A liminar foi concedida pela 82ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro após ação civil coletiva ajuizada pelo Sintergia (Sindicato dos Trabalhadores das empresas de energia do Rio de Janeiro) e pela Aeel (Associação dos empregados da Eletrobras). A empresa havia programado o retorno para 17 de julho, mas recuado após ajuizamento da ação das entidades, que recebeu parecer favorável da Procuradoria do Trabalho.
O Sintergia, a Aeel e o Ministério Público do Trabalho apontaram que o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) apresentado pela Eletrobras estava vencido e não continha disposições sobre o perigo epidemiológico da Covid-19. As entidades também apontaram que não havia comprovação de compra de equipamento de segurança (EPIs) pela empresa. Diante dessas falhas, o juiz José Mateus Alexandre Romano reconsiderou o pedido e concedeu a liminar.
A multa pelo descumprimento da liminar foi fixada em R$ 50 mil por dia. A medida afeta cerca de 680 funcionários que trabalham na sede da Eletrobras, localizada no Rio de Janeiro.
As condições de trabalho dos atendentes comerciais da Celesc, que estão em home office, estão deixando a desejar e se não forem corrigidas podem levar ao adoecimento dos trabalhadores. Em todos lugares do estado, os trabalhadores estão denunciando a sobrecarga de trabalho gerada por uma política de metas que tem feito as pessoas ultrapassarem suas jornadas de trabalho.
Não existe na Celesc um plano detalhado de atendimento em home office que determine as obrigações, estruturas e direitos dos trabalhadores. Em resultado os atendentes estão sobrecarregados emocional e fisicamente. Além disso está acontecendo uma adaptação da população ao novo modelo de atendimento virtual. Tudo isso expõe os trabalhadores a cobranças e pressões de chefias, sendo que em vários casos há evidente assédio moral aos trabalhadores.
Os sindicatos da Intercel se reuniram com a empresa dia 22 para tratar disto e relataram a realidade do dia a dia de trabalho dos atendentes, assim como as dificuldades que vão desde a instabilidade no sistema, falta de apoio e suporte nos atendimentos e as próprias dificuldades geradas por solicitações que precisam de complemento de informação ou de explicações dos clientes. Soma-se a isto a falta de trabalhadores, já que muitos assistentes administrativos que trabalhavam no atendimento comercial foram deslocados para outras áreas para cobrir saídas do PDI.
A empresa afirmou que entrará em contato com as chefias para orientar sobres a cobrança e que já está encaminhando reposições de saídas para complemento do quadro. Além disso, a Intercel solicitou um detalhamento da política de metas aplicada aos trabalhadores.