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Não custa lembrar: Governador Jorginho Mello assinou compromisso com a manutenção da Celesc pública

O governador Jorginho Mello (PL) indicou o nome de Tarcísio Estefano Rosa como presidente da Celesc. De acordo
com jornalistas locais, o objetivo do governo com esta indicação seria preparar a privatização da companhia. Rosa teria atuado pela privatização da Eletrobrás Distribuição Amazonas, tendo sido, conforme o jornalista Marcelo Lula, do portal SC em Pauta, “garoto propaganda da venda da empresa”.

A categoria aguarda de Jorginho e de Tarcísio uma manifestação contundente negando que a indicação tenha como objetivo preparar a privatização da empresa. Mais do que isso: que se manifestem reiterando o compromisso assumido por Jorginho em campanha, de que a Celesc continuará sendo uma empresa pública, patrimônio dos catarinenses, e que suas ações sejam neste sentido.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1567 de 02 de fevereiro de 2023

Não é por falta de adeus

Na última sexta-feira, 20 de janeiro, foi encerrado mais um ciclo na Celesc. Um ciclo que não deixará saudade para grande parte dos empregados. Um ciclo que ficou marcado pelos confrontos e ataques a direitos dos trabalhadores durante as negociações dos últimos Acordos Coletivos de Trabalho, por tentativas frustradas de dividir a categoria e a barganha política (alguém se esqueceu da promessa de Plano de Saúde mais barato em troca da facilitação da privatização da companhia?), pelos ataques à representação dos trabalhadores no Conselho de Administração e pelo ‘faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço’ (proibição do home office para a categoria, mas permissão do home office para quem tinha a caneta na mão).


O agora ex-presidente Cleicio entra para a história da Celesc como o Presidente que ‘sumiu’ nos últimos meses de sua gestão. Como o presidente que parecia ter medo de receber em seu gabinete prefeitos, vereadores, deputados. Como o presidente que não ia para os meios de comunicação apresentar os bons números da Celesc e defender a empresa nos momentos de acusações mais graves. Também será lembrado por não receber os sindicatos da Intercel – representantes legítimos da categoria – e por fugir do debate em dias de atos dos trabalhadores por direitos.


Cleicio não agiu sozinho, é preciso destacar. Teve, durante boa parte de sua atuação, apoio de empregados de carreira que, em busca de promoção e vantagens pessoais, não se importaram em dar sustentação aos ataques do Presidente contra os trabalhadores e suas representações. Agarrados em Cleicio e ao status de uma nomeação, esqueceram-se de que são trabalhadores e, agora, nas horas finais dessa administração, serão sempre lembrados como traidores dos celesquianos. Em um último ato desesperado para tentar se perpetuar na Presidência, Cleicio conseguiu se aliar ao representante do acionista minoritário, Lírio Parisotto, e dos demais Conselheiros de Administração representantes do governo Carlos Moisés, buscando instaurar um caos administrativo na Celesc, impedindo a nomeação de um novo presidente, atentando contra a recomposição do Conselho de Administração e dando força à pressão política de Parisotto pela privatização da Celesc.


O ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) é responsável direto pela administração baseada na violência contra a categoria: começou indicando para a presidência da Celesc uma figura que, segundo ele mesmo afirmou, foi fruto de uma “iluminação divina”, mas que claramente não compreendia (e ainda não compreende) o tamanho da Celesc. Na presidência, Cleicio reproduziu a arrogância de Moisés, que nunca se comprometeu publicamente com a manutenção da Celesc Pública, tendo se recusado a participar do 11° Congresso dos Empregados da Celesc, em Joinville, em maio passado – não custa lembrar que o atual governador, Jorginho Mello (PL), então Senador da República, não somente aceitou o convite, como fez uma fala se comprometendo a manter a Celesc Pública, no evento.


Uma nova diretoria e novos Conselheiros estão assumindo o comando da Celesc, maior estatal de Santa Catarina, uma das concessionárias com melhores índices de satisfação do consumidor e com números e indicadores muito positivos, fruto de muito trabalho e dedicação de trabalhadoras e trabalhadores. É a chance dos novos indicados escreverem uma história de respeito à categoria e aos direitos dos trabalhadores. Uma história de diálogo e ações concretas em defesa da manutenção da Celesc Pública. Que esses compromissos sejam levados a sério, para que, no futuro, as memórias e recordações de trabalhadores e consumidores sejam mais positivas que aqueles que acabam de sair.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1566 de 26 de janeiro de 2023

Diretorias de Sintevi e Sinergia estão com processos eleitorais abertos

Eletricitárias e eletricitários do Vale do Itajaí e da região da Grande Florianópolis terão um compromisso com o voto para a representação sindical nos próximos meses.


As eleições para a Diretoria e Conselho Fiscal do Sinergia acontecerão no dia 15 de fevereiro, uma quarta-feira, com urnas fixas e volantes nos locais de trabalho (as urnas visitarão trabalhadores e trabalhadoras na Cerej, Celesc, CGT Eletrosul e Engie). Já no Sintevi, as eleições para Diretoria, Conselho Fiscal e Representante acontecerão no dia 22 de março, também quarta-feira, conforme Edital de Convocação divulgado na edição passada (1565) do jornal Linha Viva. É fundamental a participação da categoria, se candidatando, se envolvendo nas campanhas e votando nas chapas inscritas, dando legitimidade ao pleito eleitoral e à representação da categoria junto à direção das empresas.


No STIEEL, sindicato que representa a categoria da região de Lages até o extremo oeste catarinense, o pleito eleitoral aconteceu em dezembro, com a reeleição da chapa que administrou o sindicato nos últimos três anos. A posse da chapa eleita acontecerá amanhã, dia 27, às 19h, na sede da ABCELESC, em Lages. Sindicato forte e com alta representatividade é sinônimo de trabalhador e trabalhadora protegidos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1566 de 26 de janeiro de 2023

Após polêmicas, mudança de gestão na Celesc parece indicar para final menos traumático

A edição 1564 do Linha Viva trouxe como um dos destaques as polêmicas na mídia em que o nome da Celesc esteve envolto nos últimos meses. O fechamento daquela edição do jornal ocorreu antes do surgimento de mais uma polêmica nos jornais: o Conselho de Administração indicado pelo ex-governador Carlos Moisés rejeitaria o nome do diretor-presidente interino (Vitor Lopes Guimarães), indicado pelo governador Jorginho Mello. Ato contínuo, após rejeitar o nome de Vitor, que é engenheiro de carreira da casa e foi eleito Diretor Comercial pelos trabalhadores, os Conselheiros que representam o governo do estado renunciaram aos seus mandatos – sem que ninguém compreendesse ao certo a explicação para, num mesmo dia, negarem o nome de Vitor e, no mesmo dia, renunciarem aos seus mandatos no Conselho. O Boletim 25 do Conselheiro Paulo Horn, enviado para a categoria na quinta-feira da semana passada, traz em detalhes o relato sobre este caso.


Nesta sexta-feira, 20 de janeiro, está agendada nova reunião do Conselho de Administração da empresa. A categoria espera com expectativa os nomes indicados pelo governo do estado – acionista majoritário – para compor o CA da Celesc. Do mesmo modo, há grande expectativa pelos nomes que irão compor a nova diretoria e os sinais que indicarão se Jorginho pretende mesmo manter a Celesc Pública – honrando com sua palavra ou se agirá em sentido contrário. Não custa lembrar que o indicado por Jorginho para a presidência da Casan, Laudelino Bastos, registrou de forma explícita que “a Casan seguirá como empresa pública”. É este mesmo anúncio que os empregados da Celesc esperam do novo presidente e da nova diretoria a ser indicada pelo governador.


E os Grupos de Trabalho?


Os Grupos de Trabalho da Isonomia (anuênio e gratificação
e férias para os novos empregados) e da Revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS) seguem se reunindo. Sindicatos da Intercel e representantes da direção da Celesc – ainda que esteja passando por esse momento turbulento – tiveram uma reunião na quarta-feira da semana passada e outras duas reuniões na quarta-feira dessa semana (ontem). Apesar dos avanços terem sido pequenos até o momento, é positivo o fato dos debates continuarem a ocorrer mesmo em meio a esse momento conturbado. A expectativa da categoria é que a nova direção da companhia coloque em prática os resultados dos Grupos de Trabalho e faça justiça com os empregados – que vem sofrendo com a falta de isonomia e sem a revisão do PCS por vários anos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1565 de 19 de janeiro de 2023

GT da isonomia tem nova rodada de debate

Na quarta-feira da semana passada, 4 de janeiro, o Grupo de Trabalho da Isonomia (Gratificação de Férias e Anuênio) teve uma nova rodada de debates. Os sindicatos da Intercel cobraram dos representantes da Direção da Celesc acesso detalhado aos números e cálculos dos impactos financeiros apresentados pela empresa. Os sindicatos da Intercel pretendiam fazer uma análise minuciosa destes números através de sua assessoria econômica, pelo DIEESE – que sempre acompanha a Intercel nas negociações de cláusulas financeiras.


A empresa, por sua vez, alegou não ter como passar essas informações pormenorizadas aos sindicatos. Após um longo debate, ficou acordado que uma nova reunião aconteceria nesta quarta-feira, dia 11, onde seriam aventadas possibilidades para conseguir avançar no diálogo e ter algum avanço na análise dos números e cálculos apresentados pela Celesc. O fechamento desta edição do jornal Linha Viva, contudo, foi encerrada antes da realização da reunião do dia 11.


Esse dados são essenciais pois o objetivo do Grupo de Trabalho é justamente o estudo de possibilidades que viabilizem a extensão desses direitos a todos os trabalhadores e, após sua conclusão, iniciar a negociação com a Diretoria. Diante desse impasse, porém, as partes acordaram pela prorrogação do Grupo de Trabalho.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1564 de 12 de janeiro de 2023

Celesc novamente ocupa o noticiário por conta de polêmicas

É fato que assim que o ex-governador Carlos Moisés assumiu o comando do estado e indicou o então vizinho Cleicio para assumir a presidência da Celesc, a área de Comunicação da empresa foi completamente desmontada. Uma nova estrutura foi composta, sem uma participação efetiva da equipe que, até então, fazia um excelente trabalho de comunicação interna e externa.


Logo em seguida, no momento em que a Celesc era a Geni da vez, seja por conta de ataques por supostos erros no cálculo de faturas de energia (que, depois, se mostraram mentirosos) ou por conta da queda de energia em determinados bairros, gerentes se queixavam com os sindicatos da Intercel por não terem mais autonomia para repassarem informações e dados aos meios de comunicação, numa forma de tentar blindar a empresa das críticas e dar algum tipo de satisfação à sociedade sobre os problemas enfrentados.


A imagem da Celesc foi se desgastando lentamente, diante dessa nova forma de fazer comunicação. Ao longo dos anos, outros fatos foram surgindo: celesquianas e celesquianos passaram misteriosamente a surgir na mídia como privilegiados – só faltou aparecer nos jornais nomes de trabalhadores e folhas de pagamento detalhadas. O ápice aconteceu durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023, quando jornalistas – mais uma vez, misteriosamente – tiveram acesso a diversos benefícios que a categoria tem, os supostos valores dispendidos com estes benefícios e até mesmo supostos custos da empresa com dirigentes liberados.


Os desgastes à imagem da empresa, todavia, não pararam aí. No fim do ano, o presidente Cleicio ainda foi manchete nos meios de comunicação por algo que já se comentava há algum tempo nos corredores da Administração Central: o presidente sumiu. Foi cogitado por muitos trabalhadores que ele estaria fazendo home office, algo que não foi permitido aos empregados da empresa durante sua gestão. Por fim, quando tudo parecia se encaminhar para um desfecho e que não haveria mais possibilidade de qualquer desgaste de imagem para a empresa, o presidente vira notícia pelo fato de, segundo um jornalista, Cleicio ter afirmado ao então governador que não ficaria no cargo e que sairia da empresa em dezembro de 2022 – sem especificar exatamente a data, o que gerou especulações de que poderia sair até mesmo antes do fim do governo Moisés.


Eis que, quando tudo parecia consumado, já em janeiro de 2023, com um novo governo eleito e um novo indicado para assumir interinamente a presidência da empresa, Cleicio e a Celesc novamente viram notícia por conta de uma nova polêmica: jornais indicam que Cleicio estaria buscando protelar a sucessão na estatal. Poucos dias depois, novamente a empresa vira notícia: o presidente do Conselho, também indicado por Carlos Moisés, estaria contestando a indicação do governador Jorginho Mello. Até mesmo na hora de ir embora Cleicio fez com que a Celesc virasse notícia por polêmica. O desafio do novo governo eleito e da nova direção da empresa será reerguer, reestruturar e valorizar a equipe de Comunicação e a imagem da empresa. A Celesc tem inúmeros motivos para figurar diariamente nos meios de comunicação com bons resultados à população, com investimentos, bons números operacionais e contábeis, com inúmeras melhorias que beneficiam a vida da população catarinense. Para isso, só é preciso que a nova direção reestruture a área de Comunicação, blinde a empresa dos ataques, não faça o papel mesquinho de arranhar a imagem da sua própria força de trabalho nos meios de comunicação e tenha quadros na direção que estejam dispostos a dar a cara a tapa e a defender a empresa sempre que alguma polêmica surgir.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1564 de 12 de janeiro de 2023

GT do anuênio e gratificação de férias (isonomia) segue em debate

No ano de 2016, após uma greve que durou DEZ dias e só terminou com a mediação do Ministério Público do Trabalho, traçou-se uma linha divisória entre os celesquianos: os trabalhadores que entrassem na empresa a partir daquele outubro não teriam direito a três cláusulas até então concedidas por meio do ACT: a Gratificação de 25 anos, a Gratificação de férias e o Anuênio.


Desde então, a extensão desses direitos para todos os celesquianos tem sido uma das principais bandeiras da Intercel, porém, a empresa nunca oportunizou qualquer discussão sobre o tema, alegando o impacto financeiro que a concessão dessas cláusulas traria ao orçamento da Celesc. Este argumento não é novo, entretanto. Em 1996, após a maior greve da história da Celesc, que teve a duração de dezenove dias, o Anuênio também deixou de ser concedido aos novos empregados. Essa situação persistiu por onze anos, até que, no ACT 2007/08, graças à união de todos os trabalhadores, que abriram mão de parte do reajuste salarial daquele ano, os sindicatos que compõem a INTERCEL conseguiram negociar o resgate desse direito. Em 2022, em meio a uma das mais difíceis negociações de todos os tempos, é importante destacar o grande avanço conquistado no ACT 2022/23, afinal, não apenas a gratificação de 25 anos foi concedida em mesa, como também foi acordada uma cláusula que previa a criação de um Grupo de Trabalho para discutir Gratificação de Férias e Anuênio.


Dentro do GT serão realizados estudos do impacto financeiro no custo de pessoal que a concessão desses benefícios (aos trabalhadores que ingressaram na empresa após outubro/16) traria. Hoje esse número é de 1.918 celesquianos, o que equivale a quase metade do quadro de pessoal da empresa. As reuniões já estão acontecendo desde o mês de dezembro/22 e têm sido relatadas por meio dos Boletins da Intercel. Após o término dos debates no GT, poderão ter início negociações sobre o tema com a Diretoria.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1563 de 05 de janeiro de 2023

Tem início grupo de trabalho que debaterá plano de cargos e salários

As revisões do Plano de Cargos e Salários (PCS) na Celesc acontecem, em média, a cada 10 anos. Porém, em discussões realizadas no Grupo de Trabalho (GT) composto por representantes dos Sindicatos que compõem a INTERCEL e por representantes da Celesc (discussão essa anterior à data de cumprimento das metas da concessão da empresa), os debates não evoluíram em função da necessidade de redução de custos para atingimento das metas financeiras. Naquele momento, os empregados, de forma “grandiosa” abriram mão de seus ganhos no PCS para que fosse possível manter a Celesc Pública e a concessão nas mãos do estado de Santa Catarina.


Vencido esse degrau de atingimento das metas da concessão, é necessário que se realizem novos estudos e discussões para que se possa aprimorar, aperfeiçoar e tornar as regras do PCS o mais justo possível a todos os empregados da empresa. Fruto da cláusula 47 do ACT 2021/2022, foi criado com algum atraso por parte da Diretoria da CELESC, o GT, que no dia 21 de dezembro iniciou as conversas para que seja possível consolidar um acordo de PCS justo e sustentável. O GT tem duas reuniões agendadas para este mês de janeiro de 2023.


Na primeira reunião, ocorrida ainda em 2022, foram trocadas informações e colocados os anseios da categoria. As discussões devem iniciar nos próximos dias para tentar sanar as dúvidas e as dificuldades na aplicação do próximo merecimento em 2024. A discussão será bastante ampla e focada em mitigar problemas estruturais que hoje afetam as carreiras dentro do PCS.


Foram vários os ajustes no PCS através de aditivos e todos devem ser avaliados e, se possível, ajustado à realidade de hoje. Será uma discussão longa e exaustiva e o compromisso dos sindicatos da INTERCEL será de tentar buscar o melhor para todos os Celesquianos.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1563 de 05 de janeiro de 2023

Justiça determina a reintegração de trabalhador à Celesc

Em decisão da Juíza Desirre Dorneles de Avila Bollmann, da 5ª Vara do trabalho de Florianópolis, ajuizada por trabalhador representado pela Advocacia Garcez, assessoria jurídica do Sinergia, foi reconhecido o direito à reintegração ao cargo para o qual foi aprovado no concurso de 2018.


O trabalhador iniciou o estágio probatório após ser admitido em 2021. Durante o estágio probatório, conforme instrução normativa à época, ele deveria ser submetido a duas avaliações e a três feedbacks. Todavia, a despeito das instruções do manual de procedimentos da empresa, o trabalhador foi dispensado seis meses depois, sem ser submetido a todas as avaliações e feedbacks, como rege o documento.


Neste sentido, destacam os advogados que “o procedimento adotado pela empresa para a rescisão do contrato de trabalho do trabalhador não observou o que determina o ‘manual de procedimentos – Gestão do período de Experiência e do estágio probatório’, o que implica na nulidade do ato.”


No julgamento da ação, a magistrada apontou que “o regulamento da empresa é fonte de direito, por produzir normas que se aplicam no interior da empresa”, de modo que os regulamentos também condicionam a ação da Celesc, obrigando-a a seu cumprimento e integrando o contrato de trabalho.


Dessa forma, a Juíza responsável pelo caso entendeu que o ato de demissão violou o devido processo legal administrativo, o que possibilitou o controle judicial do ato administrativo e a reintegração do trabalhador ao quadro de funcionários da Celesc Distribuição S.A.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1561 de 15 de dezembro de 2022

A Celesc é nossa!

A Intercel vem alertando às trabalhadoras e aos trabalhadores da Celesc que a privatização depende muito de quem elegemos, não só ao governo do estado, mas também às vagas da Assembleia Legislativa. São os deputados que decidem, através da criação e da alteração da legislação, o futuro das empresas públicas do nosso estado. Infelizmente tivemos, mais uma vez, uma eleição bastante difícil, com um legislativo em grande parte alinhado às pautas da extrema direita e, consequentemente, da privatização.

Sabendo disso, os acionistas da EDP e seus aliados, à espreita desde muito, afiam suas garras e se empoderam de seu objetivo, o que foi demonstrado na coluna do jornalista Marcelo Lula, em 10 de dezembro de 2022. O jornalista cita um almoço com a presença do governador eleito Jorginho Melo (que informou na sequência estar em outro compromisso, fato retificado posteriormente na matéria). Conforme a coluna, estariam no tal almoço os empresários Lírio Parisotto, o publicitário Wilfredo Gomes, entre outros, e que trataria da indicação para a presidência da Celesc, com a ideia de colocar alguém no comando que trabalhe para facilitar a privatização da empresa.

A Intercel respondeu à coluna, tendo sido publicada em 12 de dezembro, na íntegra: “Os sindicatos que compõem a Intercel confirmam que o então candidato ao governo de Santa Catarina, Jorginho Mello, assinou compromisso de manter a CELESC como empresa PÚBLICA, indutora do desenvolvimento do Estado de Santa Catarina e com foco no atendimento universal à sociedade catarinense, nas áreas urbanas e rurais, respeitando o seu olhar social e o bom atendimento prestado à sociedade, sem esquecer da valorização dos empregados e do respeito com as entidades representativas dos trabalhadores.

Relembra que o Governador eleito esteve no 11° Congresso dos Empregados da CELESC, realizado neste ano na cidade de Joinville, assumindo os mesmos compromissos, pessoalmente, aos mais de 400 celesquianos presentes no evento. Por fim, reitera que o assédio dos acionistas minoritários à privatização da CELESC não é algo novo, e que cabe ao governador eleito reafirmar o compromisso assinado com os sindicatos da Intercel e, mais do que nunca, tomar ações afirmativas nessa direção, acomeçar pela indicação de Diretores e membros do Conselho de Administração que se posicionem de maneira intransigente e inabalável na manutenção da CELESC PÚBLICA, patrimônio dos catarinenses”. Vale lembrar do caráter social da Celesc e do bom atendimento prestado à sociedade, mantendo uma das menores tarifas do país, como também sendo uma das melhores distribuidoras de energia do Brasil na avaliação dos clientes.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1561 de 15 de dezembro de 2022