendo o desenvolvimento socioeconômico dos estados e municípios. Assista o vídeo do lançamento das frentes https://www.facebook.com/ptnacamara/videos/1097582837098131/

CNE se reúne com Mourão

Articular politicamente para defender o patrimônio público é um dever da representação dos trabalhadores. Fortalecendo o trabalho em defesa da Eletrobras e de suas subsidiárias Públicas, dirigentes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) estiveram reunidos com o Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB). Ao vice-presidente, os dirigentes sindicais apresentaram dados sobre o risco de privatização do setor elétrico nacional, com a perda de soberania e a precarização do atendimento à sociedade. As entidades sindicais conseguiram, ainda, o agendamento de reunião com o Clube Militar, instância que congrega o alto oficialato das forças armadas e que possui influência dentro do novo Governo. Desta forma as entidades representativas buscam em defesa da Eletrobras e das demais empresas públicas do setor elétrico, demonstrando que a privatização em uma área essencial para o desenvolvimento econômico e social brasileiro deve ficar nas mãos do povo.

Novo ataque ás empresas públicas

Na última semana a energia pública e de qualidade sofre um duro golpe. No distrito Federal e no Rio Grande do Sul a privatização das distribuidoras de energia foram autorizadas. Na capital nacional, o Conselho de Administração da Companhia Energética de Brasília (CEB) aprovou a privatização da distribuidora do grupo. A decisão foi tomada pela maioria dos acionistas da estatal, em assembleia geral. A proposta analisada pelo conselho prevê a venda de 51% das ações da empresa, sendo que os outros 49% continuarão com o Governo do Distrito Federal.

No Rio Grande do Sul, a Assembleia Legislativa do Estado deu mais um passo no golpe contra o patrimônio público. Se antes os deputados já haviam manipulado a legislação e retirado do povo gaúcho o poder de decisão sobre a venda da estatal, nesta terça-feira, dia 2, os parlamentares aprovaram projeto encaminhado pelo Governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB) para privatização da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e da Sul Gás. Com ampla maioria na assembleia, a aprovação para privatização do patrimônio público segue a cartilha do Governo Federal para recuperação fiscal dos Estados.

Manobra conhecida no histórico de privatizações do Brasil, a política do Governo Federal de condicionar a renegociação das dívidas dos estados com a união à privatização das estatais é um plano contra o próprio Brasil. Atacando as empresas públicas e favorecendo o mercado, o governo investe na exploração dos trabalhadores e acaba com a soberania nacional, tornando o Brasil, gradativamente, colônia dos grandes capitalistas.

Com a privatização destas empresas, apenas restarão 3 distribuidoras de energia estatais no Brasil: Celesc, Copel e Cemig. Uma demonstração do contrassenso das políticas neoliberais que retornam com força: das 3 que restam, as estatais Catarinense e Paranaense estão no topo do ranking de melhor serviço prestado à população.

Eletrobras: Capitalismo sem risco?

A noção de equilíbrio econômico, introduzida nos contratos de privatização (ou “de concessão”) com cmecanismo de proteção ao capital estrangeiro investido no setor elétrico, garante que os investimentos sejam sempre remunerados. E, assim, criou-se, no setor elétrico brasileiro, o “capitalismo sem risco”. A Eletrobras possui 14 hidrelétricas nesse regime de cotas, que negociam a produção a entre 60 e 70 reais por megawatt/hora. Essa energia poderia ser vendida no mercado a partir de 2018 por pelo menos 150 reais, o que significa uma geração de caixa de mais de 10 bilhões de reais por ano. E isso que atrai a cobiça.

Mas afinal, qual é o país que, estando entre os 10 maiores produtores de energia HIDROELÉTRICA, privatizou todas suas empresas e, consequentemente suas usinas? Na China, as hidrelétricas representam 15% das necessidades, sendo todas estatais. No Canadá, 71% das necessidades do país são supridas por hidrelétricas, das quais 90% são estatais. Nos Estados Unidos, apenas 7% da necessidade energética é suprida por estatais. Entretanto, destas, 73% são do Estado. Na Rússia, apenas 15% da necessidade é alcançada com hidrelétricas, mas todas estão sob controle público.

Até mesmo países que servem de exemplo para o discurso liberal têm uma relação responsável com a geração de energia. Na Noruega, a hidroeletricidade cobre 98% da demanda de energia do país. Tudo é estatal. Já no Japão, apenas 7% da energia vem das hidrelétricas e tudo é privado.

Assim, se o Brasil privatizar a Eletrobrás, dependendo das usinas hidroelétricas em até 70%, mesmo produzindo 7 vezes mais energia hidroelétrica do que o Japão, vai se espelhar nele. As hidrelétricas da Eletrobras vendem a tarifa mais baixa do Brasil. É a energia de menor custo de produção do país. Se privatizar, os contratos de comercialização de energia serão revistos.

Vão aumentar quatro vezes mais. O que está em disputa, no fundo, é quem se apropria destas extraordinárias unidades de produção, que são as melhores do Brasil. A Eletrobras engloba o maior volume de negócios em eletricidade do país. Somente na geração o grupo é composto por 48 hidrelétricas, 112 termelétricas, 2 termonucleares, 70 usinas eólicas e uma usina solar, próprias ou em parcerias. A empresa também é atuante na transmissão, com mais de 65 mil km de linhas.