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Manifestações de Tarcísio destoam da realidade da empresa

PRESIDENTE PRECISA SAIR DE SEU GABINETE E CONHECER A VERDADEIRA REALIDADE DOS TRABALHADORES DA CELESC

Desde o ato de 23 de janeiro na Administração Central, em que a categoria cobrou da Direção da empresa mais empenho na resolução dos problemas do sistema Conecte, dizem que é suficiente, estão mentindo para o senhor! que o presidente Tarcísio Rosa finalmente foi aos meios de comunicação dialogar com a população. Demorou a ir, mas finalmente foi. Apesar de que as falas de um agente público de sua envergadura deveriam ser tão somente para in formar e instruir os catarinenses sobre os problemas com a conta de luz, o presidente infelizmente tem aproveitado os espaços na mídia para atacar a Intercel, inclusive mentindo que os sindicatos teriam jogado a população contra os trabalhadores.

Mas as falas de Tarcísio têm, ainda, outros problemas: um deles é que o presidente fala para uma emissora que os problemas do Conecte serão resolvidos em até 60 dias. Para outra emissora, na semana seguinte, diz que em até 90 dias tudo estará resolvido. Afinal, há um prazo certo para a resolução dos problemas ou o presidente está chutando datas apenas para que os repórteres não fiquem sem resposta? A população precisa de respostas objetivas e fundamentadas. 

Outro fato chamou a atenção da categoria nos últimos dias: em vídeo divulgado na segunda-feira, dia 3, o presidente minimiza a necessidade de contratação de novos empregados, dando a entender que a convocação de 9 atendentes do concurso público para todo o estado seria suficiente para tranquilizar celesquianas e celesquianos. Não é, presidente! E se sua assessoria ou alguns gerentes na Ouvidoria, os trabalhadores seguem com sobrecarga de trabalho. Se tiver dúvidas, desça e converse com os empregados. 

O mesmo ocorre no Faturamento. Basta descer de sua sala e perguntar como está a rotina desses trabalhadores. Há necessidade de contratação de empregados próprios em outros setores na Administração Central e nas Regionais. Mas há um local em específico que o presidente precisaria visitar para se dar conta da gravidade e da ilusão de sua fala: a loja de atendimento de Palhoça.

A loja da Celesc em Palhoça é um retrato escancarado do DESCASO da atual direção da empresa com a população catarinense e com seus empregados. Pelo menos seis trabalhadores pediram demissão da loja de Palhoça nos últimos meses – boa parte deles, por conta da sobrecarga. Dois deles, somente no primeiro mês de 2025. Em diversos momentos, a loja fica lotada, com 60, 70 ou mais pessoas aguardando que dois ou três atendentes possam se sacrificar e dar conta do serviço. Alguns clientes, talvez, nem sejam contabilizados pelas senhas de espera da empresa, pois ficam do lado de fora da loja aguardando ou desistem quando observam que a loja está cheia e que o tempo de espera é de mais de uma hora. 

Palhoça tem uma população de mais de 220.000 habitantes, recebe inúmeros turistas em suas praias no verão e atraiu uma série de indústrias e comércios nos últimos anos. Faz sentido que um município desse tamanho e com essa importância tenha apenas três atendentes num turno ou dois atendentes noutro? Será que o presidente realmente acha que está sendo respeitoso com uma população tão grande quanto a de Palhoça colocando tão poucos trabalhadores no atendimento e não fazendo a reposição adequada? O Linha Viva desafia o presidente Tarcísio a visitar a loja de Palhoça e ouvir meia dúzia de consumidores. É um escárnio o que ocorre naquele município e os celesquianos é que pagam a conta do descaso da Diretoria com a cidade! 

Esse é só um exemplo. Há outros municípios em situações quase tão graves quanto Palhoça. Os trabalhadores se desdobram e se sacrificam para dar conta do atendimento. Ouve ofensas e reclamações por conta do tempo de espera. Nos últimos dias, há relatos, inclusive, de atendentes que quase foram atingidos por objetos jogados pelos consumidores e o presidente vem a público dizer que “não há falta de atendentes”. Tarcísio precisa sair da sua sala, parar de ouvir mentiras e ver a realidade da empresa que preside. 

Há, ainda, número significativo de trabalhadores em todas as regiões adoecidos, afastados por conta do excesso de trabalho e por não terem com quem dividir suas funções. 

O sistema precisa, sim, ser melhorado e aperfeiçoado, e com urgência. Isso depende da gestão, depende da Direção da Celesc cobrar das empresas contratadas e gerentes responsáveis que encontrem soluções. Mas dizer que não há necessidade de contratação revela que ou o presidente age de má-fé, ou precisa sair da sua sala e conhecer a realidade ao redor. É preferível acreditar na segunda opção. 

Uma questão de segurança! Qual é a verdadeira prioridade na CGT Eletrosul?

Segurança precisa ser prioridade na empresa

Já há algum tempo a Intersul tem alertado a direção da CGT Eletrosul sobre a redução do número de vigilantes que prestam serviços de segurança patrimonial nas instalações da empresa. Para cumprir metas de redução de despesas, a CGT Eletrosul passou a substituir, na maioria de suas instalações, o vigilante presencial pelas câmeras de monitoramento. Não demorou muito tempo e os problemas começaram a aparecer. 

Seguem algumas ocorrências que têm deixado as pessoas trabalhadoras muito preocupadas: a Subestação de Lajeado Grande, logo após a retirada dos vigilantes, foi incendiada por pessoas que entraram na subestação para furtar cabos condutores de energia. A empresa teve que substituir todos os paineis de controle e proteção do setor de 230 kV. Outra situação grave ocorreu em uma subestação em que bandidos armados invadiram o pátio e acabaram disparando um tiro na perna de um trabalhador terceirizado. No ano de 2024, foi na subestação de Biguaçu que os ladrões levaram uma enorme quantidade de cabos de aterramento. 

No dia 9 de janeiro de 2025, ocorreu uma invasão na SE Charqueadas, onde foi furtado um cabo de energia. Na sede da empresa, em Florianópolis, não é muito diferente: após sucessivas reduções do número de vigilantes, em novembro de 2023, um empregado da sede teve sua bicicleta furtada do pátio da empresa e até hoje não foi ressarcido do prejuízo.

Não custa lembrar que há diversos registros, em todo o país, de mortes de pessoas que acessam as Subestações para furtar e acabam se acidentando. O que a Intersul e o CNE (Coletivo Nacional dos Eletricitários) não querem é que a Eletrobras carregue mais esse peso nas costas por conta da falta de vigilantes nas instalações. 

O contraditório é que, quando querem impedir a entrada de pessoas não empregadas ao restaurante da sede e a entrada de dirigentes sindicais nas instalações da empresa, a gestão é muito eficiente em reforçar a segurança. 

E não para por aí, os sindicatos já ficaram sabendo que na sede somente permanecerão dois vigilantes por turno para proporcionar a “segurança” de toda a área. A cena que se vê no estacionamento de motos, de capacete solto no espelho retrovisor, logo, logo será coisa do passado.

 Fica a pergunta, será que a empresa está se preocupando com o que realmente deveria?

Comissão de Saúde se reunirá na Eletrobras 

A Comissão de Saúde composta por dirigentes sindicais do CNE e de representantes da Eletrobras, se reunirá com a direção da empresa no dia 10 de fevereiro, próxima segunda-feira. O objetivo do encontro é tratar de todos os problemas que estão afetando os trabalhadores em relação à migração dos planos de saúde e odontológico. Os sindicatos têm recebido denúncias de atendimento insatisfatório, atendimento negado e outras denúncias graves que precisam de solução. Não custa lembrar que o Acordo Coletivo assinado garante que não há alteração na cobertura do plano de saúde.

Florianópolis está com seis exposições gratuitas, veja onde visitar:

Pinturas, fotografias, peças em cerâmicas e objetos interativos integram mostras que podem ser visitadas na Capital de SC

A Capital de Santa Catarina está com pelo menos seis exposições gratuitas abertas para visitação. São mostras coletivas e individuais que apresentam uma infinidade de linguagens das artes visuais, desde pintura, nos mais diversos formatos, passando por videoarte, fotografias, peças em cerâmicas e objetos interativos. Confira onde visitar cada uma delas:

Na Fundação Cultural BADESC, que fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro, é possível visitar até o dia 31 de janeiro, a “Mostra de Videoarte”. A exposição que ocupa o Espaço Fernando Beck apresenta seis projetos que se utilizam de vídeo como suporte artístico, sejam elas experimentais ou não narrativas.

Com curadoria de Francela Carrera, os artistas participantes são: Bixharrata e Williany Prist, com “não sei se compartilhamos o mesmo espaço, mas com certeza compartilhamos o tempo”, Camila Alba, Gabriel Villas, Juliano Ventura e Lucas Reitz com “Paisagem Tendência”, Gabriel Bicho com “Que sua luta seja como a da Floresta”, Matheus da Rocha Montanari com “Reticulação”, Mauricio Igor com “Compram-se ventiladores com gambiarra” e Osmar Domingos com “Upgrade da mãe”.

Já no Jardim da Fundação, estão expostos 16 trabalhos em cerâmica produzidos por Canabarro, artista e precursor da cerâmica artística em Santa Catarina. “Destroços em Gaza”, que tem curadoria da artista Isabela Mendes Sielski, não busca apenas opinar sobre o conflito na faixa de Gaza, mas entender a extrema complexidade histórica, narrativas políticas e ideológicas.

E a partir do dia 30 de janeiro até 6 de março, a Fundação recebe “Cruzos Opacos”, do artista Tauan Gon. A mostra individual e inédita é composta essencialmente por pinturas, cadernos do artista e projeção de vídeo. Segundo Tauan, a exposição, que ocupa o Espaço Paulo Gaiad, abrange um recorte da produção e pesquisa em pintura desenvolvida durante o ano de 2023 e início de 2024. A visitação no Casarão pode ser feita das 13h às 19h.

Ainda pelo Centro de Florianópolis, é possível visitar até o dia 7 de fevereiro, na Câmera Criativa Escola de Fotografia e Arte, que fica na Rua Anita Garibaldi, 120, a “1ª Edição da Mostra: “Profissão – Fotógrafo: Exposição Coletiva em Homenagem ao Dia Nacional do Fotógrafo”. A exposição reúne 91 imagens, em Preto e Branco e coloridas, nos mais diversos estilos, seja retrato, paisagem/natureza, autoral/conceitual, documental, fotojornalismo.

Participam da mostra, com curadoria de Lilian Barbon e Radilson Carlos Gomes, os fotógrafos: Adriana Cardoso, Adriano Meurer, Aguinaldo Miranda, Alice Goulart, Ana Raquel Schmidt, Anderson Cavilha, André Mendonça Vieira, Bárbara K.,Bruna Orihuela, Carla Moema, Carlos Reis, Eva Vos, Franck Lebouc, Geisa Santana, Gilian Valadão, Giovana Spiller, Giovanna Colombi, Gustavo Gusmão, Josana Rocha, José Guerreiro, Julia Mendonça, Krisna Puntel, Larissa Passos, Larissa Queiroz, Lee Yi Ching, M Rubinger, Maria Helena Ramalho, Mara Lucia Bedin, Mariana Borges, Marina Kremer, Maris Gaio, Martin Widmer, Matheus Duarte, Mauricio Maumau, Monique Ouriques, Murilo Augusto Kurz, Nicoli Martins, Paula Cunha, Ro Vieira, Roberto Alvarenga, Roberto Svolenski, Solange Goulart, Sonia Maria Pacciuli, Sonia Moro, Talita Warnava, Tania Ribeiro, Tasso Scherer e Xedes Freitas. A visitação é gratuita e pode ser feita de
Segunda a quinta-feira, das 9h às 18h, sexta e sábado, das 9h às 13h.

Já no Luz Instalação Bar, que fica na Rua Antônio (Nico) Luz, 211, também no Centro, está aberta para visitação a exposição “Luz no Horizonte”, de Mariana Colin. A artista apresenta uma série de
trabalhos interativos que trazem o horizonte como ponto de referência, ponto de fuga, ponto de chegada e de partida. Os trabalhos podem instigar as pessoas a olhar para o horizonte, imaginar um horizonte,
construir e reconstruir horizontes ao manipular os objetos. A individual, com curadoria de Maristela Müller, pode ser visitada até 22 de fevereiro, de quarta a sábado, das 18h às 00h.

No Rio Tavares, o artista Daniel Piras apresenta até o dia 31 de janeiro, a exposição “Noite Suprema”, no hall de entrada do MULTI Open Shopping. São 17 pinturas a óleo que foram trabalhadas pelo artista nos últimos quatro anos. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sábado, das 10h às 22h. O open shopping fica na Rodovia Dr. Antônio Luiz Moura Gonzaga, 3339.

Mobilização na Celesc cobra soluções aos problemas do sistema comercial

Ato fez parte do conjunto de ações da Intercel em defesa da saúde e segurança da categoria

Na quinta-feira, 23 de janeiro, trabalhadoras e trabalhadores da Celesc de diversas partes do estado se reuniram no hall da Administração Central para cobrar da Direção e Conselho de Administração soluções aos problemas do sistema Conecte. O ato também cobrou a contratação de pessoal próprio para auxiliar em diversas áreas da empresa – impactadas pelos problemas do Conecte -, acompanhamento do quadro de adoecimento da categoria e uma mudança de postura da Diretoria, se comunicando melhor com a população e evitando que clientes se desloquem desnecessariamente até as lojas de atendimento. Dirigentes sindicais e trabalhadores se revezavam no ato ao microfone compartilhando as angústias e os problemas vividos na empresa nos últimos meses. 

Ao fim da manhã, uma correspondência assinada pela Coordenação da Intercel foi entregue em mãos ao presidente do Conselho de Administração da Celesc, Sr. Glauco Côrte. No documento, os sindicatos fizeram um breve apanhado dos problemas surgidos a partir da mudança de sistemas e pediram apoio diante dos impactos ao quadro funcional, cobrando ações da companhia perante a sociedade, resguardando a saúde e segurança dos trabalhadores e o cuidado com a imagem da empresa, além da recomposição do quadro de pessoal próprio. 

Ao receber a correspondência, o presidente do Conselho afirmou que o documento seria apreciado em conjunto com a Diretoria da empresa. E fez um apelo para que a categoria não perca o orgulho de trabalhar na companhia: “a Celesc é tida como uma das melhores distribuidoras do País e sentimos orgulho de contribuir com o engrandecimento da Celesc. Passamos por um momento difícil, mas não é um momento insuperável. Nós vamos superar”. 

 Também presente no ato, o presidente Tarcísio Rosa relatou que se reuniu por videoconferência com 130 empregados voltados ao atendimento na semana passada para falar sobre o Conecte: “Ouvimos no mínimo 1 ou 2 pessoas por Regional. Catalogamos essas opiniões e um dos pontos principais de atenção é o sistema. Não é o atendente”. Em seguida, contou que o sistema já havia sido comprado antes de assumir a presidência e que a previsão de virada de chave era maio de 2023. 

Que houve vários adiamentos para a virada de chave e que isso só ocorreu em maio de 2024, quando havia alguma segurança para executar a mudança de sistemas. Ele disse que a quantidade de problemas foi muito maior que o imaginado à época. Por fim, o presidente afirmou que, da reunião da semana passada com colegas do atendimento de todo o estado, chegou à conclusão sobre a necessidade de contratação de recepcionistas para diversas lojas – mostrando desconhecer que mesmo em lojas onde hoje já há recepcionistas, o problemas das filas e a insatisfação dos consumidores persiste. 

Na avaliação da Intercel, o ato foi positivo por diversos motivos: o primeiro, que a Diretoria demonstrou preocupação com a mobilização já na véspera, quando enviou um áudio a toda a categoria afirmando estar “ciente das dificuldades enfrentadas com a implantação do novo sistema comercial” e indicando que teria mobilizado uma força-tarefa para tentar solucionar os problemas e se comunicar com a população – o que foi contestado por trabalhadores presentes na Administração Central, já que os comunicados da empresa parecem não estar chegando aos consumidores. Além disso, o ato pela primeira vez deu voz aos empregados da Celesc nos meios de comunicação, que relataram seu desejo de atender bem a população, mas estarem impedidos por conta das dificuldades do sistema e pela falta de pessoal. Outra consequência foi que o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, teve de ir aos meios de comunicação explicar a situação à sociedade. Até então, ele vinha aparecendo na mídia em inaugurações e em notícias positivas para a Celesc, mas quase não aparecia para dar satisfações à sociedade sobre os problemas – o que gerou comparações com ex-presidentes que sempre se manifestam defendendo a companhia e explicando as ocorrências negativas. O presidente se viu obrigado a dar entrevistas e se comprometeu com a população e com a categoria quando, em uma delas, concordou que os problemas do Conecte estariam resolvidos em até 2 meses.

O fato que gerou preocupação, contudo, foi a fala do presidente sobre a necessidade de contratação de recepcionistas nas lojas, como forma de solucionar os problemas. Afinal, o Linha Viva ouviu em condição de anonimato alguns dos 130 gerentes que participaram da reunião com a Diretoria na semana passada e estes afirmaram que o presidente “quase não ouviu as sugestões: Falou mais do que ouviu”. Enquanto Tarcísio e a Diretoria não estiverem dispostos a ouvir de verdade as sugestões de quem constroi a empresa, tudo indica que os problemas continuarão sem solução. 

Essa não foi a primeira medida da Intercel em defesa da categoria. Os sindicatos preparam novas ações para os próximos dias, na tentativa de buscar solução aos problemas do Conecte e suas consequências sobre a saúde e a segurança da categoria. Permaneça atento/a aos informes do seu sindicato.

Eletrobras quer ampliar lucros às custas da saúde dos trabalhadores

Gestão privada confunde eficiência administrativa com precarização do serviço prestado

As bases do Coletivo Nacional dos Eletricitários que aprovaram e assinaram o ACT 2024/2026, incluindo a Intersul, têm se reunido com os representantes da Eletrobras para ajustar o cumprimento de várias cláusulas do Acordo assinado. Uma das principais cláusulas que demandam este acompanhamento é a cláusula 46ª, que trata do custeio do plano de saúde para ativos e das operadoras de autogestão que administram o plano dos aposentados. 

A retirada dos empregados ativos por parte da Eletrobras fragilizou muito as operadoras de autogestão, como a Elosaúde, e a sua capacidade de manter seus serviços administrativos e assistenciais. O Acordo Coletivo prevê uma comissão paritária entre sindicatos e empresa para tratar das questões relativas ao benefício de saúde, e também prevê um pagamento das despesas de custeio administrativo das operadoras de autogestão por um período transitório, mas que tende a ser reduzido este pagamento, obrigando as operadoras a adequarem seus custos administrativos gradativamente, até serem capazes de garantir sua sustentabilidade de forma independente da Eletrobras. 

No passado, quando era estatal, a gestão da Eletrobras restringia os aportes nas operadoras de autogestão, e ao plano dos aposentados, alegando impedimento legal para benefícios pós-emprego. Agora, na Eletrobras privatizada, o impedimento não é mais a legislação, mas sim a total falta de compromisso desta gestão com os seus aposentados. 

Ao retirar os empregados ativos das operadoras de autogestão e levá-los para operadoras de mercado, a Eletrobras demonstrou claramente que sua preocupação é apenas reduzir suas despesas com saúde dos empregados ativos ao mínimo possível, ainda garantido por força do Acordo Coletivo. 

No final do período de transição também previsto no ACT, a pretensão da Eletrobras é “lavar as mãos” em relação aos aposentados, deixando as operadoras de autogestão como a Elosaúde, esvaziadas com uma massa de beneficiários de faixa etá ria muito alta e com despesas que ao longo do tempo fatalmente levarão os planos de saúde destes aposentados a se tornarem inviáveis.

Por isso, a intervenção que os sindicatos da Intersul têm buscado fazer no acompanhamento do ACT e junto à Comissão de Saúde, tem sido no sentido de ampliar o valor de participação da Eletrobras no custeio das operadoras de autogestão, mesmo neste período transitório. Este é o grande embate que está sendo enfrentado pela Intersul desde o final do ano passado, quando a comissão se reuniu pela primeira vez, e deve se seguir nas próximas reuniões da Comissão, previstas para ocorrer ainda em janeiro. 

Além de buscar ampliar a participação da Eletrobras no custeio administrativo, os dirigentes sindicais buscam formas de sensibilizar a direção privada da Eletrobras, para a necessidade de uma maior responsabilidade social da empresa e, principalmente, respeito aos trabalhadores que construíram a história da Eletrobras, e estão sendo abandonados por esta gestão que demonstra a todo momento que sua preocupação é unicamente em reduzir seus custos e ampliar seus lucros.

Resposta rápida e assertiva em mais uma enchente prova a eficiência da Celesc Pública

Rapidez com que consumidores tiveram energia restabelecida contrasta com a demora em estados onde a energia foi privatizada

O estado de Santa Catarina sofreu na semana passada mais uma catástrofe climática. Diversas áreas próximas ao litoral ficaram embaixo d’água após as chuvas que atingiram até 350mm em Florianópolis e no Vale do Rio Tijucas, de acordo com a Epagri/Ciram. Cidades como Balneário Camboriú, Brusque, Itajaí, Itapema, Canelinha, Palhoça e Governador Celso Ramos também foram atingidas. Entre os estragos computados, diversas famílias ficaram desalojadas por conta da água dentro de casa, houve deslizamentos de terra e até interdições de vias, como a BR 101 nos dois sentidos, no trecho de Biguaçu.

 Apesar da situação extremamente caótica, que levou 13 municípios a declararem situação de emergência, a falta de luz por conta das chuvas não chamou a atenção da população. Mesmo com máxima lotação de turistas e visitantes em cidades como Palhoça, Florianópolis ou Governador Celso Ramos, a falta de energia atingiu menos de 20 mil consumidores na região – num universo de quase um milhão de pessoas. Além disso, outra marca que precisa ser registrada é o rápido restabelecimento da energia em diversos bairros, fruto da experiência, do preparo e da dedicação da categoria eletricitária em Santa Catarina.  

Em situações semelhantes, em estados como São Paulo ou em Goiás, que tiveram a energia privatizada, a demora para restabelecer a energia levou mais de uma semana. Na Grande Florianópolis e no Vale do Itajaí, a resposta foi bem mais rápida e dois dias depois da enchente a situação já estava praticamente normalizada. Alguns poucos trechos que tiveram deslizamentos de terra, abertura de crateras na pista e, ainda, onde só se chega de barco, a demora obviamente foi um pouco maior. Mas não a ponto de gerar insegurança e insatisfação demasiada aos consumidores.

Mais uma vez, a resposta rápida e eficiente à população numa situação de emergência demonstra a importância da manutenção da Celesc pública que, numa hora difícil como essa, não poupa esforços para bem atender a população catarinense. O atendimento de qualidade ao povo catarinense precisa continuar a ser a marca e o diferencial da Celesc.

Trabalhadores rejeitam contraproposta da AXS Energia

Sinergia chamará Direção da empresa para nova rodada de negociação

Trabalhadoras e trabalhadores da AXS Energia se reuniram nesta terça-feira, 21 de janeiro, em Assembleia, para apreciar a contraproposta ao Acordo Coletivo de Trabalho negociado entre o Sinergia e a direção da empresa.

 Como resultado das negociações, a empresa manteve a contraproposta de reajuste salarial pelo IPCA acumu lado de 2024 (4,83%), o aumento do auxílio alimentação de R$ 950 para R$ 1.000,00 e, como única cláusula nova dessa negociação, a adoção da prática da ginástica laboral, apenas 10min por semana. 

Outras cláusulas importantes, como a redução da jornada de 44h para 40h  e a concessão do 13° vale-alimentação foram negadas pela AXS. 

Em Assembleia, a categoria rejeitou a contraproposta da empresa por maioria. Com isso, o Sinergia enviou uma carta à direção da companhia comunicando o resultado da Assembleia e solicitando nova rodada de negociação para os próximos dias.

Sinergia e MAB atuam em áreas atingidas pelas chuvas

Mais de 100 famílias receberam doações de roupas e alimentos desde o sábado, dia 18

No último final de semana, o Sinergia, em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), ajudou na limpeza e reconstrução de residências e na coleta e distribuição de alimentos, roupas e pequenos móveis para famílias atingidas pelas enchentes nos bairros Monte Verde, em Florianópolis, Flor de Nápolis, em São José, e Brejaru, em Palhoça. 

Na manhã de domingo, junto ao Centro Espírita Maria de Nazaré e a igreja IDE Reino Floripa, foi possível fazer a distribuição de roupas a mais de 100 famílias atingidas. Essa ação de recebimento e triagem de roupas e alimentos seguirá até que a situação seja normalizada e as comunidades estejam em segurança.

Você pode doar alimentos, roupas, móveis e água potável na sede do sindicato (Rua Lacerda Coutinho 149, centro de Florianópolis), de segunda a sexta, das 9h às 16h.

Gestão Tarcísio não reage aos danos à imagem da Celesc

DIRETORIA NÃO TEM PLANO DE AÇÃO PARA REVERTER OU MITIGAR DANOS À IMAGEM DA COMPANHIA

A gestão Tarcísio Rosa, indicado pelo governador Jorginho Mello (PL) para a presidência da Celesc, segue passiva observando a imagem da companhia se deteriorar na mídia. Na semana passada, novamente a empresa figurou nos meios de comunicação por conta das filas nas lojas de atendimento e em função dos inúmeros problemas que os consumidores vêm amargando desde a mudança do sistema comercial. 

 A gestão Tarcísio não reage. O presidente não chama a imprensa para uma coletiva para explicar os problemas ou dar prazos para soluções, não tem um plano de ação pronto para tentar mitigar os danos e simplesmente se enclausura no prédio da Administração Central como se nada estivesse ocorrendo.

 A Direção também não ouve trabalhadores e sindicatos. Há quase um ano a Intercel alerta para os problemas da mudança do sistema em reuniões e no jornal Linha Viva e indicou que a chamada de novos empregados via concurso público poderia diminuir os danos e as filas no atendimento comercial. 

Reprodução: X @renatoigor

Tarcísio parece não ouvir também os gritos de socorro da população de Santa Catarina, que passa horas nas filas das lojas e não consegue ter o seu problema resolvido. O papel de ouvir os berros, os gritos e a indignação da população fica com os atendentes comerciais e com a Ouvidoria. Em grupos de whatsapp, o desespero do atendimento comercial fica evidente e os sindicatos estão sendo chamados a tomarem medidas mais enérgicas.

Em outros tempos em que a empresa passou por períodos de crise, havia planos de ação sólidos, envolvendo categoria, população, sociedade e os meios de comunicação. 

A passividade da Diretoria demonstra que o plano é mesmo deixar a empresa sangrar até se tornar inviável para facilitar a privatização. Afinal, se há dinheiro em caixa, se a companhia teve lucro no último ano e se há uma crise instalada que poderia ser minimizada com a contração de novos trabalhadores, por que não contratá-los? 

Assim que as matérias saíram na mídia criticando a Celesc, a Intercel encaminhou notas aos meios de comunicação indicando sua indignação com a situação da empresa.

Confira a nota da Intercel: 

 “Nesta quinta (9/1) uma matéria veiculada no jornal Bom Dia SC, mostrou reclamações de clientes sobre a demora em uma agência da Celesc, em Joinville. A notícia traz relatos de pessoas aguardando por horas nas filas, com vários prejuízos à população, que, tirando os problemas atuais, sempre reconheceu a qualidade dos serviços prestados pela empresa.

A responsabilidade por todos problemas hoje existentes no atendimento é da direção da Celesc que, em maio do ano passado, implementou um novo sistema sem avaliar corretamente todo o processo de mudança de tecnologia e sem recompor o quadro ideal de pessoas que trabalham concursados para realizar os atendimentos nas lojas presenciais que já estava defasado.

 Esses problemas não são resultado da falta de compromisso das pessoas que trabalham na empresa, são fruto de uma má administração, comandada por Tarcísio Rosa (indicado pelo governador Jorginho Mello) presidente que tem deixado o caos como sua marca de gestão.

 A Intercel, que reúne os sindicatos que representam os empregados e empregadas da Celesc em Santa Catarina, se junta às cobranças da imprensa para pedir solução URGENTE dos problemas relacionados ao novo sistema comercial, visto que os trabalhadores e trabalhadoras da companhia estão sendo afetados gravemente com tudo isso, inclusive psicologicamente. Os sindicatos vêm recebendo relatos semanais de ameaças de consumidores indignados com os atendentes e tem percebido o adoecimento de muitas pessoas que trabalham no setor de atendimento da empresa.

 É preciso uma solução e ela precisa vir da direção da Celesc! Promover o caos é incentivar o sucateamento da Celesc e empurrar a população catarinense contra uma empresa pública que tem uma história de sucesso com quase 70 anos e sempre representou uma marca de compromisso com o desenvolvimento de Santa Catarina e o bem estar de todos os catarinenses. Exigimos urgência na solução desses problemas em nome da saúde e segurança de todos empregados e empregadas da Celesc e em nome da população catarinense, que também merece respeito e atendimento de qualidade!” 

Intercel conquista avanço em demanda de gratificação ajustada

Sindicatos da Intercel percorrerão as bases para informar a categoria

 Em 12 de dezembro passado, os sindicatos que integram a Intercel se reuniram com a Celesc na Comissão de Recursos Humanos – CRH, obtendo um retorno positivo sobre uma demanda há muito tempo represada. Durante a reunião, os representantes sindicais cobraram novamente da Diretoria de Gestão Corporativa a correção das perdas relacionadas à Gratificação Ajustada (GA). 

Os dirigentes sindicais destacaram que os trabalhadores vêm enfrentando perdas no valor da GA desde 2021, ou até antes disso. Essa insatisfação generalizada levou à formação de um Grupo de Trabalho para tratar da GA, cuja conclusão, mesmo com divergências, foi formalizada no final do ano passado, com a assinatura do relatório final.
Durante o encontro, diversos dirigentes apresentaram relatos e planilhas elaboradas por trabalhadores, evidenciando problemas como o pagamento de média sobre média, resultando em prejuízos financeiros. Os relatos também apontam falhas em equipamentos no registro de quilometragem e tempo de condução, que utilizavam tecnologia ultrapassada de 2G, causando distorções nos dados.

 A Celesc reconheceu os problemas associados ao BUV eletrônico, cuja tecnologia já estava obsoleta. Com o vencimento do contrato no final de 2023, novos equipamentos da empresa KHRONOS foram adquiridos, mas também apresentaram falhas de registro e funcionamento. Em resposta, a Celesc se comprometeu a analisar individualmente os casos dos trabalhadores prejudicados durante esse período.

 Nas próximas semanas, os sindicatos percorrerão suas bases para informar os trabalhadores sobre os procedimentos a serem seguidos. Um modelo de requerimento será distribuído para facilitar a coleta de dados necessários e será encaminhado ao Departamento de Transportes, que analisará as perdas pretéritas.

 A Intercel seguirá acompanhando e auxiliando os trabalhadores, garantindo que os novos equipamentos registrem dados de forma precisa e que os celesquianos e celesquianas não sejam penalizados injustamente.