Tag Archives: Intersul

Lançamento da Campanha em Defesa da Aposentadoria Especial dos Eletricitários acontece nesta quarta-feira (09/08)

Nesta quarta-feira, 9 de agosto, a partir das 9h, junto ao relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, na Câmara dos Deputados, os eletricitários lançam a Campanha em Defesa da Aposentadoria Especial dos Eletricitários.

No evento, será exibido um vídeo para sensibilizar parlamentares e a sociedade sobre a importância do direito à aposentadoria especial a eletricitários que trabalham expostos em contato com eletricidade, correndo risco de acidentes e até morte.

O CNE, o Sinergia a Intersul participam da campanha.

Intersul realiza atos públicos simultâneos em Florianópolis e Candiota

A defesa do controle público da Eletrobras e a Manutenção da fase C da Usina de Candiota (RS) foram os principais focos de duas manifestações simultâneas realizadas pela Intersul e pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) na semana passada. Na segunda-feira, dia 26, em frente à Câmara de Vereadores de Florianópolis e em frente à Usina Termelétrica de Candiota, os atos chamaram a atenção de comunidades locais, de movimentos sociais e sindicais, assim como de agentes políticos da região.


No ato na Câmara de Florianópolis, as vereadoras Tânia Ramos (PSOL), Carla Ayres (PT) e Mandata Bem Viver (PSOL) fizeram questão de descer até o local da manifestação e fazer uso da palavra em apoio aos Sindicatos e movimentos sociais presentes. O Deputado Federal Pedro Uczai (PT) esteve no ato e falou sobre a importância das organizações que lutam pela manutenção das empresas públicas e do patrimônio do povo brasileiro. O ex-Deputado Milton Mendes e a ex-Senadora e Ministra Ideli Salvatti também se manifestaram no mesmo sentido. Sindicatos de outras categorias ligadas a trabalhadores, estudantes e movimentos sociais como os Atingidos por Barragens (MAB) estiveram representados e discursaram dando apoio à mobilização, ressaltando a importância de manter a sede da CGT Eletrosul em Florianópolis, e da necessidade de garantir serviços públicos com qualidade e preço justo a toda a população.


Ao mesmo tempo, outro ato ocorria em frente à Usina Termelétrica de Candiota, que pertence à CGT Eletrosul, com a presença de mais de 400 pessoas, trabalhadores, dirigentes sindicais, representantes de outras categorias, representantes de deputados da região, vereadores de municípios próximos e o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB). A Intersul e o CNE foram representados no ato pelos dirigentes do Senergisul, Darlan Oliveira e Maria Cristina da Silva, e pela Coordenadora do CNE, Cecy Marimon, que denunciaram os efeitos nefastos de um possível fechamento da usina para as comunidades da região.


A gestão privada da Eletrobras, além das ameaças da reestruturação e das demissões pelo PDV, tem aterrorizado a categoria pela possibilidade de fechamento da fase C da Usina de Candiota, localizada numa região onde grande parte da economia gira em torno do carvão, da produção de energia pela usina e do aproveitamento dos resíduos (cinzas) pela indústria cimenteira, além dos empregos diretos e indiretos na própria CGTEletrosul e no comércio local. Os dirigentes sindicais e vereadores presentes enfatizaram a importância da Fase C para a região e para a metade sul do Rio Grande do Sul.


O Prefeito de Candiota destacou que uma comissão representativa do município irá a Brasília denunciar as ameaças da Eletrobras e buscar apoio da bancada gaúcha e do Ministério de Minas e Energia, com a presença da diretora do Senergisul, Maria Cristina da Silva, representando também a Intersul. Entre outras alternativas, buscam uma solução que contemple a criação de uma emenda na legislação referente à extração e à comercialização do carvão similar à Lei aprovada pelo Senado em relação ao carvão de Santa Catarina. Essa mudança na legislação, em conjunto com a atuação do Ministério de Minas e Energia junto à gestão privada da Eletrobras, poderá representar uma solução para a região.


A sindicalista Maria Cristina Silva da Silva enfatizou a necessidade do Brasil fazer uma transição energética justa e inclusiva, cuidando do meio ambiente, mas ao mesmo tempo, tendo o cuidado necessário com a sociedade e com a economia dos municípios, além de um processo de readaptação e capacitação dos trabalhadores.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1583 de 06 de julho de 2023

Intersul inicia negociações da PLR 2023

Em reunião realizada em 3 de maio, a Engie apresentou os resultados da PLR 2022 e a Intersul reapresentou suas propostas para melhorar o Acordo de PLR, no que se refere à forma de distribuição, elegibilidade e troca de informações. As propostas da Intersul para melhorar o Acordo de PLR consideram as avaliações recebidas dos empregados nos últimos quatro anos; neste período, os trabalhadores sistematicamente manifestaram contrariedades com o atual modelo de PLR, o que culminou com a rejeição nas assembleias no ano passado por 2/3 dos participantes.


Seguem as propostas apresentadas pela Intersul na reunião:


Adiantamento: A Intersul propõe reajustar o valor para R$ 2.700,00 e limitar o desconto em 25% da remuneração. O limite tem como objetivo elevar o valor pago para os empregados com salários mais baixos.


Ajuste do POOL: O Ajuste tem causado descontentamento generalizado entre os empregados, e pelo terceiro ano consecutivo, supera a casa dos 13%, causando um sentimento de perda. A Intersul apresenta duas propostas, com objetivo de fazer uma distribuição mais justa da PLR: 1- Na primeira opção, os valores utilizados para “premiar os melhores desempenhos” seriam aqueles deixados de serem pagos pelo não atingimento das metas dos menores desempenhos. Neste formato, não haveria necessidade de “AJUSTE DO POOL” e todos receberiam no mínimo a meta atingida. Na atual forma de distribuição, todos sofrem descontos em relação à meta atingida. Em relação a PLR 2022, paga em 28 de abril, os menores valores pagos em números de remunerações ficaram entre 2,23 e 2,51 e os maiores chegaram a 4,18 remunerações. Este ajuste atende os interesses dos empregados e traz um sentimento de distribuição mais justa. 2- A segunda opção apresentada pela Intersul é a redução do percentual dos alavancadores que, no atual Acordo, iniciam em 50% e chegam a 150% do atingimento das metas. Com a redução proposta pela Intersul, ficariam limitados entre 75 e 125, e reduziriam a necessidade de ajuste do POOL. As duas propostas apresentadas pela Intersul não são excludentes e, com certeza, tornariam mais justa a distribuição da PLR.


Elegibilidade: A proposta da Intersul é tratar todos os empregados da mesma forma, incluindo todos no programa, assim como está previsto no Acordo Quadro Mundial. Na proposta inicial do novo modelo de PLR em 2019, a empresa excluía todos os empregados que não estivessem em atividade na empresa, com uma lógica utilitarista de que empregados afastados por auxilio doença, acidente de trabalho, licença maternidade, licença paternidade e cedidos para o Sindicato não contribuíam para o resultado da empresa. Essa posição utilitarista contrária aos compromissos tão enaltecidos pela empresa com o amparo e o respeito aos empregados enquanto seres humanos, foi superada quando a empresa
aceitou incluir os empregados afastados por acidente do trabalho, licença paternidade e licença maternidade, no entanto, a empresa insiste em excluir do pagamento integral no programa os empregados afastados por doença e cedidos para o Sindicato. Essa lógica utilitarista passa a desagradável mensagem aos empregados de que somos considerados importantes enquanto estamos efetivamente no trabalho, porém, quando precisamos nos afastar para um tratamento de saúde, não somos mais importantes e ficaremos desamparados.


Troca de Informações: A troca de informações em relação ao Programa de PLR está aquém das necessidades para acompanhamento do cumprimento do acordado e dificulta uma avaliação mais precisa e consistente sobre os resultados do Acordo de PLR. Entre as questões que precisamos destacar, encontrase a Versão Orçamentária V1, o resultado das metas das UOs e o expurgos previstos no programa. A troca de informações, além de ser um direito dos empregados, é um dever dos dirigentes sindicais de acompanhar o cumprimento do acordo e está previsto na legislação da PLR.


Pesquisa sobre a PLR 2022: A Intersul promoverá nos próximos dias uma pesquisa para obter informações e a opinião dos empregados em relação aos resultados e acordo de PLR. A contribuição de trabalhadoras e trabalhadores da Engie é muito importante e vai orientar as intervenções dos dirigentes sindicais da Intersul nas negociações da PLR 2023 que os Sindicatos estão realizando.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1580 de 26 de maio de 2023

Sindicatos da Intercel e Intersul defendem primarização do trabalho e não terceirizações

A terceirização em empresas públicas tem sido tema de debate em todo o País. Enquanto alguns argumentam que a terceirização pode ser solução para reduzir custos e aumentar a eficiência, outros afirmam que ela pode ter impacto negativo nos direitos dos trabalhadores e na qualidade do serviço prestado. De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a terceirização em empresas públicas tem sido uma prática cada vez mais comum, especialmente em setores como saúde, educação e transporte. No entanto, muitas dessas empresas terceirizadas oferecem salários mais baixos e menos benefícios que a trabalhadores diretamente contratados, o que pode resultar em desigualdades significativas. A terceirização também pode levar a perda de controle da qualidade do serviço prestado pelas empresas públicas. Quando os trabalhadores são terceirizados, a empresa contratante não tem a mesma capacidade de supervisionar e garantir que os serviços sejam prestados de maneira adequada e de acordo com normas e regulamentações. Por esses motivos, especialistas em direito trabalhista e sindicatos têm repudiado a terceirização em empresas públicas. Embora pareça uma solução atraente para reduzir custos em empresas públicas, os custos humanos e sociais devem ser levados em conta antes de tomar essa decisão. Alguns sindicatos e organizações de direitos trabalhistas têm lutado contra a terceirização em empresas públicas. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o ex vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, afirmou que “a terceirização é um ataque aos direitos trabalhistas e pode levar à precarização do trabalho e à redução dos salários. É importante que as empresas públicas contratem diretamente seus trabalhadores para garantir que eles tenham os mesmos direitos e benefícios”.


Terceirização e o setor elétrico


O setor elétrico é um dos mais importantes e essenciais para o desenvolvimento econômico e social de um País. No entanto, a natureza das atividades realizadas neste setor pode ser perigosa, e acidentes de trabalho são uma preocupação constante para trabalhadores e empresas envolvidas. A terceirização tem sido uma prática comum no setor elétrico, especialmente em áreas como construção, manutenção e controle de linhas de transmissão e subestações. No entanto, especialistas têm levantado preocupações sobre a segurança de trabalhadores terceirizados e comparado seus níveis de acidentes de trabalho com funcionários próprios. De acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), trabalhadores terceirizados no setor elétrico têm mais chances de sofrer acidentes de trabalho que os próprios funcionários. O estudo analisou dados de acidentes registrados em empresas de distribuição de energia elétrica entre 2010 e 2015 e descobriu que a taxa de acidentes entre terceirizados era quase o dobro de funcionários próprios. Outro estudo realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2017 também apontou para a mesma tendência. O estudo analisou dados de acidentes registrados em empresas de energia elétrica em todo o País e descobriu que a taxa de acidentes entre terceirizados era significativamente maior que a de próprios funcionários. Além disso, trabalhadores terceirizados também tendem a sofrer lesões mais graves e ficar mais tempo afastados do trabalho após um acidente.


Em resumo, os dados sugerem que trabalhadores terceirizados no setor elétrico enfrentam risco maior de acidentes de trabalho do que funcionários próprios. É importante que empresas contratantes, empresas terceirizadas e autoridades governamentais trabalhem juntas para garantir a segurança dos trabalhadores e minimizar o risco de acidentes no setor elétrico.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1578 de 27 de abril de 2023

Intercel e Intersul fazem planejamentos para próxima campanha data-base

Os Sindicatos que compõem a Intercel e a Intersul se reuniram nesta semana para debater e planejar separadamente as próximas campanhas data-base na Celesc e na CGT Eletrosul. O encontro da Intercel foi realizado na cidade de Criciúma e o da Intersul, em Joinville.


Os encontros tiveram início com palestrantes que fizeram diagnósticos dos cenários político, econômico e do setor elétrico local e nacional. A partir dessa análise de conjuntura e debates sobre os temas, foram construídas a agenda e as estratégias para as campanhas data-base 2023-2024.


Em Criciúma, a Intercel também debateu sobre assuntos pendentes, como o andamento dos Grupos de Trabalho na Celesc (Isonomia, Gratificação Ajustada e Plano de Cargos e Salários) e a necessidade de cobrança de avanços nas negociações da proposta alternativa de plano de saúde e da negociação da PLR 2023. Também houve a troca da coordenação da Intercel. No sistema de rodízio (a cada ano, o/a dirigente de um Sindicato diferente atua na Coordenação), Cleber Borges da Silva (Sintresc) passou a coordenação para Marlon Antônio Gasparin (Stieel). Ao término do encontro, a Intercel comunicará a direção da Celesc sobre a mudança da interlocução com os sindicatos. Na reunião de Joinville, a Intersul, reunida com dirigentes sindicais dos três estados do Sul, além de Mato Grosso do Sul, também debateu estratégias para o próximo período nas lutas relacionadas à campanha pela reestatização, a defesa das fundações e dos planos de saúde das empresas Eletrobras e também as questões organizacionais do funcionamento da Intersul.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1577 de 20 de abril de 2023

Protesto suspende alterações no estatuto da Elos

Após um primeiro protesto realizado dia 04 de abril, e um pedido de vistas do conselheiro eleito pelos participantes, a nova reunião do Conselho Deliberativo da Fundação ELOS que pretendia alterar o Estatuto da Entidade foi remarcada e ocorreu dia 11/04/2023.


Novamente os participantes convocados pela Intersul em parceria com diversas entidades que representam trabalhadores ativos e aposentados protestaram em frente ao prédio da ELOS, e exigiram ser recebidos na sala de reuniões do Conselho Deliberativo, onde entregaram nas mãos dos Conselheiros presentes uma carta aberta aos Conselheiros explicitando as razões do protesto. E que há um Manifesto que conta com a assinatura de um grande números de participantes da ELOS no mesmo sentido. Em resumo o manifesto, dentre outras considerações, reafirma a posição das entidades de representação dos trabalhadores e participantes da ELOS, de que as patrocinadoras estão por meio destas alterações estatutárias, buscando alijar os participantes da tomada de decisões na gestão das fundações.

O manifesto destaca ainda, que existe cláusula contratada de acordo coletivo de trabalho entre a Eletrobras e o Coletivo Nacional dos Eletricitários, pela qual alterações desta natureza nos Fundos de Pensão devem ser debatidas com participação das entidades representativas dos trabalhadores e beneficiários. Como consequência deste novo protesto e da entrega deste carta aberta, a reunião do Conselho Deliberativo foi suspensa e os manifestantes fizeram mais um apelo para os Conselheiros e especialmente ao Presidente do Conselho Deliberativo indicado pela Patrocinadora CGT Eletrosul, que a decisão de alterar o estatuto não seja pautada novamente enquanto a Eletrobras e o CNE não definirem a forma do cumprimento da Clausula do ACT “Forum das Fundações”.

O descumprimento desta clausula por parte das patrocinadoras está sendo discutido em Juízo, e ainda não há mérito julgado, no entanto, nenhuma outra Fundação patrocinada pelas Empresas da Eletrobras manteve em pauta as alterações estatutárias, que podem perfeitamente aguardar um debate mais aprimorado, não havendo nenhuma razão para somente a CGT Eletrosul continuar insistindo em realizar as mudanças na ELOS a toque de caixa, sem o devido debate das alterações com os representantes dos participantes conforme estabelecido no Acordo Coletivo assinado pelas patrocinadoras.


Leia na íntegra o manifesto dos participantes da Fundação Elos entregue diretamente ao Conselho Deliberativo:
https://forms.gle/KXBNFnBbwmkBTFkz7

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1576 de 13 de abril de 2023

Entrevista – Tiago Vergara, representante da Intersul no CNE, fala sobre a importância da criação da frente parlamentar

Desde o início de 2022, o dirigente do Sinergia Tiago Bitencourt Vergara tem passado mais tempo em Brasília do que na base, junto à categoria, em Florianópolis. Tiago abdicou do convívio com a família para se dedicar quase exclusivamente a representar os sindicatos da Intersul no Coletivo Nacional dos Eletricitários Ele passou por praticamente todos os 513 gabinetes de deputadas e deputados na Câmara Federal buscando apoios, primeiramente contra a privatização e, desde o meio do ano passado, pela reestatização da Eletrobras. A atual legislatura (eleita em outubro de 2022) tomou posse em fevereiro deste ano. Em pouco mais de um mês, Tiago e demais companheiros designados pelos sindicatos de todo o país para atuarem em Brasília, conseguiram articular na Câmara e no Senado Federal a criação da Frente Parlamentar Mista pela Reestatização da Eletrobras. Na entrevista abaixo, ele comenta como foi o trabalho para construção da Frente e qual a importância desse espaço de debate na luta pela retomada da Eletrobras Pública. Confira:


LV: Como se deu o processo de articulação para criação da Frente Parlamentar Mista pela Reestatização da Eletrobras?


Tiago: Desde a campanha presidencial, o Coletivo Nacional dos Eletricitários está em constante diálogo com o governo, com o intuito de levar adiante a luta pela reestatização da Eletrobras. Fomos convidados a participar de um evento no Palácio do Planalto no dia 31 de janeiro, ocasião do lançamento do Conselho de Participação Social pelo presidente Lula e, naquele dia, manifestamos através de nossas bandeiras, a necessidade de reestatizar a Eletrobras. Estavam presentes todos os ministros do governo Lula e então fomos provocados pelo deputado federal Pedro Uczai a criarmos uma Frente Parlamentar Mista pela Reestatização da Eletrobras. Levamos a demanda para apreciação e deliberação do CNE e resolvemos implantar o plano. A partir daí, conversamos com alguns parlamentares e o deputado Alencar Santana ficou como proponente da Frente. Depois disso, a tarefa principal do CNE foi coletar as assinaturas necessárias para o lançamento da Frente. Nos dividimos no Congresso Nacional e dialogamos com praticamente todos os parlamentares, entre deputados e deputadas federais e senadores e senadoras. Enviamos e-mails para as pessoas parlamentares, fizemos ligações e, no dia 22/03, fizemos o lançamento da Frente na Câmara dos Deputados.


LV: Qual a importância de ter essa Frente criada neste momento?


Tiago: É necessário realizar o debate no Congresso Nacional e a Frente vai cumprir este papel. A MP1031 tramitou em regime de urgência, durante a pandemia, a partir da alteração do regimento da Casa. Naquele momento, não houve a possibilidade de realizarmos debate nem na Câmara dos Deputados, nem no Senado e nem com a sociedade. Desta forma, a Frente cumprirá este papel, onde apontaremos os problemas da privatização e realizaremos propostas de desdobramentos, afim de apurar as responsabilidades e encaminhar o processo de reversão deste crime que foi cometido contra o povo brasileiro.


LV: Quais os próximos passos, a partir da criação da Frente, no processo de reestatização da Eletrobras?


Tiago: Com a Frente criada, vamos propor várias atividades, dentre elas, uma plenária nacional de mobilização das lideranças dos partidos, dos movimentos sociais, do movimento sindical, para que possamos ampliar o debate na socieade. A Frente também contará com coordenações regionais, por estados, também com o intuito de capilarizar o debate da reestatização da Eletrobras. A Frente também institucionaliza o processo de reestatização. Todas as articulações políticas deste processo inédito no Brasil, serão realizadas através da Frente Parlamentar Mista pela Reestatização da Eletrobras.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1574 de 30 de março de 2023

Entidades colaboram entre si para aumentar capacidade de atuação sindical

A Reclamatória Pré-Processual da Intersul junto ao TST teve mais uma audiência conciliatória do Acordo Coletivo Específico com a CGT Eletrosul. A audiência ocorreu no dia 10 de março e os Sindicatos demonstraram disposição de fechar o ACT. Os Sindicatos da Intersul apresentaram nos autos do processo a declaração do Sintec-RS, pela qual este sindicato concorda em ceder temporariamente a vaga não ocupada de dirigente sindical liberado garantida no ACT Específico do Sintec, para ser utilizada a critério da Intersul. Assim, amplia em uma vaga o número de dirigentes da Intersul liberados para atividades sindicais. Foi um importante gesto de solidariedade e colaboração entre as entidades sindicais em favor da luta, que é de todos os trabalhadores. O fechamento do ACT Específico agora só depende da manifestação formal da CGT Eletrosul aceitando a solução construída pela colaboração entre as entidades sindicais.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1572 de 16 de março de 2023

A importância das filiações aos sindicatos da Intercel/Intersul para manutenção das lutas

Os eletricitários catarinenses acumulam um histórico de lutas que já beira meio século de existência e resistência. Dos governos da ditadura militar à abertura democrática acumulamos conhecimento, experiência e um longo repertório de greves e embates sempre na luta pela preservação das empresas públicas e da conquista de direitos. Hoje podemos olhar para trás e dizer, com toda certeza, que a existência de uma CELESC pública foi fruto da luta corajosa dos trabalhadores que sempre responderam prontamente ao chamamento dos sindicatos. Nossa maior greve de dezenove dias, em 1996, impediu que a empresa fosse a leilão e consolidou a garantia de emprego como cláusula pétrea de nosso Acordo Coletivo de Trabalho. Em 2016, outra greve de dez dias demonstrou que a nova geração também compreende a importância de mantermos a unidade na defesa de nossos interesses como categoria. Foi esta unidade que garantiu também o fechamento do último Acordo Coletivo num cenário bastante adverso. É neste sentido que convidamos você, que ainda não é filiado(a), a ingressar nesta entidade. Na CGT Eletrosul, do mesmo modo, os sindicatos seguem resistindo aos ataques do antigo governo e brigando pela reestatização da companhia. Nenhum Sindicato pode ser forte e representativo se não tiver recursos próprios para sua manutenção e aperfeiçoamento.


Nos últimos anos, as empresas públicas, em geral, diminuíram seus quadros próprios, afetando seriamente o caixa dos sindicatos. Não foi diferente na CELESC com seus sucessivos programas de demissão incentivada. O mesmo vem acontecendo hoje na CGT Eletrosul: uma tentativa de redução de quadros ao máximo. Se nosso objetivo é continuar lutando por uma CELESC Pública e pela reestatização da Eletrobras, devemos estar preparados e não podemos dispensar a participação de ninguém. Autonomia financeira é imprescindível para um Sindicato que deseja representar autenticamente os trabalhadores, jamais se dobrando aos interesses dos patrões. Junte-se a nós nesta luta!


Uma CELESC pública e eficiente e uma Eletrobras reestatizada dependem do engajamento de cada companheiro e companheira.


Por quê sindicalizar?
Seu objetivo principal é a defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos de seus associados. Também é papel dos Sindicatos organizar greves e manifestações voltadas para a melhoria salarial e das condições de trabalho da categoria.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1563 de 05 de janeiro de 2023

Impasse nas negociações dos ACT’s específicos das empresas Eletrobras

Após o fechamento do ACT Nacional com base na proposta de mediação do TST, as negociações dos Acordos Coletivos Específicos das empresas Eletrobras são agora a forma pela qual as direções das empresas continuam a dificultar a vida dos trabalhadores.


O prazo de prorrogação dos Acordos Específicos fixados durante a mediação pelo TST, a princípio, se encerraria no dia 24 de agosto. Na medida em que as negociações com as empresas não avançam, alguns sindicatos no Norte e no Sudeste já peticionaram pedidos de Mediação Pré-Processual junto ao TST, assim como já deliberaram em assembleias a rejeição parcial das propostas apresentadas pelas empresas, em especial, as cláusulas que tentam dificultar a atuação dos sindicatos e restringir a liberação de dirigentes sindicais. Processo parecido se dá no âmbito da CGT Eletrosul, que tem manifestado aos dirigentes da Intersul durante as negociações a intenção de reduzir o número de dirigentes sindicais atualmente liberados para a Intersul, ainda que na visão dos sindicalistas, a redução nos níveis pretendidos pela CGT Eletrosul não encontre amparo na redação do texto aprovado no ACT Nacional.


Por isso a Intersul tem insistido na negociação, mas não está descartada a possibilidade de seguir o encaminhamento adotado por outras intersindicais que compõem o CNE, rejeitando em assembleias o modelo de cláusula de liberação sindical proposto pela empresa e denunciando ao TST a tentativa de impor restrições à atuação dos sindicatos combativos por meio da restrição às liberações de dirigentes sindicais.


No momento de fechamento desta edição do Linha Viva, na última terça feira, a Intersul aguardava um novo posicionamento da Diretoria da CGT Eletrosul, após a última reunião de negociação realizada em 22/08/2022, para então definir os novos encaminhamentos dos sindicatos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1546 de 25 de agosto de 2022