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Representante do CNE participa de GT na equipe de transição do novo Governo Federal

Entre os diversos Grupos de Trabalho (GT) que compõem a Equipe de Transição do novo Governo Federal, está o GT de Minas e Energia. Este grupo deverá debater com a equipe de governo do Presidente Lula, questões relativas à área de energia, inclusive auxiliando a formação de políticas neste campo.


Fazem parte deste grupo diversas personalidades indicadas por agentes de diversas áreas. Entre outras personalidades, Integram o GT, o ex-Ministro do Governo Lula, Anderson Adauto, o atual Senador da República, Jean Paul Prates, Professores e pesquisadores da UFRJ, líderes de movimentos populares como Robson Formica, especialista em Energia e Sociedade, que integra a Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e líderes sindicais da área de energia, como David Barcelar, que é Coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), e o Eletricitário Ikaro Chaves, engenheiro eletricista da Eletronorte e Diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras, que integra o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).


A indicação de Ikaro para o GT de Minas e Energia foi uma importante articulação do CNE, coletivo em que dirigentes sindicais da Intersul têm participado ativamente, para levar ao novo Governo as demandas dos Eletricitários, bem como a perspectiva dos trabalhadores para o setor de energia.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1557 de 18 de novembro de 2022

Coordenação do CNE se reúne com presidente da Eletrobras

A reunião solicitada pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) com o Presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Junior, ocorreu no dia 4 de novembro, no Rio de Janeiro, quando o PDV 2022 da Eletrobras já havia sido lançado em todas as empresas da holding e o prazo de inscrições já aberto desde o dia 01/11, com encerramento previsto para o dia 18/11.


A despeito dos prazos já transcorrendo, o CNE reafirmou ao Presidente as divergências quanto às condições apresentadas. Além de solicitar a prorrogação de prazo para as adesões, o CNE explicitou novamente o entendimento de que, para atender ao ACT Nacional assinado, o PDV 2022 deve ser superior ao PDV 2019, e no entendimento dos sindicatos, isso deve contemplar a opção de permanecer no Plano de Saúde por três anos em substituição à uma das parcelas da indenização pagas em pecúnia.


Estas questões e outras levantadas pelos dirigentes sindicais não foram atendidas pelo Presidente, de modo que a reunião foi pouco produtiva. Não havendo espaço para evoluir no diálogo com a Eletrobras, no decorrer desta semana, (após o fechamento desta edição do Linha Viva), o CNE realizaria reuniões com assessorias e sindicatos para avaliar as possibilidades de pleitear juridicamente o cumprimento do ACT, e garantir a opção de permanência no plano de saúde por três anos após o PDV, para os trabalhadores que assim desejarem, em igualdade de condições ao PDV 2019. Os boletins da Intersul e do CNE divulgarão eventuais encaminhamentos, assim que definidos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1556 de 10 de novembro de 2022

Eletrobras divulga regras e abre inscrições para PDV

O Programa de Demissão Consensual, previsto no ACT Nacional, foi divulgado pela Eletrobras, com prazo de inscrições a partir de 01/11/2022. A empresa chegou a noticiar a divulgação, sem dar sequer conhecimento das regras do PDV aos sindicatos. Por insistências do CNE, a Eletrobras, antes da abertura das inscrições, fez uma apresentação do PDV aos dirigentes sindicais em reunião com o Assessor de Relações Trabalhistas, onde os sindicalistas de imediato apontaram que, no entendimento do CNE, o incentivo instituído no PDV, relativo ao Plano de Saúde, não é superior ao incentivo praticado no ultimo PDV, como deveria ser a partir do que foi acordado no ACT Nacional mediado pelo TST.

Para o CNE, é necessário manter a opção dos trabalhadores quanto a permanência no Plano de Saúde por até 3 anos, a exemplo do PDV anterior, pois esta condição é mais vantajosa, especialmente para trabalhadores que já estão em tratamentos de alto custo, e que a indenização prevista no PDV não é suficiente para as despesas do tratamento. Na avaliação do CNE, a impossibilidade de optar pela manutenção do plano de saúde caracteriza descumprimento do ACT Nacional. Esta e outras observações e solicitações foram formalizadas pelo CNE em correspondência, e deverão ser respondidas pelo Presidente da Eletrobras em reunião presencial com a Coordenação Nacional do CNE, agendada para dia 04 de novembro, no Rio de Janeiro.


Cabe ressaltar que o CNE não participou da elaboração do PDV, e nem negociou suas condições, pois esta negociação implicaria na quitação de eventuais direitos trabalhistas, inclusive em ações já ajuizadas. Portanto, a apresentação aos sindicatos foi para conhecimento e verificação do pleno atendimento das condições mínimas previstas no ACT Nacional mediado pelo TST. Os boletins do CNE e da Intersul informarão os desdobramentos da reunião com o Presidente da Eletrobras e eventuais modificações das condições anunciadas do PDV, sem prejuízo para os trabalhadores que por convicção própria decidirem aderir dentro das condições já divulgadas.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1555 de 03 de novembro de 2022

PLR 2021 – Ministra relatora do TST proferiu decisão extinguindo dissídio

No dia 14 de outubro, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), através de sua assessoria jurídica, tomou conhecimento que a Relatora do Dissídio Coletivo 1000753- 46.2022.5.00.0000, Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, proferiu decisão julgando extinto o Dissídio que trata da PLR 2021 de trabalhadores e trabalhadoras das empresas que compõem o grupo Eletrobras, sem resolução de mérito, com fundamento no art. 485, VI, do CPC.

O CNE usa do Linha Viva e demais boletins e informativos, a partir da reprodução de trechos da petição apresentada pelos sindicatos através de sua Assessoria Jurídica, para explicar aos trabalhadores/as a verdade dos fatos. Resumindo, a ministra entendeu que o ajuizamento do dissídio, mesmo que de comum acordo entre as partes, deveria ser assinada também pelos Sindicatos. Na realidade, a decisão foi conjunta entre CNE e Eletrobras, e a petição inicial foi assinada apenas pelos representantes judiciais da ELETROBRAS, por entender que essa manifestação seria suficiente e poderia abarcar aos trabalhadores e trabalhadoras de todas as empresas.


A Assessoria Jurídica do CNE já protocolou os Embargos de Declaração com Efeitos Modificativos para que o juízo reveja sua decisão que, sob a ótica do CNE, com todo o respeito, está equivocada, pois não há necessidade ou obrigatoriedade dos sindicatos assinarem nenhuma petição inicial em conjunto com a empresa.

Nos Embargos de Declaração opostos pelos Sindicatos, as entidades afirmam que, em se tratando de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o posicionamento adotado pelo juízo não se aplica. Isso porque, a Lei 10.101/2000 estabelece especificamente que a PLR não pode ser concedida de maneira unilateral pelo empregador, já que determina a forma bilateral pela qual a verba será objeto de pactuação.


Assim, em sua peça, o CNE relembrou também, que foi constituída comissão paritária voltada à pactuação das regras destinadas ao pagamento da PLR/21, ante o impasse que se formou nas negociações empresas/sindicatos, e que foi instaurado procedimento de mediação perante a Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho, cujo andamento foi concluído em dezembro de 2021, também sem êxito, pela intransigência da Eletrobras. Os pontos controversos são, basicamente, o desconto de 25% pelas PLRs recebidas conforme o termo assinado no TST e consideradas “indevidas” pela Sest e pela Eletrobras, bem como o pagamento aos cedidos e anistiados.

O CNE pediu uma reanálise da decisão pela própria Ministra, esperando-se seja sanada a omissão em relação à peculiaridade do caso, com a concessão de EFEITOS MODIFICATIVOS, a fim de que tenha prosseguimento da ação de dissídio na forma da lei. Por conseguinte, pediu a realização de Audiência de Conciliação, diante da concordância da Eletrobras e tratar da parte incontroversa da PLR 2021.


A própria Ministra Delaíde deverá receber e julgar os Embargos, podendo reconsiderar a sua decisão e retomar o julgamento na situação antes da extinção do processo. Em caso de não acatamento e reconsideração por parte da Ministra, o CNE, através de sua assessoria, adotará as medidas processuais cabíveis que o caso requer.


ACT ESPECÍFICO AINDA EM COMPASSO DE ESPERA:


Os sindicatos que compõem a Intersul continuam aguardando o processo de mediação solicitado ao TST, pelo impasse no Acordo específico. Nesta semana foi peticionado ao TST a marcação com urgência de Audiência para Conciliação. Os Sindicatos continuam apostando em resolver de forma negociada o ACT Específico. Nas tabelas da coluna abaixo , você confere os resultados dos indicadores da PLR das empresas do grupo Eletrobras, atualizados até 10 de outubro de 2022.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1553 de 20 de outubro de 2022

Aos que defendem trabalhadores, cortes e perseguições. Aos que enaltecem a “nova gestão privada”, o favorecimento

O Acordo Coletivo de Trabalho Nacional só foi fechado após muita luta e sucessivas rejeições por parte dos sindicatos do CNE, e a consequente intervenção do TST, que ao final do processo fez uma proposta conciliadora. Notadamente, alguns sindicatos desistiram rapidamente da luta pelo ACT Nacional, e bem antes do desfecho final e da mediação pelo TST, já haviam aprovado a proposta da empresa. Devido a isso, para argumentar contra a mediação no TST as empresas chegaram a se utilizar da aprovação por parte dos sindicatos, alegando que parte da categoria, inclusive parte da CGT Eletrosul, já havia aceitado a proposta. Quando, enfim, o acordo foi fechado no TST, houve a sinalização para a prorrogação dos acordos específicos e para que empresas e sindicatos pudessem fechar suas negociações.


Pois bem, na CGT Eletrosul, após alguns ajustes de redação e algumas rodadas realizadas, o único impasse que persiste no ACT Específico entre a CGT Eletrosul e a Intersul, se refere ao número de dirigentes sindicais liberados em tempo integral, sem ônus, para desenvolver as atividades sindicais. O ACT Nacional passado dava cobertura para um total de até 10 dirigentes sindicais liberados na CGT Eletrosul, dos quais, em passado recente, 7 vagas eram ocupadas pelos sindicatos majoritários da Intersul, 2 vagas ocupadas por outra intersindical e 1 vaga por outros sindicatos diferenciados. Pela cláusula fechada no novo ACT Nacional, a Eletrobras estabeleceu o critério de 1 dirigente sindical liberado para cada 200 empregados efetivos da empresa, sem mencionar qualquer outro critério de distribuição destas vagas por região, ou por entidades sindicais. Por este novo critério, o número de dirigentes sindicais na CGT Eletrosul chegaria a 8.


No atual acordo específico da CGT Eletrosul, a cláusula de dirigentes sindicais estabelece que fica mantido o quantitativo de dirigentes sindicais praticados atualmente, em linha com o que foi assinado no ACT Nacional, todavia a Intersul compreende a necessidade de readequar o número de dirigentes em função do ACT Nacional. O que causa estranheza é que a proposta apresentada pela CGT Eletrosul como definitiva para o ACT Específico, reduz as liberações da Intersul dos atuais 7 dirigentes previstos no ACT anterior, para apenas 4 dirigentes, que tem como área de atuação os todos os 4 Estados de abrangência da empresa. Enquanto isso, o número de liberações de outra intersindical e outros sindicatos diferenciados, na proposta da Diretoria da CGT Eletrosul, seria ampliado de3 para 4 dirigentes. Não nos parece ser “coincidência” que os sindicatos beneficiados pela proposta de aumento de liberações, sejam exatamente os sindicatos que mais cedo desistiram da luta pelo ACT Nacional, e que recentemente divulgaram em boletim sua postura privatista enaltecendo os benefícios da privatização e o suposto “profissionalismo” da gestão privada.


A Intersul buscou incessantemente negociar a redução de dirigentes liberados de uma forma mais coerente e justa, que não impeça os dirigentes da Intersul de manter a luta em defesa dos trabalhadores. Por isso, encaminhou contra proposta bastante plausível e conciliadora ao Diretor Administrativo, buscando um meio termo na redução dos dirigentes da Intersul, todavia sem a compreensão da CGT Eletrosul que insistiu no ataque à Intersul e o favorecimento de outros. Os sindicatos que compõem a Intersul realizarão assembleias com toda a categoria no decorrer desta semana para debater os possíveis encaminhamentos sobre o ACT Específico.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1547 de 01 de setembro de 2022

Impasse nas negociações dos ACT’s específicos das empresas Eletrobras

Após o fechamento do ACT Nacional com base na proposta de mediação do TST, as negociações dos Acordos Coletivos Específicos das empresas Eletrobras são agora a forma pela qual as direções das empresas continuam a dificultar a vida dos trabalhadores.


O prazo de prorrogação dos Acordos Específicos fixados durante a mediação pelo TST, a princípio, se encerraria no dia 24 de agosto. Na medida em que as negociações com as empresas não avançam, alguns sindicatos no Norte e no Sudeste já peticionaram pedidos de Mediação Pré-Processual junto ao TST, assim como já deliberaram em assembleias a rejeição parcial das propostas apresentadas pelas empresas, em especial, as cláusulas que tentam dificultar a atuação dos sindicatos e restringir a liberação de dirigentes sindicais. Processo parecido se dá no âmbito da CGT Eletrosul, que tem manifestado aos dirigentes da Intersul durante as negociações a intenção de reduzir o número de dirigentes sindicais atualmente liberados para a Intersul, ainda que na visão dos sindicalistas, a redução nos níveis pretendidos pela CGT Eletrosul não encontre amparo na redação do texto aprovado no ACT Nacional.


Por isso a Intersul tem insistido na negociação, mas não está descartada a possibilidade de seguir o encaminhamento adotado por outras intersindicais que compõem o CNE, rejeitando em assembleias o modelo de cláusula de liberação sindical proposto pela empresa e denunciando ao TST a tentativa de impor restrições à atuação dos sindicatos combativos por meio da restrição às liberações de dirigentes sindicais.


No momento de fechamento desta edição do Linha Viva, na última terça feira, a Intersul aguardava um novo posicionamento da Diretoria da CGT Eletrosul, após a última reunião de negociação realizada em 22/08/2022, para então definir os novos encaminhamentos dos sindicatos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1546 de 25 de agosto de 2022

O seu voto decide o seu futuro

Nesta terça-feira, dia 16, teve início o período da campanha eleitoral 2022. As redes sociais foram invadidas com anúncios das candidaturas e seus respectivos números e partidos políticos. No material publicitário, todos parecem ser cidadãos de bem, honrados, éticos, honestos e dispostos a trabalhar pelo povo. A grande verdade, contudo, é que cada candidatura representa interesses, seja de determinada categoria, seja do empresariado, seja de um viés ideológico ou outro.


Aos trabalhadores da CGT Eletrosul, há um ponto importante a analisar: a candidatura escolhida assinou o documento se comprometendo a reestatizar a empresa, se eleita? Se o candidato ou candidata escolhida já possui mandato na Câmara de Deputados/ as ou no Senado, como votou essa pessoa quando foi colocado em votação a Lei No 14.182, de 12 de julho de 2021 sobre a desestatização da Eletrobras? Aos celesquianos, o questionamento que precisa ser feito também vai neste sentido: a candidatura escolhida defende a manutenção da Celesc Pública?


É dever de cada trabalhadora, de cada trabalhador analisar as propostas daqueles e daquelas que pedem o seu voto. Independentemente do espectro político que você se identifique, se você é de direita, de esquerda, de centro, é seu dever enquanto trabalhador e cidadão investigar o histórico dos candidatos e ver se ele atua em defesa da classe trabalhadora ou se tem um histórico de lutas para retirar direitos. Se ele defende as empresas públicas ou é um privatista.


O seu voto decide o seu futuro.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1545 de 18 de agosto de 2022

Não precisamos de sindicato pelego

Pode ser que nos dias de hoje, muitos trabalhadores não saibam o que significa o termo “pelego”, mas o “peleguismo” surgiu na época do “Estado Novo” quando foram criadas as leis trabalhistas e a organização sindical por Getúlio Vargas. Acontece que, paralelamente a isso, também foram inseridos nos movimentos sindicais lideranças que tinham como objetivo trabalhar para o governo ditatorial.


Para o bom entendimento, o sindicalista pelego, é aquele que finge estar representando os trabalhadores, mas na verdade, busca manipular as massas com intuito de atender aos interesses dos patrões, ou seja, ele “amacia” o trabalhador para facilitar a vida do patrão. A Intersul tem como premissa a defesa dos trabalhadores, e isso NUNCA vai mudar, não importa em que cenário político o país esteja, nossos ideais são imutáveis, não vamos dançar conforme a música que toca.


A defesa de um Brasil soberano e com suas estatais à serviço da maioria do povo é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Isso não é, de forma alguma, “saudosismo”. Lutar para que a ELETROBRAS, que desde sua criação em 1962, coordenou o desenvolvimento energético do país, siga como empresa pública, levando o desenvolvimento a todas as regiões do país, é, sem dúvida, obrigação de todos os brasileiros, de todos os trabalhadores do sistema e, principalmente, deveria ser dos sindicatos que representam esses trabalhadores.


A nossa luta vai continuar, sempre em defesa dos direitos conquistados a duras penas, esse é princípio fundamental do sindicalismo sério e voltado aos trabalhadores, que são os principais agentes do crescimento do país. A Intersul não será NUNCA aquela que vai tentar “conformar” os trabalhadores com as mudanças que venham para piorar as condições de vida e trabalho. Não vamos “amaciar” os trabalhadores para o patrão, esse é o papel dos PELEGOS.


“O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos…”

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1544 de 11 de agosto de 2022

CGT Eletrosul tenta restringir liberações sindicais no ACT específico

As negociações do Acordo Coletivo Específico dos trabalhadores da CGT Eletrosul estão em andamento, e o número de liberações de dirigentes sindicais da Intersul é, no momento, o grande impasse que tem dificultado o entendimento entre as partes para a renovação do ACT.


Na reunião ocorrida no dia 02/08/2022, a CGT Eletrosul apresentou uma proposta baseada em uma interpretação dada pela Empresa ao ACT Nacional. Por esta interpretação, o número de dirigentes sindicais da Intersul, liberados exclusivamente para atividades sindicais com ônus para a empresa, teria uma redução de 7, previstos no atual acordo, para 4 dirigentes. A Intersul discordou expressamente desta interpretação. No entendimento da Intersul, a interpretação do acordo atual daria cobertura para até 8 dirigentes da Intersul, mas a entidade no momento só utiliza 6 liberações. Todavia, a redução para 4 dirigentes pretendida pela CGT Eletrosul é inaceitável, por isso o tema voltou a ser debatido pelas partes em nova reunião ocorrida no dia 10/08/2022, cujos desdobramentos serão noticiados em breve, pois o fechamento desta edição do Linha Viva se deu antes do encerramento da reunião.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1544 de 11 de agosto de 2022

Assembleias deliberam pelo fechamento do ACT 2022-2024

Encerra hoje, 28 de julho, o prazo previsto para que o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) comunique ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), o resultado das assembleias que deliberaram sobre a proposta do TST em relação ao Acordo Coletivo de Trabalho 2022-2024.


A esmagadora maioria das assembleias em todo o Brasil aprovou a aceitação da proposta mediadora do TST, formulada no bojo do processo dos dissídios de greve, que estavam em andamento. Sendo assim, a comunicação do CNE que deverá ser formalizada encerra o processo de discussão do ACT nacional com a Eletrobras, que também contemplou a solução para o dissidio de greve, abonando a grande maioria dos dias parados, parcelando o desconto de uma pequena parte, e extinguindo os processos judiciais relativos à greve que ainda tramitavam contra as entidades sindicais. No âmbito da Intersul, todas as assembleias aprovaram o fechamento do acordo conforme encaminhamento dado pelo CNE.


Na avaliação dos dirigentes da Intersul, o acordo fechado não é o acordo ideal, no entanto, traz alguns pontos positivos, e até mesmo alguns avanços, especialmente no que diz respeito ao Plano de Saúde, que passará a custar menos para os trabalhadores, em relação ao que estava vigente.


Por outro lado, o acordo não garantiu os empregos de todos de forma generalizada, mas trouxe a garantia de oferecimento de ao menos dois programas de demissão incentivada, em fases distintas, e a garantia de manutenção 80% dos empregados após o primeiro plano de desligamento.


Considerando a conjuntura, o nível de garantia obtido no acordo com duração de 2 anos é muito superior às reais condições verificadas em todas as empresas, especialmente durante o segundo ano pós privatização, onde a experiência mostra que a prática da “nova gestão” foi demissão em massa, e a precarização total das condições de trabalho na imensa maiorias das empresas que foram privatizadas. O espaço de tempo ganho com os dois anos de vigência do acordo permite que a representação dos trabalhadores possam centrar todos os esforços na luta pela reestatização da Eletrobras.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1542 de 28 de julho de 2022