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Tarcísio Rosa e sua trupe levam celesquianos a enfrentarem dez dias de greve

Categoria se fortalece e se une ainda mais durante a greve

Os trabalhadores da Celesc enfrentam, até o fechamento desta edição do jornal, dez dias ininterruptos de greve. Não se via nada igual desde 2016, quando, mesmo com a mediação no Ministério Público do Trabalho, foram segregados o anuênio, a gratificação diferenciada de férias e a gratificação de 25 anos aos trabalhadores que ingrassassem na empresa após 1° de outubro de 2016.

 A negociação deste ano, conforme noticiado em edições anteriores do Linha Viva, foi bastante difícil, com a empresa tentando empurrar uma falsa ideia de que a proposta final em mesa era ainda melhor que a do ano passado. Não era, pois nos últimos anos, ou os trabalhadores receberam um abono que compensa perdas inflacionárias, ou tiveram avanços na isonomia de direitos – o que não foi proposto pela empresa em mesa de negociação. Além disso, a primeira proposta em mesa, pela empresa, não recuperava sequer a inflação em todas as cláusulas econômicas. Como disse uma ex-dirigente sindical em um dos piquetes, “é uma vergonha que diretores trabalhadores se prestem a esse papel com seus colegas”.

 Uma das bandeiras de luta principais deste Acordo Coletivo de Trabalho – e também de anos anteriores -, a isonomia de direitos, não veio até o fechamento desta edição. Por diversas vezes, a empresa argumenta que é preciso ter “responsabilidade”, “que se a Celesc completa 70 anos de história é por ter sucessivas diretorias que foram responsáveis”. Ocorre que esse senso de responsabilidade só vale quando o benefício é para o trabalhador. Na hora de aumentar a distribuição do lucro aos acionistas, esse senso de responsabilidade é vulgarmente esquecido por quem manda na companhia. Na hora aumentar o número de diretorias ou pensar nas vantagens que cada diretor(a) tem, o senso de responsabilidade também passa longe – ou alguém viu, nos últimos anos, algum corte de benefício aos diretores ou, até mesmo, o corte do número de diretorias?

 O presidente da Celesc, conforme se vê nas redes sociais, é tratado pela categoria como vilão e sem empatia alguma com seus empregados. A entrevista que deu a um canal de comunicação na sexta-feira passada gerou revolta e indignação em boa parte da categoria. De quebra, leva junto a imagem do governador Jorginho Mello (PL) para o ralo, já que a promessa de manter a Celesc Pública parece cair por terra diante de uma gestão privatista, teimosa e intransigente em diversos aspectos. O governador precisa reavaliar a manutenção de Tarcísio no comando da maior empresa de Santa Catarina.

 Apesar do momento tenso que a categoria vivenciou nos últimos dias, a população catarinense pode assistir à demonstração da unidade da categoria eletricitária e mais que isso: o amor à camisa! Celesquianos e celesquianas empenharam diversos serviços de maneira voluntária, sem bater o ponto, nos últimos dias. Seja após eventos climáticos nas regiões oeste, planalto norte ou para atender à demanda do hospital Santo Antônio, em Blumenau, nenhum celesquia no deixou de cumprir com as obrigações de manter a população sem risco de acidentes com choque elétrico.

 As mais de trinta moções de apoio e notas de solidariedade emitidas por entidades sindicais e órgãos de classe demonstram que as reivindicações da categoria eletricitária foram respeitadas pela maioria da população. Importante, ainda, registrar os apoios dos deputados estaduais Fabiano da Luz (PT), Neodi Saretta (PT), Padre Pedro Baldissera (PT), Marquito (PSOL), Dr. Vicente Caropreso (PSDB) e o vereador Bruno Ziliotto (PT), de Florianópolis, seja com a presença nos piquetes de greve, seja com manifestações nas Tribunas das Casas Legislativas ou em vídeos pelas redes sociais. A luta atravessou fronteiras e chegou ao conhecimento do deputado federal Glauber Braga (PSOL/RJ), que também manifestou apoio por vídeo.

 Seja qual for o desfecho dessa greve nos próximos dias, só há uma certeza: a categoria eletricitária sai dessa batalha vitoriosa, ainda mais unida, fortalecida e respeitada. O recado é claro: respeitem nossa história! Não mexam com nossos direitos!

Sinergia celebra 64 anos com festa

Toda a categoria é convidada a participar

 O Sinergia completa 64 anos de história, resistência e conquistas. São décadas de luta incansável em defesa dos direitos dos eletricitários e eletricitárias e pela valorização de quem garante energia de qualidade ao povo catarinense.

 Para marcar essa trajetória, convidamos a categoria para a Festa de Confraternização dos 64 anos do Sinergia. Será um momento de celebrar a unidade, a organização e a força coletiva que sempre caracterizaram nossa caminhada.

 Dia 3 de outubro (sexta-feira) 

A partir das 18h Sede do Sindicato – Rua Lacerda Coutinho, 149 – Centro, Florianópolis

 IMPORTANTE: Durante o evento, também será realizado o lançamento do 11º Concurso Literário de Conto e Poesia e da Oficina de Fotografia, além de exposições e apresentações culturais, reafirmando o compromisso do sindicato com a cultura e a expressão crítica da classe trabalhadora.

 Venha fortalecer esse momento de celebração e luta. 

Sem proposta, a greve na Celesc continua

Chegando ao quinto dia de paralisação, na sexta-feira (26/9), os eletricitários e eletricitárias de Santa Catarina seguem firmes na greve diante da ausência de uma proposta concreta por parte da Celesc que atenda às reivindicações da categoria.

Na quinta-feira (25/9), a direção da empresa chamou a Intercel (entidade que representa os sindicatos) para uma reunião e se comprometeu a apresentar uma resposta nesta sexta (26/9). No entanto, nenhuma novidade foi apresentada. Sem proposta, a categoria decidiu manter a mobilização.

Diante do impasse, a Intercel irá buscar mediação no Ministério do Trabalho na próxima segunda-feira (29/9), reforçando a disposição para o diálogo, desde que haja compromisso da empresa em avançar nas negociações.

A greve, iniciada na segunda-feira (22/9), tem como principais eixos a luta por reajuste salarial e pela isonomia de direitos entre todos os trabalhadores e trabalhadoras da Celesc. O movimento segue com forte adesão em todo o estado, assegurando apenas os serviços de urgência e emergência.

É GREVE: Celesquianos se unem em defesa da isonomia de direitos

GREVE TEVE INÍCIO NA SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO, EM TODAS AS REGIONAIS E NA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

 Os trabalhadores da Celesc iniciaram a semana demonstrando união e solidariedade de classe. Nos portões da empresa nas Agências Regionais, nas lojas e na Administração Central, a categoria participa de uma greve que revela sua indignação com os rumos das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 25/26 e cobrando isonomia de direitos entre os celesquianos. 

É que, apesar das inúmeras tentativas dos sindicatos que compõem a Intercel, a diretoria da empresa se mostrou insensível na mesa de negociação com uma das principais demandas da categoria: o pagamento do anuênio a todos os empregados. O argumento da empresa para a negativa é um problema temporário de “fluxo de caixa”. Os sindicatos ofereceram diversas propostas que driblavam o problema e até aliviavam para a empresa a questão do fluxo de caixa, mas todas elas foram negadas – dando a entender que, na verdade, a negativa da empresa não é uma questão econômica, mas sim, política.

 Nos primeiros dias de greve, nesta semana, os discursos nos piquetes cobravam respeito da diretoria à história dos celesquianos e ao esforço de seu trabalho, que faz da Celesc uma das empresas referência do setor no País.

 Na página 2, você confere notas de apoio e solidariedade de diversas entidades à luta de celesquianos e celesquianas. Entre elas, as centrais sindicais CUT/SC e CTB/ SC.

 Até o fechamento desta edição, na terça-feira, a greve segue forte em todo o estado. Ainda na segunda-feira, a Intercel fez o protocolo do pedido de mediação das negociações pelo Ministério Público do Trabalho. É fundamental que a categoria siga atenta aos informes e vídeos da Intercel pelas redes sociais e pelos seus boletins. A vitória da categoria nesse processo depende da nossa unidade! 

Categoria se mobiliza e cobra do Conselho de Administração retirada de pauta de projeto de reestruturação da Celesc

Cerca de 300 celesquianos de diversas regiões do estado promoveram um ato na porta da reunião do Conselho, na Administração Central

 A categoria eletricitária se reuniu na Administração Central na última quinta-feira, 18 de setembro, para protestar contra o projeto de reestruturação da Celesc, que estava pautado para ser debatido e votado pelo Conselho de Administração naquela data.

 O ato, que contou com cerca de 300 celesquianas e celesquianos de todas as regiões de Santa Catarina, iniciou às nove horas no hall do prédio da Administração Central. Preocupados com a gravidade do projeto, que pretendia mudar de forma rápida e arbitrária competências de diretorias e abrir portas para a terceirização irrestrita da Celesc, os trabalhadores decidiram subir até o hall do quinto andar no prédio do Itacorubi para que fossem ouvidos pelo Conselho. Dirigentes sindicais e trabalhadores se revezaram nas falas, lembrando que o projeto tramitou de forma açodada, sem debate algum com a sociedade ou com a representação da categoria.

 Cerca de duas horas após o início do ato, a Secretária de Governança do Conselho se dirigiu até o local onde os empregados protestavam e deu a notícia de que o projeto havia sido retirado de pauta naquela data. Os trabalhadores celebraram a notícia. 

De acordo com o Coordenador da Intercel, Ailton Communello, a retirada de pauta da reunião do Conselho “foi considerada uma grande vitória da classe trabalhadora e não teria ocorrido sem a mobilização e participação dos celesquianos. Precisamos, contudo, permanecer atentos e mobilizados para qualquer nova movimentação nesse projeto. Se necessário, a categoria será novamente chamada para protestar”.

Eletrobras desrespeita processo negocial e a categoria

Nova reunião sobre a PLR 2025 foi realizada na segunda-feira, 22 de setembro

Com a negociação da PLR 2025 em andamento, a empresa apresentou uma proposta que divide os trabalhadores, criando privilégios para um grupo em detrimento de outros. Na PLR 2024, houve o compromisso de que neste ano tudo seria diferente, mas a negociação só começou em agosto, com atraso, e a primeira proposta apresentada já retirava direitos importantes, como o piso e a isonomia na distribuição.

 O CNE respondeu com uma contraproposta que valoriza a todos, garantindo 4 remunerações como alvo, sem teto, com 50% da distribuição linear e a volta do piso, justamente para proteger os menores salários. Mas, no lugar de avançar, a Eletrobras retrocedeu, congelando o piso em valores de 2024 e restringindo o alvo de 4 remunerações apenas para nível superior, além de ignorar a legislação sobre pagamento no aviso prévio. Enquanto isso, a empresa anuncia ao mercado que os acionistas receberão R$4 bilhões em dividendos, consolidando-se como “caso claro de geração de dividendos”. 

Mas e os/as trabalhadores/as que sustentam os resultados, não vão receber sua parte justa nesse lucro? 

Para piorar o clima, em meio à negociação, a Eletrobras divulga diretamente aos trabalhadores aspectos da sua proposta que divide os empregados e contraria a posição das entidades sindicais. 

 A Intersul reafirma que a luta não acabou. Não aceitaremos propostas que dividem, desvalorizam e segregam a categoria. A PLR precisa ser justa para todas as pessoas que trabalham na empresa, sem distinção! Por isso chamamos os trabalhadores a se mobilizarem para se unirem em torno da proposta dos sindicatos!

Em nova reunião, em 22 de setembro, a comissão da PLR reiterou a preocupação com a divulgação, pela empresa, de uma simulação de valores para a PLR 2025. Destacou que, caso o resultado financeiro seja inferior ao ano passado, os valores simulados não serão alcançados. Solicitou-se a estimativa do valor em cenários diferentes de resultados, considerando o acumulado no primeiro semestre, o que a empresa novamente negou. Também reafirmou-se a necessidade de isonomia, sem diferenciação de PLR por cargos, a distribuição de parte do montante de forma linear, além do aumento do piso.

A representação da empresa insiste em dizer que esta é a proposta final. O CNE solicitou a manutenção da mesa de negociação aberta, aguardando melhoria na proposta e a apresentação do Termo de Pactuação para, então, levar à deliberação das assembleias.

Greve dos eletricitários e eletricitárias da Celesc segue com forte adesão

Nesta terça-feira (23/9), os trabalhadores e trabalhadoras da Celesc completam o segundo dia de greve. A paralisação cobra avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, com destaque para a garantia de isonomia a todas as pessoas que atuam na empresa.

Trabalhadores da Celesc na ARFLO/Capoeiras no segundo dia de greve

Além da reivindicação por reajuste salarial com ganho real, um dos pontos centrais da greve é a retomada do pagamento do anuênio para todos os empregados. Esse direito foi segregado em 2016, mesmo depois da mediação do Ministério do Trabalho e de uma greve de 10 dias, fazendo com que os contratados a partir daquele ano deixassem de receber 1% de reajuste anual, o que criou desigualdade entre os trabalhadores.

A greve tem ampla participação da categoria, com a manutenção dos atendimentos emergenciais e urgentes em hospitais, postos de saúde, delegacias e outros serviços essenciais. Nos demais casos, a Celesc opera com 30% do efetivo.

Os sindicatos que compõem a Intercel reforçam que a expectativa é de que a empresa apresente uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. Caso contrário, a greve continuará e tende a se fortalecer ainda mais.

Greve na Celesc: trabalhadores exigem valorização e direitos iguais

Em greve, trabalhadores e trabalhadoras da Celesc reivindicam melhores salários e a garantia de direitos iguais para todos que atuam na empresa.

A paralisação foi aprovada em Assembleia na última quarta-feira (17/9) e teve início nesta segunda-feira (22/9), envolvendo unidades da Celesc em todo o estado.

Na sexta-feira (19/9), após a deflagração da greve, a empresa chamou uma nova rodada de negociação e apresentou uma proposta reformulada, oferecendo reajuste em todas as cláusulas financeiras. No entanto, na manhã desta segunda, a categoria rejeitou a proposta por ampla maioria, exigindo também a retomada de direitos retirados em negociações anteriores.

“Nossa unidade entre os trabalhadores da Celesc demonstra nossa solidariedade entre colegas e disposição em lutar pela Celesc Pública”, destacou Leonardo Contin, diretor do Sinergia.

A greve continua em todo o estado, sendo mantidos apenas os serviços emergenciais. As direções dos sindicatos pedem a compreensão da população e reafirmam o compromisso com a defesa de um serviço público de qualidade para todos os catarinenses.

Intercel dá indicativo de GREVE nas Assembleias do ACT 2025/2026

Se rejeitada pela categoria a contraproposta ao ACT, a greve iniciará na segunda-feira, 22 de setembro

 As negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2026 de empregados e empregadas da Celesc tiveram início no dia 28 de agosto, com a primeira rodada marcada por forte sinalização da Diretoria de que não há disposição para avanços significativos.

Logo na abertura, o Diretor de Gestão Corporativa, Moisés Diersmann, deixou claro que a intenção da empresa é limitar as negociações à recomposição da inflação apenas em duas cláusulas: salário e vale-alimentação. Segundo ele, a Celesc enfrenta um momento de contingenciamento de gastos “por conta do baixo fluxo de caixa”. A fala inicial causou preocupação, pois indicava que a empresa tentará transferir a responsabilidade financeira apenas aos trabalhadores.

 Apesar do tom da primeira rodada, a segunda reunião, realizada no dia 3 de setembro, trouxe avanços importantes. A principal conquista foi a renovação do caput da cláusula que trata da Garantia de Emprego até 30 de setembro de 2028, considerada fundamental para que os trabalhadores possam exercer suas funções com segurança e tranquilidade. Também foi acordada a criação de um Grupo de Trabalho para discutir o Quadro de Dotação, com participação da Intercel. A estrutura sindical foi de batida e a Diretoria sinalizou disposição em manter ou ampliar o quadro atual de dirigentes liberados, mas sem firmar compromisso na recomposição solicitada na Pau ta de Reivindicações.

 Na terceira rodada, realizada em 5 de setembro, foram renovadas cláusulas importantes, como Licença-Prêmio, Programa Nutricional e Gratificação de 25 anos. Também foram debatidas bandeiras históricas da categoria, como o anuênio e a retomada da isonomia de direitos. A Intercel reforçou a necessidade de avanços, destacando que é possível construir alternativas para viabilizar a recomposição de direitos. A Diretoria, no entanto, manteve a argumentação de que “há limitações financeiras”.

 No dia 10 de setembro, durante a quarta rodada, a Intercel cobrou a inclusão das cláusulas de maior impacto financeiro na mesa de negociação. A empresa, por sua vez, não trouxe nenhuma proposta concreta sobre reajuste salarial ou anuênio – uma das cláusulas mais cobradas nesse dia. Além disso, surpreendentemente, retrocedeu na questão da estrutura sindical, informando que a manutenção do quadro de dirigentes liberados já não estava garantida — contrariando o que havia sido dito na rodada anterior. Para a Intercel, a postura representou um grave retrocesso e ameaça à organização dos trabalhadores, especialmente em um contexto de ataques às empresas públicas e à própria Celesc.

 A quinta e última rodada, realizada em 12 de setembro, confirmou as preocupações da categoria. A proposta da empresa limitou-se à recomposição da inflação nas cláusulas de salário e vale-alimentação, sem qualquer ganho real e sem abono de fechamento de acordo. Todas as demais cláusulas financeiras — como auxílio-creche, auxílio-funeral, benefício mínimo à aposentadoria, auxílio a empregados com deficiência, entre outras — tiveram proposta de reajuste ZERO, o que rebaixa o ACT da categoria.

A Intercel também apresentou uma proposta concreta para a retomada do Anuênio, com possibilidade de contribuição dos trabalhadores, mas a Diretoria se recusou a debater o tema. Para piorar, o Diretor Moisés afirmou que o Plano de Cargos e Salários (PCS) já seria um “ganho real”, desconsiderando que o PCS é uma política de carreira individual e não substitui as conquistas coletivas do Acordo Coletivo.

 Diante da falta de avanços e da proposta rebaixada apresentada pela Celesc, a Intercel avaliou que a negociação foi muito ruim. A proposta da empresa não contempla os anseios da categoria e seria levada para deliberação em Assembleias no dia 17 de setembro, com recomendação de rejeição – o fechamento desta edição do jornal se deu antes da realização das Assembleias.

 Sendo confirmada a rejeição à contraproposta ao Acordo Coletivo de Trabalho, a greve estará instalada. To dos os trabalhadores deverão estar nos portões de seus locais de trabalho na segunda-feira, 22 de setembro, a partir das 6h da manhã. Participe da luta por um Acordo Coletivo de Trabalho digno, que valorize e reconheça o esforço diário de cada celesquiana e celesquiano! 

“Classe operária organizada é a pior coisa que tem: ninguém segura”

Até Odete Roitman sabe a força que tem um trabalhador filiado a um sindicato

A frase título dessa matéria foi esbravejada pela per Arte: Canva sonagem Odete Roitman no mês passado em uma das novelas mais assistidas da atualidade. A vilã do folhetim explica, em poucas palavras, que quando os trabalhadores se organizam, eles se tornam uma força muito poderosa capaz de colocar medo na elite e no patronato. Para quem está no poder, isso pode ser assustador, porque ninguém consegue controlar ou impedir o que eles podem conquistar juntos.

 É fundamental compreender, contudo, que essa organização para melhoria das condições laborais e de renda dependem de uma organização. E essa organização é feita pelos sindicatos. A palavra “sindicato” é derivada da palavra grega syndikos (o que defende a justiça) e tem como seu objetivo mais radical a defesa do que for justo para as pessoas que trabalham.

 Dessa forma, na essência, o sindicato participa de tudo aquilo que tiver relação com a promoção da justiça para seus associados. Ele atua na luta por um Acordo Coletivo de Trabalho que atenda aos anseios das pessoas por ele representadas, por uma Participação nos Lucros e Resultados justa, por maiores e melhores condições de trabalho no que se refere à segurança e saúde e também em assuntos relacionados à previdência social e complementar. 

A proposta é fazer com que estes espaços ouçam e defendem as reivindicações e as dores das pessoas representadas. Do outro lado está o capital, os grandes empresários, os que, por condição sistêmica, oprimem a classe trabalhadora, reduzindo custos com pessoal, promovendo adoecimento, assédios morais, desrespeito às condições de trabalho e maior expropriação do valor gerado pelas pessoas que trabalham nas suas empresas.

 O objetivo desse lado é sempre aumentar os seus lucros. 

 Dessa maneira, precisamos nos identificar com quem  mais se parece conosco dentro da luta por justiça e aderir coletivamente nas organizações que representam essa luta, ou seja, aos sindicatos.

 As entidades representativas da classe trabalhadora são a organização das pessoas que laboram, com o objetivo de promover a justiça social e trabalhista para essas mesmas pessoas. Assim sendo, é fundamental a filiação aos sindicatos. Na categoria eletricitária, os sindicatos que compõem a Intercel e a Intersul têm feito uma luta árdua não apenas por melhorias salariais, mas pela manutenção dos empregos, por mais direitos relacionados à saúde, ao lazer e à segurança do trabalho, assim como para que toda a categoria tenha uma aposentadoria justa e digna. Atuam, ainda, para que a classe trabalhadora possa ser livre, atuar sem perseguições políticas e sem assédios de qualquer tipo. Toda luta tem um custo. E esse custo é dividido entre a classe trabalhadora. Filiar-se é um gesto político e de solidariedade aos demais colegas. 

A frase da vilã da novela representa simbolicamente todo o medo da elite brasileira, pois, na prática, é isso mesmo… classe trabalhadora unida é muito forte! Filie-se você também e fortaleça quem defende os seus direitos!