Tag Archives: Celesc

Suspensão da deliberação 089/2022 é uma conquista da união da categoria

Na manhã de terça-feira, 11 de outubro, após forte cobrança de trabalhadores da base aos seus sindicatos, dirigentes
da Intercel organizaram uma mobilização no hall de entrada da Administração Central da Celesc, em Florianópolis. Foram feitos discursos explicando para a categoria que os Sindicatos não são contrários à incorporação da gratificação de gerência, mas que se opõem ao modo como todo o processo foi feito e ao tempo em que foi feito. Foi exposto, por exemplo, que a incorporação da gratificação de gerência poderia ter sido debatida no grupo que será criado nos próximos dias para construir a revisão do PCS. Além disso, que o momento em que a decisão foi tomada, às vésperas de uma eleição estadual, e logo após a conclusão das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho em que a empresa a todo momento dizia precisar de recursos para fazer novos investimentos, é que gerou toda a insatisfação na categoria.


Logo após esses discursos, ficou acordado entre trabalhadores e representantes sindicais que seria formado um grupo
para visitar as salas de cada um dos Diretores da Celesc presentes na sede para informá-los sobre a insatisfação da categoria e para fazer o pedido formal que, na reunião da Diretoria Colegiada que ocorreria na tarde de terça-feira (dia 11) e na manhã de quinta-feira (dia 13), a Deliberação 089/2022, que trata do tema, fosse trazida ao debate e revogada. Um grupo de cerca de cinquenta trabalhadores (dos mais diversos departamentos da Administração Central) e dirigentes sindicais passou em cada uma das salas dos Diretores e fez falas apelando para o bom senso e para a preservação da imagem da Celesc neste momento tão conturbado. Não apenas dirigentes sindicais, mas trabalhadores de diversos setores da empresa pediram esse cuidado por parte dos Diretores para que o tema fosse trazido na reunião da Diretoria Colegiada e para que a Deliberação que trata do assunto fosse revogada.


No início da tarde desta terça-feira, o coordenador da Intercel, Cleber Borges, recebeu uma ligação do Presidente da
companhia, Cleicio Poleto Martins, indicando que o tema estaria na pauta da Diretoria Colegiada no dia 11 e que daria um retorno aos Sindicatos até o fim do dia. Já no início da noite, Cleicio fez uma nova ligação ao coordenador da Intercel, dizendo que estaria “suspensa a aplicação da Deliberação” até que houvesse a negociação com os sindicatos. A informação é uma conquista coletiva da classe trabalhadora que, mais uma vez, unida, mostrou ser forte e disposta a lutar pela manutenção da Celesc Pública, pela qualidade dos serviços e pelo equilíbrio econômico financeiro da empresa.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1552 de 13 de outubro de 2022

CELESC – Unidade e força: Categoria não aceita calada publicação da deliberação 089/2022

Sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores, além de negociar Acordos Coletivos e outros direitos trabalhistas, também representam a categoria nas suas mais diversas necessidades e angústias. Muitas vezes, o/a dirigente sindical expressa através de seu discurso e dos meios de comunicação da entidade sindical, aquilo que os trabalhadores gostariam de falar, mas que, por uma questão de hierarquia, subordinação e por medo de retaliações, acabam não podendo falar.


Nos últimos dias, uma sequência de fatos gerou uma onda de indignação e manifestações dos trabalhadores da Celesc em todo o estado, com inúmeras mensagens direcionadas ao Linha Viva e aos dirigentes sindicais da Intercel. Primeiro, durante as negociações de um Acordo Coletivo de Trabalho bastante atribulado, a empresa a todo momento argumentava haver a necessidade de ter dinheiro em caixa para fazer novos investimentos e para manter o “equilíbrio econômico-financeiro” da Celesc. Com essa argumentação, foram negados diversos direitos à categoria, que vinham sendo reivindicados através das Assembleias Regionais e da Assembleia Estadual, ocorridas durante os meses de julho e agosto. Os sindicatos da Intercel, ainda que divergindo das negativas da Diretoria, ouviram os seus argumentos e os levaram à categoria. A categoria, por sua vez, ponderou que os argumentos da Diretoria poderiam fazer sentido e, mesmo vivendo uma grave crise econômica e social, aceitou a contraproposta da empresa, sem grandes avanços, se considerarmos a expectativa que a categoria tinha para o novo ACT.


Assim, celesquianas e celesquianos, mais uma vez, cortaram na própria carne. Mais uma vez pois outras situações parecidas já aconteceram em anos anteriores. A categoria já deixou de ter reajustes de salários maiores em anos anteriores por respeitar o momento financeiro da empresa.


Diversos empregados aceitaram ter menos direitos que outros que desempenham a mesma função por respeitar o famigerado “equilíbrio econômico-financeiro da empresa”. E, por fim, a categoria já deixou de avançar em direitos por alguns anos seguidos, igualmente cortando da própria carne, para atingir metas de concessão. Desse modo, fica evidente que empregadas e empregados da Celesc sempre tiveram uma postura bastante responsável quando se trata de manter a sustentabilidade econômico-financeira da Celesc.


Feita essa consideração já bastante repetida pelos sindicatos da Intercel em diversas Assembleias e concentrações nas bases, foi com muita estranheza, indignação e revolta que praticamente toda a categoria recebeu, pelos meios de comunicação, a informação de que, no momento imediatamente subsequente ao fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/23, a Diretoria da Celesc – que até duas semanas atrás negava direitos “sob pena de comprometer a sustentabilidade econômico-financeira da empresa e pela necessidade urgente de investimentos na rede” -, assinou uma Deliberação que permite a incorporação de gratificação de chefia à remuneração de gerentes nas mais diversas funções dentro da empresa, gerando um alto custo para a companhia.


Veja, cara leitora, caro leitor: para diversos celesquianos, que remeteram mensagens aos seus sindicatos e ao Linha Viva, há uma grande incoerência no fato. Como pode a Diretoria da Celesc, num dia, alegar não ter dinheiro para conceder uma série de direitos aos trabalhadores – a quem, de fato, gera o lucro da empresa, com o suor do seu trabalho diário – e, no dia seguinte, admitir ter recursos suficientes para premiar gerentes com gratificações que terão um impacto milionário à folha de pagamento não apenas a longo prazo, mas também a curto prazo? Os sindicatos da Intercel não são contrários à gratificação gerencial. São contrários, sim, à forma e ao momento como a situação aconteceu.


A incoerência de argumentos foi tanta que gerou indignação até mesmo em alguns gerentes que seriam beneficiados com a decisão da Diretoria. Não concordaram com a postura e se manifestaram contrários ao fato. Além disso, a Deliberação repercutiu na mídia regional e foi tema de matérias de colunistas de grandes veículos de comunicação. Um deles chegou a noticiar, de forma equivocada, que a Celesc concederia abono de permanência “aos empregados, com mais de cinco anos de serviço”, dando a entender que tal abono seria concedido a TODOS os empregados, sem distinção, aumentando o burburinho na sociedade de que empregados da Celesc são seres super privilegiados – o que não é verdade. Não se tem notícia, até o momento, de que a empresa tenha contestado ou enviado pedido de correção ao referido colunista. Diversos empregados se manifestaram aos Sindicatos dizendo que, por uma questão de justiça, a empresa deveria solicitar ao colunista uma correção da nota ou pagar uma nota contestando o fato.


Além dessa questão da gratificação de gerência, outra incoerência apontada pela categoria, também imediatamente posterior às diversas negativas de avanços no ACT por questões “econômico-financeiras”, foi a convocação de uma Assembeia Geral Extraordinária dos Acionistas para aprovação do aumento do percentual de dividendos a ser distribuído aos acionistas até 2027. Ora, novamente questiona-se: não havia necessidade de se manter o “equilíbrio econômico-financeiro da empresa”? Não havia necessidade de mais dinheiro em caixa para que a companhia pudesse fazer investimentos e manter o bom atendimento à sociedade catarinense? Segundo um dos jornalistas que noticiou estes fatos, ao ser questionada, a atual Diretoria teria enviado “uma notinha petulante em tom de ameaça” ao referido comunicador. Aqui, diversos trabalhadores novamente enviaram questionamentos ao Linha Viva, demonstrando indignação com a Diretoria da empresa, indicando que a postura adotada deveria ter sido outra, de forma a proteger a imagem da Celesc e dar uma resposta mais satisfatória ao colunista e, consequentemente, à sociedade catarinense.


Todos esses fatos já seriam relevantes e indignantes por si só em qualquer momento histórico. Mas eles ganham ainda mais relevância e se tornam mais revoltantes quando ocorrem justamente ao apagar das luzes do governo Carlos Moisés, que já ia mal nas pesquisas eleitorais nas últimas semanas e não chegou ao segundo turno das eleições de 2022, demonstrando a reprovação da população catarinense ao atual governante. A revolta da categoria também é grande pelo fato da atual Diretoria da Celesc estar composta, neste momento, por grande número de Diretores “empregados da casa”, funcionários de carreira, concursados da Celesc. Os colegas celesquianos esperavam que os Diretores concursados tivessem essa preocupação e cuidado com a imagem da Celesc justamente num momento em que a pauta das privatizações está em evidência no debate político nacional e local e que se macula a imagem das empresas e serviços públicos por parte considerável da classe política. Este seria, na opinião de diversos colegas em mensagens ao Linha Viva, “o pior momento” para a Celesc estar na mídia por notícias negativas.


A “responsabilidade com a sustentabilidade econômico-financeira” da empresa foi lembrada e respeitada pela maior parte da categoria diversas vezes ao longo dos últimos anos. O que a categoria esperava é que a Diretoria Colegiada tivesse essa mesma lembrança quando assinou a Deliberação 089/2022. Ou será que esse episódio foi apenas mais um passo a fim de cristalizar na opinião pública a suposta existência de marajás na Celesc, favorecendo o discurso privatista?

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1552 de 13 de outubro de 2022

Acusados de assédio serão premiados

Embora seja um assunto amplamente comentado, muitas pessoas desconhecem ou têm uma compreensão parcial ou equivocada sobre o que é assédio moral. Retirar a todo momento a autonomia da trabalhadora ou do trabalhador, ou sempre contestar suas ações e decisões, sobrecarregá-lo(la) com novas tarefas ou retirar o trabalho que habitualmente competia a ele(a) executar, causando a sensação de inutilidade ou de incompetência, gritar ou falar de forma desrespeitosa, espalhar rumores ou divulgar boatos ofensivos a respeito da(o) empregada(o), atribuir apelidos pejorativos, postar mensagens depreciativas em grupos nas redes sociais, desconsiderar ou ironizar, injustificadamente, as opiniões da vítima, retirar cargos e funções sem motivo justo, ou advertir arbitrariamente são algumas das situações relatadas pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores nos locais de trabalho.


Assediar moralmente e expor as pessoas a situações humilhantes e constrangedoras no ambiente de trabalho, de forma repetitiva e prolongada, no exercício de suas atividades, é uma forma de violência que desestabiliza emocional e profissionalmente o indivíduo e pode ocorrer por meio de ações diretas (acusações, insultos, gritos, humilhações públicas) e indiretas (propagação de boatos, isolamento, recusa na comunicação, fofocas e exclusão social). A humilhação repetitiva e de longa duração compromete a identidade, a dignidade e as relações afetivas, e sociais, podendo evoluir para a incapacidade de trabalhar, para o desemprego ou mesmo para a morte. Essas condutas são incompatíveis com diversas leis que tratam da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho. Por isso, devem ser combatidas! Esse preâmbulo é para alertarmos sobre o que vem ocorrendo em alguns locais de trabalho na Celesc, já denunciados ao Comitê de Ética, porém, os alertas têm sido ignorados e alguns gerentes continuam a praticá-los, causando transtornos no ambiente de trabalho e prejudicando a saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras. Os casos denunciados não tiveram o tratamento adequado o suficiente para inibirem novos casos?


O comportamento de um gerente de departamento de uma das Diretorias da empresa que tem como Diretor indicado pelo PRE empregado da casa merece atenção, pois o tratamento por ele dispensado aos seus subordinados é agressivo e humilhante, principalmente na presença de outros colegas de trabalho. Várias são as vítimas deste comportamento, que coloca pessoas em situação vexatória e humilhante. Vários episódios têm ocorrido nesse departamento, que resultaram na mudança de vários empregados e de gerentes para outras áreas. São gritos e xingamentos na frente de colegas, já de conhecimento do Diretor da área, que não tomou absolutamente nenhuma ação, fazendo com que empregadas e empregados fiquem abalados psicologicamente e, em alguns casos, tenham que fazer tratamento psicológico.


A denúncia ao Comitê de Ética já foi feita pelo Sinergia. Espera-se que o assunto seja encaminhado para apuração e que essa decisão vergonhosa e eleitoreira da incorporação da gratificação gerencial aos salários não seja aplicada tão imediatamente após diversas negativas nas negociações do ACT e PLR por dificuldades financeiras da empresa – que seja tratada no âmbito correto, que é o GT do PCS – e não um prêmio a quem assedia e adoece a classe trabalhadora.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1551 de 06 de outubro de 2022

Celesc retoma pressão para alteração do estatuto da Celos

A Celesc, através de seus indicados no Conselho Deliberativo da CELOS, retomou a pressão para a alteração do Estatuto da entidade, forçando, através dessa alteração, que todas as decisões do COD serão da Patrocinadora, prejudicando a representação dos trabalhadores ativos e aposentados (participantes).


É importante salientar que há, neste momento, uma ação judicial tramitando patrocinada pelos representantes dos empregados ativos e aposentados, INTERCEL e APCELESC, contestando essa alteração. Apesar de ser uma mudança imposta pelo CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) e estar amparada legalmente, as alterações previstas serão danosas aos participantes. Dessa forma, o que se espera é que a justiça faça melhor juízo do fato e não permita esse dano aos participantes.


Essa discussão deve retornar à pauta do Conselho Deliberativo no dia 29 de outubro, a fim de deliberar pela mudança supracitada. Que fique esclarecido que, hoje, o Estatuto da CELOS não permite essa alteração através do voto de qualidade (minerva) e apesar da CNPC35 estar válida, seria temeroso por parte do Presidente do COD, em caso de novo empate dessa decisão, solicitar para ele o voto de qualidade. E, dessa forma, aprovar a alteração estatutária.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1551 de 06 de outubro de 2022

Acordo coletivo de trabalho 2022/23 é assinado

Após uma série de rodadas de negociação bastante exaustivas e com poucos avanços em mesa, com uma contraproposta apresentada aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo e dezenas de Assembleias distribuídas pelo estado com aprovação próxima à unanimidade, o Acordo Coletivo de Trabalho 2022/23 dos empregados da Celesc foi assinado na quinta-feira da semana passada, dia 29 de setembro. O Acordo da Participação dos Lucros e Resultados referente ao ano 2022 também foi assinado na mesma ocasião.


Com isto, desde o dia primeiro de outubro os celesquianos e as celesquianas já estão sob a vigência do ACT 2022/23. Os acordos firmados entre representantes dos sindicatos da Intercel e a diretoria da Celesc, após aprovação da categoria, teve avanços no que diz respeito à isonomia e distribuição de lucros, além do abono das paralisações e do ato promovidos pela Intercel na luta pelos direitos da categoria.


A ocasião contou com a participação do presidente, Cleicio Poleto Martins, e dos diretores da companhia, bem como de um representante por sindicato integrante da Intercel.


Conforme acordo firmado entre as partes, a primeira parcela da PLR será paga já na próxima semana, em 10 de outubro, e a segunda, após a aferição dos resultados, será paga em 10 de maio de 2023. Nas próximas semanas, os sindicatos que compõem a Intercel farão a impressão e distribuirão aos trabalhadores a versão impressa do ACT 2022/2023, conforme é realizado todos os anos, logo após a assinatura do documento.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1551 de 06 de outubro de 2022

Trabalhadores da Celesc aprovam em assembleias proposta de ACT e PLR

Na terça-feira, 20 de setembro, a Intercel foi finalmente recebida pelo Presidente Cleicio Martins, no intuito de levar as demandas reprimidas e evitar uma iminente greve. Na conversa inicial, o tom de negativas ainda foi mantido, porém, após muita discussão, houve uma sinalização de conversa entre os diretores. Após uma pausa, nova reunião foi realizada, mas o presidente apostava que os sindicatos estariam preocupados apenas com a liberação de dirigentes sindicais, e que se a situação da redução de dirigentes fosse resolvida, a proposta pífia seria imediatamente aprovada. Ledo engano. Os sindicatos têm bandeiras de luta definidas em conjunto com os trabalhadores, e essas premissas não seriam abandonadas.

Até então, o indicativo era o encaminhamento de uma greve, o que é desgastante para todos. Quando os dirigentes estavam prestes a se dirigir para suas bases, o presidente ligou e então pediu nova reunião, já tarde da noite de terça-feira, que resultou em uma proposta mais aderente a ser aprovada pelos trabalhadores. Além das cláusulas já informadas nos boletins da Intercel, foram oferecidos o reajuste salarial pelo IPCA integral, referente a 30 de setembro, data base da Celesc, a gratificação de 25 anos para os novos empregados, manutenção do mesmo quantitativo de dirigentes sindicais liberados, criação de um GT anuênio e gratificação de férias e o abono dos dias parados nas 3 últimas mobilizações. Para a PLR, a proposta melhorou também. As assembleias aconteceram na quarta-feira, 21 de setembro, em todo o estado, e aprovaram a proposta de ACT e o Acordo de PLR. Se você ainda não é sindicalizado(a), procure o sindicato da sua base e filie-se: a sua contribuição faz a luta ainda mais forte!

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1549 de 22 de setembro de 2022

Ralf Zimmer é o oitavo candidato a assinar carta compromisso em defesa da Celesc pública

Dos dez candidatos ao governo de Santa Catarina, oito já assinaram o compromisso de manutenção da Celesc Pública, se eleitos. Apenas Carlos Moisés (Republicanos), candidato à reeleição, e Odair Tramontin (Novo), não assinaram o documento. Ralf Guimarães Zimmer Júnior, do PROS, foi o oitavo candidato a assumir o compromisso, nesta terça-feira, dia 20, na sede do Sinergia, em Florianópolis.


Ralf se comprometeu, além de manter a Celesc Pública, a lutar pela aplicação do home office na empresa, seguindo o que já é aplicado em outras instituições públicas do estado, e a nomear servidores de carreira para funções estratégicas, se eleito. Além disso, sobre a divisão dos lucros na empresa, também prometeu fazer a distribuição apenas a quem é servidor de carreira da companhia: “quem é comissionado, de fora, já foi agraciado ao ganhar um cargo que depende apenas da tinta da caneta do governador de estado de plantão. Não deve ter direito a lucro porque não fez por merecer”. E questionou: “o que fez para merecer um cidadão que entra na Celesc com um canetaço do governador e passa a receber lucro do trabalho de quem está há 20 ou 30 anos na empresa? Não fez nada, então não deve merecer. Eu vou extinguir, se eleito governador, um centavo de lucro para comissionado de fora e garantir 50%, no mínimo, dos cargos comissionados, incluindo direção, para os servidores de carreira”. Ralf concluiu: “a Celesc não é para enriquecer amiguinho do governador. A Celesc é para servir o catarinense e honrar o trabalho de quem está há 20 ou 30 anos subindo em poste. É pra isso que a gente vai trabalhar.”


A Intercel e o Conselheiro Eleito pelos trabalhadores seguem buscando todas as candidaturas ao governo do estado para que assinem o compromisso de manutenção da Celesc Pública, se eleitos. O prazo final para os candidatos assinarem o documento encerra nesta segunda-feira, 26 de setembro.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1549 de 22 de setembro de 2022

Leandro Brugnago Borges assume compromisso com a Celesc pública

O candidato a governador pelo Partido da Causa Operária (PCO), Leandro Brugnago Borges, assinou a carta compromisso em defesa da Celesc Pública no mesmo dia que o candidato Gean Loureiro, na quarta-feira da semana passada.


Leandro afirmou que, para o PCO, “a participação da classe operária e do partido operário nas eleições é obrigatória como parte do desenvolvimento político das massas, que somente podem superar o parlamentarismo burguês pela experiência prática. Neste sentido, a intervenção política independente nas eleições com um programa socialista e de luta por um governo próprio da classe trabalhadora é imprescindível”.


O candidato também relatou que seu partido propõe a atuação unificada da classe trabalhadora para barrar qualquer tentativa de privatização da Celesc, as tentativas de privatização que já estão em andamento, bem como a reestatização de todas as empresas e serviços públicos privatizados, como a Eletrobras, através de mobilizações e greves.


Durante a assinatura, Leandro também afirmou que seu partido não semeia a ilusão de que “os problemas da classe trabalhadora, originados pelo capitalismo, possam ser resolvidos pelo voto, mas sim pela mobilização de classe, com seus próprios meios de luta e pelo estabelecimento de um governo próprio da classe operária”. Leandro é marceneiro e tem como candidato a vice-governador Jair Fernandes de Aguiar Ramos, do mesmo partido.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1549 de 22 de setembro de 2022

Gean Loureiro assina carta compromisso em defesa da Celesc pública

Na quarta-feira da semana passada, dia 14, em Rio do Sul, o candidato a governador Gean Loureiro (União Brasil) assinou a carta compromisso em defesa da Celesc Pública. Estavam presentes no ato da assinatura o atual Representante dos Empregados no Conselho de Administração da empresa, Paulo Horn, o ex-Conselheiro, Leandro Nunes, e os dirigentes do Sintevi, João Batista de Liz, e do Sindinorte, Ingrid Voigt.


Loureiro, que foi eleito vereador, deputado e prefeito de Florianópolis para dois mandatos, afirmou que vê a Celesc como uma empresa “destinada a realizar políticas públicas que levem energia a todo o estado”. Ele também disse ter recebido críticas “sobre a falta de acesso da atual administração da empresa e da lógica mercantilista dos acionistas”, colocando-se como defensor de uma empresa que prime pelo atendimento à população catarinense e não uma empresa que apenas busque o aumentar o lucro para seus acionistas.


O Conselheiro e os dirigentes da Intercel presentes fizeram um breve relato da importância da manutenção da Celesc Pública, empresa indutora do desenvolvimento de Santa Catarina, e da necessidade da companhia ser gerida com foco no bom atendimento à sociedade, respeitando os seus trabalhadores e buscando um diálogo franco e direto com suas entidades de representação e com a sociedade.


Gean afirmou que não pensa em privatizar a empresa, mas deixou claro que a decisão depende da possibilidade de mudar o modo de trabalho apresentado pela atual administração, “introduzindo a lógica de priorizar o bom atendimento e não a satisfação dos acionistas”. O candidato também explicou que, se eleito, manterá portas abertas às representações dos celesquianos, buscando o diálogo para a construção de uma Celesc Pública eficiente e sustentável para levar energia de qualidade a toda a população catarinense.


Por fim, o candidato encaminhou uma correspondência à representação dos empregados no Conselho de Administração, afirmando que “a Celesc deve cumprir seu papel social, atendendo bem a sociedade catarinense, seus clientes domiciliados nas regiões urbanas e rurais, com investimento em redes trifásicas e subestações, como condição para a manutenção do seu caráter público”.


Gean foi o sexto candidato ao governo de Santa Catarina a assinar a carta compromisso, após Décio Lima (PT), Jorginho Mello (PL), Jorge Boeira (PDT), Esperidião Amin (PP) e Professor Alex Alano (PSTU).

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1549 de 22 de setembro de 2022

Assembleias rejeitam proposta de PLR e aprovam paralisação amanhã

Foi aprovada nas Assembleias de Trabalhadores da Celesc em todo o estado uma paralisação de um dia para esta sexta-feira, dia 16 de setembro, em resposta à negativa da empresa em apresentar uma proposta de PLR mais justa com os celesquianos. A categoria já havia rejeitado nas assembleias no mês passado a primeira proposta apresentada pela Direção da empresa. A nova proposta, após a rejeição, não teve muitas mudanças e foi igualmente ruim.


O presidente e a Diretoria da Celesc fazem comunicados e discursos enaltecendo os resultados positivos da Celesc. Recorde de lucros, premiações por boa avaliação dos consumidores, restabelecimento da energia em tempo recorde após inúmeras catástrofes climáticas, mas na hora desse reconhecimento sair do discurso e vir para a prática, os trabalhadores ficam a ver navios.


A paralisação aprovada em todo o estado acontece no mesmo dia em que Celesc e sindicatos voltam a negociar cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1548 de 15 de setembro de 2022