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CGT Eletrosul tenta restringir liberações sindicais no ACT específico

As negociações do Acordo Coletivo Específico dos trabalhadores da CGT Eletrosul estão em andamento, e o número de liberações de dirigentes sindicais da Intersul é, no momento, o grande impasse que tem dificultado o entendimento entre as partes para a renovação do ACT.


Na reunião ocorrida no dia 02/08/2022, a CGT Eletrosul apresentou uma proposta baseada em uma interpretação dada pela Empresa ao ACT Nacional. Por esta interpretação, o número de dirigentes sindicais da Intersul, liberados exclusivamente para atividades sindicais com ônus para a empresa, teria uma redução de 7, previstos no atual acordo, para 4 dirigentes. A Intersul discordou expressamente desta interpretação. No entendimento da Intersul, a interpretação do acordo atual daria cobertura para até 8 dirigentes da Intersul, mas a entidade no momento só utiliza 6 liberações. Todavia, a redução para 4 dirigentes pretendida pela CGT Eletrosul é inaceitável, por isso o tema voltou a ser debatido pelas partes em nova reunião ocorrida no dia 10/08/2022, cujos desdobramentos serão noticiados em breve, pois o fechamento desta edição do Linha Viva se deu antes do encerramento da reunião.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1544 de 11 de agosto de 2022

Alerta: armadilhas na rede colocam categoria em risco

Há anos as entidades sindicais denunciam o descaso com a segurança no Brasil envolvendo o setor elétrico. Acidentes e doenças ocupacionais são frequentes, como aponta estudo feito pelo DIEESE, principalmente com o avanço da terceirização, já que para cada 10 acidentes no setor, 8 atingem terceirizados, e para cada 5 óbitos, 4 são com trabalhadores terceirizados.


O Brasil tem uma vasta legislação protetiva e reparatória no que se refere à segurança e saúde do trabalhador, “basta ser cumprida”, como falou o Procurador do Trabalho à diretoria da Celesc na última audiência sobre as ações do Acordo feito na Ação Civil Pública – ACP, onde, no acidente relatado ocorrido em Lages, foram ignorados os procedimentos de segurança. Na discussão com a empresa, é nítida a visão de alguns gerentes e diretores, que explicam por si só as várias causas deste paradoxo, a visão privatista e economicista que envolvem os riscos laborais.


As ações de mudanças no ritmo de trabalho, novos equipamentos sem a devida capacitação e treinamento aliada ao desejo de se mostrar mais eficiente aos olhos da gestão estão trazendo atitudes criminosas contra os trabalhadores e a população. ALERTAMOS aos Celesquianos e Celesquianas, como também a todos os terceirizados e compartilhados que usam as estruturas da Celesc sobre as ARMADILHAS implantadas na rede para coibir o furto de cabos e fios que podem ter consequências sérias, levando a acidentes fatais ou mutilações nos trabalhadores próprios, terceirizados, compartilhados e população, de modo geral. Uma irresponsabilidade, pois como podem fazer um ato deste para não ter o prejuízo de repor cabos e fios, quando a responsabilidade pela segurança não é nossa e sim da Secretaria de Segurança Pública e das polícias?


A falta de políticas públicas e atuação do Estado é um problema no atual governo, as intervenções e investimentos governamentais entram em confronto e, muitas vezes, negligenciam a proteção da sociedade. Neste contexto, existe a necessidade de ampliação da atuação do Estado, seja no âmbito do Judiciário, Agências Reguladoras, Previdência, Trabalho, serviços de saúde, bem como na atuação das entidades sindicais em defesa de todos e todas.


Em reunião no NUCAP em que a situação foi denunciada junto à gerência e Cipeiros, foi solicitada uma fiscalização em todo o sistema para, caso sejam encontradas mais ARMADILHAS, que estas sejam retiradas. Com a palavra, o Administrador Regional.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1544 de 11 de agosto de 2022

Categoria participa em peso da assembleia e dá recado de unidade e disposição para a luta

Os trabalhadores e as trabalhadoras da Celesc deram um recado objetivo para a diretoria da Celesc neste sábado, 6 de agosto, na Assembleia Estadual: estão unidos e dispostos a lutar por seus direitos durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023.


Cerca de 600 trabalhadores participaram do evento, num clima de amizade, companheirismo, sem disputas e com demonstrações concretas de que estarão unidos uns pelos outros para não retroceder e avançar em direitos. Foi uma grande festa, que uniu a todos num só objetivo: a manutenção da Celesc Pública é a principal bandeira de luta.


Na agenda do evento, coube ao ex-Conselheiro e atual dirigente sindical do Sindinorte acolher aos presentes. O atual Conselheiro, Paulo Horn, falou na sequência, parabenizando a categoria pela premiação conquistada pela Celesc na última semana, o Prêmio ANEEL de Qualidade 2021, que deu à empresa o título de melhor distribuidora da região Sul e, ainda, o terceiro lugar nacional, dentre empresas que atendem mais de 400 mil unidades consumidoras. Paulo exaltou o trabalho, o empenho e a dedicação de cada celesquiana e cada celesquiano para que a companhia fosse reconhecida pela excelência do seu trabalho junto aos consumidores. Os deputados estaduais Fabiano da Luz (PT) e Vicente Caropreso (PSDB) também fizeram falas parabenizando a categoria pelo título e se comprometendo a seguirem defendendo a manutenção da Celesc enquanto empresa pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O deputado federal Pedro Uczai (PT) também fez uma manifestação na abertura do evento, ressaltando que votou contra a privatização da Eletrobras no ano passado e alertando a categoria para que fique atenta a candidaturas que dizem que defenderão a Celesc Pública, se eleitas, mas que votaram pela privatização da Eletrobras e de outras empresas no passado. Os vereadores Paulo Sérgio Marx (PSD, de Iporã do Oeste) e Afrânio Boppré (PSOL, de Florianópolis) também passaram pela Assembleia, indicando seus compromissos com a defesa da Celesc Pública.


Na discussão da Pauta de Reivindições Sistematizada, não houveram grandes divergências ou discussões. A categoria veio bastante unida para a Assembleia, fruto do trabalho dos sindicatos nas últimas semanas, durante a Caravana da Intercel, que indicou que a unidade é o melhor caminho para que todos consigam avançar. Os sentimentos de coleguismo, parceria, solidariedade e a importância do trabalho que cada um desenvolve na empresa foram a tônica da Assembleia durante toda a manhã de sábado. Cláusulas que poderiam gerar um debate maior, como o teletrabalho, foram definidas num clima de união e muito respeito.


Os sindicatos da Intercel só têm a agradecer a categoria por esse clima tão respeitoso e democrático com que todos se puseram durante a Assembleia. Que essa atmosfera de união permaneça durante toda a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/23 e leve a categoria a conseguir avanços que estão represados há vários anos.


A Intercel agradece ainda a todos e todas que se dedicaram para a construção deste grande evento.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1544 de 11 de agosto de 2022

Assembleia Estadual dos Empregados da Celesc ocorreu neste sábado em Jaraguá do Sul

O Sinergia agradece a presença de todas as trabalhadoras e de todos os trabalhadores da Celesc que estiveram presentes na Assembleia Estadual deste sábado, em Jaraguá do Sul.

Um agradecimento especial também a todas e a todos que trabalharam para a realização deste grande evento.

A luta continua!

Assembleia Estadual de Definição da Pauta de Reivindicações dos Trabalhadores da Celesc acontece neste sábado, em Jaraguá do Sul

Depois de dois anos ocorrendo de forma virtual, por conta da pandemia da Covid-19, a Assembleia Estadual de Definição da Pauta de Reivindicações dos Trabalhadores da Celesc será realizada de maneira presencial neste ano. O encontro, que reúne celesquianas e celesquianos de todo o estado, acontece neste sábado,6 de agosto, a partir das 9h, no Clube Atlético Baependi, em Jaraguá do Sul, norte do estado. Até o fechamento desta edição, mais de 500 trabalhadores haviam confirmado presença.


Na Assembleia Estadual, conforme já amplamente divulgado pelos sindicatos nas bases e durante a Caravana da Intercel pelo estado, não serão incluídas cláusulas novas para votação. O objetivo da Assembleia é votar somente as cláusulas que vieram como sugestão das Assembleias Regionais. Nem todas as cláusulas que foram sugeridas nas Assembleias Regionais entrarão na pauta final: haverá um indicativo dos sindicatos, um espaço para que um trabalhador possa fazer a defesa da cláusula e para que outro empregado possa indicar o motivo pelo qual acredita que a cláusula não deva constar na Pauta de Reivindicações. É por meio da votação dos empregados presentes na Assembleia que acontece a definição das cláusulas que entram ou não na Pauta que será entregue à empresa. Daí a importância da participação da categoria na Assembleia Estadual, já que é ela que define o que entra na Pauta de Reivindicações ou não.


Os sindicatos da Intercel, desde já, dão as boas vindas a todos os participantes inscritos. Mais do que uma Assembleia meramente burocrática, o espaço é de reencontro da categoria para reforçar os laços de amizade e união entre trabalhadoras e trabalhadores. É importante que todos aqueles que fizeram sua inscrição estejam presentes, já que o café da manhã e o almoço foram contratados levando em conta o número total de inscritos. Em caso de dúvidas, não hesite em buscar o seu sindicato. Para quem pretende ir de carro, o endereço do Clube Atlético Baependi é Rua Augusto Mielke, 466, Vila Baependi. Há estacionamento dentro do Clube.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1543 de 04 de agosto de 2022

Caravana da Intercel 2022 é finalizada

Os sindicatos da Intercel finalizaram na última sexta-feira, dia 29, a Caravana da Intercel 2022. Foram quase 10.000km rodados pelo estado, divididos entre quatro equipes com dirigentes sindicais que percorreram todas as Agências Regionais da Celesc. Em função da reunião para debater o Plano de Saúde da categoria com a diretoria da empresa, na sexta-feira, alguns postos de trabalho não puderam ser visitados, conforme previa a agenda inicial da Caravana.


De acordo com os sindicatos, a Caravana deste ano foi um sucesso. Cleber Borges, coordenador da Intercel, destaca que “foi um momento de união, integração e que trabalhadoras e trabalhadores puderam estar mais próximos dos dirigentes sindicais e sanar dúvidas que eventualmente surjam sobre o Acordo Coletivo de Trabalho e outros temas que dizem respeito à categoria”.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1543 de 04 de agosto de 2022

Trabalhadores da Celesc não são marajás!

Tanto na paralisação do dia 29 de junho quanto na manifestação na Administração Central, na última quinta-feira, jornalistas de diversos veículos de comunicação procuraram os sindicatos da Intercel com questionamentos bastante estranhos. Segundo eles, havia uma nota da direção da Celesc indicando que os trabalhadores da companhia são seres super privilegiados, cheios de regalias, benefícios, com salários astronômicos, verdadeiros marajás, que, descontentes, ainda querem mais benefícios no plano de saúde e, com isso, poderiam inviabilizar os investimentos da empresa.


Esse tipo de nota não é plantada na imprensa de hoje. Desde o desmonte da estrutura de comunicação da empresa, em 2019, essas informações vêm surgindo na mídia.


Os sindicatos da Intercel supõem que quem escreve esse tipo de informação é justamente quem tem um salário extremamente privilegiado e regalias que a maioria esmagadora dos trabalhadores da empresa não têm. Mais do que isso: quem planta essas inverdades nos meios de comunicação desconhece a realidade dos trabalhadores da empresa. De certo, vive no topo de um castelo de onde não se avista a vida real da categoria. Desconhece a realidade difícil de quem se vira nos trinta, faz de tudo para prestar o melhor serviço à população catarinense (trabalho reconhecido por diversos prêmios e avaliações dos consumidores) e, em muitos casos, sequer tem uma remuneração justa pelo trabalho que desempenha.


É preciso que a diretoria da empresa mude essa postura perante os meios de comunicação. Se calam quando deveriam defendera empresa (e os sindicatos acabam fazendo essa defesa) e divulgam informações que não são a realidade dos trabalhadores da empresa. Boa parte dos diretores são peões como qualqueroutro trabalhador da Celesc. A diretoria atual não é eterna. Amanhã ou depois, é possível que a atual diretoria esteja novamente no chão de fábrica, mal falados pela imprensa e pela sociedade que lê essas informações incrédula. Do jornal de bairro aos maiores conglomerados de comunicação de Santa Catarina, é preciso que seja esclarecido: Celesquianos e Celesquianas não são marajás!

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1542 de 28 de julho de 2022

Caravana da Intercel visita norte, planalto norte, Vale do Itajaí, oeste e meio oeste de SC

Os sindicatos da Intercel seguem nesta semana visitando trabalhadoras e trabalhadores da Celesc na Caravana da Intercel. Nesta segunda semana de Caravana, foram visitadas as regiões Norte, Vale do Itajaí e Alto Vale, Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte.


Hoje e amanhã os sindicatos finalizam a percorrida, onde dialogam com a categoria e abordam o momento político, as expectativas para as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho e, ainda, convidam celesquianas e celesquianos para a Assembleia Estadual do dia 06 de agosto, a partir das 9h, no Clube Atlético Baependi, em Jaraguá do Sul.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1542 de 28 de julho de 2022

Assembleias deliberam pelo fechamento do ACT 2022-2024

Encerra hoje, 28 de julho, o prazo previsto para que o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) comunique ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), o resultado das assembleias que deliberaram sobre a proposta do TST em relação ao Acordo Coletivo de Trabalho 2022-2024.


A esmagadora maioria das assembleias em todo o Brasil aprovou a aceitação da proposta mediadora do TST, formulada no bojo do processo dos dissídios de greve, que estavam em andamento. Sendo assim, a comunicação do CNE que deverá ser formalizada encerra o processo de discussão do ACT nacional com a Eletrobras, que também contemplou a solução para o dissidio de greve, abonando a grande maioria dos dias parados, parcelando o desconto de uma pequena parte, e extinguindo os processos judiciais relativos à greve que ainda tramitavam contra as entidades sindicais. No âmbito da Intersul, todas as assembleias aprovaram o fechamento do acordo conforme encaminhamento dado pelo CNE.


Na avaliação dos dirigentes da Intersul, o acordo fechado não é o acordo ideal, no entanto, traz alguns pontos positivos, e até mesmo alguns avanços, especialmente no que diz respeito ao Plano de Saúde, que passará a custar menos para os trabalhadores, em relação ao que estava vigente.


Por outro lado, o acordo não garantiu os empregos de todos de forma generalizada, mas trouxe a garantia de oferecimento de ao menos dois programas de demissão incentivada, em fases distintas, e a garantia de manutenção 80% dos empregados após o primeiro plano de desligamento.


Considerando a conjuntura, o nível de garantia obtido no acordo com duração de 2 anos é muito superior às reais condições verificadas em todas as empresas, especialmente durante o segundo ano pós privatização, onde a experiência mostra que a prática da “nova gestão” foi demissão em massa, e a precarização total das condições de trabalho na imensa maiorias das empresas que foram privatizadas. O espaço de tempo ganho com os dois anos de vigência do acordo permite que a representação dos trabalhadores possam centrar todos os esforços na luta pela reestatização da Eletrobras.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1542 de 28 de julho de 2022

Trabalhadores da ativa e aposentados fazem grande ato em Florianópolis em defesa do plano de saúde

“Trabalhador da Celesc não tem descanso. Nem mesmo depois de aposentado”, afirmou um dos eletricitários aposentados, de 77 anos, ao desembarcar do ônibus, após enfrentar horas e horas de viagem, ao chegar na Administração Central, em Florianópolis.


Assim como ele, outras três centenas de eletricitários aposentados e outras centenas de trabalhadores da ativa estiveram no portão da sede da empresa protestando contra as mudanças do Plano de Saúde, que podem afetar toda a categoria. O mais idoso tinha 91 anos.


Muitos deles, cansados da longa viagem e exaustos com as informações deque poderiam ser prejudicados com as mudanças no Plano de Saúde, sentaram próximos da sede da empresa enquanto os dirigentes sindicais discursavam. Em dado momento, resolveram subir levando suas cadeiras nas mãos. Mãos calejadas que construíram a Celesc ao longo de décadas.


Rapidamente a polícia foi chamada – possivelmente, pelo medo da violência dos idosos de 75, 80, 90 anos. A alegação era de que estariam impedindo a entrada de carros e trabalhadores ao prédio. Os policiais olharam em volta e o pátio da empresa estava lotado de carros e as salas com empregados.


“Nós não somos bandidos. Somos trabalhadores. Eles têm que nos respeitar, pois se estão aí hoje, é porque ontem nós doamos nosso sangue e suor por essa empresa. Um dia eles terão a nossa idade”, afirmou, assustada, outra aposentada com mais de 70 anos, ao ver o carro da polícia. “É assim que age a atual diretoria? Chama a polícia para intervir e assustar num ato com trezentos idosos?”, questionou ela. Junto à polícia, uma empregada comissionada tirava fotos de tudo e de todos. E bradava aos quatro cantos que não havia sido ela quem tinha chamado a polícia.


Diante da grande mobilização e da repercussão do ato na imprensa local, a diretoria chamou representantes dos sindicatos para dialogar. Ouviram os dirigentes sindicais e propuseram retomar as negociações na sexta-feira da semana seguinte(amanhã). Prometeram trazer uma nova proposta de Plano de Saúde e debater na próxima CRH sobre os descontos das horas dos trabalhadores que participaram das manifestações pelo Plano de Saúde. Para variar, o presidente Cleicio não participou da conversa.


A prudência manda não comemorar antes da hora. É preciso aguardar o que virá na retomada das negociações nesta sexta-feira. Todavia, o objetivo da categoria foi parcialmente atingido com as duas manifestações: as negociações estão sendo retomadas e trazem esperança à categoria. Que a diretoria tenha a sensibilidade de ouvir o grito dos trabalhadores.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1542 de 28 de julho de 2022