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Eletricitários se reúnem com ministro Jorge Messias na AGU

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), dentro da estratégia de luta pela reestatização da Eletrobras, tem cumprido etapas para o avanço do processo. Já no início do governo Lula (PT) têm sido criadas agendas no intuito de priorizar a pauta da reestatização. Dentro destas agendas, o CNE já foi recebido pela Secretaria Geral da Presidência da República e, no dia 19 de janeiro, outra agenda extremamente estratégica na Advocacia Geral da União (AGU), com o Ministro Jorge Messias.


Ao Ministro da AGU foi apresentado um repertório de irregularidades do processo de privatização da Eletrobras. Também foram duscutidos todos os aspectos onde a União está sendo lesada enquanto acionista da Eletrobras privatizada. Por outro lado, foram apresentadas pelo CNE propostas alternativas a um caminho de volta para reestatização, para devolver a Eletrobras ao povo brasileiro.


O Ministro Jorge Messias foi muito sensível aos argumentos, informou que a AGU já vem tratando do caso Eletrobras e se comprometeu a analisar toda a documentação e chamar uma nova reunião. Os dirigentes do CNE saíram otimistas com os encaminhamentos definidos para seguir firme na luta com muitas novas agendas a cumprir e um calendário de mobilização dos eletricitários e da sociedade em defesa da Eletrobrás pública.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1566 de 25 de janeiro de 2023

Efeito Orloff: com GRUPO 3G no comando, rombo bilionário das Lojas Americanas pode se repetir na Eletrobras

Um grupo de empresários que representa o que há de mais retrógrado na economia mundial fez lobby e conduziu a operação que tomou de assalto a Eletrobras. Estamos falando da 3G Radar de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. A 3G Radar está agora envolvida em mais um escândalo: é a principal acionista das Lojas Americanas, uma das mais tradicionais empresas de varejo e e-commerce da América Latina.


O carioca Sérgio Rial, de 62 anos, ficou apenas dez dias na função de CEO das Americanas. Nesta semana, ele denunciou um rombo de R$ 20 bilhões e “inconsistências contábeis” no balanço financeiro da empresa, que teria acontecido nos exercícios anteriores a 2022. Ao que parece, a denúncia de R$ 20 bilhões é só a ponta do iceberg. Já aparecem valores de endividamento assumido (antes omitido) de R$ 40 bilhões. E essa conta pode ser muito maior e levar a tradicional Lojas Americanas à falência.


Isso ligou o alerta em todas as empresas em que o grupo 3G Radar usa a estratégia de iminência parda (‘éminence grise’), um poderoso assessor ou conselheiro que atua “nos bastidores” ou na qualidade não pública ou não oficial manipulando testas de ferro. Pois foi justamente Lemann e sua turma do 3G que operaram a Privatização da Eletrobras, colocaram Wilson Pinto como testa de ferro e chamaram a operação de Corporation, mas quem dá as cartas na Eletrobras hoje é justamente o grupo 3G. Não custa lembrar que foi o grupo 3G de Lemann que colocou Elvira Presta como diretora financeira da Eletrobras, ainda no governo Temer. já com o intuito de preparar a privatização da Eletrobras. Na Eletrobras já se aplica o falido método 3G de gestão, difundido por Vicente Falconi, o tal Orçamento Base Zero, uma fórmula perfeita de destruir empresas, cortando custos e desmontando a memória técnica e a capacidade de inovação. Parte do pacote que eles maquiam com nomes como ‘downsize’ e ‘turnaround’.


Nos dias de hoje, aliás, não só Elvira continua na diretoria da Eletrobras, como o próprio Falconi está no Conselho de Administração da empresa. Agora, porém, todos com seus devidos supersalários e bônus milionários. A história confirma que o grupo 3G gosta mesmo é de monopólio. Criou o monopólio da cerveja com a AmBev no Brasil, comprando a Antártica e a Brahma. E até hoje, quando as cervejas da AmBev perdem mercado, o que faz a AmBev? Compra cervejarias concorrentes. Nos últimos anos, o grupo 3G de Lemann adquiriu outras empresas, como as Americanas e a tradicional fabricante estadunidense de alimentos processados Kraft-Heinz. A 3G quebrou a Kraft-Heinz e as Lojas Americanas estão indo para o mesmo caminho. Esse também será o destino da Eletrobras?


O caso das Americanas é ainda mais parecido ao da Eletrobras, uma vez que as duas companhias são também clientes da mesma empresa de auditoria externa, a Price Waterhouse Cooper (PwC). A mesma Auditoria que não viu os rombos bilionários das Americanas, chancelou os balanços de Furnas e da Eletrobras depois de uma operação extremamente suspeita de aquisição e aumento de capital da falida Usina de Santo Antônio. Tudo feito às pressas, com direito a republicação de balanço no Brasil e em Nova York. Absolutamente, um vale tudo para viabilizar a Privatização da Eletrobras! Para a Intersul, a PwC, definitivamente, não é confiável. E o grupo 3G de Lemann é um sanguessuga de empresas. Compram empresas maduras, com mercado consolidado, cortam custos até o osso, aumentam margens de lucro às custas da competitividade até que as empresas quebrem. Mas aí os donos da 3G já multiplicaram muitas vezes seu baixo investimento. Esses parasitas nunca criaram nada, além de crise e destruição.


Os rentistas da 3G conseguiram privatizar a Eletrobras com o argumento de que haveria mais investimentos. Passados mais de seis meses da privatização, não se viu investimento nenhum. Mas não faltou demissão em massa e aumentos absurdos de remuneração para os administradores, enquanto a empresa registra o primeiro prejuízo em muitos anos. Em 1987, uma criativa publicidade de vodca fez famosa a frase “eu sou você amanhã”, dela se originou a expressão “Efeito Orloff” (a marca da vodca da publicidade), para nomear o que poderia acontecer amanhã, no futuro, com determinado indicador. É preciso retirar a Eletrobras urgentemente das mãos desse capital parasita e devolvê-la aos brasileiros. Caso contrário, a Eletrobras será as Lojas Americanas de amanhã e a conta sobrará para todo o País.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1565 de 19 de janeiro de 2023

Presidente Lula critica farra de supersalários dos diretores e conselheiros da Eletrobras privatizada

Na última quinta-feira, dia 12, na posse da nova presidenta da Caixa Econômica Federal, a trabalhadora Rita Serrano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou sobre “badalado humor do mercado financeiro” quando o governo investe no Estado. Lula fez duras críticas ao episódio recente que já é de domínio público: a farra dos supersalários e bonificações de diretores e conselheiros na recém privatizada Eletrobras. Na posse de Rita, o presidente Lula disse que “a Eletrobras foi privatizada e aumentaram o salário deles. Parece que o salário foi para R$ 300 mil por mês e era R$ 60 mil”, sobre o presidente da empresa. “Mais grave ainda, fiquei sabendo agora: sabe quanto ganha um conselheiro da Eletrobras? R$ 200 mil por mês para participar de uma reunião. Isso não é gasto? Não é jogar dinheiro fora? Como vou botar ministros ou secretário executivo? Vão ganhar cinco vezes mais que presidente da República. Cadê a seriedade nisso? Cadê as pessoas que cobram seriedade?”


O presidente Lula tem razão. A Privatização da Eletrobras foi uma farra do boi. Empreendimentos amortizados, pagos pelo povo brasileiro tiveram [como condicionante da Privatização] as concessões renovadas por 30 anos, com o aumento da conta de luz. Tudo isso para bancar supersalários e bonificações, além dos dividendos de acionistas. A FIESP estima que no tempo das novas concessões, a privatização da Eletrobras vai onerar as famílias, a indústria, toda a cadeia da economia em R$ 500 bilhões no período de 30 anos. É como se a Eletrobras fizesse um novo bilionário todo mês. Isso com o aumento da minha, da sua, da nossa conta de luz. Aumento da conta de luz impacta na inflação. Aumento da inflação destrói a economia e já vimos no Brasil mais de uma vez que economia destruída derruba governo.


Por isso a equipe de transição falou de uma bomba de R$ 500 bi a ser desatada no setor elétrico. A desfaçatez do “Deus mercado” é tão escancarada que, nesta semana, o analista Sergio Oba, da Empiricus Research, publicou uma análise sobre a Eletrobras. O texto foi repercutido no site Money Times, que chama a empresa de “vaca leiteira de dividendos”. Essa coisa de sugar o último centavo é peculiar daqueles que participaram da privatização da Eletrobras. Conselheiros e diretores recebem supersalários e bônus aprovados por acionistas e compensam esses acionistas em uma parruda distribuição de dividendos. Só quem perde é o povo, que paga a conta.


Com receio da reestatização da Eletrobras desde a eleição presidencial de Lula, a turma que tomou conta da Eletrobras tem corrido contra o tempo para tentar tornar a operação de privatização irreversível. O presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Jr, teve a pachorra de dizer recentemente em entrevista no Jornal Valor que confia nas poison pills contra “arrobos estatizantes na Eletrobras”. O testa de ferro da maracutaia na Eletrobras se refere às cláusulas leoninas e draconianas da privatização. Está muito nítido que essa turma que tomou a Eletrobras não quer largar o osso, não quer abrir mão da mamata. Agora, mais do que nunca, fica claro ao presidente Lula e a todo o novo governo que a única forma de conter essa gente que quer deixar na Eletrobras um rombo como o do escândalo das Lojas Americanas é devolvendo a Eletrobras ao povo brasileiro. Cancelando as cláusulas leoninas, recuperando o poder de voto para, em seguida, retomar o controle, reestatizar a Eletrobras para que o Brasil volte a crescer de maneira sustentável e soberana. Já para essa turma bolsonarista que mama nas tetas da Eletrobras, só existe um destino: justiça e reparação.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1565 de 19 de janeiro de 2023

CNE participa da posse do novo governo federal e avalia participação na equipe de transição

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) participou, neste início de ano, das atividades da posse do Presidente Luís Inácio Lula da Silva e dos Ministros de Estado do novo governo. No dia 1°, Eletricitários e Eletricitárias estiveram presentes levando as faixas da campanha “Reestatiza a Eletrobras” na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes.


Fabíola Latino Antezana, da coordenação do CNE, e Ícaro Chaves, representante dos Eletricitários no Governo de Transição, participaram da cerimônia no Palácio do Planalto e da recepção no Itamaraty. Na segunda-feira, dia 02, a Coordenação do CNE, representada por Nailor Gato, Fabíola Antezana e a Intersul, representada por Cecy Marimon e Tiago Vergara, estiveram na posse do Ministro de Minas e Energia, no MME. Além da presença nestes atos, o Coletivo Nacional dos Eletricitários também esteve reunido em Brasília entre os dias 1º e 4 de janeiro com o objetivo de realizar uma avaliação da participação na transição de governo e planejar as próximas ações e articulações com o novo governo.


O CNE vai denunciar o desmonte da Eletrobras, as consequências nefastas da privatização da empresa para o povo e pedir a reestatização. Na avaliação da Intersul, somente a reestatização da empresa pode frear a sequência de maldades que está sendo promovida pela atual direção da empresa. Hoje o governo, na soma das ações, detém cerca de 43% das ações da Eletrobras, mas tem poder de mando em apenas 10%, configurando um absurdo do ponto de vista estratégico.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1563 de 05 de janeiro de 2023

Mediação do ACT específico da CGT Eletrosul continua no TST

No processo de mediação instalado no TST, visando o fechamento do ACT Específico da CGTEletrosul,
nesta segunda-feira dia 12 de dezembro ocorreu uma reunião bilateral entre a Intersul e a CGTELETROSUL.
Persiste ainda o impasse quanto à questão das liberações de dirigentes sindicais, motivo pelo qual a juíza
auxiliar, dra. Dra. Roberta de Mello Carvalho propôs mais uma tentativa de finalizar o acordo. Os Sindicatos
que compõem a Intersul ressaltaram que, diante da conjuntura altamente desfavorável pós privatização, as
entidades já apresentaram contraproposta atendendo grande parte das questões em disputa. Aguardamos
agora a compreensão da gestão da empresa, tendo em vista a boa vontade e a disposição integral da
Intersul para a negociação para permitir uma solução que venha a atender da melhor forma possível a
ambas partes.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1561 de 15 de dezembro de 2022

Pagamento da PLR 2021 abrange anistiados e não tem desconto dos 25% – sindicatos e trabalhadores unidos jamais serão vencidos

As entidades sindicais que compõem o CNE já finalizaram as assinaturas do Termo de Pactuação da PLR 2021, conforme ajustado na audiência de conciliação na qual o acordo foi fechado. Cabe destacar, mais uma vez, que o resultado do processo encerrado com o pagamento da PLR 2021 foi uma grande conquista das entidades representativas dos trabalhadores, especialmente do Coletivo Nacional dos Eletricitários, que coordenou e encaminhou a negociação. Esta grande vitória dos trabalhadores teve forte impacto positivo, pois nesta PLR 2021 foi excluída a cláusula que estabelecia o famigerado desconto dos 25% referente a supostas dívidas de exercícios anteriores, e os trabalhadores anistiados que não vinham recebendo PLR passaram a receber.

Estes dois avanços, entre outros conquistados, foram sem dúvidas os mais significativos para os trabalhadores. O pagamento da PLR 2021 e as divergências dos trabalhadores quanto à proposta da Eletrobras chegaram a compor a pauta de uma greve proposta e realizada pelas entidades que compõem o CNE. Importante também destacar que nem todas as entidades sindicais acreditaram nesta luta, no entanto o CNE e a Intersul estiveram sempre na defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores e envidaram todo tipo de esforços para chegar a este resultado, incluindo recursos no âmbito jurídico e financeiro. Para fazer frente a esta luta, ainda no início das negociações, os sindicatos da Intersul aprovaram em assembleias a Contribuição Assistencial de 0.5% (meio por cento) sobre a PLR 2021, a ser descontada por ocasião do pagamento e repassada ao Fundo Financeiro da Intersul.

A Intersul vai acatar eventuais oposições a este desconto, todavia é fundamental que os trabalhadores compreendam que fazer a luta e manter os sindicatos em condições de combater os ataques e a tentativa de desmonte das entidades representativas tem custado cada vez mais caro. Ainda assim, caso o trabalhador não concorde com a contribuição em favor da Intersul, poderá solicitar a devolução do valor efetivamente repassado depois que a CGT Eletrosul informar a lista dos descontos. Para pedir a devolução, procure o sindicato da Intersul ao qual seja filiado, por e-mail, ou pessoalmente através de um dirigente sindical.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1561 de 15 de dezembro de 2022

CNE marca presença na transição com pedido de Reestatização da Eletrobras

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) levou ao governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, uma série de faixas com o pedido de reestatização da Eletrobras. A privatização ocorreu em junho, com a União mantendo ainda 43% do capital votante. Desde então, o CNE começou uma grande mobilização e elaborou propostas para buscar o caminho de volta, devolver a Eletrobras ao povo brasileiro. Para os próximos 10 dias, estão previstas várias agendas com parlamentares, com membros do governo de transição, além de uma audiência pública na Câmara, tuitaços e lançamento do manifesto.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1560 de 08 de dezembro de 2022

CNE se reúne com equipe de transição de energia e entrega manifesto pela reestatização da Eletrobras

Na manhã da última quinta-feira, dia primeiro, o Coletivo Nacional do Eletricitários (CNE) se reuniu com membros da equipe de transição do governo Lula do Setor de Energia para conversarem sobre o futuro do setor elétrico brasileiro e da Eletrobras. Na ocasião, os representantes do Coletivo entregaram ao ex-ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, e ao ex-diretor de Planejamento da Eletrobras Eletronorte, Adhemar Palocci, ambos da equipe de transição do governo, o Manifesto pela Reestatização da Eletrobras, bem como um documento sobre os impactos da vil privatização para o povo brasileiro. “O prejuízo da entrega da Eletrobras não está limitado ao roubo do patrimônio do povo. Para maximizar os ganhos dos novos donos da empresa, a lei da privatização prevê um mecanismo chamado descotização, que nada mais é do que obrigar o consumidor que já pagou pela construção das hidrelétricas ao longo de décadas, através da tarifa, a pagar novamente pelas mesmas usinas, aumentando assim a conta de luz do brasileiro”, denuncia o manifesto.


Ainda, o CNE afirma que a estatal foi entregue ao setor financeiro nacional e internacional por um preço 15 vezes inferior, “um verdadeiro crime contra o patrimônio público”. Além de aprovar a contratação de uma série de termelétricas sem qualquer tipo de estudo, que oneram a conta de luz e aumentam a emissão de CO2 na atmosfera. Para os representantes, a saída para evitar um colapso na conta de energia da população brasileira é a reestatização da Eletrobras, assegurando a soberania nacional, a segurança energética e a transição energética no Brasil.


O CNE alertou ainda sobre um possível colapso técnico no sistema Eletrobras devido à implementação de um Plano de Demissão Voluntária nas empresas do grupo, que pode desligar mais de dois mil trabalhadores e trabalhadoras até 31 de dezembro de 2022, trazendo problemas para o futuro governo. Enquanto cortam na carne da categoria, propõem o escandaloso aumento de mais de 3000% dos executivos da Eletrobras. Os conselheiros de administração teriam o maior aumento na empresa, de R$ 5.440 para R$ 200 mil. A remuneração do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, teria um aumento de R$ 52.300 para R$ 300 mil por mês.


Foram abordados ainda os pontos sobre o futuro dos programas sociais como Luz para Todos e Procel, e o futuro da Usina de Candiota, entre outros assuntos relativos à Eletrobras e ao marco regulatório do setor elétrico defendendo a reestatização da Eletrobras para o desenvolvimento do Brasil. Defender a reestatização da Eletrobras é defender o Brasil!

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1560 de 08 de dezembro de 2022

Eletrobras – Acordo da PLR 2021 é fechado no TST

Confirmando as expectativas das entidades sindicais, a partir das negociações recentes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) com a Eletrobras, a empresa foi à audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde foi finalmente fechado o Acordo Judicial de PLR 2021. A proposta conciliadora foi apresentada nos moldes da proposta anterior, que já havia sido apresentada pelo TST no início do processo de mediação, e que já havia sido aprovada pelos trabalhadores em assembleias, mas que a Eletrobras, naquela oportunidade, havia abandonado a mediação.

Desta vez, no entanto, o acordo foi fechado com a inclusão de uma cláusula de quitação plena de ambas as partes, referente exclusivamente à PLR 2021. Sendo assim, diferente do que ocorreu em anos anteriores, na PLR 2021 não haverá o desconto de 25% referente a supostas dívidas de anos anteriores, bem como não serão excluídos do pagamento os anistiados. Ou seja, a persistência das entidades sindicais que compõem o CNE, na defesa dos 10 pontos de controvérsia com a proposta inicial da Eletrobras, mostrou-se exitosa. O fechamento deste acordo vem premiar a disposição de luta das entidades representativas e também aos trabalhadores que confiaram no encaminhamento dos seus sindicatos. Cabe aqui, enaltecer também a disposição do TST para mediar e construir a solução do conflito, com destaque especial para a atuação da Juíza Auxiliar, Dra. Roberta de Mello e do Ministro Vice-Presidente do TST, Dr. Aluisio Correa da Veiga.

Considerando que os termos conciliados já foram apreciados pelos trabalhadores, não haverá necessidade de novas assembleias. O pagamento da PLR 2021 está previsto para ocorrer dia 09/12/2022, segundo informações da Eletrobras prestadas na própria audiência. O montante a ser distribuído na CGT Eletrosul será de 1,49 folhas salariais, em função do nível de atingimento das metas estipuladas e a forma de distribuição, como em anos anteriores, será 50% linear e 50% proporcional aos salários.

Enquanto isso, a mediação do ACT Específico entre Intersul e CGT Eletrosul continua em compasso de espera. A Intersul encaminhou ao TST uma proposta oficial de mediação para a cláusula de liberação de dirigentes sindicais, ponto crucial do conflito. A expectativa é de marcação da audiência bilateral, com participação de dirigentes sindicais e representantes da empresa ainda nesta semana.

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1559 de 01 de dezembro de 2022

Campanha pela reestatização da Eletrobras segue viva

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), entidade que representa os trabalhadores e trabalhadoras do sistema Eletrobras, segue colhendo assinaturas de entidades, parlamentares e a sociedade civil para a reestatização da empresa. A estatal, responsável por mais de 30% da geração de energia do país, foi privatizada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) no dia 13 de junho deste ano.


No documento apresentado pelo CNE, os eletricitários apontam que a venda da Eletrobras promove inúmeros retrocessos para o setor elétrico brasileiro, à população e para a soberania nacional e destaca que a reestatização da empresa é o caminho para evitar um colapso econômico e social no setor de energia.


Para impedir o avanço desses impactos, o Coletivo tem feito uma campanha ostensiva pela reestatização da empresa e cobrado dos candidatos eleitos para a próxima legislatura a reversão da privatização da maior empresa de energia elétrica da América Latina.


Para assinar e ler a íntegra do manifesto pela reestatização da Eletrobras, acesse https://bit.ly/AssinaReestatizacaoEletrobras .

Fonte: Jornal Linha Viva Nº 1557 de 18 de novembro de 2022